domingo, 15 de agosto de 2021

“Delmino Pereira vê futuro risonho para o ciclismo português”


Presidente da Federação destaca as novas gerações da modalidade no nosso País

 

Por: Filipe Balreira

Foto: Vítor Chi

O ciclismo português tem tido um crescimento positivo e atraído cada vez mais espetadores. Recentemente os resultados protagonizados por João Almeida e Rúben Guerreiro no Giro d’Italia fizeram com que o público português voltasse a olhar para a modalidade com outros olhos. Quem não tem dúvidas acerca desse facto é Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC). A Record, o líder federativo traçou uma análise ao panorama do ciclismo nacional, destacando as gerações que estão em bom plano, além de outras que podem vir a dar que falar.

 

"O ciclismo vive sempre de ciclos de campeões e pessoas que façam girar a roda com mais força. Vivemos tempos muito bons, graças a novas gerações. Tivemos o sucesso de Rui Costa e agora, principalmente, os feitos do João Almeida e Rúben Guerreiro. Também há o crescimento da Maria Martins, bem como os títulos em Campeonatos da Europa e do Mundo. A nova geração tem contribuído para que haja uma dinâmica própria, o que tem sido decisivo para a modalidade ter bons rácios de afiliação. Encaro o futuro com bastante otimismo", observa.

Além disso, Delmino Pereira realça a importância do recrutamento. "Temos uma maior capacidade recrutamento. Existem mais e melhores treinadores. Há cada vez um número de jovens com 17 ou 18 anos com grande qualidade. E podem fazer carreira internacional. É uma nova filosofia e um novo ciclismo. São elementos de várias variantes do ciclismo e que irão continuar a dar frutos", conclui.

 

Mais federados do que em 2019

 

No que diz respeito ao número de atletas federados, o ciclismo sofreu uma pequena quebra no ano em que teve início a pandemia da Covid-19, mas conseguiu recuperar no último ano. De acordo com a FPC, as quebras foram maiores nos escalões de formação, ainda que, no cômputo geral, o total de federados seja maior do que em 2019, ano que antecedeu a pandemia. "Houve uma ligeira quebra entre os jovens federados, mas, a nível de competição e provas seniores, não se notou tanto. Os clubes conseguiram reagir bem a essa situação. Na realidade, por sermos uma modalidade de baixo risco em relação à Covid-19 e normas definidas de segurança, conseguimos reativar as competições. Os clubes aderiram e conseguimos manter o número de federados estável. Neste momento, estamos até 6% acima do número de afiliados em 2019", revela Delmino Pereira.

 

Objetivos bem definidos apesar da pandemia

 

A presidir a Federação Portuguesa de Ciclismo desde 2012, Delmino Pereira cumpre o terceiro mandato à frente do organismo, tendo objetivos definidos até 2024 para a modalidade. A conjuntura não é fácil, devido à crise financeira provocada pela pandemia da Covid-19, mas o antigo ciclista traça metas ambiciosas. "Os objetivos passam por consolidar o Centro de Alto Rendimento de Anadia. Melhorar tudo ao nível de avaliação, centro de formação e avaliações de controlo dos treinos. Queremos conseguir a internacionalização do nosso ciclismo. E dar maior pujança ao ciclismo nacional, envolvendo clubes, ciclistas, organizadores, patrocinadores e meios de comunicação social para a modalidade crescer", frisou.

Ainda assim, o líder da FPC não deixou de criticar os apoios do Governo às modalidades. "Tivemos a atividade praticamente parada em 2020. Este ano conseguimos recuperar um pouco, apesar de ter começado de forma difícil. Temos um custo acrescido ao nível da organização das provas. Houve uma quebra de 11% no financiamento do Governo. Estamos a viver tempos muito difíceis. No ‘Programa Reativar’, que foi lançado pelo Governo para apoiar os clubes no desporto, o ciclismo foi a modalidade mais prejudicada", defendeu.

 

Ciclismo nos Paralímpicos

 

Este ano, Portugal estará representado igualmente nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Os atletas portugueses a concorrer na modalidade serão Luís Costa e Telmo Pinão. Ambos irão marcar presença pela segunda vez na competição paralímpica, após já terem participado nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. O ciclista, de 48 anos, irá marcar presença nas provas de contrarrelógio e prova em linha H5, ao passo que o companheiro, de 42 anos, competirá no contrarrelógio e prova em linha C2, além da variante de 3000m perseguição individual C2. Ao nosso jornal, numa entrevista a 13 de junho, Pinão destacou a paixão pela modalidade que move a sua carreira. "É como costumo dizer, a bicicleta é a minha droga. O ciclismo é aquele bichinho que entra dentro de ti e que te deixa realizado. É uma sensação extraordinária!", frisou.

Fonte: Record on-line

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