Duas vezes vencedor da Volta como ciclista, o diretor da prova aborda a realização numa fase de pandemia e destaca evolução da competição
Por: Filipe Balreira
Foto: Pedro Ferreira
Entrevista a:
Joaquim Gomes: «Volta a Portugal tem superado as expetativas»
Record - Que
balanço faz desta edição da Volta a Portugal?
Joaquim Gomes – A pandemia acrescenta alguma complexidade a
um evento que já de si é muito complexo. Tivemos infelizmente más notícias
[desistências devido a casos de Covid-19], que levaram ao afastamento de
algumas equipas. De qualquer forma, de uma forma geral, entendo que tem
superado as expetativas.
R -
Quando planeou a Volta deste ano, já perspetivava tantas dificuldades devido à
pandemia? Era algo que lhe tirava o sono?
JG –
Claro que sim. Tal como um serviço municipal de proteção civil, uma corporação
de Bombeiros ou outras autoridades relacionadas com segurança, nós pintámos os
piores cenários e o que devíamos fazer nessas situações. Existe um protocolo
que está a ser aplicado desde o primeiro dia. Aplicámo-lo nos cenários que
sucederam, como por exemplo na Caja Rural, uma das equipas mais importantes da
Volta e que teve de abandonar a competição. Foi isso que aconteceu também com o
Boavista e, na altura, camisola amarela. É uma situação inédita. Se pensarmos
que num evento desta dimensão, com toda a complexidade e planos sanitários
existentes, já fizemos mais de 2 mil testes e tivemos 14 casos suspeitos ou
positivos, acho que não estava em risco a continuidade da prova.
R - É
mais difícil para si estudar e definir um percurso como ciclista ou organizador
da prova?
JG – São
coisas distintas. De qualquer modo, só o facto de a Volta a Portugal ter um
número de etapas em dias sucessivos já torna difícil delinear provas deste
género. A nossa principal preocupação é tornar atrativa uma Volta com um
formato menor...
Fonte: Record on-line
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