Por: AMG (JGS) // NFO
O diretor da Rádio
Popular-Paredes-Boavista confirmou o afastamento de Daniel Freitas da 83.ª
Volta a Portugal, depois de a casa do ciclista ‘axadrezado’ ter sido alvo de buscas hoje de manhã,
equacionando ainda a rescisão do contrato.
“Confirmo
as buscas na casa do Daniel Freitas. Independentemente de não sabermos se foi
constituído arguido ou não, não sabemos de nada, porque só foi ao fim da manhã,
decidimos, para já, substituí-lo na Volta a Portugal”,
revelou à Lusa José Santos.
Segundo o diretor desportivo
da Rádio Popular-Paredes-Boavista, “caso se
confirme qualquer facto que se possa considerar ilícito”, Daniel
Freitas “é expulso da equipa”.
“É rescindido o contrato”,
reforçou.
José Santos esclareceu que as
buscas realizadas hoje pela Polícia Judiciária no âmbito da operação ‘Prova
Limpa’ incidiram apenas sobre o corredor de 31 anos, que no ano passado chegou
a vestir a amarela da Volta a Portugal, e não sobre a equipa.
Freitas, que representou a
W52-FC Porto entre 2016 e 2018, vai ser substituído no alinhamento da Rádio
Popular-Paredes-Boavista para a 83.ª Volta a Portugal, que arranca na
quinta-feira em Lisboa, pelo espanhol Guillermo García.
A Polícia Judiciária realizou
hoje buscas “em locais ligados a equipas de
ciclismo” no âmbito da operação ‘Prova
Limpa’, confirmou à Lusa fonte ligada à investigação, esclarecendo
que o objetivo “principal foi a recolha de
prova, nomeadamente documentação”.
A mesma fonte detalhou que a
PJ “realizou buscas em vários pontos do país,
em simultâneo, em locais ligados a equipas de ciclismo, no âmbito da operação
‘Prova Limpa’”, tendo estas “como
objetivo principal a recolha de prova, nomeadamente de documentação e não a
detenção de qualquer suspeito”.
As buscas acontecem a dois
dias do arranque da 83.ª Volta a Portugal em bicicleta, que estará na estrada
entre quinta-feira e 15 de agosto.
No final de abril, 10
corredores da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o diretor desportivo
da equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu adjunto, José Rodrigues,
no decurso da operação ‘Prova Limpa’,
a cargo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.
“A
operação policial, envolvendo um total de cerca de 120 elementos provenientes
da Diretoria do Norte e ainda das Diretorias do Centro e do Sul, da Unidade
Nacional de Combate à Corrupção e dos Departamentos de Investigação Criminal de
Braga, Vila Real e Guarda, contou ainda com a colaboração da ADoP”, detalhou a
PJ, em 24 de abril, indicando que durante a mesma “foram apreendidas diversas
substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos atletas e com impacto
no seu rendimento desportivo".
A União Ciclista Internacional
(UCI) retirou, na semana passada, a licença desportiva à W52-FC Porto, depois
de oito dos seus ciclistas, além de dois elementos do ‘staff’ terem
sido suspensos preventivamente pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP).
Fonte: Lusa