Dono da W52-FC Porto rejeita "veementemente" acusação do Ministério Público
Por: Lusa
Foto: Luís Vieira/Movephoto
Adriano Sousa, patrão da
W52-FC Porto, rejeitou esta sexta-feira "veemente"
a acusação do Ministério Público (MP), que o aponta como um dos mentores de um
esquema de dopagem naquela equipa de ciclismo, considerando que carece de "fundamentos".
"Venho,
por este meio, rejeitar veementemente a acusação contra mim deduzida que, em
bom rigor, carece em absoluto de fundamentos, inexistindo qualquer meio de
prova capaz de a sustentar, o que na sede própria ficará cabalmente
demonstrado", defende Adriano Sousa, mais conhecido como
Adriano Quintanilha, em comunicado enviado às redações. O dono da W52-FC Porto
considera que a acusação do MP "assenta
em presunções desfasadas da verdade, seguindo raciocínios pouco lógicos e que
[...] não encontram sustento na prova que foi carreada para tais autos ao longo
da investigação".
O Ministério Público acusa
Adriano Sousa, Nuno Ribeiro, diretor desportivo da equipa à data da operação 'Prova Limpa', e o contabilista e diretor
geral Hugo Veloso de terem elaborado "um
esquema" de dopagem na
W52-FC Porto, para "aumentarem a
rentabilidade" dos
ciclistas, segundo a acusação a que a Lusa teve acesso.
De acordo com o despacho, que
acusa 26 arguidos de tráfico de substâncias e métodos proibidos e, desses, 14
de administração de substância e métodos proibidos, no âmbito da operação 'Prova Limpa', Quintanilha, Ribeiro e
Veloso terão formulado, "pelo menos
desde o ano de 2020", o propósito "de aumentarem a rentabilidade dos seus ciclistas
[...] com o intuito de obterem melhores resultados".
Assim, "na prossecução do seu desígnio",
os três arguidos "elaboraram um esquema
mediante o qual os ciclistas por si dirigidos", 10 deles
também arguidos neste processo, "passariam
a utilizar práticas dopantes, designadamente o recurso persistente à manipulação
sanguínea, o que constitui um método proibido, bem como a administração e
consumo de substâncias proibidas".
Os três arguidos estão
acusados dos crimes de tráfico e administração de substâncias e métodos
proibidos. "Sem prejuízo, mantenho-me,
como sempre, colaborante com as autoridades, reforçando a minha confiança nas
instituições judiciais as quais caberá analisar a inépcia da Acusação Pública
contra mim deduzida e, por conseguinte, provar a minha inocência",
termina o comunicado assinado pelo dirigente.
Fonte: Record on-line