Como
todos os primeiros anos de mandato, foi dedicado essencialmente à avaliação da
situação da Federação, ao estabelecimento de contactos e relações com os
organismos que tutelam o desporto, com as federações congéneres e com muitos
dos diversos agentes que influenciam o desenvolvimento da modalidade, quer sejam
internos ou externos.
De
forma sucinta, constatámos que o potencial de desenvolvimento do triatlo é
enorme e que as áreas de atuação da Federação necessitam de se ramificar e
crescer para garantir uma evolução sustentada e holística da modalidade. De facto,
a grande constatação é da necessidade da Federação melhorar a sua capacidade de
resposta, de forma construtiva e atempada, a todas as solicitações de
intervenção que sustentam o desenvolvimento do triatlo.
Assim,
e apesar de termos atingido resultados interessantes em algumas áreas,
constatamos que temos de alargar o nosso plano de ação a novas áreas que
consideramos essenciais para a multiplicação do número de federados e
representatividade da modalidade, como são os casos do desporto escolar, programa
de dinamização local do triatlo, comunicação ou patrocínios. Apesar da
preparação interna dos projetos e estabelecimento de importantes contactos para
a sua implementação, o atraso no arranque destes projetos limita a nossa
avaliação do primeiro ano de mandato.
As
áreas referidas são, como referimos, vitais, e entrarão em pleno funcionamento
em 2018, o que, acreditamos, catapultará a modalidade para novos patamares de
exposição e, consequentemente, para um crescimento significativo do número de
atletas, clubes e demais agentes desportivos.
Outra
das áreas de atuação consideradas prioritárias para 2017 foi a formação de
treinadores, onde nos empenhámos na concretização de um plano de formação
contínua que passou pela realização de ações de formação de curta duração,
apoio a um congresso internacional, participação no congresso de treinadores da
Confederação das Associações de Treinadores de Portugal ou estabelecimento de
parceria com empresa de formação que dinamizou excelentes ações vocacionadas
para treinadores e atletas de triatlo. É uma área que voltará a crescer em 2018
já que os treinadores são a óbvia base para o desenvolvimento local da
modalidade, havendo ainda uma manifesta escassez de treinadores de triatlo pelo
país.
Do
ponto de vista competitivo, e conforme anunciado, cumprimos com o modelo
competitivo definido, tendo a FTP ainda garantido a organização da Taça da
Europa do Funchal, evento que pretendia enobrecer o país e a região, bem como
garantir mais uma oportunidade competitiva internacional ao maior número de
atletas possível, e onde suplantámos o previsto, consideramos que a FTP atingiu
os seus objetivos.
2017
foi ainda um ano de discussão interna e externa para redefinição dos modelos
competitivos a ser implementados em 2018 e que acreditamos poderem trazer uma
nova vitalidade e atratividade às competições da FTP, salientando-se a
organização de um novo triatlo em Lisboa, bem no coração da cidade, e onde se
disputará o Campeonato da Europa de Clubes de Triatlo por Estafetas Mistas e
ainda o primeiro evento de promoção da modalidade, totalmente vocacionado para
a experimentação e para a vertente lúdica e participativa do triatlo.
Como
anunciado no Plano de Atividades 2017, a grande aposta passou pelo Alto
Rendimento, onde pretendíamos garantir mais oportunidades competitivas para que
os nossos atletas atingissem os níveis do Projeto Olímpico da FTP, bem como
cimentar o apoio ao Alto Rendimento, quer pela contratação de técnicos como
pelo desenvolvimento de novas ferramentas de trabalho. Nesta área, enalteço a
dedicação e trabalho desenvolvido pelos técnicos, sobretudo considerando o
facto de todos os elementos da Comissão Técnica Nacional terem novas tarefas, o
que acabou por limitar o sucesso de trabalho apresentado. Apesar dos excelentes
resultados alcançados nos Campeonatos da Europa e do Mundo, do aumento de
oportunidades competitivas e de acesso aos níveis do Projeto Olímpico, é nosso
entender que há ainda um longo trabalho a fazer no que a aproximação aos clubes
diz respeito e que fomos menos felizes em algumas convocatórias, o que acabou
por não dar o devido destaque ao trabalho de uma equipa que tudo fez para se
superar e garantir os melhores resultados.
Assim,
de forma sintética e assertiva, não nos sentimos realizados com o trabalho desenvolvido
em 2017, apesar de acreditarmos que criámos uma base de trabalho muito
interessante e que dará frutos em 2018. Este será, sem dúvida, um ano de
confirmação, para todos, da capacidade de trabalho e iniciativa desta direção
e, desde já, entregamo-nos afincadamente ao trabalho, como poderão constatar
pelo Plano de Atividades recentemente aprovado e que poderá consultar aqui.
E
o início da nova época deixou-nos já excelentes indicadores, quer pela recente
parceria com a Associação de Treinadores de Triatlo de Portugal, que melhorará
significativamente o processo de formação contínua de treinadores, ou pelo
estabelecimento de interessantes parcerias que em breve serão anunciadas, ou
ainda pela extraordinária adesão de atletas e clubes ao novo processo de
licenciamento, tendo-se atingido um número de 1614 atletas e 88 clubes
licenciados a 31 de dezembro, o que representa um aumento de 395 atletas e 11
clubes face a igual período do ano anterior.
Fazendo
votos que em 2018 consigamos potenciar o seu bem-estar na modalidade,
apresentamos os melhores cumprimentos.
Fonte:
FTP