Por: José Morais
Foto: Podium
À pouco dias escrevia um
pequeno artigo sobre a Volta a Portugal, onde iniciava com a frase “SERÁ O
PRINCÍPIO DO FIM…”, parece que estava a adivinhar o que por ai vinha, depois de
Viana do Castelo se recusar a receber a Volta, veio a vez de Viseu, e a incógnita
da Guarda, e até talvez outras recusas, de que até ao momento não temos
conhecimento, como ainda a antecipação da RTP em relação à organização, a
confirmar o cancelamento da prova.
A DGS-Direção Geral de Saúde
deu luz verde para a realização da Volta, já que com medidas restritas, a mesma
se poderia realizar, já na apresentação e confirmação do Grande Prémio Joaquim
Agostinho, a realização da Volta estava quase confirmada, mesmo em cima da hora,
a mesma ia para a frente, porem, a pior notícia surgiu, o cancelamento, e a incógnita
de que a mesma se possa vir a realizar noutra data.
É lamentável estes
acontecimentos, é uma falta de respeito pela modalidade, pelos ciclistas, por
quem depende da mesma para sustentar a família, para sobreviver no seu dia a
dia, onde muitos ciclistas estão dependentes das competições, nas mais diversas
áreas, e não só, os patrocinadores, as organizações, os trabalhadores ligados
ao ciclismo, e muito mais.
Continuamos na dúvida, da
parte da organização da Volta, pouco fumo a sair, o comunicado saído à dois
dias pela Podium, pouco ou nada adianta nas alternativas, apenas limitado a que
se está estudando outras alternativas, apesar de pouco adiantar sobre os que
irá passar, veio tarde, deixando ciclistas, equipas, patrocinadores nas nuvens,
tentando saber algo, que continua ainda muito enrolado, e debaixo de grande
nevoeiro.
Sei que organizar não é fácil,
só para quem o nunca fez, não dá valor, porque organizar a Volta não é fácil, e
todos nós sabemos que a mesma depende muito das partidas e chegadas, ou seja
das autarquias, mas penso que os intervenientes na prova, sejam eles ciclistas,
equipas, patrocinadores, e público em geral, já que este é que vai para a
estrada apoiar e dar o calor ao ciclista quando passa na estrada, devem de ser
mais informados, e serem mais respeitados, a modalidade merece respeito, e a
mesmo não o está a ser feito.
Respeito que… não possui desde
o início da pandemia, tanto da parte da DGS- Direção Geral de Saúde, do
governo, já que a bicicleta não é redonda como a bola, e todas as modalidades
que se praticam com a mesma, sendo o ciclismo uma modalidade do terceiro mundo,
onde ninguém respeita, e pelo mesmo caminho vai a organização da Volta a
Portugal, fechando-se em copas, não dando a cara, não esclarecendo, deixando
todos na incerteza.
Tenham respeito pelo ciclismo
e todos que dependem do mesmo, vamos apoiar, e dar força, a modalidade merece,
porque senão isto “SERÁ O PRINCÍPIO DO FIM…”, e muitas equipas ficaram sem
dúvida pelo caminho.
Pensem, e reflitam…