Tudo sobre ciclismo, um espaço diário da Revista Notícias do Pedal
Aos 48 anos de idade, Jorge
Giacinti da equipa do Cerro Largo, venceu a Volta ao Uruguai pela terceira vez,
o argentino já tinha vencido a prova em 1998 e 2004.
O ciclista argentino que
passou agora a ser tricampeão da prova, foi também em 2022 campeão das Rotas da
América, conseguindo no final seis segundos de vantagem, trabalhando bem para
manter a liderança, a Volta ao Uruguai foi constituída por dez etapas em
Montevideo.
Por: Fábio Lima
Foto: Getty Images
Qual a melhor forma de
recuperar de uma demolidora prova como a Paris-Roubaix, com os seus 260
quilómetros e as 29 zonas de empedrado, capazes de deixar até o atleta mais bem
preparado completamente 'atordoado'
e a precisar de uma boa semana de férias? Alguns atiram-se para a relva do
velódromo e por lá ficam. Outros (a escolha mais habitual) optam para rolar na
bicicleta para soltar as pernas por alguns minutos. E depois há Cameron Wurf.
O ciclista da Ineos Grenadiers,
128.º na classificação da clássica francesa, a 22.44 minutos de Mathieu Van der
Poel, achou que não era suficiente fazer os tais 260 quilómetros e decidiu,
pouco mais de duas horas depois de cruzar a meta, fazer uma meia-maratona... a
correr, claro está! E não foi propriamente uma 'meia' a passear, já que o
australiano de 39 anos conclui-a em 1:26.55, a um ritmo médio de 4.06/km!
"Assim
que cruzei a linha de meta, mesmo estando com as pernas todas a abanar, decidi
calçar as sapatilhas e correr uma meia-maratona. Foi a oportunidade perfeita
para correr com muita fadiga nas pernas, isto numa altura em que estou a
preparar o meu próximo Ironman", explicou o ciclista.
Wurf, refira-se, chegou a
deixar o ciclismo para se dedicar ao triatlo, modalidade na qual competiu entre
2015 e 2022. Nesse período conseguiu várias vitórias em provas de relevo,
fazendo essencialmente uso da sua especial capacidade para o ciclismo e
atletismo. Antes destas duas modalidades foi também remador, tendo até
participado nos Jogos Olímpicos de Atenas'2004.
Mo Farah
não impressiona
Continuamos esta nossa ronda
semanal agora com um olhar aos resultados do fim de semana. Um deles aconteceu
no Gabão e não foi propriamente famoso para o atleta de maior nomeada. A poucos
dias do adeus oficial, aos 40 anos, Mo Farah fez um derradeiro teste antes da
Maratona de Londres e não foi além do sétimo posto no Port-Gentil 10km. O
tempo? Uns muito modestos 30.41 minutos. Farah ficou a dois minutos e meio do
vencedor, o queniano Vincent Kipkemboi (28.11), recentemente terceiro colocado
na EDP Meia Maratona de Lisboa.
Sha’Carri
Richardson voa para marca impressionante
Das estradas vamos às pistas,
para enaltecer a marca conseguida pela carismática norte-americana Sha’Carri
Richardson. Depois de toda a polémica em que se viu envolvida, e que a tirou
dos Jogos Olímpicos, a sprinter de 23 anos fez o quarto melhor tempo da
história dos 100 metros (contando marcas regulares e irregulares), ao correr em
10.57 segundos no Miramar Invitational, nos Estados Unidos. A marca, ainda
assim, não entra na lista das melhores em termos oficiais, já que foi
conseguida com vento favorável (+4.1 m/s).
Segundo as conversões dos
especialista, esta marca é o equivalente a 10.77 com vento regular, o que não
representaria um recorde pessoal para a norte-americana (10.72), mas que seria
certamente das melhores marcas dos últimos tempos.
Boston
está quase aí!
A fechar, um olhar à Maratona
de Boston, uma das mais importantes provas do mundo, que está marcada para a
próxima segunda-feira. Alguns nomes já caíram da lista de elites, mas o
principal segue lá e com a promessa de fazer algo memorável. Eliud Kipchoge, o
recordista mundial da distância, já deixou claro que quer vencer e aponta a um
recorde do percurso norte-americano - que por agora está nos 2:03.02 de
Geoffrey Mutai, em 2011.
Fonte: Record on-line
Por: José Carlos Gomes
A sexta edição da Clássica
Aldeias do Xisto, marcada para o próximo domingo, 16 de abril, é a terceira e
decisiva prova pontuável para a Taça de Portugal Jogos Santa Casa de Elite. No
mesmo dia, Mortágua recebe a segunda prova da Taça de Portugal de XCM Credibom
e São Brás de Alportel é palco da terceira corrida da Taça de Portugal de DHI
presented by Shimano.
A Clássica Aldeias do Xisto,
corrida para profissionais que começa e acaba sempre numa aldeia, terá, na
edição de 2023, 148,8 quilómetros, ligando as Aldeias do Xisto do Mosteiro,
Pedrógão Grande, onde a partida será dada às 12h00, e de Aigra Nova, Góis, onde
se aguarda a chegada cerca das 15h45.
A meta coincide com um prémio
de montanha de terceira categoria. Pelo caminho haverá mais duas subidas pontuáveis,
na Portela do Fojo (km 64,2) e em Castanheira de Pêra (km 112,5). Num traçado
que vai levar o pelotão do Zêzere até à serra da Lousã, esta edição da Clássica
será das menos exigentes em termos montanhosos.
Essa caraterística do percurso
vai deixar ainda mais em aberto a luta pela conquista da Taça de Portugal Jogos
Santa Casa, pois permite a mais corredores sonhar com o triunfo. Neste momento,
Rafael Silva (Efapel Cycling) está no comando, com 105 pontos, sendo seguido de
perto por Rodrigo Caixas (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), com 95, Santiago
Mesa (ABTF Betão-Feirense), com 86, Francisco Campos (Fonte Nova/Felgueiras),
com 85, Hugo Nunes (Rádio Popular-Paredes-Boavista) e Leangel Linarez (Ovos
Matinados-Tavfer-Mortágua), com 80.
Em sub-23 as diferenças são
maiores, mas nada está também ainda fechado. Pedro Silva
(Glassdrive-Q8-Anicolor) parte na frente, com 140 pontos, mais 50 do que Diogo
Saleiro (Fonte Nova/Felgueiras) e mais 60 do que Diogo Gonçalves (Santa Maria
da Feira/Segmento D’Época/Reol), que ocupam os lugares imediatos na
classificação geral.
O fim de semana será também
voltado para a Taça de Portugal em duas disciplinas de BTT, a maratona (XCM) e
o downhill (DHI). A segunda corrida da Taça de Portugal de XCM Credibom
acontece em Mortágua, no domingo.
A partida será dada às 9h00 e
os participantes dividem-se por três percursos, consoante a categoria etária de
competição. Todas os participantes masculinos desde elite até masters 45 vão
pedalar na maior distância, 95 quilómetros, com um acumulado de 2800 metros.
As femininas, os homens a
partir de masters 50 e os paraciclistas masculinos de classe D terão de cumprir
75 quilómetros, com um acumulado de 2200 metros. As paraciclistas de classe D,
os paraciclistas de classe C e os utilizadores de bicicletas de assistência
elétrica terão pela frente um traçado de 45 quilómetros e 950 metros de
acumulado.
A terceira prova da Taça de
Portugal de DHI presented by Shimano também se realiza no domingo, em São Brás
de Alportel, e é pontuável para o ranking mundial, pois está inscrita na UCI
como prova C2.
A pista do Arimbo volta a ser
o epicentro da competição. São dois quilómetros de descida com 380 metros de
desnível entre a partida e a chegada. Após os treinos de sábado, as descidas
cronometradas acontecem no domingo, com a manga de qualificação a arrancar às
11h00 e a final a iniciar-se às 14h30.
As escolas de ciclismo estarão
em plena atividade no sábado. As equipas da zona Norte têm um Encontro
Inter-Regional de estrada em Paraimo, Sangalhos, concelho de Anadia, às 14h30.
As escolas da região sul também participam num Encontro Inter-Regional de
estrada, na Quinta do Conde, Sesimbra, às 14h00.
Mais
eventos oficiais
14 a 16 de abril: Lagos Bike
Aventura, Lagos
15 de abril: Lagoa 250 Anos –
Taça do Algarve de Juniores e Cadetes, Lagoa
16 de abril: BTT Uma Aventura
sobre o Mar, Afife, Viana do Castelo
16 de abril: 10.º XCO do
Centro de Ciclismo do Minho, Guimarães
16 de abril: 1.º Passeio BTT
Rota da Trança e da Palha, Travassós, Fafe
16 de abril: Montemuro
Granfondo, Cinfães
16 de abril: Maratona BTT
Caminhos da Biosfera, Santa Bárbara dos Padrões, Castro Verde
16 de abril: 3.ª Prova da Taça
de Estrada da Madeira, Porto Moniz, Seixal, Madeira
16 de abril: Taça de Santa
Maria de DHI, Pico Alto, Vila do Porto, Ilha de Santa Maria, Açores
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
Por: Carina Carrinho
O ciclismo de estrada está de
regresso às paisagens das Aldeias do Xisto no dia 16 de abril, data em que se
realiza a 6.ª edição da Clássica Aldeias do Xisto, a única prova oficial de
competição que começa e acaba numa aldeia, e que determinará o vencedor da Taça
de Portugal Jogos Santa Casa. Este ano, o percurso liga as Aldeias do Xisto do
Mosteiro, no concelho de Pedrógão Grande, e Aigra Nova, no concelho de Góis. O
acolhimento aos atletas e Secretariado Técnico decorre no Município de
Castanheira de Pera. Participam 17 equipas profissionais, num total de 120
atletas.
A Clássica Aldeias do Xisto é pontuável para a Taça de Portugal Jogos Santa Casa e continua a afirmar-se como uma das mais exigentes provas de um dia do calendário velocipédico português.
No total, os ciclistas
percorrem cerca de 150 km. O terreno íngreme da região vai conduzir o pelotão
do Zêzere à serra da Lousã, passando também nas proximidades das aldeias de
Pedrogão Pequeno, Álvaro, Candal, Cerdeira, Chiqueiro, Casal Novo, Talasnal e Comareira.
A meta coincide com um prémio de montanha de terceira categoria. Pelo caminho,
há mais duas subidas pontuáveis: na Portela do Fojo (km 64,2) e em Castanheira
de Pera (km 112,5).
Para o coordenador da ADXTUR –
Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, “a Clássica Aldeias do Xisto é uma celebração do
ciclismo, da superação desportiva e das paisagens montanhosas do centro do
país”. Bruno Ramos frisa ainda que “há uma cultura ligada à bicicleta muito evoluída nas Aldeias do Xisto,
com infraestruturas e serviços de excelência para a práticas das diferentes
modalidades”.
A Clássica Aldeias do Xisto
insere-se no projeto Cyclin'Portugal, que afirma o território das Aldeias do
Xisto como destino de excelência para a prática de ciclismo, profissional ou
amador. O projeto resulta de um protocolo entre as Aldeias do Xisto, a
Federação Portuguesa de Ciclismo, o Turismo Centro de Portugal e conta com o
apoio da Secretaria de Estado do Turismo.
Fonte: Multicom