quarta-feira, 15 de outubro de 2025

“Campeonato do Mundo: Nove Portugueses na Austrália atrás do sonho”


Entre quinta e domingo (16 a 19 de outubro), a cidade australiana de Wollongong recebe o Campeonato do Mundo de Triatlo, o ponto alto da temporada internacional. Portugal apresenta-se com atletas em todos os escalões — dos juniores às elites, passando pelo sub-23 e pelo paratriatlo.

 

Representação portuguesa e horários (hora de Portugal continental)

 

16 de outubro, quinta-feira – Sub-23

3h15 – João Nuno Batista

6h15 – Inês Rico

 

17 de outubro, sexta-feira – Juniores

4h15 – Tomás Figueiredo

6h15 – Cassilda Carvalho

 

18 de outubro, sábado – Paratriatlo

00h00 – Filipe Marques (PTS5)

 

19 de outubro, domingo – Elites (Finalíssima!)

4h00 – Maria Tomé

7h00 – Vasco Vilaça, Miguel Tiago Silva e Ricardo BatistaA

Nos escalões Sub-23, Juniores e Paratriatlo, o formato é simples: prova única, quem vence é campeão do mundo.

Já nas Elites, o sistema é por pontos e Wollongong vale a dobrar. É preciso fazer contas no final, e tudo pode mudar até ao último metro.

 

Vasco Vilaça na luta pelo título mundial

 

Vasco Vilaçachega à finalíssima em 3.º lugar do ranking mundial e com tudo em aberto na luta pelo título. O cenário é claro: para ser campeão do mundo, Vilaça precisa de vencer e esperar que o australiano Hausser, atual líder, não suba ao pódio.

Com quatro portugueses em prova nas elites Maria Tomé, Vilaça, Miguel Tiago Silva e Ricardo Batista, a expectativa é alta para uma jornada que promete emoção até ao fim.

Todos os resultados e classificações podem ser acompanhados em tempo real no site oficial da World Triathlon:

https://triathlon.org/

Fonte: Federação Triatlo Portugal

“Resultados da 1ª etapa da Volta à Holanda 2025: Tim Merlier mete ao bolso Olav Kooij e Lund Andresen com um sprint magnifico”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A Volta à Holanda 2025 começou ao rubro esta quarta-feira, com uma vitória apertada de Tim Merlier (Soudal–Quick-Step) sobre o ídolo local Olav Kooij, numa chegada explosiva em Dordrecht. O belga impôs-se nos últimos metros após um final caótico, conquistando a primeira camisola de líder da prova.

Num dia totalmente plano, ideal para os sprinters, a fuga demorou a formar-se. Quatro ciclistas conseguiram destacar-se do pelotão: três holandeses e o espanhol Javier Serrano (Team Polti VisitMalta). Apesar dos seus esforços, o pelotão manteve-os sempre sob controlo, com a vantagem a rondar o minuto até aos últimos 50 quilómetros.

A 30 km do final, a diferença já tinha caído para cerca de 40 segundos e o destino da fuga parecia selado. A presença de Fabio Jakobsen a trabalhar na frente do grupo principal, ajudando a impor o ritmo para a Soudal–Quick-Step, era um sinal claro de que seria inevitável uma chegada sprint.

A 22 km da meta, os fugitivos eram neutralizados e a corrida preparava-se para o inevitável embate entre as grandes locomotivas dos sprints.

Antes do desenlace final, alguns ciclistas ainda tentaram surpreender com ataques, sobretudo antes do sprint intermédio do quilometro Red Bull, a 14 km do fim, ganho por Jakob Söderqvist. Porém, o pelotão manteve-se compacto até aos últimos quilómetros, onde as equipas dos sprinters - Soudal–Quick-Step, Team Visma | Lease a Bike e DSM-Firmenich PostNL - organizaram os seus comboios em ritmo vertiginoso.

 

Um final ao milímetro

 

No quilómetro final, Olav Kooij lançou o sprint com força, sob o incentivo do público neerlandês. Contudo, Tim Merlier encontrou espaço pela esquerda e respondeu com uma aceleração devastadora nos últimos 50 metros. A diferença foi mínima, mas suficiente para o belga levantar os braços, conquistando a vitória por escassos centímetros.

O dinamarquês Tobias Lund Andresen completou o pódio do dia em terceiro lugar, confirmando o domínio dos homens rápidos neste arranque da corrida.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/resultados-da-1-etapa-da-volta-a-holanda-2025-tim-merlier-mete-ao-bolso-olav-kooij-e-lund-andresen-com-um-sprint-magnifico

"Naquela altura, o tramadol era legal e eu estava a consumi-lo intensamente" - Chris Horner empatiza com as dificuldades de Tadej Pogacar na Volta a França”


Por: Ivan Silva

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O vencedor da Volta a Espanha de 2013, Chris Horner, ofereceu uma das análises mais realistas e sinceras sobre o que significou para Tadej Pogacar correr lesionado na Volta a França 2025. No seu canal de YouTube, o antigo profissional norte-americano recordou o seu próprio passado com dores e lesões, traçando um paralelismo com o sofrimento do esloveno durante a última semana do Tour.

“Naquela altura, o tramadol era legal e eu estava a usá-lo intensamente”, lembrou Horner sobre a Volta à Califórnia de 2009, onde competiu com uma lesão semelhante. “Ajudou-me a ultrapassar as etapas, mas também me fez ganhar peso dia após dia. A dor era tão forte que só o facto de conseguir pedalar já era uma luta.”

As suas palavras surgem depois de Pogacar ter admitido, num podcast recente, que esteve perto de abandonar a corrida devido a fortes dores no joelho. O tetracampeão do Tour descreveu a edição de 2025 como “a mais difícil da sua carreira”, afetada por frio intenso nos Alpes e uma queda na 11ª etapa que alterou completamente o seu rendimento.

 

O acidente e a viragem na corrida

 

Segundo Horner, o momento decisivo foi a queda de Pogacar na 11ª etapa, quando tocou numa roda de um ciclista da Uno-X e foi projetado para o lado esquerdo da estrada. “Ele bateu na ilha, levantou-se e voltou à bicicleta. Não estou a dizer que foi isso que causou o problema, mas quando se cai com força na anca, a postura pode mudar. Depois, com milhares de pedaladas, algo acaba por ceder.”

As dores manifestaram-se após a 16ª etapa, no Mont Ventoux, e a partir daí o líder da UAE Team Emirates - XRG mudou radicalmente o seu estilo. O habitual atacante impetuoso deu lugar a um corredor calculista, frio e defensivo, que geriu o esforço com maturidade.

“Esta foi a experiência mais adulta e inteligente de Pogacar”, disse Horner. “Se não se consegue deixar Jonas Vingegaard para trás, também não se deve perder tempo para ele. Ele foi pragmático. Reduziu o acelerador.”

Nas etapas 18 e 19, vencidas por Ben O’Connor e Thymen Arensman, Pogacar limitou-se a defender a camisola amarela, garantindo a vitória final sem atacar desnecessariamente. “Não foi falta de vontade ou tédio”, explicou Horner. “O que víamos era um ciclista em sofrimento, a proteger a sua classificação geral.”

 

“O teu corpo absorve tudo”

 

Um dos pontos mais marcantes da análise de Horner foi o efeito fisiológico das lesões. “Sempre que o corpo entra em trauma, ganha peso”, explicou. “Mesmo sem comer, o corpo retém líquidos. Já estive no hospital e saí de lá sete quilos mais pesado.”

No ciclismo, essa retenção (mesmo que de um ou dois quilos) pode ser decisiva nas últimas montanhas de uma Grande Volta. “Em vez de perdermos peso com o desgaste da corrida, acabamos por ganhá-lo. E cada grama conta quando se sobe o Ventoux ou o Col de la Loze.”

Horner confessou ter vivido isso em 2009, quando competiu lesionado e dependente de tramadol, um analgésico entretanto banido pela UCI. “Usava-o agressivamente para aguentar as etapas, mas via o peso subir todos os dias. Disse aos meus companheiros: não esperem por mim no Monte Palomar, a minha forma estava a desaparecer.”

O americano sublinhou que não estava a insinuar que Pogacar recorreu a qualquer substância, apenas a reforçar o impacto fisiológico das dores. “Quer se trate de uma lesão ou de medicação, a retenção de água é real. E isso muda tudo.”

 

A honestidade de Pogacar e a resiliência de um campeão

 

Para Horner, o facto de Pogacar ter falado abertamente sobre a lesão é admirável. “Adoro a honestidade. Dá-nos uma perspetiva mais clara do que ele passou”, disse. “As pessoas olham para o resultado final e esquecem-se do que acontece entre o quilómetro zero e Paris.”

O americano destacou que vencer o Tour lesionado reforça ainda mais o estatuto do esloveno. “Ele não só ganhou a Volta a França, como o fez em sofrimento, ao frio e sob imensa pressão. Qualquer outro teria desistido. Ele manteve-se firme.”

O contraste com Jonas Vingegaard foi inevitável: “Se Pogacar tivesse abandonado, toda a conversa seria de novo sobre Jonas ser o melhor do mundo. Mas há que ter em conta as quedas, as lesões, as dores. São essas pequenas margens que mudam tudo.”

 

O peso invisível da dor

 

Pogacar viria a encerrar o ano com triunfos na Il Lombardia e no Campeonato do Mundo de Estrada, dissipando qualquer dúvida sobre um possível declínio.

Para Horner, a lição é clara: “Uma pequena lesão no joelho poderia ter-lhe custado o Tour. Se ele desiste, o Jonas vence e a narrativa muda por completo.”

A reflexão do americano transcende a táctica e a performance: é o testemunho de quem conhece as batalhas silenciosas que definem o ciclismo de elite. “Pogacar não estava aborrecido”, concluiu Horner. “Ele estava a sofrer. E ganhou na mesma.”

Pode visualizar este artigo: https://ciclismoatual.com/ciclismo/naquela-altura-o-tramadol-era-legal-e-eu-estava-a-consumi-lo-intensamente-chris-horner-empatiza-com-as-dificuldades-de-tadej-pogacar-na-volta-a-franca


“53 manifestantes recebem multas e proibições após confrontos com a polícia espanhola durante a Vuelta 2025”


Por: Ivan Silva

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A Comissão Anti-Violência espanhola anunciou esta semana sanções propostas a 53 manifestantes envolvidos nas ações de protesto que marcaram a Volta a Espanha 2025, uma das edições mais politicamente tensas de uma Grande Volta nos últimos anos.

Segundo o Ministério do Interior, os implicados poderão enfrentar multas entre 1 500 e 5 000 euros e proibições de entrada em recintos desportivos por períodos de três a doze meses. As medidas resultam dos incidentes registados em três etapas da corrida, nos quais vários manifestantes invadiram a estrada e entraram em confronto direto com as forças de segurança.

 

Manifestações no País Basco e no Norte de Espanha

 

Os protestos concentraram-se sobretudo durante as primeiras semanas da prova. No País Basco, durante a etapa com partida em Bilbau, a Ertzaintza interveio em confrontos que resultaram em 14 multas e quatro detenções.

Mais tarde, nas Astúrias e em Pontevedra, a Guardia Civil propôs sanções contra 39 pessoas, incluindo 12 detidas por tentarem bloquear a estrada e por se acorrentarem a barreiras de proteção durante a 13ª etapa.

A situação levou os organizadores da Vuelta a neutralizar partes do percurso e a reforçar a segurança em torno dos autocarros das equipas, das zonas de partida e de chegada. O ambiente tenso foi descrito por ciclistas e membros das equipas como “sem precedentes numa Grande Volta”.

 

A tempestade política que marcou a Vuelta

 

A edição de 2025 ficou marcada por protestos políticos relacionados com a guerra em Gaza, que usaram a visibilidade da corrida como palco de reivindicação. O alvo principal dos manifestantes foi a Israel - Premier Tech (IPT), cuja presença se tornou um símbolo controverso.

Apesar dos apelos da equipa para não ser usada como instrumento político, a sua participação desencadeou debates acesos e dividiu opiniões dentro e fora do pelotão. O impacto mediático e a visibilidade internacional transformaram a Vuelta num campo de batalha simbólico entre ativismo político e integridade desportiva.

Nos bastidores, tanto a UCI como os organizadores das Grandes Voltas têm vindo a discutir novos protocolos de segurança e gestão de crises, tendo em conta o risco crescente de manifestações em eventos de grande escala.

 

Repercussões e mudanças estruturais

 

Em resposta à polémica, o Israel - Premier Tech anunciou que retirará a palavra “Israel” do nome da equipa em 2026, numa decisão apresentada oficialmente como uma reformulação comercial, mas amplamente interpretada como um esforço para reduzir a carga política em torno da marca.

Além disso, Sylvan Adams, um dos principais investidores e a figura pública da equipa, afastou-se das operações quotidianas, sinalizando uma tentativa de despolitizar o projeto.

As sanções agora propostas pela Comissão Anti-Violência representam o primeiro desfecho jurídico concreto dos protestos, mas novos processos poderão seguir-se, segundo fontes do Ministério do Interior.

 

O desporto no epicentro da política

 

Com o ciclismo cada vez mais exposto às tensões sociais e geopolíticas globais, as Grandes Voltas enfrentam um desafio crescente: como proteger a integridade desportiva sem ignorar as realidades políticas que os rodeiam.

A Volta a Espanha 2025 ficará, assim, como um ponto de viragem uma edição em que a estrada e a política se cruzaram de forma inevitável, deixando uma reflexão profunda sobre o papel do ciclismo num mundo em mudança.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/53-manifestantes-recebem-multas-e-proibicoes-apos-confrontos-com-a-policia-espanhola-durante-a-vuelta-2025

“Resultados da 2ª etapa da Volta a Guangxi: Paul Magnier continua invicto e vence ao sprint”


Por: Ivan Silva

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A 2ª etapa da Volta a Guangxi 2025 apresentava um percurso mais exigente, com algumas subidas no menu, mas o desfecho acabou por seguir o mesmo guião visto recentemente na Volta à Eslováquia e na Cro Race. Paul Magnier continua imparável neste final de época e conquistou a segunda vitória consecutiva ao sprint, reforçando a liderança da classificação geral.

A fuga do dia foi composta por um grupo combativo que incluía ciclistas de olho na geral, em busca de segundos de bónus importantes para o desenrolar da semana. Entre os protagonistas estiveram Peter Oxenberg, Frank van den Broek, Stan Dewulf, Simon Guglielmi, Kevin Geniets e Michael Valgren, que animaram a etapa e obrigaram o pelotão a manter um ritmo elevado.

A vantagem do grupo nunca foi muito ampla e, na principal subida do dia (cerca de 8 quilómetros a 4% de inclinação média) surgiram ataques duros que fragmentaram o pelotão e impediram um sprint de grupo compacto.

 

Dewulf resiste, Narváez ataca e Magnier confirma domínio

 

Stan Dewulf foi o último fugitivo a ser alcançado, a 5 quilómetros da meta, depois de um esforço notável. Pouco depois, Jhonatan Narváez tentou surpreender com um ataque tardio, mas o terreno plano nos quilómetros finais não lhe permitiu fazer a diferença.

O grupo principal voltou a reunir-se e o desfecho foi decidido, mais uma vez, num sprint em pelotão reduzido. Paul Magnier, já vencedor da etapa inaugural, confirmou o seu excelente momento de forma e bateu Pavel Bittner e Stanislaw Aniolkowski na luta pela vitória, consolidando a sua posição de líder da corrida.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/resultados-da-etapa-2-da-volta-a-guangxi-paul-magnier-continua-invicto-e-vence-ao-sprint

"Não me deixavam correr com os rapazes porque eu ganhava-lhes e os pais queixavam-se" - Será Paula Ostiz o futuro do ciclismo espanhol?”


Por: Ivan Silva

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Aos 18 anos, Paula Ostiz, natural de Pamplona, é já apontada como um dos maiores talentos emergentes do ciclismo espanhol e mundial. Em 2025, protagonizou uma época histórica ao conquistar quatro medalhas internacionais nas categorias juniores:

Ouro na estrada e ouro no contrarrelógio no Campeonato da Europa,

Ouro na estrada e prata no contrarrelógio no Campeonato do Mundo.

Em 2026, Ostiz dará o salto para o WorldTour, assinando pela Movistar Team, equipa com a qual se estreará no pelotão profissional, num contrato válido até 2028.

Em entrevista ao Mundo Deportivo, a jovem campeã falou dos seus inícios, ambições e referências, revelando uma maturidade impressionante para a sua idade.

 

Início e personalidade

 

“Dir-vos-ia que sou uma jovem de 18 anos com muita ambição na bicicleta e que gosta de desfrutar da estrada. Primeiro começaram os meus irmãos, Toni e Raúl, e o meu pai sempre foi fã do Miguel Indurain. Ele inscreveu os meus irmãos no ciclismo e, desde os quatro ou cinco anos, eu ia vê-los. Aos seis, inscreveram-me também e cresci assim”, contou.

“Lembro-me de dizer aos meus pais, com seis anos, que no dia em que me inscrevessem seria para ganhar, que não estava ali para perder tempo. Sempre disse que queria ganhar tudo, embora saiba que é preciso ir passo a passo. Agora que vou dar o salto para o WorldTour, é outro mundo.”

Desde cedo, o talento de Paula Ostiz destacou-se naturalmente. Mais do que o treino, a jovem demonstrou um instinto competitivo raro e uma predisposição natural para vencer.

 

Competitividade e evolução

 

“Não me lembro da minha primeira corrida, mas comecei nas provas de jovens e já ganhava aos rapazes. Fui crescendo nas corridas mistas até deixarem de me deixar correr com eles, porque os vencia e havia pais que se queixavam. Passei a correr com raparigas e tornou-se aborrecido”, recordou.

Em 2025, como júnior de segundo ano, consolidou o seu estatuto de fenómeno ao dominar o cenário internacional. O triunfo no Campeonato do Mundo em Kigali, aliado aos dois títulos europeus, confirmou que Ostiz está um nível acima das suas rivais.

“Eram objetivos que defini e que alcancei graças ao trabalho com o meu treinador. Foi uma alegria imensa conseguir estas vitórias, e tenho de agradecer muito ao Imanol Etxarri, que está sempre ao meu lado, nos bons e nos maus momentos.”

 

O salto para o World Tour

 

Apesar da juventude, a passagem para o World Tour era inevitável. Várias equipas de topo mostraram interesse, mas a Movistar Team assegurou a contratação da prodígio espanhola.

“Por agora, não tenho calendário definido, mas acredito que farei as clássicas e verei como me saio. Queria assinar pela Movistar. A equipa da Emirates não era o que é hoje e preferi ficar na equipa da casa, crescer aqui e aprender pouco a pouco.”

O contrato estende-se até 2028, e a estreia deverá ocorrer no World Tour Feminino.

 

Estilo e ambições

 

“Não sei bem o meu estilo, tenho de o descobrir. Na próxima época, quando entrar no World Tour, veremos onde posso melhorar. Sei que nas longas subidas ainda tenho de evoluir”, explicou.

Questionada sobre se se vê como candidata a Grandes Voltas no futuro, Ostiz foi clara: “Sim, vejo-me lá. Tenho boas perspetivas para o Giro, o Tour ou a Vuelta, mas ainda é muito cedo. Em todas as corridas gosto de me divertir, de partilhar o esforço com as colegas e com a equipa. É preciso desfrutar, senão isto perde a graça.”

 

Referências e ídolos

 

Inspirada por grandes nomes do pelotão masculino e feminino, Paula Ostiz não esconde a admiração por Alejandro Valverde, figura lendária da Movistar.

“Desde pequena que sou uma grande fã do Valverde. O facto de ele ter estado ao meu lado no dia em que ganhou o Campeonato do Mundo de 2018 foi incrível. Sempre gostei da sua ambição e da forma como nunca desistiu. Quis ganhar um Mundial e conseguiu-o aos 38 anos.”

Entre os ciclistas que mais aprecia, destaca Tadej Pogacar, Remco Evenepoel, Demi Vollering, Marlen Reusser, Lotte Kopecky e Riejanne Markus.

Com uma combinação rara de talento natural, ambição e mentalidade vencedora, Paula Ostiz representa o futuro do ciclismo espanhol. Em 2026, a sua estreia no World Tour será acompanhada com enorme expectativa e poucos duvidam de que o seu nome será, em breve, sinónimo de vitórias nas grandes voltas femininas.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/nao-me-deixavam-correr-com-os-rapazes-porque-eu-ganhava-lhes-e-os-pais-queixavam-se-sera-paula-ostiz-o-futuro-do-ciclismo-espanhol

"Tadej Pogacar vai ganhar a Milan-Sanremo e a Paris-Roubaix" Selecionador esloveno aposta que o líder da UAE vai conquistar os 5 Monumentos”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O selecionador nacional da Eslovénia, Uroš Murn, está convencido de que Tadej Pogacar vai conquistar os dois únicos Monumentos que ainda lhe faltam, a Milan–Sanremo e a Paris–Roubaix, tornando-se assim, o primeiro ciclista desde Rik Van Looy a vencer os cinco Monumentos.

Numa entrevista ao podcast SOS-Odmev, após o fim da temporada de 2025, Murn afirmou com confiança que o ciclista da UAE Team Emirates – XRG acabará por completar o seu palmarés. “Acredito genuinamente que ele vai ganhar os dois Monumentos. Talvez não na próxima tentativa, mas eventualmente numa próxima oportunidade ele irá consegui-los.”

A afirmação pode parecer ousada, mas é sustentada pelos números. Pogacar já venceu a Liège–Bastogne–Liège três vezes (2021, 2024 e 2025), Il Lombardia por cinco anos consecutivos (2021–2025) e a Volta à Flandres em 2023 e 2025. Em 2025, terminou 2.º em Roubaix, apenas batido por Mathieu van der Poel e 3.º em Sanremo pela segunda temporada seguida.

 

“Roubaix é uma questão de tempo”

 

Para Murn, a vitória na Paris–Roubaix é inevitável. “Ele já terminou em segundo numa corrida em que a força bruta decide o resultado e ele tem força de sobra. Essa potência traduz-se bem nos empedrados. Talvez não aconteça na próxima, mas vai acontecer. A única barreira real é a sorte. Um furo ou um problema mecânico e tudo muda.”

O selecionador esloveno vê na evolução técnica e na experiência de Pogacar a chave para quebrar a imprevisibilidade da clássica do Inferno do Norte.

Ainda assim, Murn acredita que a primeira grande vitória que lhe escapa poderá surgir na Milan–Sanremo, uma corrida onde Pogacar tem mostrado progressos constantes (12.º em 2020, 5.º em 2022, 4.º em 2023, 3.º em 2024 e 2025).

“Acredito que ele vai ganhar primeiro a Sanremo”, disse. “A UAE precisa de endurecer a corrida nas subidas de Melo, Cervo e Berta, antes da Cipressa e do Poggio. Têm de eliminar os ciclistas mais pesados e não deixar que recuperem terreno. Se fizerem isso, o Tadej pode vencer.”

 

“Não se diz ao Tadej o que fazer, ouve-se”

 

Murn sublinha que o segredo do sucesso de Pogacar está na sua inteligência competitiva e na autonomia dentro da corrida: “Ele é um ciclista muito inteligente. Discutimos o percurso, mas no fim, ele sabe exatamente onde pode fazer a diferença. O resto da equipa adapta-se a ele.”

A prova dessa visão foi dada no último Campeonato do Mundo em Kigali, onde Pogacar atacou a 104 km da meta, no Monte Kigali, e resistiu a todos os perseguidores para conquistar a camisola arco-íris.

“Ele sabe que quando abre um espaço, pode mantê-lo. O Evenepoel é um melhor contrarrelogista e é muito forte nas planícies. Mas nas subidas não o acompanha e o Tadej sabe disso. Ele nunca ultrapassa os limites, os outros é que o ultrapassam.”

 

O legado em construção

 

A confiança de Murn não é cega, mas fruto de anos a observar a evolução táctica e emocional de Pogacar. O esloveno transformou o talento explosivo da juventude numa máquina de consistência e leitura de corrida, dominando em todos os tipos de terrenos, das montanhas das Grandes Voltas aos empedrados da Flandres.

Com três Monumentos já conquistados e os outros dois ao seu alcance, Pogacar tem agora a oportunidade de juntar o seu nome aos de Van Looy, Merckx e De Vlaeminck, os únicos da história a vencer os cinco. “Ele ainda não acabou o seu trabalho. Nem de perto”, conclui Murn.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/tadej-pogacar-vai-ganhar-a-milan-sanremo-e-a-paris-roubaix-selecionador-esloveno-aposta-que-o-lider-da-uae-vai-conquistar-os-5-monumentos

“Dois portugueses no Mundial de Pista de Paraciclismo 2025”


Portugal estará representado por dois atletas no Campeonato do Mundo de Pista de Paraciclismo, que decorre no Rio de Janeiro, entre 16 e 19 de outubro. Esta será uma participação histórica para o paraciclismo nacional, marcando a primeira vez que dois ciclistas portugueses competem em simultâneo numa competição mundial desta categoria.

Até agora, o paraciclista Telmo Pinão tinha sido o único representante português nestas provas internacionais. Desta vez, junta-se-lhe Miguel Pacheco, que fará a sua estreia em Campeonatos do Mundo de Pista, reforçando o crescimento e a projeção da modalidade em Portugal. A participação de ambos simboliza não só o aumento da competitividade nacional, mas também o sucesso do trabalho desenvolvido nos últimos anos em torno do paraciclismo.

Este Mundial poderá também assinalar um momento especial na carreira de Telmo Pinão, uma vez que o atleta deverá realizar a sua última participação em competições internacionais. Com uma carreira marcada pela determinação e pelo pioneirismo, Telmo deixa um legado inspirador para os novos talentos do paraciclismo português.

Para Miguel Pacheco, esta será uma estreia importante e de grande aprendizagem. O jovem atleta participará em todas as corridas do programa, tendo como principal objetivo ganhar experiência e adaptar-se ao ambiente competitivo de um Campeonato do Mundo, de modo a preparar futuras participações ao mais alto nível.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Isaac del Toro vence em Itália e dá 95.ª vitória da época à UAE Emirates”


Ciclista mexicano triunfou no Giro del Veneto

 

Por: Lusa

Foto: AP

O mexicano Isaac del Toro (UAE Emirates) somou esta quarta-feira a 16.ª vitória da temporada, ao triunfar isolado no Giro del Veneto, em Itália, tornando-se o segundo mais vitorioso em 2025.

Com a 16.ª vitória da temporada, 10 das quais em provas de um dia, e 19.ª da carreira, o vice-campeão do Giro juntou-se ao francês Paul Magnier (Soudal Quick-Step), que hoje ganhou a segunda etapa da Volta a Guangxi (China), e ao belga Tim Merlier (Soudal Quick-Step), vencedor da primeira tirada na Volta à Holanda, como o segundo mais vitorioso da temporada,

O esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), campeão mundial e europeu e vencedor da Volta a França, é o ciclista com mais triunfos em 2025, que terminou com 20 vitórias.

Del Toro, de 21 anos, isolou-se a um pouco mais de 10 quilómetros da meta e completou em 3:24.29 horas os 161,2 quilómetros entre Vicenza e Verona, menos 22 segundos do que o francês Pavel Sivakov, seu companheiro na UAE Emirates.

O norueguês Jonas Abrahamsen (Uno-X) foi terceiro, com o mesmo tempo de Sivakov, enquanto o português António Morgado (UAE Emirates) não terminou.

Para a UAE Emirates, que tem ainda os portugueses João Almeida, Rui Oliveira e Ivo Oliveira, esta foi a 95.ª vitória da temporada, melhorando ainda mais um registo que já era histórico.

Fonte: Record on-line

“Arkéa-B&B Hotels falha licenciamento e deve deixar ciclismo”


Equipa francesa não conseguiu encontrar novos investidores, que teriam de garantir valores entre os 20 e os 30 milhões de euros

 

Por: Lusa

Foto: AP

A Arkéa-B&B Hotels falhou o pedido de licenciamento para a próxima temporada junto da União Ciclista Internacional (UCI) e deverá deixar o ciclismo profissional por falta de investidores, indicou esta quarta-feira o diretor geral da equipa francesa do World Tour.

"Não apresentei nada à UCI, porque não tenho qualquer carta ou qualquer outra declaração de intenções [por parte de investidores]. Está muito complicado", disse Emmanuel Hubert, em declarações à AFP, já depois de ter informado os elementos da equipa.

As equipas têm até hoje de apresentar o pedido de licença para a próxima temporada, algo que a equipa francesa ainda não fez e corre o risco de desaparecer, 20 anos depois de ter sido fundada com o nome Bretagne-Jean Floc'h, embora exista ainda uma possibilidade ténue de continuar como amadora.

A Arkéa-B&B Hotel tem um total de 150 trabalhadores, divididos entre a equipa masculina do World tour, uma equipa feminina e um conjunto de desenvolvimento masculino.

Esta temporada, a equipa bretã somou nove vitórias, cinco das quais conseguidas pelo francês Kevin Vauquelin, que foi ainda sétimo na Volta a França e que se vai transferir para a Ineos em 2026.

O futuro da equipa estava em causa desde final de junho, quando os dois patrocinadores anunciaram que iriam deixar de apoiar, com Emmanuel Hubert a não conseguir encontrar novos investidores, que teriam de garantir um financiamento entre 20 e 30 milhões de euros.

Fonte: Record on-line

“Vasco Vilaça é a maior esperança portuguesa no Mundial da Austrália”


Português é o terceiro do ranking global

 

Por: Lusa

Foto: Getty Images

Vasco Vilaça é a maior esperança portuguesa numa medalha nos Mundiais de triatlo, que vão decorrer em Wollongong, Austrália, com estreia na quinta-feira, dia em que o sub-23 João Nuno Batista pode surpreender com o pódio.

Terceiro do ranking mundial, Vasco Vilaça tem ainda uma esperança de chegar ao título, sabendo, de antemão, das dificuldades: precisa vencer e esperar que o líder do campeonato, o australiano Matthew Hauser, que tem dominado claramente a época, não atinja o pódio.

As finalíssimas das elites, que valem o dobro dos pontos, são as únicas competições a decidir-se por ranking, enquanto nos sub-23, juniores e paratriatlo os pódios traduzem diretamente o desempenho em prova.

Campeão do Mundo júnior em 2017 e sub-23 em 2021, o australiano Mattwew Hauser tem dominado a época, vencendo três das cinco etapas disputadas até agora, apresentando-se com 3.000 pontos.

Ainda com hipótese de ganhar, o brasileiro Miguel Hidalgo chega com dois pódios nas derradeiras etapas e um acumulado de 2.780 pontos, apenas mais cinco do que Vasco Vilaça, vice-campeão do Mundo em 2020, e que soma três segundos lugares este ano.

 

Ricardo Batista, sexto em Paris'2024, surge na 11.ª posição, com 1.670 pontos, enquanto Miguel Tiago Silva é 34.º, com 906.

No evento feminino, compete somente Maria Tomé, 11.ª em Paris, que segue em 19.º do ranking, com 1.354 pontos, distante da dupla que lidera ex-aequo, a francesa Cassandre Beaugrand e a britânica Beth Potter, ambas com 2.925.

Nas restantes provas, João Nuno Batista tem a possibilidade do seu primeiro pódio em sub-23, depois de ter sido duas vice-campeão do Mundo júnior em Quarteira, em 2021, durante a covid-19, e campeão posteriormente, em 2023, em Hamburgo, Alemanha.

No paratriatlo, Filipe Marques tem também aspirações a medalha, depois de ter sido quarto nos Jogos Paralímpicos Paris'2024.

Fonte: Federação Triatlo Portugal

Ficha Técnica

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