sexta-feira, 24 de outubro de 2025

“Lenda dinamarquesa avisa a Visma: “Vingegaard deve ser o único líder no Tour 2026”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A revelação do percurso da Volta a França 2026 provocou reações em todo o mundo do ciclismo, mas poucas foram tão diretas como a de Brian Holm. O antigo diretor desportivo da Quick-Step e uma das vozes mais experientes do ciclismo dinamarquês deixou um aviso claro à Team Visma | Lease a Bike: Jonas Vingegaard deve ser o único líder da equipa no próximo verão.

“Pareceu-me que Richard Plugge falou mais de Wout van Aert do que de Vingegaard. A meu ver, Jonas é a estrela”, afirmou Holm ao Feltet.dk.

O dinamarquês ficou surpreendido com a postura do chefe de equipa da Visma durante a apresentação oficial do Tour, transmitida pela televisão belga, e acredita que o foco excessivo em Van Aert pode desviar a equipa do essencial.

 

“O traçado de 2026 é feito à medida de Vingegaard”

 

Holm considera que o percurso da próxima edição encaixa na perfeição com as características do bicampeão do Tour. O duplo Alpe d’Huez, um dos grandes atrativos do itinerário representa, segundo ele, o terreno ideal para o seu compatriota brilhar.

“O percurso é ótimo para o Jonas. Duas passagens pelo Alpe d’Huez, uma pela subida tradicional e outra pelo Col de Sarenne... Mas nunca gostei dessa estrada. É estreita, perigosa e sem barreiras. Lembro-me de conduzir por ali e pensar: isto parece-me errado.”

Holm fala com conhecimento de causa: esteve ao volante da Quick-Step em 2013, quando o Tour incluiu pela última vez a descida do Col de Sarenne, e recorda bem o cenário de risco.

“Da última vez que a usaram, foi como descida, e foi absolutamente brutal. A estrada é longa, técnica e perigosa. Não é lugar para erros.”

 

“É como se se esquecessem que o Vingegaard faz parte da equipa”

 

Apesar da atenção mediática em torno do percurso, Holm aponta a mira à gestão de liderança dentro da Visma. Para ele, o problema não está nas montanhas, mas na política interna da equipa, que continua a dividir protagonismo entre Van Aert e Vingegaard.

“Só espero que não continuem como este ano, com dois líderes. O foco estava em Van Aert, é como se se esquecessem que o Vingegaard faz parte da equipa.”

Durante o Tour de 2025, Van Aert conquistou uma etapa e Vingegaard terminou em segundo na geral, atrás de Tadej Pogacar. Ainda assim, Holm estranha a forma como o belga continua a monopolizar atenções:

“Fala-se muito de Wout. Ele é a super-estrela. Mas, pessoalmente, acho que seria mais interessante se se falasse um pouco mais do Vingegaard.”

 

“Se o sol, a lua e as estrelas se alinharem…”

 

Para o antigo técnico da Quick-Step, Vingegaard continua capaz de vencer o Tour, desde que tenha uma equipa totalmente comprometida com ele.

“Apesar de algumas pessoas dizerem o contrário, continuo a acreditar que o Jonas pode ganhar a Volta a França. Se o sol, a lua e as estrelas se alinharem.”

Holm admite que Pogacar continua a ser o grande favorito, mas acredita que a consistência e frieza tática de Vingegaard podem voltar a ser trunfos decisivos: “O percurso é bom para ele, e a estratégia também deve ser. O essencial é que a Visma o apoie sem hesitações.”

 

Um recado direto a Plugge

 

Brian Holm é conhecido pela sua franqueza, e as suas declarações soam como um aviso direto ao gestor da Visma. Para o dinamarquês, a fórmula para 2026 é simples: um líder, uma estratégia, um objetivo.

“O Jonas é a estrela. A equipa tem de se unir à volta dele, não há espaço para dúvidas.”

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/lenda-dinamarquesa-avisa-a-visma-vingegaard-deve-ser-o-unico-lider-no-tour-2026

“Pogacar já é o maior da história” Antes de arrumar a bicicleta, Woods decide incendiar um velho debate do ciclismo”


Por: Carlos Silva

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Michael Woods está a dizer adeus ao ciclismo profissional, mas o canadiano de 39 anos não quis sair em silêncio. À beira de pendurar a bicicleta, o ciclista da Israel - Premier Tech reacendeu um dos debates mais discutidos da modalidade: quem é o maior ciclista de todos os tempos?

Em entrevista à Cycling Weekly, Woods foi direto ao assunto e colocou Tadej Pogacar acima de Eddy Merckx, o mítico “Canibal”.

“Merckx competia numa época em que o mundo tinha apenas quatro mil milhões de pessoas”, argumentou o canadiano. “O facto de o Pogacar ser tão bom com o nível de profundidade que existe hoje, com esta quantidade de talento e preparação, é algo muito superior. Muito superior.”

 

“Ele pode parar amanhã e, para mim, já é o maior ciclista que existiu”

 

Enquanto Merckx acumulou um número quase lendário de vitórias, Woods considera que o contexto moderno torna o sucesso muito mais difícil. “Hoje em dia, o ciclismo é global. Há talentos a surgir de todos os continentes, com equipas que têm recursos científicos e financeiros enormes. As conquistas do Pogacar têm um peso completamente diferente.”

O canadiano recordou que o esloveno venceu a Volta a França e o Campeonato do Mundo na mesma época por duas vezes e conquistou inúmeras Clássicas. “Ele pode parar amanhã”, reforçou Woods. “E, na minha opinião, ele é o maior ciclista que já existiu.”

Woods também refletiu sobre a dificuldade de manter a motivação quando o domínio se torna rotina. “Torna-se menos divertido quando há pouca oposição”, admitiu. “Viu-se isso com o Peter Sagan. Ele aborreceu-se. Já se notava que corria apenas porque era o seu trabalho.”

Mesmo a despedir-se do WorldTour, Woods garante que o ciclismo continuará a fazer parte da sua vida. O vencedor de uma etapa em 2023 na Volta a França planeia agora uma série de desafios de resistência, entre o BTT e o triatlo.

“Tenho grandes planos”, revelou. “Quero fazer alguns eventos alternativos, coisas que sempre quis experimentar. Adoro treinar, adoro competir. Quero perceber se seria um bom triatleta.”

Após meses conturbados dentro da estrutura da equipa, Woods prefere manter uma visão positiva. “Foi um período difícil para todos, mas acredito que há mudanças positivas a caminho. A equipa pode sair fortalecida.”

Enquanto se prepara para a vida fora do pelotão, Michael Woods despede-se com o mesmo espírito combativo que o tornou uma das figuras mais respeitadas do ciclismo moderno e com uma afirmação que promete alimentar discussões durante anos: Pogacar, e não Merckx, é o verdadeiro rei da estrada.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/pogacar-ja-e-o-maior-da-historia-antes-de-arrumar-a-bicicleta-woods-decide-incendiar-um-velho-debate-do-ciclismo

“Armstrong avisa: “O Tour 2026 será um teste mental para Pogacar”


Por: Ivan Silva

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A Volta a França 2026 já tem o seu percurso oficial, e as primeiras reações surgiram no podcast The Move, de Lance Armstrong e Johan Bruyneel, dois nomes que conhecem o Tour como poucos. A dupla elogiou o desenho do percurso e o equilíbrio entre montanha, etapas planas e contrarrelógios, mas concentrou-se sobretudo na batalha mental e física de Tadej Pogacar, que tentará conquistar o seu quinto título, igualando Anquetil, Merckx, Hinault e Induráin.

“Apesar de todos sabermos que há um grande favorito, a incerteza manter-se-á até às etapas 18, 19 e 20, porque são extremamente duras”, destacou Armstrong.

 

Um Tour com montanha desde o primeiro dia

 

A edição de 2026 arranca em Barcelona, com um contrarrelógio por equipas de 19 quilómetros e duas subidas curtas. Para Armstrong, este arranque favorece Pogacar e a UAE Team Emirates, que podem fazer a diferença logo no início: “Esse formato dá uma vantagem a Pogacar, porque vai ter alguém da sua equipa que pode subir essas rampas com ele, seja Del Toro ou outro colega de equipa.”

O percurso apresenta 21 etapas: oito de montanha (cinco com final em alto), sete planas e quatro onduladas, somando 54.000 metros de desnível positivo, mais 6.000 do que em 2025. Armstrong sublinha que as jornadas decisivas estarão bem distribuídas:

Pirinéus (etapa 6) com Aspin e Tourmalet.

Maciço Central (etapa 10) com terreno traiçoeiro.

Vosges (etapa 14), onde Pogacar já brilhou.

Alpes, com o duplo Alpe d’Huez nas etapas 19 e 20.

“Estas três etapas consecutivas farão a diferença no final. É aí que o Tour se ganha ou se perde”, afirmou Armstrong.

 

Pogacar, o favorito absoluto

 

Segundo Armstrong, “o mais forte vence”, e esse continua a ser Tadej Pogacar. O norte-americano considera o esloveno praticamente imparável, independentemente do perfil do percurso: “Não importa o percurso. Quando se está ao nível de ganhar o Tour, não há terreno que nos possa parar.”

Jonas Vingegaard surge como o principal rival, com Remco Evenepoel, Florian Lipowitz, Oscar Onley e Felix Gall mencionados como outsiders. No entanto, Armstrong reforça o domínio coletivo da UAE Team Emirates: “Se dissermos que Pogacar é o número um e Jonas o segundo, o terceiro e o quarto lugares são provavelmente da equipa de Pogacar. Isso dá-lhe um enorme reforço.”

O contrarrelógio individual da 16ª etapa, de 27 quilómetros com os primeiros 10 a subir, também é apontado como desfavorável a Evenepoel. “Não é o tipo de percurso onde ele pode bater os especialistas da montanha”, explicou Armstrong.

 

A pressão e o desafio mental

 

Para Armstrong, o maior obstáculo de Pogacar em 2026 será mental. O ex-campeão sabe por experiência própria o peso de defender múltiplos títulos no Tour: “Não há nenhum ciclista que possa ignorar tudo o que se passa à sua volta. É um fardo mental, mas, se for preciso, ele é um assassino na última semana. Trata-se apenas de gerir a pressão e as expectativas.”

Pogacar sentiu sinais de fadiga na última semana do Tour 2025, mas mesmo assim conquistou o quarto triunfo consecutivo. Armstrong acredita que a chave estará em controlar o desgaste psicológico e manter o foco quando os dias decisivos chegarem aos Alpes.

 

A leitura tática de Johan Bruyneel

 

O antigo diretor desportivo da US Postal e da Discovery Channel, Johan Bruyneel, partilha a opinião de Armstrong: o percurso é “muito equilibrado” e foi desenhado para manter o suspense até ao último fim de semana. “As etapas mais difíceis estão no final, o que mantém a emoção até ao último dia”, afirmou Bruyneel.

Também destacou o impacto do contrarrelógio por equipas em Barcelona, que poderá estabelecer uma hierarquia tática desde o início: “Isso permite ver como os líderes são apoiados pela equipa, e pode criar pequenas diferenças estratégicas logo na primeira etapa.”

Tal como Armstrong, o belga não vê rivais consistentes à altura de Pogacar e Vingegaard: “Nos últimos anos vimos que Pogacar e Jonas estão um passo acima dos outros. Mais ninguém tem a capacidade de os desafiar de forma consistente.”

E acrescenta: “Se dissermos que Pogacar é o número um e Jonas o segundo, as posições três e quatro estarão provavelmente na equipa de Pogacar, como Del Toro ou Almeida. Isso dá-lhe muito controlo sobre a corrida.”

 

O veredito

 

A análise conjunta de Armstrong e Bruyneel resume-se a uma convicção: a Volta a França 2026 é feita à medida dos trepadores, e Pogacar parte com todas as cartas na mão para igualar os maiores nomes da história.

As últimas três etapas de montanha (Solaison, Alpe d’Huez e a rainha de Le Bourg-d’Oisans) serão, segundo ambos, o campo de batalha final onde o esloveno poderá consolidar o seu nome entre os imortais.

“O favorito é Pogacar. Em segundo lugar, Jonas. Depois disso, os que ocupam os outros lugares do pódio estarão provavelmente na equipa de Pogacar”, concluiu Armstrong.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/armstrong-avisa-o-tour-2026-sera-um-teste-mental-para-pogacar

“Análise - As cinco etapas que vão decidir o Tour 2026. Alpe d’Huez regressa em dose dupla”


Por: Ivan Silva

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A Volta a França 2026 promete um formato diferente, com um percurso mais compacto e seletivo, onde apenas um punhado de dias poderá provocar diferenças significativas entre os candidatos à classificação geral. De acordo com a organização, o Tour começará em Barcelona e manterá o foco na intensidade em vez da dispersão. Apenas cinco etapas, das 21, deverão definir o vencedor da Camisola Amarela, num desenho que reserva o clímax para o último fim de semana nos Alpes.

Ao contrário de edições recentes, os dias realmente decisivos não estão distribuídos ao longo das três semanas. Até à 13ª etapa, o percurso privilegia os sprinters e os atacantes, com o primeiro grande embate entre favoritos apenas a surgir nos Pirinéus, antes de uma segunda metade de corrida concentrada em alta montanha.

 

Etapa 6: Pau → Gavarnie-Gedré

 

Primeiro teste sério nos Pirinéus

Após o arranque em Barcelona e as primeiras chegadas explosivas em Montjuïc e Les Angles, o Tour entra em França para um fim de semana pirenaico que promete o primeiro confronto direto entre Pogacar e Vingegaard.

A 6ª etapa, de Pau a Gavarnie-Gedré, é um clássico de montanha com sabor histórico. A ascensão do Col d’Aspin prepara o terreno para o inevitável Col du Tourmalet, 17 km a 7% de média, com o topo a 2.115 metros de altitude.

O Tourmalet surge a 39 km da meta e será o primeiro verdadeiro teste de resistência e tática. A descida longa até Luz-Saint-Sauveur e a subida final curta em Gavarnie podem favorecer ataques à distância. Mesmo que não se vejam diferenças de minutos, esta é a etapa onde o Tour começará a ganhar forma.

 

Etapa 14: Mulhouse → Le Markstein

 

Os Vosges voltam a incendiar a corrida

O regresso à montanha acontece na 14ª etapa, um dia desenhado para rebentar o pelotão nos Vosges. O percurso é nervoso, repleto de pequenas armadilhas e subidas irregulares, terminando em Le Markstein, como em 2023.

O grande destaque é a subida final ao Col du Haag, 11 km com pendentes que ultrapassam os 10% em vários troços, apesar de uma média “enganadora” de 7,3%. Após uma semana de etapas planas, o regresso à montanha poderá provocar crises súbitas entre os candidatos à geral.

“É o tipo de subida que castiga quem perdeu o ritmo da montanha”, observou o ex-profissional Dan Martin.

Se o tempo se mantiver instável, como é habitual na região, poderemos assistir a um primeiro abalo psicológico entre os favoritos.

 

Etapa 15: Champagnole → Plateau de Solaison

 

Os Alpes abrem as portas do inferno

A 15ª etapa marca a entrada nos Alpes e é um prelúdio da dureza final. Com 4.500 metros de desnível acumulado, esta jornada apresenta o perfil típico de uma etapa da Volta a Espanha: estradas irregulares e subidas íngremes.

O Col de la Crosette (4,6 km a 11%) é um primeiro filtro, mas o duelo decisivo acontecerá na subida ao Plateau de Solaison (12 km a 9%), uma das montanhas mais duras de toda a edição.

Esta será a etapa de encerramento da segunda semana, e quem vacilar aqui poderá comprometer toda a luta pela geral antes do bloco alpino final.

 

Etapa 19: Gap → Alpe d’Huez

 

A tradição em vésperas da etapa rainha

O Alpe d’Huez regressa na 19ª etapa, e com ele o ambiente de festa que faz da montanha francesa um dos palcos mais emblemáticos do ciclismo mundial.

Apesar de o perfil ser mais curto e direto, esta etapa servirá de aquecimento emocional antes da jornada rainha. A subida mítica não deve alterar radicalmente a classificação, mas poderá consolidar o domínio de quem estiver em forma.

“Será um dia para os adeptos, um espetáculo puro de ciclismo”, resumiu um membro da organização.

 

Etapa 20: Le Bourg-d’Oisans → Alpe d’Huez

 

A etapa rainha que fecha o Tour em alta montanha

A 20ª etapa é unanimemente considerada a etapa rainha da Volta a França 2026. São 171 quilómetros brutais, com encadeamentos de montanhas míticas e altitudes superiores aos 2.600 metros.

Logo na partida surge o Col de la Croix de Fer, seguido da dupla lendária Télégraphe–Galibier, um conjunto de subidas que totaliza mais de 30 km acima dos 7% de inclinação média. O topo do Galibier (a 2.642 metros) surge a 61 km do fim, suficiente para abrir diferenças abismais.

Depois, a corrida mergulha na descida longa de Lautaret e enfrenta o Col de Sarenne (12,8 km a 7,3%), antes de um regresso parcial ao Alpe d’Huez para uma meta digna de uma consagração.

Esta etapa junta resistência, altitude, tradição e imprevisibilidade, e é provável que decida o vencedor final.

“É assim que se desenha uma etapa rainha: dureza até ao fim e esperança para todos”, escreveria um cronista experiente.

 

O veredito

 

O percurso da Volta a França 2026 aposta menos na variedade e mais na intensidade. Os contrarrelógios terão um papel secundário, e as grandes diferenças deverão surgir apenas em cinco dias-chave: Pau, Le Markstein, Solaison e o duplo Alpe d’Huez.

A luta entre Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard promete continuar a ser o eixo da corrida, com poucas oportunidades para terceiros interferirem. O Tour de 2026 será, acima de tudo, uma batalha de gestão, paciência e explosão, concentrada num punhado de dias que decidirão tudo.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/analise-as-cinco-etapas-que-vao-decidir-o-tour-2026-alpe-dhuez-regressa-em-dose-dupla


“Isaac Del Toro conquista o título mexicano de contrarrelógio e mira a prova de estrada”


Por: Ivan Silva

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Depois de uma temporada extenuante no pelotão europeu, Isaac Del Toro surpreendeu ao alterar os seus planos à última hora. Em vez de terminar o ano em Itália, o jovem prodígio da UAE Team Emirates regressou ao México para participar nos Campeonatos Nacionais, disputados pela primeira vez em quatro anos, e já começou com vitória.

O ciclista de 21 anos conquistou esta quinta-feira o título nacional de contrarrelógio, impondo-se de forma categórica a Edgar Cadena e Eder Frayre, que completaram o pódio.

“Voltar a correr na minha terra natal é algo muito especial. Foi aqui que tudo começou”, afirmou Del Toro, visivelmente emocionado após cortar a meta.

A vitória reforça o domínio do jovem mexicano num ano em que somou 16 vitórias, incluindo uma etapa e um segundo lugar na geral da Volta a Itália, além do recente triunfo na Baja California.

 

Favorito também na prova de estrada

 

A prova de estrada está marcada para sábado, 25 de outubro, e Del Toro parte como claro favorito a conquistar a dobradinha. Caso confirme o triunfo, o ciclista da Emirates carregará a bandeira mexicana nas principais competições internacionais de 2026, tanto nas provas de estrada como nos contrarrelógios.

A ausência de adversários à altura realça a diferença de patamar entre Del Toro e o resto do pelotão nacional. Desde a sua explosão internacional, o mexicano tem sido apontado como o sucessor natural de Tadej Pogacar dentro da estrutura da Emirates, e o título conquistado em casa é mais um símbolo do seu estatuto crescente.

“É incrível voltar e ver o entusiasmo dos adeptos. Representar o México no WorldTour é um orgulho enorme”, disse o campeão após a cerimónia do pódio.

 

Um final de época com sabor a símbolo

 

A escolha de terminar o ano em solo mexicano, em vez das clássicas italianas de outono, é vista como um gesto de ligação às origens e de reconhecimento da base que o formou. Del Toro quis também dar visibilidade ao ciclismo nacional, que regressa aos holofotes internacionais após vários anos de ausência de campeonatos.

Com o título de contrarrelógio já assegurado e a estrada ainda por disputar, o talento de Ensenada encerra uma época perfeita: vitórias, maturidade e o reconhecimento global de ser uma das figuras mais promissoras do pelotão.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/isaac-del-toro-conquista-o-titulo-mexicano-de-contrarrelogio-e-mira-a-prova-de-estrada

“Ciclista italiano morre após estar um mês em coma”


Kevin Bonaldo tinha 25 anos e sofreu uma paragem cardíaca durante a prova 'Piccola Sanremo'

 

O ciclista Kevin Bonaldo, de 25 anos, faleceu esta sexta-feira. O corredor italiano de 25 anos esteve um mês em coma após ter sofrido uma paragem cardíaca durante a corrida 'Piccola Sanremo'.

A informação foi avançada esta sexta-feira pela Sc Padovani Polo Cherry Bank, equipa onde alinhava Bonaldo, através das suas redes sociais.

"Kevin Bonaldo, atleta de 25 anos do Sc Padovani Polo Cherry Bank que sofreu um derrame a 21 de setembro no final da Piccola Sanremo em Sovizzo , morreu esta manhã, após um mês a lutar entre a vida e a morte numa cama do Hospital San Bortolo em Vicenza", pode ler-se.

De acordo com o diário espanhol 'El Mundo', Kevin Bonaldo foi socorrido de pronto pela assistência médica da prova, tendo sido transportado para o Hospital San Bortolo, em Vicenza.

Segundo a sua equipa, o ciclista italiano tinha demonstrado sinais de melhora nas últimas semanas. Contudo, o estado de saúde do corredor piorou nas últimas horas, acabando infelizmente por falecer.

Fonte: Sapo on-line

“Selecionador e a medalha 'tardia' de Iúri Leitão no Mundial: «Foi dada uma volta a mais»”


Gabriel Mendes explica o que sucedeu na prova do português, que inicialmente foi dado como 6.º classificado

 

Por: Lusa

Foto: Instagram

O português Iúri Leitão conquistou na quinta-feira a medalha de bronze na prova de scratch dos Mundiais de ciclismo de pista, mas que apenas pode pôr ao peito após uma longa espera.

O ciclista português acabou por ser o único a reparar que tinha sido dado uma volta a mais à pista.

Numa prova que começou com cerca de 40 minutos de atraso, Iúri Leitão foi dado inicialmente como sétimo classificado, subindo posteriormente a sexto, antes de, vários minutos depois - os resultados oficiais do scratch foram os últimos a ser publicados -, subir ao pódio para receber a medalha.

Sem que se tenha ouvido o sino identificativo da última volta, Iúri Leitão sprintou no grupo da frente para tentar chegar às medalhas, mas todos os restantes ciclistas continuaram a corrida, com o vianense a ser o único a parar e a reclamar que a corrida tinha acabado.

"Primeiro, foi dada uma volta a mais do que aquilo que deveriam de fazer e depois o Iúri foi prejudicado numa abordagem à volta final pelo movimento do belga [Jules Hesters] que o obrigou a subir na pista. Nessa volta, o Iúri passa em quarto lugar, mas, após a revisão da corrida pelos comissários, o belga foi relegado e nós fazemos terceiro lugar", explicou à agência Lusa o selecionador português.

Gabriel Mendes lamentou, contudo, que o movimento do Hester tenha prejudicado a possibilidade do primeiro lugar, "porque o Iúri vinha a ultrapassá-lo e essa ação acaba por prejudicar e tirar a possibilidade de fazer melhor"

"No entanto, foi um excelente resultado que obtivemos e, portanto, essa é uma situação que não poderíamos controlar", assumiu.

Durante as 40 voltas ao velódromo de Santiago, o campeão europeu da especialidade apenas passou uma vez na frente do pelotão, logo nos primeiros metros, acabando sempre depois por estar mais na segunda metade do grupo.

Esse posicionamento acabou por fazer com que parecesse ter sido surpreendido nos poucos ataques que houve ao longo da corrida, mas acabou sempre por recuperar lugares.

A aceleração definitiva acabou por acontecer a 12 voltas da meta, com Iúri Leitão a ficar num terceiro grupo, mas, com um grande esforço, acabou por recuperar e estava, à entrada para a derradeira volta, na luta pelas medalhas, que acabaria mesmo por conquistar, embora apenas após o protesto luso.

Esta foi a terceira medalha em Mundiais para Iúri Leitão, depois do ouro conseguido em 2023, no omnium, e da prata em eliminação nos Mundiais de 2021, além de quatro títulos europeus de scratch e um na corrida por pontos.

Na história dos Mundiais de pista, Portugal tem mais quatro medalhas, dois bronzes de Maria Martins, no scratch em 2020 e no omnium em 2022, e outras duas, na perseguição individual, para Ivo Oliveira, de prata em 2018 e de bronze em 2022.

O ciclista da Caja Rural volta a entrar na pista hoje, no quilómetro, disputando as qualificações às 11:00 locais (15:00 em Lisboa), com a possível final a disputar-se às 18:20 (22:20), num dia que Diogo Narciso se tenta apurar, às 12:00 (16:00) para a final da perseguição individual, marcada para as 18:58 (22:58).

Na final direta da corrida por pontos, às 17:00 (21:00) vai estar João Matias, com Iúri Leitão a disputar as quatro provas do omnium no sábado.

No domingo, João Matias disputa a final da eliminação, às 14:40 (18:40), e Diogo Narciso e Iúri Leitão vão estar no Madison, às 15:58 (19:58).

Fonte: Record on-line

“Taça de Portugal: Sporting CP na frente para prova decisiva em Sesimbra”


Sesimbra recebe este domingo, 26 de outubro, a partir das 10 horas, a derradeira prova da Taça de Portugal. O Sporting Clube de Portugal parte na liderança tanto no setor masculino como no feminino, mas continua tudo em aberto.

No setor masculino, o Sporting Clube de Portugal lidera com 1410 pontos, seguido do Outsystems Olímpico de Oeiras, com 1360 pontos, e do Alhandra Sporting Club, com 1250 pontos. As diferenças reduzidas entre os três primeiros garantem uma disputa acesa pela vitória final.

Já no setor feminino, o Sporting Clube de Portugal também ocupa o primeiro lugar, com 1380 pontos, à frente do Alhandra Sporting Club (1240 pontos) e do Outsystems Olímpico de Oeiras (1160 pontos).

O IV Triatlo de Sesimbra será, assim, determinante para apurar os vencedores finais, encerrando a edição 2025 da Taça de Portugal.

Além da componente competitiva, o evento promete uma jornada de celebração do triatlo, com a habitual presença de atletas de todo o país, equipas técnicas, familiares e adeptos que fazem do ambiente da modalidade um exemplo de desportivismo e fair play.

Fonte: Federação Triatlo Portugal

“Bradley Wiggins: «Um dia acabei a snifar cocaína sobre a medalha de ouro olímpica»”


Antigo ciclista britânico escreveu uma autobiografia

 

Por: Isabel Dantas

Foto: AP

Que a vida de Bradley Wiggins dava um filme, disso ninguém tem dúvidas. Mas o antigo ciclista britânico, que conquistou, entretanto, título de 'Sir', conta numa autobiografia, sem filtros, alguns aspetos da sua vida, desde os abusos sexuais que sofreu na adolescência, aos anos de destruição depois de deixar as duas rodas.

Vencedor de 8 medalhas olímpicas (quatro de ouro), Wiggins ganhou milhões durante uma profícua carreira na estrada e na pista, mas acabou arruinado e viciado em drogas. "Cheguei a odiar as minhas medalhas. Um dia acabei a snifar cocaína sobre o ouro olímpico que tanto me tinha custado ganhar", admite o antigo ciclista, de 45 anos, na obra intitulada 'The Chain'.

Wiggins recorda os abusos que sofreu por parte do seu treinador, Stan Knight, entre os 13 e os 16 anos, que acabariam por ter consequências para a vida. "Foi o primeiro adulto que me fez sentir que valia alguma coisa, mas também foi quem me roubou a inocência", refere o ex-corredor sobre o técnico, que morreu em 2003.

O britânico, vencedor do Tour em 2012, abordou o pai, Gary Wiggins, um antigo ciclista alcoólico e violento que abandonou a família e morreu em 2008, na Austrália. "Foi assassinado", garante Wiggins. "E, embora pareça terrível, senti um alívio. Como como uma libertação. Mesmo assim continua a ser o meu herói."

Fonte: Record on-line

“Campeonato do Mundo de Pista”


Iúri Leitão conquista medalha de bronze no Scratch em Santiago do Chile

 

Com um bronze que chegou depois da hora, Iúri Leitão conquistou, na madrugada desta sexta-feira, a primeira medalha de Portugal no Campeonato do Mundo UCI de Pista 2025, competição que decorre até ao próximo domingo, 26 de outubro, no Velódromo Peñalolén, no Chile.

O Campeão Olímpico foi o primeiro dos três ciclistas nacionais a entrar em ação no segundo dia deste Mundial, participando na corrida de Scratch, uma disciplina que já venceu por quatro vezes em Europeus.

A história desta corrida resume-se, praticamente, às duas últimas voltas e à confusão gerada por uma classificação que, inicialmente, foi dada à 41ª volta das 40 programadas, colocando o português no 6º lugar provisório e longe das medalhas, após um sprint abortado pelo toque de um adversário belga, prontamente assinalado pelo português.

Porém, a volta suplementar acabou, naturalmente, por ser anulada, pelo que a classificação foi revista e Iúri Leitão passou a ocupar o 4º posto e, pouco depois, o 3º lugar final, já que os comissários entenderam excluir o belga Jules Hesters pelo seu movimento em pista, desviando o português da sua trajetória e impedindo-o de realizar o sprint final.


Um final confuso, mas que permitiu a Iúri Leitão arrecadar o bronze, numa prova ganha pelo alemão Moritz Augenstein, na frente do neerlandês Yanne Dorembos.

Esta foi a terceira medalha em Mundiais para Iúri leitão, depois do ouro conseguido em omnium, em 2023, em Glasgow, Escócia, e da prata em eliminação no Mundial de 2021, em Roubaix, França.

Esta sexta-feira, estarão em ação todos os três ciclistas portugueses, com Iúri no Quilómetro (qualificação), Diogo Narciso na Perseguição Individual (qualificação) e João Matias na final da Corrida por Pontos.

 

 

PROGRAMA

 

Sexta-feira, 24 de outubro

 

15h00: Quilómetro contrarrelógio: Elite Masculina - Iúri Leitão (qualificação) 16h00: Perseguição individual, Elite masculina - Diogo Narciso (qualificação). 21H00: Corrida de pontos, Elite masculina - João Matias (final)

22h20: Quilómetro contrarrelógio: Elite Masculina - Iúri Leitão (final) a) 22h58: Perseguição individual, Elite masculina - Diogo Narciso (final) a)

a)      Dependente do resultado na Qualificação

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

Ficha Técnica

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