Gabriel Mendes explica o que sucedeu na prova do português, que inicialmente foi dado como 6.º classificado
Por: Lusa
Foto: Instagram
O português Iúri Leitão
conquistou na quinta-feira a medalha de bronze na prova de scratch dos Mundiais
de ciclismo de pista, mas que apenas pode pôr ao peito após uma longa espera.
O ciclista português acabou
por ser o único a reparar que tinha sido dado uma volta a mais à pista.
Numa prova que começou com
cerca de 40 minutos de atraso, Iúri Leitão foi dado inicialmente como sétimo
classificado, subindo posteriormente a sexto, antes de, vários minutos depois -
os resultados oficiais do scratch foram os últimos a ser publicados -, subir ao
pódio para receber a medalha.
Sem que se tenha ouvido o sino
identificativo da última volta, Iúri Leitão sprintou no grupo da frente para
tentar chegar às medalhas, mas todos os restantes ciclistas continuaram a
corrida, com o vianense a ser o único a parar e a reclamar que a corrida tinha
acabado.
"Primeiro, foi dada uma
volta a mais do que aquilo que deveriam de fazer e depois o Iúri foi
prejudicado numa abordagem à volta final pelo movimento do belga [Jules
Hesters] que o obrigou a subir na pista. Nessa volta, o Iúri passa em quarto
lugar, mas, após a revisão da corrida pelos comissários, o belga foi relegado e
nós fazemos terceiro lugar", explicou à agência Lusa o selecionador
português.
Gabriel Mendes lamentou,
contudo, que o movimento do Hester tenha prejudicado a possibilidade do
primeiro lugar, "porque o Iúri vinha a ultrapassá-lo e essa ação acaba por
prejudicar e tirar a possibilidade de fazer melhor"
"No entanto, foi um
excelente resultado que obtivemos e, portanto, essa é uma situação que não
poderíamos controlar", assumiu.
Durante as 40 voltas ao
velódromo de Santiago, o campeão europeu da especialidade apenas passou uma vez
na frente do pelotão, logo nos primeiros metros, acabando sempre depois por
estar mais na segunda metade do grupo.
Esse posicionamento acabou por
fazer com que parecesse ter sido surpreendido nos poucos ataques que houve ao
longo da corrida, mas acabou sempre por recuperar lugares.
A aceleração definitiva acabou
por acontecer a 12 voltas da meta, com Iúri Leitão a ficar num terceiro grupo,
mas, com um grande esforço, acabou por recuperar e estava, à entrada para a
derradeira volta, na luta pelas medalhas, que acabaria mesmo por conquistar,
embora apenas após o protesto luso.
Esta foi a terceira medalha em
Mundiais para Iúri Leitão, depois do ouro conseguido em 2023, no omnium, e da
prata em eliminação nos Mundiais de 2021, além de quatro títulos europeus de
scratch e um na corrida por pontos.
Na história dos Mundiais de
pista, Portugal tem mais quatro medalhas, dois bronzes de Maria Martins, no
scratch em 2020 e no omnium em 2022, e outras duas, na perseguição individual,
para Ivo Oliveira, de prata em 2018 e de bronze em 2022.
O ciclista da Caja Rural volta
a entrar na pista hoje, no quilómetro, disputando as qualificações às 11:00
locais (15:00 em Lisboa), com a possível final a disputar-se às 18:20 (22:20),
num dia que Diogo Narciso se tenta apurar, às 12:00 (16:00) para a final da
perseguição individual, marcada para as 18:58 (22:58).
Na final direta da corrida por
pontos, às 17:00 (21:00) vai estar João Matias, com Iúri Leitão a disputar as
quatro provas do omnium no sábado.
No domingo, João Matias
disputa a final da eliminação, às 14:40 (18:40), e Diogo Narciso e Iúri Leitão
vão estar no Madison, às 15:58 (19:58).
Fonte: Record on-line

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