segunda-feira, 26 de julho de 2021

“João Almeida e Nelson Oliveira motivados para o contrarrelógio”


Depois da prova de fundo, João Almeida e Nelson Oliveira estão prontos para disputar o contrarrelógio individual dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A prova é no dia 28 de julho, pelas 06h00, hora portuguesa.

Com os campeões olímpicos encontrados na prova de fundo, é altura de colocar toda a atenção no contrarrelógio individual, onde os portugueses João Almeida e Nelson Oliveira vão marcar presença.

Os corredores vão ter pela frente 44,2 quilómetros de distância para percorrer, num total de duas voltas ao percurso da prova, que terá início e fim no circuito de Fuji, onde terminou também a prova de fundo. A prova começa com uma descida a alta velocidade, onde poderão ser atingidos os 80km/h, que irá desafiar as capacidades técnicas dos atletas.

“Vai ser um contrarrelógio longo e muito duro, com algumas subidas. Penso que até aos 30 quilómetros a maior parte dos corredores vai ter um bom desempenho. A partir daí deverão ser os especialistas a ter uma maior vantagem. O João não tem muita experiência, mas pode sair-se bem, vai ter de gerir bem o esforço. Poderá ter um resultado melhor do que na prova em linha, pois já está mais rodado e solto. Vamos ver como se dará acima dos 30 quilómetros, mas poderá obter um bom resultado. Este é um contrarrelógio como o Nelson gosta. Já nos habituou a bons resultados e poderá estar muito bem. No entanto, há uma nova geração muito boa de contrarrelogistas, que não esteve no Rio, por exemplo, e que poderá obter grandes resultados. São todos contrarrelogistas aqui, o que irá colocar a fasquia muito mais alta. Apesar disso, estou a apontar para os dez primeiros”, afirmou José Poeira, selecionador nacional.

Embora não haja subidas muito duras ao longo do percurso, todo ele é ondulado e vai requerer um esforço acrescido da parte dos corredores para manterem um ritmo o mais constante possível. Estas características tornam este percurso duro, adensado pelo calor do verão japonês, que também poderá ser uma dificuldade.

A primeira subida chega logo no início, com uma inclinação de 4,5%. Embora não seja particularmente íngreme, é uma subida relativamente longa, com uma duração de 5 quilómetros. Os corredores voltarão a entrar no circuito de Fuji após uma descida que leva a uma segunda subida de um declive semelhante. A partir desta altura, e à medida que os atletas passam a zona do pit lane, a estrada torna-se plana. Durante os últimos 2 quilómetros em direção à linha de chegada, o percurso torna-se mais ondulado. Depois, os corredores vão repetir o mesmo percurso uma última vez.

“É um percurso bastante duro, com muito sobe e desce, que penso adaptar-se bem a mim e ao Nelson. Há vários corredores que estão em muito boa forma e que, tal como nós, se prepararam especificamente para esta prova, como o Rohan Dennis e o Filippo Ganna. O Wout Van Aert também deverá ser um dos principais adversários, visto que tem estado a andar muito bem. Penso que o facto de agora estar mais rodado e com mais ritmo depois da prova de fundo me poderá ajudar. Nunca fiz um contrarrelógio tão longo, mas vou dar o meu melhor”, afirmou João Almeida.

Nelson Oliveira mostrou-se satisfeito com o percurso e sonha repetir o top 10 conseguido no Rio de Janeiro, em 2016. “Os treinos têm corrido bem. A prova vai ser exigente, mas vamos dar o nosso melhor para que corra tudo bem. É um contrarrelógio duro e longo, que me agrada bastante. Treinei bem, por isso agora é esperar que no dia da prova o corpo corresponda. Os adversários são muito bons e todos os países trazem um especialista de grande nível. Alguns deles vêm muito mais rodados do Tour e o ritmo é outro. No entanto, depois da prova de estrada, também já me sinto mais à vontade nesse sentido, o que poderá ajudar a conseguir um bom resultado. Repetir um top 10, como fiz nos Jogos Olímpicos do Rio, e assim conseguir o diploma olímpico, seria excelente. Esse será o objetivo. Trabalhei muito para chegar aqui nas melhores condições e vou dar o meu melhor”.

No contrarrelógio vão estar presentes os melhores corredores do mundo nesta disciplina, o que significa que a luta pelas medalhas será, certamente, muito intensa. No Tour, Wout van Aert (Bélgica) já mostrou aquilo de que é capaz e será, certamente, um dos principais candidatos às medalhas.

O seu companheiro de equipa Remco Evenepoel também é favorito, mas a sua forma física poderá ainda não o permitir estar no seu melhor. O campeão do mundo de contrarrelógio de 2020, Filippo Ganna (Itália) e o bicampeão mundial Rohan Dennis (Austrália) prepararam-se especificamente para esta prova e vão querer lutar pelos primeiros lugares.

Primoz Roglic (Eslovénia) e Geraint Thomas (Grã-Bretanha) não tiveram a melhor das sortes na Volta a França, onde ambos sofreram quedas. No entanto, deverão apresentar-se bem na prova de contrarrelógio.

Tom Dumoulin (Holanda) é um talento conhecido na disciplina de contrarrelógio, mas ainda fez muito poucas corridas desde que regressou à competição, o que poderá não o favorecer. Entre os restantes favoritos para esta prova estão Maximilian Schachmann (Alemanha), Remi Cavagna (França), Tobias Foss (Noruega), Brandon McNulty (EUA), Stefan Küng (Suíça) e Kasper Asgreen (Dinamarca).

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Tóquio’2020: João Silva alcança a 23.ª posição e João Pereira o 27.º lugar”


João Silva conquistou a 23.ª posição e João Pereira passou a meta em 27.º lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio’2020

 

Realizou-se em Tóquio no dia 25 de julho de 2021, pelas 22h30, a prova olímpica de Triatlo, uma competição muito dura e técnica que contou com a presença de dois triatletas nacionais: João Silva e João Pereira.

Eram 6h30 da manhã hora local, 22h30 em Portugal, quando se deu o sinal de início da prova individual de Triatlo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, num percurso que incluiu 1500 metros de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida.


Depois de uma falsa partida, os triatletas nadaram em Odaiba Marine Park, ilha artificial localizada na baía de Tóquio, com a temperatura da água a rondar os 30º graus pelo que os 55 atletas qualificados para os Jogos Olímpicos nadaram sem fato isotérmico. Pela frente tiveram duas voltas de natação, a primeira de 950 metros com uma rápida saída pela plataforma para a segunda e última volta de 550 metros.

João Silva e João Pereira fizeram um bom segmento de natação, saindo respetivamente em 12.º e 15.º lugares na primeira volta. Os dois triatletas nacionais terminaram este segmento bem posicionados na 14-ª e 18.ª posição, com o campeão do mundo Vincent Luis na frente da prova para a transição do ciclismo.


O percurso de ciclismo era técnico e composto por oito voltas de 5km onde estavam incluídas diversas curvas de 90 graus e um retorno de 180 graus. O grupo da frente estava inicialmente composto por cinco atletas, aos quais se juntaram mais cinco, formando posteriormente um compacto pack de mais 35 ciclistas que chegaram em simultâneo ao parque de transição para a corrida.

Deixando a bicicleta para começar a correr os 10km, este último segmento foi muito sofrido devido às elevadas temperaturas e principalmente à humidade extrema que se fazia sentir, com muitos atletas a acusar o desgaste do ciclismo. João Silva e João Pereira mantiveram o seu ritmo na corrida, conseguindo ambos uma boa prestação, mas que infelizmente se revelou insuficiente para a disputa do pódio.


João Silva, que terminou na 23.ª posição, afirmou que «deu o seu melhor nesta prova bastante dura, principalmente no segmento de ciclismo». Silva destaca a grande qualidade dos atletas presentes pelo que, apesar da boa prestação, não chegou aos resultados esperados. «Até aqui havia um plano, agora não sabemos o que vai acontecer», afirmou o triatleta quando questionado relativamente aos planos para o futuro.

João Pereira, que alcançou o 5.º lugar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, comentou a sua prova: «Trabalhei muitos anos, consegui sonhar com uma medalha em 2016. Nesta competição forcei na natação, segmento para o qual me preparei muito bem.» Pereira afirmou que conseguiu gerir bem o ciclismo mantendo um ritmo sofrido nas primeiras voltas. «A corrida também foi bem gerida, mas infelizmente não chegou para um resultado de pódio, facto que aliás percebi quando coloquei os pés no chão, já que, quando se tem muita experiência, é possível prever as probabilidades logo no início da corrida». Pereira fez ainda um balanço de todos estes anos de trabalho, com longas horas de treino, proferindo palavras de agradecimento aos patrocinadores que sempre o apoiaram e permitiram que chegasse a este nível – tal como IPDJ, COP, Benfica, Federação de Triatlo.


O triatleta acrescenta ainda que «o trabalho desta geração irá abrir caminho a outros triatletas mais novos cujos resultados serão visíveis daqui a uns anos, sendo esse um dos objetivos mais importantes».

Do numeroso grupo de atletas que saíram para a corrida, destacaram-se três elementos na metade do segmento: o norueguês Kristian Blummenfelt, Alex Yee, da Grã-Bretanha e Hayden Wilde, da Nova-Zelândia. Blummenfelt, que já nos habituou a corridas de grande nível, onde a determinada altura do último segmento consegue ganhar vantagem sobre os seus adversários, já tinha vencido este ano em maio a Taça do Mundo em Lisboa apenas uma semana depois da vitória na competição do Circuito Mundial que se realizou em Yokohama.


Fazendo uma prova de trás para a frente, o norueguês voltou a brilhar na prova olímpica, destacando-se uma vez mais na última volta da corrida para alcançar em Tóquio o almejado título de Campeão Olímpico.

A prova foi então ganha por Kristian Blummenfelt, com o tempo de 1:45:04, com Alex Yee, da Grã-Bretanha a conquistar a prata com o tempo de 1:45:15, ficando o bronze para o neozelandês Hayden Wilde, que terminou em 1:45:24 e fechando assim o pódio olímpico.

João Silva alcançou a 23.ª posição, com o tempo de 1:47:30 e João Pereira ficou no 27.º lugar com 1:48:03.

Fonte: Federação Portuguesa Triatlo

“João Pereira lamenta falta de apoios: «O que nos vai salvando são os clubes»”


Português, 27.º lugar na prova de triatlo, assume que a vida de atleta é "bastante instável"

 

Por: Record

Foto: COP

João Pereira terminou em 27º lugar na prova de triatlo nos Jogos Olímpicos de Tóquio’2020. O atleta considerou que foi "uma prova bastante dura" embora tenha sido "bastante agradável trabalhar tanto e tão bem e conseguir estar sempre a sonhar com uma medalha" mesmo com os percalços da pandemia e da grave lesão que sofreu.

"Forcei muito na natação, sabia que era um segmento que tinha trabalhado muito bem, consegui responder à altura. O ciclismo foi bastante duro, bastante quente, fui sofrendo muito nas primeiras voltas. Estava com poucos líquidos, com pouca água, tive de gerir bastante bem. Quando entrei na corrida sabia que ia ser bastante duro, que ia ter de me sentir bem e encontrar o meu próprio ritmo. Consegui encontrá-lo, mas infelizmente não chegou para estar a disputar a prova", admitiu em declarações à RTP2 após a prova.

"Nós atletas somos muito experientes, mal metemos os pés no chão conseguimos sentir se é possível, se não é, se podemos ir ao choque e tentar o grupo da diferente, ou se temos de ir lentamente conseguindo arrancar. Eu tentei lentamente conseguir arrancar, mas o calor e o facto do ciclismo ter sido muito duro foi bastante complicado. Mas não posso deixar de estar bastante satisfeito pelo trabalho que fui fazendo ao longo dos anos, por ir tentando ir mostrar o triatlo e desenvolver os desportos em Portugal. Conseguir treinar estes anos para um objetivo que era bastante complicado. Apesar de não ter conseguido, posso dizer que estou bastante satisfeito com o caminho que fui fazendo, com a equipa que fui fazendo, com os amigos que fui encontrando e com as pessoas inesquecíveis que fui apanhando. Ao final do dia isso é o mais importante para o nosso bem-estar", frisou.

João Pereira deixa conselho aos mais novos e assume: «O que nos vai salvando são os clubes».

João Pereira lamenta falta de apoios: «Temos uma vida bastante instável e o que nos vai salvando são os clubes».

O atleta português de 33 anos afirmou ainda estar "bastante satisfeito" pelo trabalho que foi fazendo ao longo dos anos, não esquecendo do quinto lugar alcançado nos últimos Jogos Olímpicos. "A minha vida não acaba aqui, como é claro, mas depois de um quinto lugar posso dizer que tive um grande 'down' psicológico. Sabia que estava perto das medalhas, mas que naquela prova não ia dar. Estar há quatro anos [neste caso, cinco] a sonhar com uma medalha era como se na altura que estive perto e desperdicei e agora que queria não consegui. A vida é mesmo assim, aprendemos grandes lições. Todos os atletas que foram competindo acho que estão de parabéns, damos todos o nosso melhor. Temos uma vida bastante instável e o que nos vai salvando são os clubes, porque se não a vida no alto rendimento é muito complicada. Podemos dizer que somos sonhadores. Muitas horas de trabalho para estarmos o melhor possível. O mais importante é que se todos os atletas mais velhos fizeram como eu, o desporto daqui a 10 anos estará muito melhor. Quando conseguirmos desenvolver o desporto para os mais novos, estamos a desenvolver para nós mesmos".

João Pereira deixou ainda um agradecimento por "todas as mensagens" de apoio dos portugueses. "Foi muito bom perceber que não era só eu que acreditava que era possível lutar por uma medalha. Enche-me de orgulho e estou muito satisfeito. Estou de consciência tranquila que dei o meu melhor".

"Nós atletas vivemos de resultados, não há dúvida. Mas sinceramente mais importante que os resultados, e deixo este conselho aos mais novos é: divirtam-se e não sejam completamente obstinados. Há momentos na prova que nunca hei-de esquecer, são estes momentos que nos deixam satisfeitos. Consigo ter um momento como hoje depois de trabalhar durante 5 anos, cheguei cá e parece que tive um exame em que passava ou não, é mesmo assim. Consegui estudar ao longo do tempo e passar, apesar de tudo", concluiu.

O norueguês Blummenfelt foi o vencedor da prova desta segunda-feira a 2.29 minutos do português João Pereira.

Fonte: Record on-line

“João Silva: «Fiz o máximo que consegui, sem arrependimentos»”


Atleta português terminou no 23º lugar na prova de triatlo

 

Por: Record

Foto: COP

João Silva terminou esta segunda-feira no 23º lugar na prova de triatlo dos Jogos Olímpicos de Tóquio’2020. O português considerou que foi uma prova "muito dura" e que "a qualidade dos atletas presentes foi o grande fator decisivo".

"Fiz o melhor que consegui hoje, não há nada a acrescentar. Mas realmente foi uma prova bastante dura principalmente no segmento da bicicleta, foi realmente muito, muito dura. Acabei por fazer o melhor da situação, mas obviamente não era bem este o resultado final que estava à espera e que me preparei, mas, obviamente que fiz o máximo que consegui, portanto, sem arrependimentos", afirmou em declarações à RTP2 no final da prova.

O atleta de 33 anos assumiu ainda que a prova "estava num ritmo bastante forte" para si. "Os fãs do desporto e do triatlo não perderam duas horas da sua vida em vão, acho que foi uma prova bastante bonita. Pena não podermos representar num lugar mais à frente, acho que fizemos o nosso melhor".

Quando questionado sobre o fim da fase de preparação para os Jogos Olímpicos, o atleta admitiu ser um "misto de emoções", visto que, "acaba por ser o dever cumprido, o final de um ciclo de tanto trabalho". "Como disse, acho que quando damos o nosso melhor, mais do que isso, não podemos ficar chateados. Mas vamos conscientes que é preciso trabalhar mais e melhor para a próxima vez", admitiu.

"Hoje falávamos entre os colegas do triatlo que todos tínhamos um plano da nossa vida até agora, a partir de hoje ninguém sabia o que fazer. Por isso um dia de cada vez", concluiu.

João Silva terminou a prova a 2.26 minutos de Kristian Blummenfelt, o novo campeão olímpico de triatlo.

Fonte: Record on-line

“Clássica de Melgaço: Tiago Nunes triunfou em Castro Laboreiro”


Tiago Nunes conquistou a primeira edição da Clássica de Melgaço, uma corrida de 103 quilómetros, disputada entre o Largo da Feira de Melgaço e Castro Laboreiro. Além da camisola amarela "Discover Melgaço", o corredor da Silva & Vinha / ADRAP / Sentir Penafiel venceu a camisola laranja - Cision (melhor júnior de primeiro ano).

Sérgio Saleiro (CC Barcelos/ AFF/Flynx/HM Motor) conquistou a camisola azul - Arrecadações da Quintã (melhor corredor de equipas inscritas na Associação de Ciclismo do Minho) e o Centro Ciclismo de Loulé a classificação coletiva.

Um pelotão de cerca de uma centena de ciclistas, em representação de 16 equipas, disputou a Clássica de Melgaço, prova de ciclismo de estrada destinada ao escalão de juniores, integrada no calendário nacional e pontuável para o Campeonato do Minho de Ciclismo de Estrada - Arrecadações da Quintã.


Promovida conjuntamente pela Associação de Ciclismo do Minho e pelo Município de Melgaço, a corrida foi organizada em condições de segurança e no cumprimento das orientações da Direção-Geral da Saúde e das normas concertadas entre aquela entidade e a Federação Portuguesa de Ciclismo.

Castro Laboreiro, em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, consagrou o vencedor da primeira edição da Clássica de Melgaço, lado-a-lado com um dos mais ricos patrimónios pré-históricos do país que reúne gravuras e pinturas rupestres, 120 Dólmenes (datados de há 5000 anos) e Cistas (monumentos megalíticos funerários).


As dificuldades da prova, entre as quais a longa subida até Castro Laboreiro, não intimidaram o pelotão júnior. As movimentações foram-se sucedendo ao longo de toda a corrida. Os mais persistentes na tentativa de ganhar foram Tiago Nunes e Miguel Martins (Centro Ciclismo de Loulé), dois juniores de primeiro ano. Os corredores abordaram os quilómetros finais em duo, mas, já na parte final, o ciclista da equipa penafidelense atacou para vencer em solitário.

Tiago Nunes cortou a meta ao fim de 3h15m08s, menos 5 segundos do que Miguel Martins. O terceiro, a 41 segundos e encabeçando o pelotão, foi Diogo Pinto (Academia Joaquim Agostinho/CYR/UDO).

O pelotão começou por percorrer por duas vezes um circuito que se iniciou no Largo da Feira, no centro de Melgaço. O traçado da prova incluiu passagens por Fonte da Vida, Capela Nossa Senhora da Orada (onde foi dada a partida real), EN202, Paderne, Alvaredo, Centro de Estágios de Melgaço, Rua Hermenegildo Soalheiro e Praça da República.


Após a última volta ao circuito, o pelotão seguiu em direção a Fiães, Pomares, Lamas de Mouro e Castro Laboreiro onde terminou a primeira edição da Clássica de Melgaço.

Tiago Nunes (Silva & Vinha / ADRAP / Sentir Penafiel), Sérgio Monteiro (Academia Ciclismo de Paredes) e João Martinho (EC Bruno Neves) foram os primeiros a conseguir fugir ao pelotão, ainda na primeira das duas voltas ao circuito inicial, antes da abordagem a Castro Laboreiro.

Sérgio Monteiro acabou por descair e ser absorvido pelo pelotão pouco depois, mas o duo manteve-se na frente durante bastante tempo. Os fugitivos seriam apanhados antes de terminada a segunda volta ao circuito. É então que saltam do pelotão Miguel Martins (CC Loulé) e Luís Ribeiro (C.C.Barcelos/A.F.F./Flynx/H.M. Motor).

O duo conseguiu ganhar alguma vantagem, mas o pelotão, ao contrário do que fez na primeira fuga, reagiu e não permitiu que Miguel Martins e Luís Ribeiro aumentassem a vantagem. À entrada para a subida de Fiães, que acabou por fazer a primeira seleção no pelotão, Luís Ribeiro descaiu e, em perseguição a Miguel Martins, saíram do pelotão Tiago Nunes (Silva & Vinha / ADRAP / Sentir Penafiel) e Diogo Pinto (Academia Joaquim Agostinho / CYR/UDO).


Diogo Pinto não conseguiu acompanhar o ritmo de Tiago Nunes e Miguel Martins que se mantiveram juntos até muito perto da meta. A cerca de 500 metros da linha final, Tiago Nunes atacou e não obteve resposta de Miguel Martins. O jovem ciclista de Penafiel sagrou-se assim o vencedor da primeira edição da Clássica de Melgaço, assegurando também a vitória na Classificação da Juventude (Camisola Laranja – Cision), uma vez que é júnior de primeiro ano.

Miguel Martins foi o segundo classificado, a cinco segundos do vencedor, enquanto Diogo Martins terminou em terceiro. Sérgio Saleiro (C.C.Barcelos/A.F.F./Flynx/H.M. Motor), quinto lugar na geral individual com o mesmo tempo do terceiro classificado, arrecadou a Camisola Azul – Arrecadações da Quintã, atribuída ao melhor atleta de equipas da ACM. Por equipas venceu o Centro Ciclismo de Loulé, enquanto o C.C.Barcelos/A.F.F./Flynx/H.M. Motor foi segundo e o Bairrada terceiro.

 

Tiago Nunes: “Estou bastante feliz”

 

“Estou bastante feliz com esta vitória porque é uma conquista muito grande. Já estava há algum tempo a rondar o primeiro lugar, mas só tinha conseguido ser terceiro e segundo, mas finalmente surgiu a vitória. Estou sem palavras e estou bastante feliz com isso”, afirmou o vencedor da Clássica de Melgaço.

Tiago Nunes entrou na prova decidido a ganhar, tendo encetado uma fuga nos primeiros quilómetros da competição e voltou a destacar-se na subida ao Castro Laboreiro. “O meu objetivo sempre foi a vitória. Era um percurso que se adaptava bem às minhas características, eu adoro subir e esta parte final para mim era um mimo. Quando vi o percurso tracei como objetivo a vitória”.

 

Sérgio Saleiro: “Não estou satisfeito. Vinha para ganhar”


 

Sérgio Saleiro (CC Barcelos/ AFF/Flynx/HM Motor) foi o melhor corredor minhoto (camisola azul - Arrecadações da Quintã), terminando na quinta posição da geral, mas o ciclista barcelense confessa que queria mais.

“É obvio que eu queria mais. Não estou satisfeito com o quinto lugar, nem com o facto de ser o melhor minhoto. Eu queria ganhar a corrida. Foi com essa ideia que eu vim para a aqui, mas foi como se desenrolou a corrida e eu tentei fazer o meu melhor”, disse Sérgio Saleiro.

Sobre a corrida em si, o ciclista de Barcelos considerou que “a parte pior foram as subidas, mas a última fez-bem, em bom ritmo e tranquilo”.

Sérgio Saleiro considera que a Clássica de Melgaço "é uma boa corrida". "Acho que podiam continuar a fazê-la porque é uma prova dura e exigente, que reparte muito os atletas e determina quem são os melhores”, disse o ciclista de Barcelos embora tenha "pena de não se ter realizado o Grande Prémio do Minho, que considera "uma corrida diferente, por etapas, que nos permitiria preparar melhor a Volta a Portugal”.

 

José Adriano Lima: “Balanço altamente positivo”

 

José Adriano Lima, Vereador do Desporto da Câmara Municipal de Melgaço, faz um “balanço altamente positivo" da Clássica de Melgaço, assinalando o facto da prova ter sido "do agrado de todos, nomeadamente, dos ciclistas, que são no fundo os grandes protagonistas deste evento”.

“Eu também percebi que a subida a Fiães que maçou o pelotão e depois esta subida a Castro Laboreiro, que já era conhecida deles. É uma subida muito bonita, mas também dura. O tempo ajudou e tivemos aqui um grande dia para o ciclismo”, referiu o autarca.

A Clássica de Melgaço cativou todos quantos participaram na prova e José Adriano Lima “Melgaço tem grandes condições para realizar grandes eventos". "Temos feito muitos eventos e na área do ciclismo temos uma grande tradição. Penso que temos condições, se assim for o entendimento das partes envolvidas, para que esta prova fique no calendário, independentemente, do que acontecer com o Grande Prémio do Minho (GPM)”, afirmou o também Presidente do Conselho de Administração da Melsport explicando que "esta prova foi criada quase que como uma prova substituta do GP Minho. Mas claro que não descartamos que venha a ficar. Se calhar Melgaço até merecia ter uma prova, uma Clássica como esta e quem sabe ganhar outra expressão e com outras escalões etários. É uma questão que temos de discutir entre todas as partes, nomeadamente, com a ACM e FPC”.

José Adriano Lima lembrou que com a realização destes eventos desportivos, o Município pretende levar o nome de Melgaço cada vez mais longe. “Fazer eventos que estão incluídos em competições é sempre prestigiante para o concelho, confere notoriedade e acaba por projetar o concelho seja como um todo, seja como turismo desportivo. Não podemos esquecer que Melgaço tem um complexo desportivo, muito procurado para fazer desporto, não tanto para a área do ciclismo, mas também cada vez mais para o ciclismo. Nestes anos todos temos notado que cada vez mais somos procurados por ciclistas que vêm fora das competições ou para treinar ou para passar uma semana de férias com a família, mas como são atletas aproveitam as nossas excelentes condições para treinar”, explicou.

 

José Luís Ribeiro: “Temos o propósito de voltar a trazer à estrada o GP Minho

 

José Luís Ribeiro, Vice-presidente da Direção da Federação Portuguesa de Ciclismo, marcou presença em Melgaço e salientou que “esta Clássica de Melgaço foi um êxito desportivo e organizativo para o qual muito contribuíram, de forma muito decisiva os clubes, os atletas, a Associação de Ciclismo do Minho, o Colégio de Comissários e, sobretudo, o apoio da Câmara Municipal de Melgaço, que nunca disse não ao ciclismo e tem sido um parceiro de excelência para a realização de provas de ciclismo neste magnífico concelho”.

Esta será uma prova para continuar no calendário nacional? “Esta Clássica de Melgaço resulta de uma reinterpretação do GP Minho, concertada com o Município de Melgaço. A seu tempo vamos analisar, mas temos também esse grande propósito - quer em termos de Federação e penso que em termos de Associação de Ciclismo do Minho -, no sentido de voltar a trazer à estrada o GP Minho e, nomeadamente, com a presença de Melgaço”.

Com todo o historial e tradição do GP Minho é fundamental manter o GP Minho? “É fundamental ter provas por etapas, o GP Minho faz parte do património do ciclismo e não só do Minho, mas também do país, e é muito importante que regresse à estrada”.

José Luís Ribeiro mostrou-se bastante satisfeito com a realização da Clássica de Melgaço: “estamos muito satisfeitos. Organizar provas neste contexto é uma missão extremamente complexa pois temos que reduzir ao mínimo os possíveis riscos. Tem sido um desafio constante, é um trabalho muito exigente e chegar ao fim e verificar-se que o resultado é positivo e as coisas correram muito bem é, obviamente, motivo de grande satisfação”.

A Clássica de Melgaço organizada pela Associação de Ciclismo do Minho e pelo Município de Melgaço, contou com o apoio da Federação Portuguesa de Ciclismo, Melsport, Cision, Arrecadações da Quintã, POPP Agency, Navega Rías Baixas, Raiz Carisma - Soluções de Publicidade, Ciclismo a Fundo, Águas do Caramulo, Strong Speed, Auto Terror, Jopedois e Cuidar Mais - Clínica Médica e Fisioterapia.

Fonte: ACM - Associação de Ciclismo do Minho

“Academia Joaquim Agostinho/Pódio histórico em Melgaço”


Por: AfterTwo //works

Fotos: Marcelo Lopes

O Júnior Diogo Pinto entrou diretamente para a história da “Clássica de Melgaço” ao conquistar um lugar no pódio da primeira edição da prova realizada este sábado naquela vila do extremo norte de Portugal.

O ciclista da Academia Joaquim Agostinho / UDO foi o mais forte entre um grupo de ciclistas que entrou na reta da meta para discutir ao sprint o 3º posto e garantiu o seu terceiro pódio da temporada 2021. “Saiu uma fuga com 4 ou 5 elementos e não conseguimos meter lá ninguém, o que nos dificultou a corrida.


No início da primeira grande dificuldade do dia a corrida partiu e eu tentei gerir o meu esforço sendo que ainda faltava cerca de 40 km para o final e fui apanhando atletas que vinham da frente. No início da última subida formou-se um grupo com cerca de 15 elementos e iam 4 atletas fugidos.

Ainda alcançamos 2 deles, mas como a subida não tinha grande inclinação não era possível fazer a diferença e tentei poupar ao máximo para lutar pelo melhor lugar na chegada”, relatou Diogo Pinto.


Em Melgaço apresentou-se um pelotão composto por cerca de uma centena de atletas em representação de 16 formações e depois de uma corrida animada por muitas movimentações, foi Tiago Nunes da equipa Silva & Vinha / ADRAP / Sentir Penafiel que se destacou na meta final instalada no Alto do Castro Laboreiro, concluindo isolado os 103 km de corrida ao fim de 3 horas e 15 minutos. 

Entre os “torrienses”, Mário Hipólito foi o segundo mais rápido, cruzando a meta na 27ª posição, seguido de Diogo Dias em 39º e Daniel Jorge em 52º.

Fonte: Academia Joaquim Agostinho

Ficha Técnica

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