sábado, 25 de outubro de 2025

“Mónaco será palco da Grande Partida da Vuelta 2026”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Poucos dias depois da apresentação oficial do percurso da Volta a França de 2026, também a Volta a Espanha revelou o seu ponto de partida. A 81.ª edição da corrida espanhola terá início no Mónaco, a 22 de agosto de 2026, com um contrarrelógio individual de 9,6 quilómetros pelas ruas do Principado, num cenário de glamour e prestígio à beira do Mediterrâneo.

O anúncio foi feito em Monte Carlo, na presença do diretor da prova, Javier Guillén, do Príncipe Alberto II e do Ministro de Estado do Principado, Christophe Mirmand.

 

Uma tradição internacional que ganha força

 

O arranque no Mónaco reforça a aposta da organização em internacionalizar a prova. Depois das partidas em Utrecht (2022), Lisboa (2024) e Turim (2025), a Vuelta mantém a tendência de abrir as suas edições fora de Espanha.

Embora o percurso completo só seja revelado a 17 de dezembro, é esperado que as duas primeiras etapas de estrada decorram em território francês, antes de o pelotão cruzar os Pirenéus e entrar em Espanha.

“O Mónaco dá-nos a oportunidade de realizar um sonho e de fazer com que a Vuelta entre para a história”, afirmou Javier Guillén ao Marca. “Começar no Piemonte este ano e no Mónaco no próximo reafirma a Vuelta como um dos eventos desportivos mais importantes do mundo. O ciclismo é um desporto maravilhoso que liga territórios e une nações através da bicicleta.”

 

O orgulho do Principado

 

Para o Príncipe Alberto II, acolher a Grande Partida da Vuelta é uma questão de prestígio e também de simbolismo:

“Queríamos criar uma pequena ‘Volta ao Mónaco’ antes de irmos para França. Vamos tornar-nos a única cidade que recebeu a partida das três Grandes Voltas. É uma grande satisfação, uma honra e também uma responsabilidade.”

De facto, o Mónaco já foi palco da partida da Volta a França em 2009 e recebeu também etapas da Volta a Itália, tornando-se assim a primeira cidade a acolher o arranque das três Grandes Voltas, um feito sem precedentes na história do ciclismo.

 

Um início de luxo para uma Vuelta cada vez mais global

 

O pequeno Principado, com as suas ruas íngremes, curvas fechadas e paisagens icónicas junto ao mar, promete um início espetacular para a edição de 2026. O contrarrelógio de abertura, curto, mas técnico, servirá de primeira medição de forças entre os especialistas, podendo criar diferenças mínimas, mas simbólicas para a classificação geral.

Com este projeto, a organização da Vuelta reforça a sua vocação global, ligando tradições do ciclismo europeu num palco de renome internacional.

Mais detalhes sobre as primeiras etapas e o percurso integral serão apresentados em dezembro, mas tudo indica que o início no Mónaco ficará entre os mais emblemáticos e fotogénicos da história recente da corrida.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/monaco-sera-palco-da-grande-partida-da-vuelta-2026

"Estou a bordo do navio dos ciclistas à procura de contrato" Ciclista da EF recorre às redes sociais para encontrar trabalho em 2026”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Com o final da época e a maioria do pelotão já em modo de férias, há ciclistas do World Tour que continuam a lutar para continuarem a sua carreira. Um desses casos é o de James Shaw, britânico de 29 anos que após quatro temporadas com a EF Education–EasyPost, ainda não tem contrato para 2026 mas garante que ainda não pensa em pendurar a bicicleta.

Formado na Lotto Soudal, Shaw tornou-se profissional em 2017, mas a sua carreira tem sido marcada por altos e baixos. Depois de não ter conseguido renovar em 2018, só regressou ao pelotão internacional em fevereiro de 2019, com a SwiftCarbon Pro Cycling, uma das poucas equipas britânicas a oferecer oportunidades a ciclistas nacionais.

“Com o passar dos anos, as equipas britânicas capazes de reunir talentos nacionais foram desaparecendo”, recorda Shaw, que voltou ao World Tour em 2022, já com a EF Education–EasyPost. Três anos depois, volta a enfrentar o mesmo dilema: o futuro é incerto e o tempo escasseia.

 

“81 dias de corrida, 12.000 km e muitas quedas”

 

Numa publicação nas redes sociais, o britânico fez um balanço honesto da época de 2025: “É uma legenda mais longa do que o habitual, por isso persistam. 81 dias de corrida, 12.000 km, duas Grande Voltas, o meu primeiro giro, e um bom contacto com o asfalto. Um pequeno pódio no Tour de Pays de la Loire, em abril, e um top 10 numa etapa da Vuelta.”

Apesar de ainda não ter conquistado uma vitória como profissional, Shaw tem mostrado consistência. É um trepador sólido e puncheur combativo, conhecido pelo trabalho em fugas. Em 2023, destacou-se na etapa de Cauterets da Volta a França, quando integrou a fuga que seria apanhada por Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard, terminando em 5.º lugar.

Mais recentemente, foi 6.º numa etapa da Vuelta 2025 e 2.º no Tour Région Pays de la Loire, apenas batido por Kévin Vauquelin. Com cinco Grandes Voltas e participações em Monumentos, construiu um currículo que reflete solidez, mesmo sem alcançar vitórias.

 

Um mercado saturado e poucas portas abertas

 

A situação de Shaw é um retrato das dificuldades no actual mercado de transferências. A extinção da Arkéa–B&B Hotels e a fusão entre a Intermarché–Wanty e a Lotto reduziram o número de equipas World Tour e, consequentemente, o número de lugares disponíveis.

“Agora vem a resposta embaraçosa à pergunta que tenho evitado quando me enviam mensagens diretas”, escreveu. “Em 2026, não sei onde vou estar nem o que vou fazer. Mais uma vez, encontro-me a bordo do navio dos ciclistas à procura de contrato.”

 

“Descobri que ainda quero isto mais do que nunca”

 

Apesar das incertezas, Shaw garante que a chama continua acesa. “Pessoalmente, nunca me senti tão motivado e entusiasmado para continuar a correr, algo que pensei estar a perder-se com a idade. Mas descobri o contrário. Sei o que é perder uma carreira de sonho e voltar a ganhá-la.”

O britânico termina com ironia e esperança. “Se houver alguma equipa à procura de um ciclista, entrem em contacto. Obrigado a quem leu até ao fim, devem ter muito tempo livre.”

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/estou-a-bordo-do-navio-dos-ciclistas-a-procura-de-contrato-ciclista-da-ef-recorre-as-redes-sociais-para-encontrar-trabalho-em-2026

“Fem van Empel chega às 50 vitórias com mais uma exibição de autoridade em Heerdestrand "Hoje coloquei uma pressão extra em mim própria"


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Fem van Empel atingiu este sábado um marco simbólico na sua carreira, conquistando a 50.ª vitória no ciclocrosse com uma demonstração de força no Exact Cross Heerde. A campeã do mundo manteve a invencibilidade neste início de época, dominando o circuito pesado de Heerderstrand, transformado pela chuva e pela areia profunda num verdadeiro campo de resistência técnica e física.

A ciclista de 23 anos da Team Visma | Lease a Bike voltou a impor o seu controlo habitual, vencendo isolada após uma corrida praticamente perfeita. Van Empel assumiu a frente da corrida na penúltima volta e foi-se distanciando das rivais Aniek van Alphen e Leonie Bentveld, que completaram o pódio.

 

Dominio absoluto no lamaçal holandês

 

Mesmo com um contratempo inicial, quando uma adversária lhe bateu na traseira da bicicleta, isso não abalou a neerlandesa, que reagiu com a habitual eficiência.

“Tive um bom arranque, mas alguém bateu na parte de trás da minha bicicleta”, contou após a corrida. “Mudei de bicicleta por precaução. Sabia que o percurso estava incrivelmente pesado, por isso tive de gerir o esforço com cuidado.”

A vitória foi acompanhada de uma celebração rara e planeada: ao cruzar a meta sozinha, Van Empel exibiu o número ‘50’ por baixo da camisola e disparou um canhão de confettis, numa referência bem-humorada ao feito alcançado.

“O meu principal objetivo hoje era chegar às 50 vitórias”, revelou entre risos. “Ontem fui a uma loja comprar aquela camisola, por isso acabei por colocar pressão extra sobre mim própria. Tinha um pequeno cartaz preparado, mas o meu namorado surpreendeu-me com um maior, improvisado, para me entregar na chegada.”

Num percurso técnico e repleto de armadilhas, Van Empel manteve o foco até ao final, consciente de que bastava um erro para perder segundos preciosos. “A parte final era muito sinuosa e escorregadia e era fácil cometer um erro”, explicou. “Mantive-me concentrada até perceber que a vantagem era suficiente para poder celebrar.”

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclocrosse/fem-van-empel-chega-as-50-vitorias-com-mais-uma-exibicao-de-autoridade-em-heerdestrand-hoje-coloquei-uma-pressao-extra-em-mim-propria

“Resultados Exact Cross Heerderstrand: Joris Nieuwenhuis demolidor na perseguição a Pim Ronhaar para conquistar a primeira vitória da época”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Joris Nieuwenhuis conquistou este sábado a sua primeira vitória da época de ciclocrosse 2025-26, triunfando no Exact Cross Heerderstrandt com uma recuperação brutal e um ataque decisivo na última volta. O neerlandês da Ridley Racing Team superou o compatriota Pim Ronhaar, que liderou grande parte da corrida, num percurso pesado e encharcado pela chuva. O belga Thibau Corsus completou o pódio.

 

Arranque frenético em condições traiçoeiras

 

O circuito de Heerde apresentou-se escorregadio e irregular desde o início, com Niels Vandeputte a fazer o arranque mais rápido. O espanhol Felipe Orts teve um começo difícil e rapidamente perdeu contacto a frente da corrida, enquanto Ronhaar e Nieuwenhuis se juntaram à frente a Toon Vandebosch, impondo um ritmo intenso entre a lama e a areia.

A meio das primeiras voltas, Pim Ronhaar assumiu a frente da corrida de forma autoritária, abrindo uma vantagem que foi crescendo progressivamente e se cifrava superior a dez segundos. Mais atrás, Vandebosch tentou organizar a perseguição, enquanto Corsus era o melhor entre os belgas, beneficiando dos erros alheios nas curvas enlameadas.

Com o passar das voltas, Nieuwenhuis começou a encontrar o seu ritmo. Gerindo melhor as trajectórias e mantendo mais fluidez na areia, foi ganhando segundos a cada passagem pela linha de meta. A duas voltas do fim a diferença tinha caido para apenas três segundos e à entrada da última volta, o ciclista de 28 anos apanhou finalmente Pim Ronhaar.

Sem hesitar, o neerlandês atacou de imediato na zona da floresta, mergulhando por dentro numa curva e passando para o controlo da corrida. Na secção de areia acelerou novamente, obrigando Ronhaar a andar no limite. Um pequeno deslize de Ronhaar foi o suficiente para Nieuwenhuis consolidar a sua vantagem, mantendo-a até ao final com total controlo técnico e físico.

 

Que grande perseguição de Nieuwenhuis

 

Foi uma exibição de resistência e leitura tática perfeita por parte de Nieuwenhuis, que demonstrou paciência na perseguição e frieza no momento certo para atacar. Ronhaar, que liderou quase toda a corrida, teve de contentar-se com o segundo posto, enquanto Corsus completou o pódio após um forte final de corrida.

O resultado confirmou o domínio neerlandês no início da temporada, com os Países Baixos a voltarem a monopolizar o topo da classificação masculina, menos de uma hora depois de Fem van Empel ter vencido no mesmo circuito o sector feminino.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclocrosse/resultados-exact-cross-heerderstrand-joris-nieuwenhuis-demolidor-na-perseguicao-a-pim-ronhaar-para-conquistar-a-primeira-vitoria-da-epoca

“A Vuelta 2026 começa no Mónaco e lança o convite: Pogacar, estás em casa?”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A Grande Partida da Volta a Espanha 2026 foi oficialmente apresentada esta quinta-feira no Mónaco, e Javier Guillén, diretor da prova, aproveitou o momento para lançar um convite direto, e bem simbólico, a Tadej Pogacar, que reside precisamente no Principado.

A 81.ª edição da corrida espanhola começará a 22 de agosto de 2026 com um contrarrelógio individual de 9 quilómetros nas ruas monegascas, oferecendo um cenário de luxo para o arranque de mais uma Grande Volta.

Falando à Televisión Española, Guillén não resistiu a desafiar o esloveno a completar a trilogia das Grandes Voltas:

“Ele já é uma lenda do ciclismo”, disse Guillén. “Mas para enriquecer essa lenda, ele precisa de ganhar as três Grandes Voltas. A única que ainda não venceu é a Vuelta, e isso deve ser um incentivo suficiente.”

 

“Não podíamos estar mais perto de casa”

 

O convite ganha um tom especial dado que Pogacar vive no Mónaco e treina regularmente nas mesmas estradas onde o contrarrelógio será disputado. Guillén aproveitou a coincidência para reforçar o apelo:

“Não podíamos estar mais perto de casa”, afirmou com um sorriso.

Pogacar participou pela última vez na Vuelta em 2019, quando, com apenas 19 anos, conquistou três vitórias em etapas e terminou em terceiro lugar na classificação geral, numa das épocas de estreia mais marcantes da última década. Desde então, o esloveno venceu quatro Voltas a França e, em 2025, a Volta a Itália, tornando-se o primeiro ciclista em vinte anos a somar vitórias nas duas Grandes Voltas no mesmo ano.

A Vuelta, no entanto, continua a ser a peça em falta no seu palmarés.

 

Um calendário sobrecarregado pode travar o sonho

 

Convencer Pogacar a alinhar na Vuelta tem sido um desafio recorrente. O calendário internacional continua a sobrepor-se, sobretudo com os Campeonatos do Mundo colocados logo após a corrida e a edição de 2026, em Montreal, apresenta um percurso exigente que agrada particularmente ao esloveno.

Dentro da UAE Team Emirates - XRG, existe também prudência quanto à carga física e mental do líder.

“Uma sequência Tour-Vuelta-Mundiais seria brutal”, reconhecem fontes próximas da equipa.

Depois das campanhas intensas nas Clássicas da primavera (Milan-Sanremo, Volta à Flandres e Liege-Bastogne-Liege) seguidas do Tour, a Vuelta tornaria o calendário quase insustentável, mesmo para um ciclista da dimensão de Pogacar.

Em 2025, a hipótese de participação só foi descartada depois da Volta a França, quando o esloveno acusou fadiga no final em Montmartre, num duelo épico com Wout van Aert.

 

O apelo de Guillén reacende a especulação

 

Apesar dos obstáculos, o apelo público de Guillén voltou a colocar o tema na mesa. O início no Mónaco, em casa de Pogacar, é visto como a oportunidade perfeita para o regresso do esloveno à corrida onde começou a escrever o seu nome entre os grandes.

O diretor da prova acredita que o cenário é demasiado simbólico para ser ignorado:

“O Mónaco dá-nos a oportunidade de fazer história, e talvez de ver Pogacar a completar o seu conjunto de Grandes Voltas”, afirmou.

 

Um círculo quase fechado

 

Com o Tour e o Giro já conquistados, apenas a Vuelta a Espanha separa Pogacar de um feito reservado a poucos nomes: Anquetil, Merckx, Gimondi, Contador, Nibali e Froome.

Para Javier Guillén, a equação é simples:

“Ele já é uma lenda. Mas as lendas verdadeiras completam o círculo. E falta-lhe só uma corrida.”

O Mónaco pode, assim, ser mais do que um palco glamoroso: pode ser o ponto de partida para a história.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/a-vuelta-2026-comeca-no-monaco-e-lanca-o-convite-pogacar-estas-em-casa

“Resultados do Exact Cross Heerderstrand Feminino: Fem van Empel domina de forma imponente na Holanda”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A campeã do mundo Fem van Empel continua a afirmar-se como a referência absoluta do ciclocrosse feminino. A neerlandesa da Team Visma | Lease a Bike venceu este sábado o Exact Cross de Heerdestrandt com mais uma exibição de controlo e potência, impondo-se na última volta após uma corrida tática e tecnicamente irrepreensível. Aniek van Alphen e Leonie Bentveld completaram o pódio, numa prova disputada em terreno misto de areia e lama que premiou a resistência e a precisão.

Van Empel arrancou bem, mas uma troca de bicicleta precoce fez com que perdesse terreno. Aniek van Alphen aproveitou para atacar, enquanto Leonie Bentveld assumia o comando, com Anna Kay Roche a segui-la de perto.

A primeira passagem pela longa secção de areia foi determinante. Inge van der Heijden conseguiu manter-se em cima da bicicleta mais tempo do que as adversárias, abrindo uma ligeira vantagem. No entanto, um deslize sob pressão de Bentveld eliminou a vantagem, atrasando também Hélène Clauzel. Bentveld cruzou a meta após a primeira volta com nove segundos de vantagem sobre Clauzel, enquanto Van der Heijden, Van Empel e Van Alphen seguiam a quinze segundos.

Na volta seguinte, Bentveld desmontou na areia e Van Empel aproveitou para recuperar terreno, ultrapassando Clauzel e passando para segundo. As duas uniram esforços e reduziram gradualmente a diferença, até que Van Empel, num gesto técnico característico, saltou por dentro de Clauzel nos obstáculos e manteve o ritmo.

A diferença para a frente caiu para seis segundos e uma nova troca de bicicleta de Bentveld anulou a vantagem que tinha por completo. O trio da frente, Bentveld, Van Alphen e Van Empel, começou a isolar-se, com Clauzel ainda em contacto. Van Empel, confiante, assumiu o comando na areia e passou a ditar o ritmo, obrigando as rivais a reagirem.

Com o desgaste acumulado, o grupo da frente começou a fragmentar-se. A areia pesada transformou-se num obstáculo onde Clauzel perdeu tempo, enquanto Van Empel fez nova troca rápida de bicicleta e regressou à frente da corrida. Van Alphen mostrou força na curta subida, passando Bentveld e assumindo a liderança, mas Van Empel manteve-se por perto.

Na volta seguinte, Bentveld desmontou na areia e Van Empel aproveitou para recuperar terreno, ultrapassando Clauzel e passando para segundo. As duas uniram esforços e reduziram gradualmente a diferença, até que Van Empel, num gesto técnico característico, saltou por dentro de Clauzel nos obstáculos e manteve o ritmo.

A diferença para a frente caiu para seis segundos e uma nova troca de bicicleta de Bentveld anulou a vantagem que tinha por completo. O trio da frente, Bentveld, Van Alphen e Van Empel, começou a isolar-se, com Clauzel ainda em contacto. Van Empel, confiante, assumiu o comando na areia e passou a ditar o ritmo, obrigando as rivais a reagirem.

Com o desgaste acumulado, o grupo da frente começou a fragmentar-se. A areia pesada transformou-se num obstáculo onde Clauzel perdeu tempo, enquanto Van Empel fez nova troca rápida de bicicleta e regressou à frente da corrida. Van Alphen mostrou força na curta subida, passando Bentveld e assumindo a liderança, mas Van Empel manteve-se por perto.

Pouco depois, a campeã do mundo atacou com precisão cirúrgica: na areia desmontou para ultrapassar Van Alphen, que permaneceu montada e perdeu tração. Foi o momento decisivo, o típico golpe de classe de Van Empel, que assumiu o comando pela primeira vez.

Van Alphen ainda respondeu, recuperando momentaneamente o contacto com a frente, mas o ritmo de Van Empel acabou por ser insustentável para a rival. Bentveld, que tentara reentrar na luta, voltou a perder contacto na penúltima passagem pela areia.

Na volta final, Van Empel acelerou com a serenidade de quem estava a controlar as coisas. A camisola arco-íris abriu um fosso irreversível e cruzou isolada a meta, confirmando mais uma vitória num início de temporada praticamente perfeito. Van Alphen terminou em segundo lugar e Bentveld completou o pódio, ambas impotentes perante o domínio da campeã mundial.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclocrosse/resultados-do-exact-cross-heerderstrand-feminino-fem-van-empel-domina-de-forma-imponente-na-holanda

“A UAE Team Emirates está prestes a fechar a transferência mais improvável deste inverno para 2026”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A época de estrada de 2025 chegou ao fim e com ela encerrou-se também a última oportunidade para os ciclistas sem contrato mostrarem serviço na estrada. Com as equipas já a preparar a temporada de 2026, as movimentações no mercado aceleram e a UAE Team Emirates – XRG poderá estar prestes a concretizar uma das transferências mais inesperadas do inverno: a de Benoît Cosnefroy.

 

O fim da Arkéa - B&B Hotels deixa ciclistas no mercado

 

O desaparecimento da Arkéa - B&B Hotels deixou vários ciclistas sem equipa, mas muitos já encontraram novo destino. Ewen Costiou, o nome mais promissor do conjunto bretão, assinou pela Groupama-FDJ, o jovem norueguês Embret Svestad-Bardseng surpreendeu ao juntar-se à INEOS Grenadiers e Laurens Huys e Simon Guglielmi regressam ao nível continental, reforçando a Nice Métropole Côte d’Azur e a St Michel – Auber93, respectivamente.

Entretanto, a Unibet Rose Rockets apresentou novo patrocinador e anunciou dois reforços para as montanhas, numa clara tentativa de conquistar convites (wildcards) para provas World Tour, com ambição declarada de estar na Volta a França 2026. O experiente Wout Poels cumprirá a sua última temporada com a estrutura holandesa, enquanto o jovem Janis Peter, vencedor de uma etapa na Volta à Chéquia, surge como a principal aposta.

 

Outras equipas activas:

 

A Soudal – Quick-Step fechou a contratação de Laurenz Rex, após o falhanço da transferência de Edward Planckaert

A Israel – Premier Tech, que garantiu a permanência no World Tour, apresentou Ryan Mullen e Pau Martí como reforços

A Uno-X Mobility contratou Anthon Charmig (ex-Astana), enquanto a equipa do Cazaquistão respondeu com a chegada do austríaco Marco Schrettl;

A Decathlon AG2R La Mondiale Team confirmou a promoção interna do prodígio Aubin Sparfel, que subirá ao World Tour em 2027

No escalão continental, o mexicano Cesar Macias, uma das revelações da temporada, reforçará a Burgos-Burpellet BH.

 

Cosnefroy perto da Emirates

 

O rumor mais sonante da semana, porém, envolve Benoît Cosnefroy. De acordo com Ciro Scognamiglio, da Gazzetta dello Sport, a transferência do francês para a UAE Team Emirates – XRG “está concluída, faltando apenas o anúncio oficial”.

Aos 30 anos, Cosnefroy encerra assim um ciclo de lealdade à Decathlon AG2R La Mondiale, equipa onde fez toda a carreira. O francês soma 21 vitórias profissionais, entre as quais o GP de Québec, a Clássica da Bretanha e o GP du Morbihan, conquistado este ano.

Conhecido como um dos melhores puncheurs do pelotão, Cosnefroy tem sofrido com a evolução do ciclismo moderno, em que os grandes trepadores e corredores da geral dominam também os finais explosivos. Ainda assim, mantém o instinto vencedor e uma leitura de corrida apurada, características que a Emirates valoriza para complementar o seu bloco de clássicas.

Em 2025, o francês disputou apenas 13 dias de competição, limitado por uma lesão no joelho que o afastou desde a primavera. Regressou com sucesso, vencendo em Morbihan, mas uma nova queda durante a Volta à Suíça interrompeu novamente o seu regresso à estrada.

Paradoxalmente, o infortúnio pode abrir-lhe agora uma nova porta: integrar a estrutura liderada por Tadej Pogacar, onde reencontrará ciclistas de perfil semelhante, como Tim Wellens e Jhonatan Narváez.

 

Uma aposta arriscada, mas com lógica

 

A eventual contratação de Cosnefroy pode parecer improvável, mas faz sentido dentro da filosofia da UAE, que dispõe de um calendário extenso e diversificado. O francês seria um reforço ideal para corridas de um dia e competições secundárias do World Tour, onde a equipa dá oportunidades aos seus atletas.

Além disso, a Emirates tem procurado rejuvenescimento táctico nas provas francesas e a experiência de Cosnefroy no calendário do seu país é inquestionável. Um reforço de baixo risco com um potencial de retorno elevado.

 

Mercado em movimento: renovações e confirmações

 

Várias equipas aproveitaram o fim da época para consolidar as suas bases. A Movistar Team anunciou em bloco seis renovações:

Nairo Quintana prolonga a carreira no World Tour

Orluis Aular renovou até 2028

Nelson Oliveira, Jorge Arcas, Albert Torres e Jefferson Cepeda também continuam.

A UAE Team Emirates – XRG, por sua vez, assegurou a continuidade de Tim Wellens até 2027, além das extensões de Vegard Stake Laengen e Julius Johansen por mais uma época.

Assistimos também a renovações como as de Max Kanter e Henok Mulubrhan na XDS Astana Team, Mathieu Burgaudeau na TotalEnergies, Roland Thalmann na Tudor Pro Cycling Team e Iuri Leitão na Caja Rural – Seguros RGA. No pelotão feminino, destaque para a SD Worx, que garantiu Marie Schreiber para as próximas temporadas.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/a-uae-team-emirates-esta-prestes-a-fechar-a-transferencia-mais-improvavel-deste-inverno-para-2026

“Vila Real acolhe a 3.ª Taça de Portugal de Ciclocrosse 2025”


A Taça de Portugal de Ciclocrosse 2025 segue este domingo, 26 de outubro, para Vila Real, onde o Parque Corgo acolhe a terceira ronda da competição, desta vez como categoria internacional UCI C2.

Depois das duas provas inaugurais realizadas em Melgaço e Vouzela, a luta pelos pontos continua ao rubro. A espanhola Lucía González (Nesta-MMR CX Team) venceu ambas as corridas femininas e lidera o ranking, enquanto nos masculinos os triunfos foram repartidos entre Gonzalo Inguanzo (Supermercados Froiz), em Melgaço, e Timothé Gabriel (CX TPM), em Vouzela.

A etapa de Vila Real é organizada pelo Grupo de Cicloturismo, Ciclismo e BTT Bila Biker's, em parceria com a Associação de Ciclismo de Vila Real e a Federação Portuguesa de Ciclismo, reunindo atletas das categorias sub-13, sub-15, sub-17, sub-19, sub-23, elites, masters e open.

O ciclocrosse é uma disciplina que combina velocidade, técnica e resistência em percursos desafiadores que incluem lama, areia e até obstáculos, proporcionando um espetáculo vibrante tanto para os corredores como para o público.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo


“Machico recebe penúltima etapa da Taça de Portugal de Enduro 2025”


A Taça de Portugal de Enduro presented by Shimano regressa este fim de semana, depois de uma pausa de cerca de cinco meses, com a realização do Campeonato Nacional pelo meio. A cidade de Machico, na ilha da Madeira, será o palco da quarta e penúltima etapa da competição, que se realiza este domingo, 26 de outubro.

A organização está a cargo do Clube Caniço Riders, com o apoio da Associação de Ciclismo da Madeira e da Câmara Municipal de Machico, reunindo 145 participantes de várias categorias? desde Sub-13 a Elites, Masters e Open (masculinos e femininos).

A prova principal contará com aproximadamente 33 quilómetros, distribuídos por seis Provas Especiais Cronometradas (PEC) e troços de ligação, enquanto a competição de E-Bikes terá um percurso de cerca de 36 quilómetros, com seis PEC, duas Provas de Subida (PWS) e respetivas ligações. O Mini Enduro incluirá duas PEC destinadas aos escalões mais jovens.

Os trilhos de Machico, que já integraram o Enduro World Series em 2017 e 2019, voltam assim a receber alguns dos melhores atletas nacionais, oferecendo paisagens únicas, diversidade de pisos e um elevado nível técnico.

O madeirense Jimmy Silva (Caniço Riders-Invermaque) e Ana Leite (AXPO Team Vila do Conde) chegam à Madeira na liderança do ranking da Taça de Portugal entre a elite, prometendo um fim de semana de grande intensidade competitiva.

A ação arranca no sábado (25 de outubro) com os treinos oficiais, entre as 9h00 e as 18h00, e prolonga-se no domingo, dia da competição, a partir das 9h00, com partida do ponto 0. A cerimónia de entrega de prémios está agendada para as 16h30, na Praça do Fórum Machico.

 

PROGRAMA

Sábado, 25 de outubro

09h00: Abertura dos treinos oficiais

18h00: Fecho dos treinos oficiais

 

Domingo, 26 de outubro

09h00: Início da competição no ponto 0

16h30h: Cerimónia protocolar de entrega de prémios (Fórum Machico)

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Iúri Leitão e Diogo Narciso falham finais nos Mundiais de ciclismo de pista”


Portugueses foram eliminados nas qualificações do quilómetro e da perseguição individual, respetivamente

 

Por: Lusa

Foto: Federação Portuguesa de Ciclismo/Facebook

Os portugueses Iúri Leitão e Diogo Narciso foram esta sexta-feira eliminados nas qualificações do quilómetro e da perseguição individual, respetivamente, nos Mundiais de ciclismo de pista, que decorrem em Santiago do Chile, falhando as finais agendadas para esta noite.

Depois da medalha de bronze conquistada na quinta-feira na prova de scratch, Iúri Leitão voltou a competir no velódromo chileno, desta vez na disciplina do quilómetro contrarrelógio, terminando a qualificação na 26.ª posição, entre 30 participantes.

O ciclista vianense completou o esforço de um quilómetro em 1.02,116 minutos, a 4,435 segundos do neerlandês Harrie Lavreysen, que venceu a ronda de apuramento com 57,681 segundos e uma média de 62,412 km/h.

Apenas os oito melhores tempos seguiram para a final, marcada para esta noite, deixando o português fora da decisão. Lavreysen, campeão olímpico e mundial em várias disciplinas de velocidade, liderou uma qualificação dominada pelos sprinters, à frente do britânico Joseph Truman e do neerlandês Jeffrey Hoogland, segundo e terceiro classificados, respetivamente.

Na perseguição individual, disputada em 4.000 metros, Diogo Narciso concluiu a qualificação na 21.ª posição, entre 26 corredores, com o tempo de 4.21,511 minutos e uma média de 55,065 km/h, a 18,667 segundos do britânico Josh Charlton, o mais rápido da ronda.

O dinamarquês Rasmus Pedersen, segundo, e o australiano James Moriarty, terceiro, completaram o trio da frente, numa qualificação em que apenas os quatro primeiros garantiram o acesso às corridas de medalhas nesta categoria.

Os campeonatos prosseguem ainda este sábado, com Iúri Leitão a disputar as quatro provas do omnium.

No domingo, João Matias regressa para a final da eliminação e a dupla Diogo Narciso/Iúri Leitão encerra a participação portuguesa na prova de madison.

Fonte: Record on-line

Ficha Técnica

  • Titulo: Revista Notícias do Pedal
  • Diretor: José Manuel Cunha Morais
  • Subdiretor: Helena Ricardo Morais
  • Periodicidade: Diária
  • Registado: Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº: 125457
  • Proprietário e Editor: José Manuel Cunha Morais
  • Morada: Rua do Meirinha, 6 Mogos, 2625-608 Vialonga
  • Redacção: José Morais
  • Fotografia e Vídeo: José Morais, Helena Morais
  • Assistência direção, área informática: Hugo Morais
  • Sede de Redacção: Rua do Meirinha, 6 Mogos, 2625-608 Vialonga
  • Contactos: Telefone / Fax: 219525458 - Email: josemanuelmorais@sapo.pt noticiasdopedal@gmail.com - geral.revistanoticiasdopedal.com