segunda-feira, 1 de janeiro de 2024
“Atropelamento mortal: mulher de Rohan Dennis arrastada vários metros”
Ciclista foi libertado sob fiança e autoridades analisam imagens das câmaras de videovigilância
Por: Record
Foto: Instagram Rohan Dennis
Foram revelados já esta
segunda-feira novos dados relativos ao atropelamento que resultou na morte de
Melissa Hoskins, mulher do ciclista australiano Rohan Dennis, campeão do Mundo
de contrarrelógio em 2018 e 2019. A imprensa australiana refere que Melissa
Hoskins estava no capô do carro e ainda se agarrou à porta, tendo sido
arrastada vários metros.
Na porta do veículo foram
encontradas impressões digitais de Melissa Hoskins. As autoridades analisam
agora as imagens captadas pelas câmaras de videovigilância de outras vivendas
da área para perceberem melhor o que se passou.
Rohan Dennis foi detido,
acusado de "homicídio por condução
imprudente e colocação da vida humana em perigo", e,
entretanto, libertado sob fiança. Deverá responder em tribunal em março.
Fonte: Record on-line
"Acho que a vida não se pode levar com arrependimentos"
Frederico Figueiredo não sabe se terá “outra oportunidade igual ou idêntica” para ganhar a Volta a Portugal, mas continua a trabalhar para ‘agarrá-la’ caso surja, a começar já nesta temporada velocipédica, em que terá objetivos mais internacionais
Por: Lusa
Frederico Figueiredo não sabe
se terá “outra oportunidade igual ou
idêntica” para ganhar a Volta
a Portugal, mas continua a trabalhar para ‘agarrá-la’ caso surja, a começar já nesta temporada
velocipédica, em que terá objetivos mais internacionais.
“Acho que
a vida não se pode levar com arrependimentos. Gostava de a ter ganho, nunca
escondi isso, mas não me posso arrepender daquilo que fiz, porque também não
iria ser bom para mim”, defendeu, em entrevista à Lusa.
‘Fred’ referia-se à Volta2022, em que foi
incontestavelmente o ciclista mais forte na estrada, mas ‘abdicou’ do triunfo ao
aguardar por Mauricio Moreira sempre que o seu colega uruguaio passou
dificuldades. Hoje, revisita esses momentos de forma prática, descontraída e
sem tristezas, três características intrínsecas do seu (bom) caráter.
“Se o
futuro não me quiser dar nenhuma Volta a Portugal, ninguém vai morrer por isso.
Agora, gostava de a ter ganho, sem dúvida alguma. Não sei se vai haver outra
oportunidade igual ou idêntica, mas vou continuar a treinar e a fazer o meu
trabalho. Se surgir, eu agarro-a”, prometeu.
Aos 32 anos, e depois de
também ser terceiro (2020) e quinto (2018 e 2021) na prova ‘rainha’ do ciclismo
português, o trepador nascido em Lisboa e radicado em São João de Ver garante não pensar que a chance de
2022 não se irá repetir.
“Ano após
ano, é o que tiver de ser. Não sou muito de pensar que aquela oportunidade foi
a última. Foi uma grande oportunidade. Prefiro pensar assim a estar a pensar
que foi a última. Grandes oportunidades podem surgir muitas vezes na vida,
agora vamos ver se ela vai surgir ou não”, completou.
Para já, Figueiredo olha para
um novo ano com as cores da Sabgal-Anicolor, equipa com a qual só quis renovar
para 2024, por querer “voltar a sentir a pressão de correr sem contrato”,
e que lhe propõe este ano “um calendário mais internacional”.
“Acho que
é objetivo da equipa correr muito mais fora, para conseguir dar o outro passo,
para a categoria seguinte [segunda divisão]. Claro que isso é muito mais
ambicioso. E o calendário internacional é muito ambicioso e traz muitas
corridas importantes. Eu irei já ter 50 e poucos dias de corrida. Os objetivos
vão ter de se reformular, vão ter de ser diferentes, mantendo só a Volta a
Portugal”, perspetivou.
Ressalvando que “o objetivo principal é sempre ganhar” a
Volta “claro que, a nível pessoal, se o puder
fazer bem, não vou deixar os outros fazer melhor”, ‘Fred’ salienta
que tem “muitas corridas durante o ano” em que pode “dar
muito nas vistas”.
O mais credenciado ciclista
português do pelotão nacional sempre gostou de “fazer
o calendário lá fora”, até porque sempre correu a um bom nível,
e para este ano vai apontando a provas com o Gran Camiño ou a Volta às
Astúrias, corridas que lhe “encaixam na
perfeição”.
Embora esteja entusiasmado com
uma temporada mais ‘internacional’,
o ciclista da Sabgal-Anicolor parece ter desistido definitivamente do sonho de
representar uma equipa estrangeira.
“Acho que
isso já é uma coisa que é quase, quase impossível de acontecer. Só há uns anos
é que vimos o André Cardoso ir para fora com 31, creio [foi com 28]. Isso já
aconteceu há muitos anos. O que fazem agora é pegar nos ciclistas em juniores e
passá-los diretos para uma equipa sub-23. Vemos o caso do Gonçalo Tavares, do
António Morgado… o nosso pelotão é muito fraquinho ao nível de jovens, porque
eles [equipas estrangeiras] os vêm buscar logo em juniores”,
vincou.
Por: Sapo on-line
“Óbidos Cycling Team apresenta plantel para 2024”
Por: Helena Dias
O projeto de formação sub-23
Óbidos Cycling Team apresenta um grupo de 13 ciclistas para 2024, naquela que
será a sua segunda época na estrada.
Sediada no Município de
Óbidos, a equipa da Região Oeste continua a ser dirigida pelo ex-ciclista
profissional Micael Isidoro, que uniu 9 reforços às 4 manutenções.
“Os novos
elementos chegam com o objetivo de acrescentar experiência e qualidade
competitiva ao grupo, tanto os ciclistas elites como os sub-23. Neste grupo
mais homogéneo e competitivo, o objetivo passa por ter uma sinergia de
experiências entre os elementos mais velhos, que não têm idade superior a 25
anos, e os elementos mais novos. No geral, queremos um grupo mais forte, que
beneficie da aprendizagem entre os ciclistas, dando suporte e confiança à
equipa de trabalho para que todos possam ter o seu lugar e fazer um grupo
coeso, forte e amigo”, referiu Micael Isidoro.
A Óbidos Cycling Team irá
realizar o calendário nacional de estrada, bem como diversas corridas do
calendário internacional sub-23, à imagem do sucedido na sua época de estreia.
A primeira internacionalização de 2024 será já no mês de janeiro.
Plantel
de 13 ciclistas para 2024:
Daniel Jorge (19, Portugal) |
Renovação
Diogo Pinto (20, Portugal) |
Reforço
Diogo Saleiro (20, Portugal) |
Reforço
Francisco Santos (18,
Portugal) | Reforço
João Silva (21, Portugal) |
Reforço
Mark Kryuchkov (20, Rússia) |
Renovação
Mikel Mujika (25, Espanha) |
Reforço
Pau Rodríguez Vidal (19,
Espanha) | Renovação
Pedro Lopes (24, Portugal) |
Renovação
Sam Clark (22, Grã-Bretanha) |
Reforço
Sérgio Saleiro (20, Portugal)
| Reforço
Theodor Obholzer (24,
Grã-Bretanha) | Reforço
Vicente Azevedo (18, Portugal)
| Reforço
Fonte: Equipa Ciclismo Óbidos
Cycling Team
“Frederico Figueiredo: "Só ficou a faltar-me uma vitória na Volta a Portugal"
Depois de um 2022 de sonho, que o catapultou para o estatuto de melhor ciclista português do pelotão nacional, Frederico Figueiredo teve uma época mais discreta
Por: Lusa
Frederico Figueiredo não saiu
desiludido de 2023, nem com os seus resultados, nem com a sua equipa, a
Sabgal-Anicolor, apesar de reconhecer que lhe faltou uma vitória na Volta a
Portugal em bicicleta, onde teria corrido de forma diferente.
“Consegui
começar a época a ganhar, em abril, na Clássica [Aldeias] do Xisto, e depois
mantive sempre um bom nível, tanto a trabalhar, como na discussão de corridas.
Acabo também por estar na discussão do [Grande Prémio] Douro [Internacional],
que o [Luís] Mendonça ganhou. Mesmo dentro da nossa equipa, com tantos ‘galos’,
acho que acaba por ser um balanço positivo”,
resumiu à Lusa, recordando ainda a vitória na terceira etapa do Troféu Joaquim
Agostinho.
Depois de um 2022 de sonho,
que o catapultou para o estatuto de melhor ciclista português do pelotão
nacional, Frederico Figueiredo teve uma época mais discreta, mas ainda assim o
pragmático trepador de São João de Ver recusa-se a falar de desilusão quando
olha para 2023.
“Só ficou
a faltar-me uma vitória na Volta a Portugal se calhar, [assim a temporada]
estava equivalente ao ano anterior. Também tenho de ser sincero, porque em
Portugal não há assim tantas chegadas ao alto que me favoreçam e tenho de
aproveitá-las da melhor forma. Eu aproveitei no Xisto, aproveitei no Agostinho,
faltou aproveitar uma na Volta a Portugal. Não deu”,
lamentou.
Não que ‘Fred’ não
tenha tentado tentou e muito, talvez mais do que qualquer outro, mas o tão
apetecido triunfo em etapas acabou por não chegar, do mesmo modo que também a
sua anunciada candidatura à vitória final ‘fracassou’ foi apenas sétimo, devido a “um conjunto de fatores”.
“A etapa
da Serra [da Estrela] não nos correu da melhor maneira, como no ano passado,
nem como nós estávamos a contar que corresse. […] Estava tudo a correr muito
bem e em 20 quilómetros as coisas acabaram por virar. Acho que esse aí foi o
fator que mais contribuiu para eu não ter estado na disputa da Volta a Portugal
até mais tarde”, analisou.
Da conversa com o vice-campeão
e ‘rei’ da montanha da Volta2022 percebe-se que aquelas duas dezenas
de quilómetros da subida à Torre, da quinta etapa, nos quais tudo correu mal à
agora Sabgal-Anicolor (a começar pelo ‘naufrágio’ do então campeão em título Mauricio Moreira, logo
na Covilhã), o marcaram, pois é a eles que regressa quando é questionado sobre
se teria feito algo diferente naqueles dias de agosto.
“[Hesita]
se calhar… agora, analisando as coisas, não teria arrancado como arranquei
[rumo à Torre] se soubesse que o Jimmy [Whelan] não estava nas melhores
condições. Se calhar, tinha-me resguardado mais um bocado, não teria dado tanto
nas vistas e, se calhar, a corrida era completamente diferente. Lembro-me na
etapa da Serra de toda a gente responder aos meus ataques e aos ataques dos
outros ninguém responder. Se calhar, teria corrido de uma maneira muito mais
fria e muito mais na defensiva e teria corrido melhor. Mas isto é um balanço
que faço agora. Se na altura soubesse estas coisas, era diferente, muito
diferente”, admite.
Figueiredo foi,
destacadamente, o ciclista mais marcado da 84.ª edição da prova ‘rainha’ do
calendário velocipédico nacional, com os seus ataques a motivarem respostas
prontas dos líderes das equipas portuguesas, mas também das estrangeiras, algo
que o corredor de 32 anos atribui ao respeito que foi conquistando no pelotão,
sobretudo após as suas exibições em 2022, quando venceu autoritariamente no
Observatório de Vila Nova (Miranda do Corvo) e vestiu a amarela durante cinco
dias, antes de a perder no ‘crono’ final para Moreira.
“Depois
da Volta a Portugal do ano passado, se calhar muita gente estava com receio que
eu chegasse à Covilhã, arrancasse e fosse por ali fora”, nota
o também terceiro classificado da Volta2020, assumindo ainda que o facto de
Rúben Pereira ter dito à Lusa antes do início da Volta que a sua vitória seria
boa para o ciclismo português talvez também não tenha ajudado.
Apesar das declarações do seu
diretor desportivo e de ser o grande favorito ao triunfo final após o ‘ocaso’ de
Moreira, ‘Fred’ acabou ‘vítima’ não só da excessiva marcação dos adversários, mas
também de táticas confusas da sua equipa, que preferiu apostar em vários
líderes e acabou com três ciclistas no top 10 mas nenhum no pódio, aliás como
fez ao longo de toda a temporada.
“Mágoa
com a equipa não pode ficar. O ter muitos galos para o mesmo poleiro podes ver
pelo lado positivo e pelo negativo: pelo positivo, tira-te muita pressão,
porque se tu falhares, há sempre alguém por trás [que te dá garantias]. Se tens
um dia mau, dificilmente haverá dois ou três ciclistas a terem um dia mau, e
isso é bom. Pelo lado negativo, se calhar acaba por não te dar o protagonismo
que tu poderias ter. Há que saber lidar com a situação, não podemos encarar de
maneira negativa”, concluiu.
Fonte: Sapo on-line
Ficha Técnica
- Titulo: Revista Notícias do Pedal
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