quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

“Seis chegadas em alto e 47 mil metros de subida na 104.ª edição do Giro”


Serão 23 as equipas que vão disputar a prova que estará na estrada entre 8 e 30 de maio

 

 Por: Lusa

Foto: Twitter Giro

A 104.ª edição da Volta a Itália, na estrada entre 8 e 30 de maio, terá cerca de 47 mil metros de subida acumulados, seis chegadas em alto e dois contrarrelógios, anunciou esta quinta-feira a organização.

Entre Turim, que acolhe um 'crono' de nove quilómetros a abrir, e Milão, que recebe novo exercício individual de 29,4, vão 3.450,4 quilómetros de distância, divididos por 21 etapas, seis delas a acabar com chegada em alto.

O traçado, hoje apresentado pelos organizadores, parece favorecer um trepador, sem a presença de contrarrelógio por equipas e menos de 40 quilómetros de contrarrelógio.

Ao todo, serão 23 as equipas que vão disputar o Giro, 19 delas do escalão WorldTour, com outras sete etapas marcadas pela inclinação e seis mais orientadas para 'sprinters' e velocistas, na prova que abre a temporada de grandes voltas, antes de França, no verão, e Espanha, a fechar a época.

A etapa rainha é a 16.ª, com 5.700 metros de subida acumulada, incluindo o Passo Fedaia, o Passo Pordoi (a Cima Coppi, o ponto mais alto, da 104.ª edição) e o Passo Giau, nos Alpes Dolomíticos, a caminho de Cortina d'Ampezzo.

A última semana, marcada pelo peso dos Alpes nas pernas, inclui uma passagem por território suíço, para chegar ao Passo di San Bernardino e ao Splugenpass, a caminho de Alpe Mota, antes do 'crono' decisivo em Milão.

No 90.º aniversário da 'maglia rosa', a camisola de líder da prova, à já anunciada 'grande partenza' de Turim seguem-se vários dias na Sicília, a caminho da costa do Adriático e uma primeira subida de 'teste' aos candidatos, em Ascoli Piceno, no sexto dia de corrida.

Após o descanso, em 18 de maio, no final de 10 tiradas, o caminho até à estância de Campo Felice inclui mais de 3.400 metros de subida, incluindo até à meta, além de estradas em terra batida.

A presença de estradas de 'strade bianche' combinadas com subidas (e descidas) exigentes marcam a segunda fase da corrida, apresentando outros desafios, além de habilidades de trepador, dos candidatos, com amplas oportunidades para perder muito tempo.

A poesia de Dante Alighieri, em ano de 700.º aniversário, é assinalada na 13.ª etapa, vocacionada para os 'sprinters', e assim longe de qualquer 'Inferno', como o da 'Divina Comédia'.

O Monte Zoncolan será este ano abordado, a uma semana do fim, pela variante de Sutrio, com 14,1 quilómetros de escalada a 8,5% de inclinação, e os últimos 2.000 metros percorridos a mais de 13%, num caminho que coroou Gilberto Simoni em 2003, único ano em que este lado foi escolhido.

Também a Eslovénia recebe a caravana, a caminho de Cortina d'Ampezzo, que será casa dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026, e depois do último dia de descanso, o Passo San Valentino, e a Sega di Ala, reabrem as hostilidades no alto.

O Alpe di Mera estreia-se no percurso, na 19.ª etapa, que também passa por Mottarone, a caminho de Milão, que já tinha recebido o 'crono' final em 2020, mas então com metade da distância.

Já anunciadas estão participações de nomes como o italiano Vincenzo Nibali (Trek-Segafredo), campeão em 2013 e 2016, mas também o colombiano Egan Bernal (INEOS), vencedor do Tour em 2019, os franceses Romain Bardet (DSM) e Thibaut Pinot (Groupama-FDJ), o russo Alexandr Vlasov (Astana) ou o 'prodígio' belga Remco Evenepoel (Deceuninck-QuickStep), a estrear-se em grandes voltas após o 'sonho' adiado por um acidente grave em 2020.

Nesse ano, foi outro homem da QuickStep, o português João Almeida, a brilhar na 'corsa rosa', na qual estabeleceu vários recordes de ciclistas lusos: liderou a prova durante 15 dias e acabou no quarto lugar da geral final, num desempenho, também na estreia, que o 'catapultou' para outros voos.

No Giro de 2020, também Ruben Guerreiro (Education First-Nippo) brilhou, ao vencer uma etapa e a classificação da montanha, numa prova ganha pelo britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), que não tem programada a defesa desta conquista.

Fonte: Record on-line

“Julian Alaphilippe em Omloop Het nos paralelepípedos”


Por: José Morais

À frente da poderosa Deceunick Quick Step, o francês Julian Alaphilippe, vai fazer a sua estreia, ao participar no próximo sábado na 76ª edição do Omloop Het Nieuwsblad, celebre pelos seus paralelepípedos, onde procurará vitória na estreia do calendário do clássico World Tour.  

O ciclista francês que já não compete em clássicas desde a Volta à Flandres de 2020 que decorreu a 18 de outubro na sua 104ª edição, testará assim a sua forma numa prova de 201 quilómetros, onde irá ter pela frente 13 subidas, incluindo o icônico Kapelmuur Wall e Bosberg.

A prova que contará com uma seleção belga onde se encontram, Zdenek Stybar, Kasper Asgreen, Davide Ballerini, Tim Declercq, o vice-campeão do ano passado, Yves Lampaert e Florian Sénéchal.

Depois deste grande desafio, seguirão para a clássica Kuurne/Bruxelas/Kuurne, numa distância de 197 quilómetros, onde a vitória em 2020 foi de Asgreen, onde vai defender o título ao lado de nomes como, Lampaert, Stybar Stijn Steels, Bert Van Lerberghe, ao qual se vão ainda juntar Alvaro Hodeg e Jannik Steimle, dois novato dos paralelepípedos.   

“Haja esperança, e poderemos ver brevemente o ciclismo na estrada”


Por: José Morais

Foto: Arquivo NP

Pode ou não se realizarem provas à porta fechada, esta é a questão colocada em cima da mesa no ciclismo português, o qual ao contrário de outros países que já iniciaram as suas corridas, e não à porta fechada.

Numa recente reunião entre representantes dos ciclistas, equipas e a Federação Portuguesa de Ciclismo, após a Pascoa, a 11 de abril “DEVERÁ” abril a época oficial de estrada de 2021, ao contrário de diversas modalidades desportivas sejam semi-profissionais ou profissionais que iniciaram o seu campeonato oficial, voleibol, basquetebol, hóquei ou andebol, já não falando no futebol que nunca parou, já que possui pelos vistos de um estatuto especial.

Deverá a palavra, “REALIZAÇÃO” ser uma realidade, alguma divisão surgiu na reunião, e uma proposta interessante apresentada pelo representante dos ciclistas, seria a realização de eventos sem público, à porta fechada, sugestões, a utilização do autódromos do país, Estoril, Braga ou Portimão, onde as transmissões poderiam ser feitas via Facebook e Youtube, e se calhar bem conversado até por um canal de televisão digo eu.

O ciclismo retomaria assim a sua atividade, os eventos seriam simplificados, sem público e apenas as autorizações poderiam depender de uma autarquia, as provas poderiam fazer parte de um Campeonato Nacional de Circuitos., como prova de regularidade ou por exemplo, estar englobado o Campeonato nacional por equipas.

Mas, quando foi argumentado por parte de ciclistas e equipas que Portugal era dos poucos onde o ciclismo está confinado, e com a proposta que até em parte era interessante, teve porta fechada pela parte da Federação Portuguesa de Ciclismo, ao dizer que não haveria dinheiro.

Falta de dinheiro, diz a FPC, será que provas em circuitos fechados tem as mesmas despesas do que andar na estrada com policiamento, que não é nada barato. Será que não existem meios na FPC para fazer alguns eventos, fica pergunta?

Quando surgem comentários da inatividade da Federação, de não falar, de não agir, a recente carta aberta do presidente sobre o Plano de Recuperação e Resiliência do Desporto, apesar de focar pontos importantes, é muito brando com o ciclismo, já que apenas no final da mesma aparece a seguinte frase em relação à modalidade; “Ainda no caso do ciclismo, Portugal tem todo o interesse no investimento na prática quotidiana, enquanto modo de transporte, dado que tem uma importante fileira exportadora da indústria de bicicletas, acessórios e componentes” palavras de Delmino Pereira presidente da FPC.

Será que agora o interesse da FPC será o modo alternativo de deslocação, ou a exportação da indústria das bicicletas, acessórios e componentes, e o ciclismo no geral, as diversas modalidades, os ciclistas, as equipas, e tudo que gira em volta competição, fica de lado, não existe interesse.

A indústria das bicicletas é sem dúvida importante, mas mesmo com a pandemia vai ao que parece de vento em poupa, mas os ciclistas e as equipas sem provas, sem patrocinadores, e o dinheiro a não aparecer, quem paga são os ciclistas, e a modalidade afunda-se a olhos vistos, quando se diz que não existe dinheiro para fazer alguns eventos, muitos são os que se queixam de terem licenças e seguros pagos, e provas nada.

O ciclismo poderia sem dúvida realizar-se à porta fechada, para isso terá de haver vontade dos responsáveis da modalidade, mas também terá de se ser mais persistente, e a quem de direito fazer ver a necessidade de que o ciclismo deve regressar o mais rápido possível, exista coragem de enfrentar, e abram um pouco os cordões à bolsa, a modalidade agradece.

Tomando em conta o “DEVERÀ” de regressar a 11 de abril, aqui fica o que poderá ser o calendário de 2021:

A 11de abril prova de abertura a Taça de Portugal JS, do novo calendário muitas provas foram alteradas estão, mas os Campeonatos Nacionais de 18 e 19 junho, e a Volta a Portugal de 4 a 15 de agosto, estas as datas previstas, a Volta ao Algarve, tudo aponta para a realização de 5 a 9 de maio, depois de ter sido adiada, quando inicialmente deveria de ser realizada em fevereiro.

A Clássica da Primavera a 18 de abril, as Aldeias de Xisto, a Taça de Portugal e o GP Mortágua todas a 25 de abril, o Grande Prémio o Jogo marcado de 13 a 16 de maio.

No mês de junho o Grande Prémio Abimota de 2 a 6, e Grande Prémio JN/O Jogo, de 10 a13, e a Volta ao Alentejo que também foi adiada, passou para este mês de 23 a 27.

O Troféu Joaquim Agostinho realiza-se de 16 a 18 julho, antecedendo a Volta a Portugal, que se inicia de 4 a 15 de agosto, com o resto do mês a ter marcado vários circuitos, e a fechar o mês com o Grande Prémio Jornal de Notícias a iniciar a 30, e a prolongar-se até 5 de setembro.

Agora, haja esperança, e esperemos que o ciclismo possa regressar o mais breve possível para bem da modalidade.

“Sam Bennett vence etapa da Volta aos Emirados Árabes, Pogacar segura liderança”


Por: SIF // RPC

Al Marjan, Emirados Árabes Unidos, 24 fev 2021 (Lusa) - O irlandês Sam Bennett (Deceuninck-QuickStep) venceu hoje ao ‘sprint’ a quarta etapa da Volta aos Emirados Árabes Unidos, com o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) a segurar a liderança da geral individual.

Após 204 quilómetros, com partida e chegada na ilha de Al Marjan, o irlandês, de 30 anos, impôs-se no ‘sprint', ao cabo de 4:51.51 horas, batendo sobre a meta o holandês David Dekker (Jumbo-Visma), segundo colocado e novo líder dos pontos, e o australiano Caleb Ewan (Lotto Soudal), terceiro.

O dia não provocou alterações de maior nos primeiros lugares da geral, que continua liderada por Pogacar, vencedor da Volta a França em 2020, com 43 segundos de vantagem para o britânico Adam Yates (INEOS), segundo posicionado, a 43 segundos.

A 1.03 minutos está o português João Almeida (Deceuninck-QuickStep), no terceiro posto, após um dia em que foi 24.º classificado, com o mesmo tempo do vencedor, seguindo em segundo na classificação da juventude, atrás de Pogacar, e em terceiro na tabela dos pontos.

Também Ruben Guerreiro (Education First-Nippo) chegou integrado no pelotão, cortando a meta em 31.º, mantendo o 29.º posto na geral, a 12.14 minutos do líder.

Na quinta-feira, a quinta de sete etapas liga Fujairah a Jebel Jais, ao longo de 170 quilómetros, com uma chegada em alto que testará a liderança de Pogacar e as aspirações de João Almeida à vitória final.

Por: Lusa

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