Serão 23 as equipas que vão disputar a prova que estará na estrada entre 8 e 30 de maio
Por: Lusa
Foto: Twitter Giro
A 104.ª edição da Volta a
Itália, na estrada entre 8 e 30 de maio, terá cerca de 47 mil metros de subida
acumulados, seis chegadas em alto e dois contrarrelógios, anunciou esta
quinta-feira a organização.
Entre Turim, que acolhe um
'crono' de nove quilómetros a abrir, e Milão, que recebe novo exercício
individual de 29,4, vão 3.450,4 quilómetros de distância, divididos por 21
etapas, seis delas a acabar com chegada em alto.
O traçado, hoje apresentado
pelos organizadores, parece favorecer um trepador, sem a presença de
contrarrelógio por equipas e menos de 40 quilómetros de contrarrelógio.
Ao todo, serão 23 as equipas
que vão disputar o Giro, 19 delas do escalão WorldTour, com outras sete etapas
marcadas pela inclinação e seis mais orientadas para 'sprinters' e velocistas,
na prova que abre a temporada de grandes voltas, antes de França, no verão, e
Espanha, a fechar a época.
A etapa rainha é a 16.ª, com
5.700 metros de subida acumulada, incluindo o Passo Fedaia, o Passo Pordoi (a
Cima Coppi, o ponto mais alto, da 104.ª edição) e o Passo Giau, nos Alpes
Dolomíticos, a caminho de Cortina d'Ampezzo.
A última semana, marcada pelo
peso dos Alpes nas pernas, inclui uma passagem por território suíço, para
chegar ao Passo di San Bernardino e ao Splugenpass, a caminho de Alpe Mota,
antes do 'crono' decisivo em Milão.
No 90.º aniversário da 'maglia
rosa', a camisola de líder da prova, à já anunciada 'grande partenza' de Turim
seguem-se vários dias na Sicília, a caminho da costa do Adriático e uma
primeira subida de 'teste' aos candidatos, em Ascoli Piceno, no sexto dia de corrida.
Após o descanso, em 18 de
maio, no final de 10 tiradas, o caminho até à estância de Campo Felice inclui
mais de 3.400 metros de subida, incluindo até à meta, além de estradas em terra
batida.
A presença de estradas de
'strade bianche' combinadas com subidas (e descidas) exigentes marcam a segunda
fase da corrida, apresentando outros desafios, além de habilidades de trepador,
dos candidatos, com amplas oportunidades para perder muito tempo.
A poesia de Dante Alighieri,
em ano de 700.º aniversário, é assinalada na 13.ª etapa, vocacionada para os
'sprinters', e assim longe de qualquer 'Inferno', como o da 'Divina Comédia'.
O Monte Zoncolan será este ano
abordado, a uma semana do fim, pela variante de Sutrio, com 14,1 quilómetros de
escalada a 8,5% de inclinação, e os últimos 2.000 metros percorridos a mais de
13%, num caminho que coroou Gilberto Simoni em 2003, único ano em que este lado
foi escolhido.
Também a Eslovénia recebe a
caravana, a caminho de Cortina d'Ampezzo, que será casa dos Jogos Olímpicos de
Inverno de 2026, e depois do último dia de descanso, o Passo San Valentino, e a
Sega di Ala, reabrem as hostilidades no alto.
O Alpe di Mera estreia-se no
percurso, na 19.ª etapa, que também passa por Mottarone, a caminho de Milão,
que já tinha recebido o 'crono' final em 2020, mas então com metade da
distância.
Já anunciadas estão
participações de nomes como o italiano Vincenzo Nibali (Trek-Segafredo),
campeão em 2013 e 2016, mas também o colombiano Egan Bernal (INEOS), vencedor
do Tour em 2019, os franceses Romain Bardet (DSM) e Thibaut Pinot
(Groupama-FDJ), o russo Alexandr Vlasov (Astana) ou o 'prodígio' belga Remco
Evenepoel (Deceuninck-QuickStep), a estrear-se em grandes voltas após o 'sonho'
adiado por um acidente grave em 2020.
Nesse ano, foi outro homem da
QuickStep, o português João Almeida, a brilhar na 'corsa rosa', na qual
estabeleceu vários recordes de ciclistas lusos: liderou a prova durante 15 dias
e acabou no quarto lugar da geral final, num desempenho, também na estreia, que
o 'catapultou' para outros voos.
No Giro de 2020, também Ruben
Guerreiro (Education First-Nippo) brilhou, ao vencer uma etapa e a
classificação da montanha, numa prova ganha pelo britânico Tao Geoghegan Hart
(INEOS), que não tem programada a defesa desta conquista.
Fonte: Record on-line
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