quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

“Haja esperança, e poderemos ver brevemente o ciclismo na estrada”


Por: José Morais

Foto: Arquivo NP

Pode ou não se realizarem provas à porta fechada, esta é a questão colocada em cima da mesa no ciclismo português, o qual ao contrário de outros países que já iniciaram as suas corridas, e não à porta fechada.

Numa recente reunião entre representantes dos ciclistas, equipas e a Federação Portuguesa de Ciclismo, após a Pascoa, a 11 de abril “DEVERÁ” abril a época oficial de estrada de 2021, ao contrário de diversas modalidades desportivas sejam semi-profissionais ou profissionais que iniciaram o seu campeonato oficial, voleibol, basquetebol, hóquei ou andebol, já não falando no futebol que nunca parou, já que possui pelos vistos de um estatuto especial.

Deverá a palavra, “REALIZAÇÃO” ser uma realidade, alguma divisão surgiu na reunião, e uma proposta interessante apresentada pelo representante dos ciclistas, seria a realização de eventos sem público, à porta fechada, sugestões, a utilização do autódromos do país, Estoril, Braga ou Portimão, onde as transmissões poderiam ser feitas via Facebook e Youtube, e se calhar bem conversado até por um canal de televisão digo eu.

O ciclismo retomaria assim a sua atividade, os eventos seriam simplificados, sem público e apenas as autorizações poderiam depender de uma autarquia, as provas poderiam fazer parte de um Campeonato Nacional de Circuitos., como prova de regularidade ou por exemplo, estar englobado o Campeonato nacional por equipas.

Mas, quando foi argumentado por parte de ciclistas e equipas que Portugal era dos poucos onde o ciclismo está confinado, e com a proposta que até em parte era interessante, teve porta fechada pela parte da Federação Portuguesa de Ciclismo, ao dizer que não haveria dinheiro.

Falta de dinheiro, diz a FPC, será que provas em circuitos fechados tem as mesmas despesas do que andar na estrada com policiamento, que não é nada barato. Será que não existem meios na FPC para fazer alguns eventos, fica pergunta?

Quando surgem comentários da inatividade da Federação, de não falar, de não agir, a recente carta aberta do presidente sobre o Plano de Recuperação e Resiliência do Desporto, apesar de focar pontos importantes, é muito brando com o ciclismo, já que apenas no final da mesma aparece a seguinte frase em relação à modalidade; “Ainda no caso do ciclismo, Portugal tem todo o interesse no investimento na prática quotidiana, enquanto modo de transporte, dado que tem uma importante fileira exportadora da indústria de bicicletas, acessórios e componentes” palavras de Delmino Pereira presidente da FPC.

Será que agora o interesse da FPC será o modo alternativo de deslocação, ou a exportação da indústria das bicicletas, acessórios e componentes, e o ciclismo no geral, as diversas modalidades, os ciclistas, as equipas, e tudo que gira em volta competição, fica de lado, não existe interesse.

A indústria das bicicletas é sem dúvida importante, mas mesmo com a pandemia vai ao que parece de vento em poupa, mas os ciclistas e as equipas sem provas, sem patrocinadores, e o dinheiro a não aparecer, quem paga são os ciclistas, e a modalidade afunda-se a olhos vistos, quando se diz que não existe dinheiro para fazer alguns eventos, muitos são os que se queixam de terem licenças e seguros pagos, e provas nada.

O ciclismo poderia sem dúvida realizar-se à porta fechada, para isso terá de haver vontade dos responsáveis da modalidade, mas também terá de se ser mais persistente, e a quem de direito fazer ver a necessidade de que o ciclismo deve regressar o mais rápido possível, exista coragem de enfrentar, e abram um pouco os cordões à bolsa, a modalidade agradece.

Tomando em conta o “DEVERÀ” de regressar a 11 de abril, aqui fica o que poderá ser o calendário de 2021:

A 11de abril prova de abertura a Taça de Portugal JS, do novo calendário muitas provas foram alteradas estão, mas os Campeonatos Nacionais de 18 e 19 junho, e a Volta a Portugal de 4 a 15 de agosto, estas as datas previstas, a Volta ao Algarve, tudo aponta para a realização de 5 a 9 de maio, depois de ter sido adiada, quando inicialmente deveria de ser realizada em fevereiro.

A Clássica da Primavera a 18 de abril, as Aldeias de Xisto, a Taça de Portugal e o GP Mortágua todas a 25 de abril, o Grande Prémio o Jogo marcado de 13 a 16 de maio.

No mês de junho o Grande Prémio Abimota de 2 a 6, e Grande Prémio JN/O Jogo, de 10 a13, e a Volta ao Alentejo que também foi adiada, passou para este mês de 23 a 27.

O Troféu Joaquim Agostinho realiza-se de 16 a 18 julho, antecedendo a Volta a Portugal, que se inicia de 4 a 15 de agosto, com o resto do mês a ter marcado vários circuitos, e a fechar o mês com o Grande Prémio Jornal de Notícias a iniciar a 30, e a prolongar-se até 5 de setembro.

Agora, haja esperança, e esperemos que o ciclismo possa regressar o mais breve possível para bem da modalidade.

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