terça-feira, 31 de dezembro de 2024

“Um percurso e etapa com 3.100 metros do Paris-Nice”


Prova realiza-se de 9 a 16 de março, e terá uma etapa nas montanhas Bourbonnais, e contrarrelógio por equipas nos seus destaques

 

Por: José Morais

O Paris-Nice 2025, realiza-se de 9 a 16 de março, sendo apresentado o percurso de sua 83ª edição em Versalhes, na França, a prova de oito etapas, com 1.206 quilómetros, vai ter um contrarrelógio por equipas, com chegadas ao alto em La Loge des Gardes e Auron, com a sempre vibrante etapa final a terminar em Nice.


A chamada “Corrida do Sol” é uma espécie de ensaio geral para as clássicas da primavera, com os ciclistas preparando as suas mentes e pernas para as grandes provas de verão, e começando a colher o que plantaram no outono passado, por isso será uma mistura de terrenos, até a chegada a Nice, a partiuda será dada em Yvelines, numa etapa que pode terminar com um sprint em pelotão. ou com um fugitivo usando a passagem pelo Bosse des Mesnuls como local de lançamento, para avançar para a vitória a 9 quilómetros da linha de chegada.

No dia seguinte lembrará os veteranos da etapa para Bellegarde, seis anos antes, quando o vento castigou as planícies de Beauce e varreu vários favoritos da disputa, mas Egan Bernal saiu ileso, dando o seu primeiro grande passo para vencer a prova, no terceiro dia chega a hora de um contrarrelógio, ao verdadeiro estilo do Paris-Nice, estendendo-se por 28,4 quilómetros entre o Circuito de Nevers Magny-Cours e o centro de Nevers.


O equilíbrio de potência estabelecido em Nièvre começará a mudar na chegada ao alto em La Loge des Gardes, na quarta etapa, chegando no final de um circuito pelas montanhas Bourbonnais, com um ganho de altitude de 3.100 metros.

O quinto dia vai a Ardèche em um trajeto feito sob medida para ciclistas que podem ir de 0 a 100 num piscar de olhos, com os últimos 50 quilómetros são o paraíso dos puncheurs, com subidas como, o Mur de Notre-Dame-de-Sciez, chegando aos seus impressionantes 18%.

A sexta etapa, para Berre l’Étang, terá uma chegada rápida escrita por toda parte, mas ainda não se sabe quantos ciclistas rápidos realmente se váo permanecer no pelotão, após a descida frequentemente com ventos no Vale do Rhône, uma coisa é certa, no sábado, a setima etapa será decidida entre escaladores após o Col de la Colmiane, e a subida cada vez mais íngreme para a estação de esqui de Auron.


No último dia, será um circuito de 119,9 quilómetros em redor de Nice, trará de volta o Col de la Porte pela primeira vez desde 2010, seguido pela Côte de Peille, Col d’Èze e Col des Quatre Chemins antes da linha de chegada, e da festa final no pódio.

 

As etapas:

 

1ª Etapa – dia 9 de março – Le Perray en-Yvelines > Le Perray en-Yvelines, 156,5 quilómetros

2ª Etapa – dia 10 de março – Montesson > Bellegarde, 183,9 quilómetros

3ª Etapa – dia 11 de março – Circuito Nevers Magny-Cours > Nevers contrarrelógio por equipa, 28,4 quilómetros

4ª Etapa – dia 12 de março – Vichy > La Loge des Gardes, 163,4 quilómetros

5ª Etapa – dia 13 de março – Saint-Just-en-Chevalet > La Côte-Saint-André, 196,5 quilómetros

6ª Etapa – dia 14 de março – Saint-Julien-En-Saint-Alban > Berre l’Étang, 209,8 quilómetros

7ª Etapa – dia 15 de março – Nice > Auron, 147,8 quilómetros

8ª Etapa – dia 16 de março – Nice > Nice, 119,9 quilómetros

“Jovem belga tentou seguir Tadej Pogacar no dia que bateu o KOM no Coll de Rates: "A 2,5 kms do topo ouvimos um carro a buzinar pedindo para nos afastarmos. Depois o Pogacar passou a voar"


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com/

Quinten Muys, um promissor ciclista belga de 17 anos, tem histórias para contar aos seus amigos. Enquanto subia o Coll de Rates com alguns colegas de equipa, o ciclista da Crabbé-Dstny (equipa sub-19 ligada à Lotto Dstny) viu de repente passar um certo Tadej Pogacar durante os treinos em Espanha. O fenómeno do ciclismo tinha em vista o registo de melhor tempo da famosa subida. Muys aumentou a velocidade e deu o seu melhor para se agarrar à roda do esloveno durante os dois quilómetros seguintes.

No passado fim de semana, o esloveno estabeleceu um tempo espantoso no Coll de Rates, em Calpe, Espanha. Com uma média impressionante de mais de 31 quilómetros por hora, Pogacar pulverizou o anterior melhor tempo do dinamarquês Peter Øxenberg, por nada menos que 12 segundos. Isso valeu ao atual campeão do mundo um título KOM (King of the Mountain) no Strava.

Imagens de Pogacar a ser transportado montanha acima por um impressionante comboio dos Emirados Árabes Unidos também circularam nas redes sociais. Outra pessoa que testemunhou de muito perto a corrida recorde de Pogacar foi o belga Quinten Muys, de 17 anos. O ciclista da equipa de jovens Crabbé-Dstny estava também a subir o Coll de Rates na altura em questão. Juntamente com os amigos ciclistas Jenthe Verstraete e Nicholas Birkholm.

"Na primeira curva, vimos alguém da UAE Team Emirates com um cronómetro", são as palavras de Muys recolhidas pelo Sporza. "Foi aí que soubemos que algo especial ia acontecer. A 2,5 quilómetros do topo, ouvimos de repente um carro a buzinar, pedindo-nos para nos afastarmos. Depois o Pogacar passou a voar por nós". Um momento único que Muys e companhia não deixaram passar despercebido.

"Saltámos para trás dele e até consegui tirar o meu telemóvel para filmar. Depois disso, consegui ficar na roda do Pogacar durante mais 2 quilómetros. Estava a puxar cerca de 480 a 490 watts. Na última curva, tive de o largar quando ele passou na parte mais íngreme. Depois, os seus diretores desportivos deram-me uma palmadinha nas costas".

Muys, que chegou ao topo em 20 minutos e 50 segundos, surpreendeu-se a si próprio por ter conseguido acompanhar Pogacar durante tanto tempo. "Gosto de corridas em subida, mas só tinha voltado a pedalar há uma semana, depois de uma doença. Sem essa pausa, talvez tivesse conseguido segui-lo até ao topo. Bem, de qualquer forma, foi uma experiência inesquecível. Muito fixe. Estávamos à espera de conhecer Pogacar antes das nossas férias. No início, ficámos desiludidos quando encontrámos toda a equipa sem ele. E depois, de repente, estamos na roda dele. É algo que ficará para sempre connosco".

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/jovem-belga-tentou-seguir-tadej-pogacar-durante-o-seu-ataque-ao-kom-do-coll-de-rates-os-seus-diretores-desportivos-deram-me-uma-palmadinha-nas-costas-depois

“Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua - uma aposta na continuidade para 2025”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com/

A Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua não conseguiu repetir os números das temporadas de 2022 e 2023, alcançando apenas 3 vitórias. Além disso, os comandados de Gustavo Veloso obtiveram 11 pódios e 38 top 10. Em 2025, a aposta é na continuidade, mantendo-se 10 elementos do plantel atual, com 3 entradas e 2 saídas. Olhamos agora para o ano de 2024 e quais as perspectivas para a próxima temporada.

 

Leangel Linarez e João Matias, os grandes destaques desta temporada

O venezuelano Leangel Linarez foi novamente o grande destaque de 2024, conquistando as 3 vitórias da equipa: na 2ª etapa da Volta ao Alentejo, na 1ª e 4ª etapas do GP Jornal de Notícias. Além disso, Linarez alcançou mais 5 top 10, um deles na Volta a Portugal, o único resultado de relevo da equipa na "Grandíssima"!

Quanto a João Matias, o ciclista natural de Barcelos foi novamente um poço de regularidade, com 10 top 10 ao longo do ano, a destacar os pódios na 2ª etapa do GP Anicolor e na 7ª etapa do GP Jornal de Notícias.

 

3 caras novas em 2025, mas a grande base da equipa mantém-se

A equipa reforça-se com 3 ciclistas muito jovens, uma clara aposta no futuro: Guilherme Lino e Lois de Jesus, ambos de 18 anos, e Francisco Alves, com 19. Lino é o primeiro fruto da parceria entre a Tavfer e a Landeiro KTM ACR Roriz Cycling Academy, ele que fez uma boa temporada enquanto Júnior, com 5 vitórias, na sua maioria no calendário nacional português, com destaque para uma etapa na Volta a Portugal de Juniores, o brasileiro traçou as metas para 2025: "Os meus principais objetivos são, alcançar o título de Campeão Nacional e Campeão Pan-Americano no meu primeiro ano na categoria sub-23, além de ganhar uma competição na Europa."

Lois de Jesus também vem diretamente do escalão de juniores, numa temporada onde ganhou por uma ocasião, no Circuito Teense. 2025 será certamente uma época de adaptação para o espanhol, como o próprio referiu na altura do anúncio da contratação: "Estou muito feliz por fazer parte desta grande equipa e vou trabalhar muito duro para dar o meu melhor, os meus principais objetivos incluem adaptar-me o mais rapidamente possível a correr no pelotão Elite e desenvolver-me como ciclista".

Francisco Alves é o último dos 3 reforços. O português esteve uma temporada na GI Group Holding - Simoldes - UDO, onde fez apenas 10 dias de competição, não competiu mais desde o abandono na 3ª etapa do Troféu Joaquim Agostinho. Classifica-se como um ciclista de média montanha e poderá ser muito útil aos líderes da equipa neste terreno: "Estou muito empolgado e com vontade de trabalhar para justificar a aposta feita em mim. Chego a esta equipa com uma grande ambição de evoluir como atleta e como pessoa, além de querer estar à altura de ajudar a equipa naquilo que me for pedido".

 

2 saídas face ao plantel atual

Gonçalo Amado e Nicolás Saenz saem após três temporadas na equipa, dois ciclistas de média montanha, que não se conseguiram evidenciar em 2024, dos dois apenas Amado conseguiu um pódio este ano, ao ser 3° no Circuito da Moita. Não eram ciclistas do núcleo principal da equipa e a sua saída é vista de forma natural: Amado vai rumar à Rádio Popular - Paredes - Boavista na próxima temporada, quanto a Saenz ainda não se conhece o seu destino.

 

O que esperar de 2025?

A grande maioria do plantel transita para a próxima temporada, os líderes continuam: Linarez, Matias, Martingil, Bruno Silva ou Gonçalo Carvalho, que fez uma boa época em 2024, e é com eles que a equipa espera voltar a conseguir bons resultados. A equipa também aposta na continuidade do diretor desportivo Gustavo Veloso, que promete muita combatividade, imagem de marca da equipa, e também mais trabalho para melhorar nas chegadas ao sprint, voltando a encarrilhar o excelente comboio que possuem.

 

Plantel da Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua para 2025

 

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1 Bruno Silva 36 anos

2 João Matias 33 anos

3 Ángel Sánchez 31 anos

4 António Barbio 31 anos

5 César Martingil 29 anos

6 Leangel Linarez 27 anos

7 Gonçalo Carvalho 27 anos

8 Francisco Morais 26 anos

9 Andres Taboada 22 anos

10 Rafael Barbas 20 anos

11 Francisco Alves 19 anos

12 Lois de Jesus 18 anos

13 Guilherme Lino 18 anos

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/tavfer-ovos-matinados-mortgua-uma-aposta-na-continuidade-para-2025

Ficha Técnica

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