domingo, 15 de agosto de 2021

“O desafio de Gino Mader: um euro por cada ciclista que ficar atrás de si na Vuelta”


Na primeira etapa, ciclista já somou 153 euros em prol da luta pelo ambiente

 

 Por: Lusa

Foto: Reuters

O ciclista suíço Gino Mader (Bahrain-Victorius) prometeu este domingo doar um euro a uma organização de defesa do ambiente por cada ciclista que ficar atrás de si nas 21 etapas da Volta a Espanha.

O anúncio foi feito na conta oficial do suíço na rede social Twitter, na qual pediu ajuda aos seguidores para escolher a organização a quem doar o valor conseguido no final.

Na primeira etapa, realizada no sábado em Burgos, Mader terminou no 31.º lugar, passando já a somar 153 euros para doar.

Fonte: Record on-line

“Amaro Antunes lembra "dias de muita tensão": «Estou a falar e a arrepiar-me»”


Ciclista da W52-FC Porto revalidou, este domingo, o título da Volta a Portugal

 

 Por: André Antunes Pereira

Foto: Lusa/EPA

Amaro Antunes conquistou este domingo a segunda vitória consecutiva na Volta a Portugal. O corredor da W52-FC Porto manteve a camisola amarela no contrarrelógio final em Viseu e, após cruzar a meta, retribuiu o esforço de todos os companheiros e estrutura da equipa ao longo da 82.ª edição da corrida.

"É a concretização do objetivo a que esta equipa se propôs. Estou a falar e a arrepiar-me, porque esta manhã fizemos três voltas ao circuito e todos os meus colegas diziam que ia ser possível. O diretor foi incansável. Estudámos o percurso ao pormenor, ao detalhe. Tivemos sempre confiança. Toda a equipa confiou e estes homens merecem", começou por referir, em declarações à RTP.

"Houve momentos em que não tinha mais forças, mas pensava que todo o esforço que fizeram por mim tinha de ser recompensado. Foi uma Volta muito dura psicologicamente. Tivemos dias de muita tensão. Toda a gente dizia que não ia ser possível, mas acreditámos. Temos uma equipa superforte, um diretor incrível que nunca baixou os braços, sempre nos disse que ia ser possível, para termos calma. Felizmente hoje estamos aqui com a vitória", acrescentou Amaro Antunes.

O ciclista algarvio, de 30 anos, deixou ainda uma "palavra de apreço" a Maurício Moreira, da Efapel, que foi segundo no 'crono' ganho por Rafael Reis e terminou a geral no mesmo lugar, a 10 segundos de Amaro Antunes. "O Maurício teve um azar. Como eu disse, os azares acontecem, o desporto é mesmo assim, mas é nos detalhes que se faz a diferença. A curva onde ele caiu, fi-la umas 10 ou 15 vezes. Voltava para trás, descia, para me certificar que podia arriscar naquele ponto. Consegui ir buscar forças onde não existiam. Quero agradecer a toda a equipa, aos adeptos e às pessoas que nos apoiaram. À minha freguesia, Vila Nova de Cacela, ao concelho de Vila Real de Santo António. Felizmente consigo dar mais uma vitória na Volta e revalidar o título do ano passado. Sinto-me realizado e esta vitória não é minha, é de toda a equipa", concluiu.

Fonte: Record on-line

“Delmino Pereira vê futuro risonho para o ciclismo português”


Presidente da Federação destaca as novas gerações da modalidade no nosso País

 

Por: Filipe Balreira

Foto: Vítor Chi

O ciclismo português tem tido um crescimento positivo e atraído cada vez mais espetadores. Recentemente os resultados protagonizados por João Almeida e Rúben Guerreiro no Giro d’Italia fizeram com que o público português voltasse a olhar para a modalidade com outros olhos. Quem não tem dúvidas acerca desse facto é Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC). A Record, o líder federativo traçou uma análise ao panorama do ciclismo nacional, destacando as gerações que estão em bom plano, além de outras que podem vir a dar que falar.

 

"O ciclismo vive sempre de ciclos de campeões e pessoas que façam girar a roda com mais força. Vivemos tempos muito bons, graças a novas gerações. Tivemos o sucesso de Rui Costa e agora, principalmente, os feitos do João Almeida e Rúben Guerreiro. Também há o crescimento da Maria Martins, bem como os títulos em Campeonatos da Europa e do Mundo. A nova geração tem contribuído para que haja uma dinâmica própria, o que tem sido decisivo para a modalidade ter bons rácios de afiliação. Encaro o futuro com bastante otimismo", observa.

Além disso, Delmino Pereira realça a importância do recrutamento. "Temos uma maior capacidade recrutamento. Existem mais e melhores treinadores. Há cada vez um número de jovens com 17 ou 18 anos com grande qualidade. E podem fazer carreira internacional. É uma nova filosofia e um novo ciclismo. São elementos de várias variantes do ciclismo e que irão continuar a dar frutos", conclui.

 

Mais federados do que em 2019

 

No que diz respeito ao número de atletas federados, o ciclismo sofreu uma pequena quebra no ano em que teve início a pandemia da Covid-19, mas conseguiu recuperar no último ano. De acordo com a FPC, as quebras foram maiores nos escalões de formação, ainda que, no cômputo geral, o total de federados seja maior do que em 2019, ano que antecedeu a pandemia. "Houve uma ligeira quebra entre os jovens federados, mas, a nível de competição e provas seniores, não se notou tanto. Os clubes conseguiram reagir bem a essa situação. Na realidade, por sermos uma modalidade de baixo risco em relação à Covid-19 e normas definidas de segurança, conseguimos reativar as competições. Os clubes aderiram e conseguimos manter o número de federados estável. Neste momento, estamos até 6% acima do número de afiliados em 2019", revela Delmino Pereira.

 

Objetivos bem definidos apesar da pandemia

 

A presidir a Federação Portuguesa de Ciclismo desde 2012, Delmino Pereira cumpre o terceiro mandato à frente do organismo, tendo objetivos definidos até 2024 para a modalidade. A conjuntura não é fácil, devido à crise financeira provocada pela pandemia da Covid-19, mas o antigo ciclista traça metas ambiciosas. "Os objetivos passam por consolidar o Centro de Alto Rendimento de Anadia. Melhorar tudo ao nível de avaliação, centro de formação e avaliações de controlo dos treinos. Queremos conseguir a internacionalização do nosso ciclismo. E dar maior pujança ao ciclismo nacional, envolvendo clubes, ciclistas, organizadores, patrocinadores e meios de comunicação social para a modalidade crescer", frisou.

Ainda assim, o líder da FPC não deixou de criticar os apoios do Governo às modalidades. "Tivemos a atividade praticamente parada em 2020. Este ano conseguimos recuperar um pouco, apesar de ter começado de forma difícil. Temos um custo acrescido ao nível da organização das provas. Houve uma quebra de 11% no financiamento do Governo. Estamos a viver tempos muito difíceis. No ‘Programa Reativar’, que foi lançado pelo Governo para apoiar os clubes no desporto, o ciclismo foi a modalidade mais prejudicada", defendeu.

 

Ciclismo nos Paralímpicos

 

Este ano, Portugal estará representado igualmente nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Os atletas portugueses a concorrer na modalidade serão Luís Costa e Telmo Pinão. Ambos irão marcar presença pela segunda vez na competição paralímpica, após já terem participado nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. O ciclista, de 48 anos, irá marcar presença nas provas de contrarrelógio e prova em linha H5, ao passo que o companheiro, de 42 anos, competirá no contrarrelógio e prova em linha C2, além da variante de 3000m perseguição individual C2. Ao nosso jornal, numa entrevista a 13 de junho, Pinão destacou a paixão pela modalidade que move a sua carreira. "É como costumo dizer, a bicicleta é a minha droga. O ciclismo é aquele bichinho que entra dentro de ti e que te deixa realizado. É uma sensação extraordinária!", frisou.

Fonte: Record on-line

“Joaquim Gomes: «Impus contratação de Cássio Freitas»”


Em entrevista a Record, o antigo ciclista recorda duelo na Volta de 1989 e fala ainda dos portugueses que brilham lá fora

 

Por Filipe Balreira

Foto: Paulo César/Record

Record - Quando terminou a carreira de ciclista, chegou a dizer que gostava de publicar um livro sobre memórias na serra da Estrela. Ainda tem isso em mente?

 

Joaquim Gomes – Isso lembra muita coisa e grandes momentos. Mas é mais fácil recordarmo-nos de momentos que nos marcaram negativamente do que estarmos a falar de grandes vitórias. Eu, particularmente, consegui boas prestações na Torre. Lembro-me bem do ano de 1987. Era o virtual camisola amarela na Volta e tive uma queda gravíssima a descer a serra da Estrela. Foi uma coisa brutal, que nunca mais se esquece. Para mim vale mais recordar esses momentos do que estar a falar de recordes. Durante muitos anos, a Volta nunca fazia chegadas à Torre. Passávamos na Torre e íamos ao Fundão ou a Celorico da Beira... Mas tive etapas muito difíceis, com vitórias à justa. Eram mais esses episódios que gostava de passar para livro. Serra da Estrela, Senhora da Graça... esses locais míticos fazem com que se chegue ao coração do povo. É preciso muita capacidade de sofrimento e o povo identifica-se connosco. É fácil abrir caminho para o coração do povo com vitórias na Senhora da Graça ou Torre. Eu fiz isso durante muitos anos. No livro, quero lembrar essas batalhas épicas nas montanhas, que fizeram o povo vibrar. Isso faz as pessoas acompanharem e vibrarem com os ciclistas.

 

R - E houve alguma batalha que o marcou particularmente? Chegou a ter, por exemplo, grandes duelos com Cássio Freitas...

 

JG – Com o Cássio Freitas, em 1989, na última Volta com três semanas, foi brutal! Se considerarmos que foi feita em agosto, com uma média de 35º de temperatura... Cássio Freitas era um desconhecido, mas conseguiu ganhar uma boa vantagem. Depois, no dia D, na Senhora da Graça, fiz um esforço brutal para chegar à camisola amarela. Ele tinha uma experiência brutal, sabia disfarçar o esforço - parecia que nem ia a bufar - e colocou-me na dúvida. Mas ataquei e ganhei. No final dessa Volta, em conversa com o patrão da Sicasal, impus uma condição que era fundamental: o Cássio tinha de ser a primeira contração do ano seguinte. Nunca contei isto a ninguém! Em 1990, ingressou na Sicasal e, depois, até fomos colegas noutras equipas, como Boavista, onde ganhou a Volta. Também voltei a ganhar uma Volta, com o Cássio como colega. Temos uma amizade que se prolonga até hoje.

 

R - Acha que a população voltou a vibrar mais com o ciclismo agora, graças às boas prestações de João Almeida e Rúben Guerreiro, ou pode ser algo passageiro?

 

JG – Infelizmente, em Portugal, o ciclismo não tem tanto interesse e aí também aponto o dedo à comunicação social. A Volta a Portugal continua a merecer uma enorme atenção por parte da comunicação social. Infelizmente, o mesmo calendário nacional, onde intervêm os mesmos corredores, ficam um bocado à margem. As equipas portuguesas ficam a depender demasiado dos resultados na Volta para conseguirem patrocinadores para o seu futuro. Agora, a Volta irá continuar a ter uma grande notoriedade. Termos corredores portugueses a brilhar no estrangeiro, e existiam os casos de Rui Costa e Sérgio Paulinho antes, ajuda muito à modalidade. Neste momento, João Almeida, que é jovem corredor muito promissor, está em bom plano e obviamente ajuda a melhorar o ambiente em torno do ciclismo nacional. É positivo que existam ciclistas portugueses a brilhar no estrangeiro. Traz benefícios para a modalidade e cativa pessoas.

Fonte: Record on-line

“Joaquim Gomes: «Gostaria de chegar ao ano de centenário da Volta»”


Antigo ciclista e diretor da prova em entrevista a Record

 

Por: Filipe Balreira

Record - O Joaquim já organiza a Volta a Portugal há vários anos. Quando começou nesta função, pensava que podia ficar tanto tempo?

 

Joaquim Gomes – A título de curiosidade, na Volta de 2020, igualei o número de anos (18) como organizador com os anos em que participei como ciclista. No ano passado conclui 36 edições da Volta, 18 como corredor e outras 18 enquanto diretor. Com a edição deste ano, a balança já começa a pender para o lado de organizador [risos]. A verdade é que tenho uma relação umbilical com esta modalidade. E, até pela experiência adquirida, gostaria de criar condições para a melhoria da Volta. Gostava de ser uma enorme mais-valia para a organização da Volta. Como corredor, também tive impacto na competição e foi muito positivo para mim. Agora, eu até perspetivo a possibilidade de me reformar nestas lides como diretor da Volta a Portugal. Mas o fenómeno do ciclismo profissional em Portugal é algo muito dinâmico. Depende muito do dinamismo da própria economia e da capacidade financeira de cada equipa. Já tivemos anos de enormes dificuldades, outros em que correu melhor, mas é sempre imprevisível. Agora tivemos uma pandemia... Mas, se tivesse que definir um objetivo, pelo menos gostaria de chegar como diretor ao ano de centenário da Volta a Portugal [em 2027]. Alcançar esse marco. Pensar na primeira edição, que remonta a 1927... Este ano, a Volta já cumpre 94 anos de existência. Seria bonito...

 

R - Em relação à Volta deste ano, houve dificuldades a nível de patrocínio devido à pandemia?

 

JG – Os principais parceiros da Volta, do ponto de vista económico, acabam por ser os Municípios. Pelo menos a esse nível, os Municípios portugueses têm sempre um grande suporte. A Volta a Portugal representa mais de 200M€ ao nível do retorno mediático ao longo destas duas semanas. Continua a ser apetecível para as marcas e os Municípios. Mas vive muito do dinamismo da própria economia e se existem crises ou não.

 

R - Como delineia o trajeto de uma Volta? Esta, por exemplo, foi vocacionado para trepadores, algo que o Joaquim foi na carreira.

 

JG – A Volta a Portugal muda sempre de formato. Aliás, eu já vi provas internacionais copiarem um formato que adotámos há alguns anos e que, infelizmente, agora não se pode utilizar devido às medidas sanitárias. Passava por permitir que se passasse mais do que uma vez a meta no local de chegada e depois cumprir uma dezena de quilómetros dentro da cidade, terminando à segunda passagem. Isto foi utilizado em alguns eventos internacionais e fomos dos primeiros a utilizar este formato. Este ano temos cinco chegadas em alta. A prova é sempre talhada para corredores completos. Mas um corredor que não seja um razoável contrarrelogista, ou seja, um trepador puro, terá sempre grande dificuldade em vencer a Volta. Mas estão sujeitos a muitos fatores. É uma espécie de jogo da glória, em que há muitos candidatos e, depois vários fatores fazem a diferença. Acredito que o homem mais forte vai ganhar a prova.

 

R - Nestes anos todos, que principal memória acaba por guardar da Volta? O que lhe vem logo à cabeça?

 

JG – Por acaso, aqui na Volta posso dizer que há algo curioso. Existem os carros de apoio e os outros carros dos patrocinadores, que andam no trajeto, lá para o meio, sempre com ordem e regras, e muitas vezes encontro amigos e pessoas conhecidas do ciclismo nesses carros. Da nossa geração, posso reencontrar figuras como Cândido Barbosa e Rui Sousa. Talvez sejam as duas figuras mais destacadas em termos de popularidade que temos este ano na Volta a Portugal. Estamos diariamente juntos na caravana. Ainda há dias, estava a falar com o Cândido Barbosa na caravana sobre memórias. A recordar os velhos tempos [risos]. Momentos incríveis. Estou também com o Marca Chagas, meu ex-colega [no Sporting] e que foi meu ídolo quando era miúdo. É realmente engraçado. A nossa vida pode dar as voltas que quisermos - e tenho uma grande nostalgia ao pensar nos anos todos que já vivi -, mas vai sempre dar ao mesmo objetivo. Quando olharmos para trás, para a altura de corredores, vamos ver que a altura mais emocionante das nossas vidas foi quando andámos de bicicleta. Por tudo de bom e de mau que aconteceu nesse período em que vivemos tantos momentos marcantes.

 

R - E agora reencontram-se...

 

JG – Verdade. E a minha geração nunca na vida podia ter pensado que ia ter este papel ativo na prova e logo quando enfrentamos uma pandemia global que afetou tantas modalidades. No fundo, esta pandemia acaba por ser um drama que marcou e marca as nossas vidas. O futuro a Deus pertence. O que é certo é que este ano vou cumprir 56 anos de vida e já não faltam muitos para a reforma. Continuo ligado à modalidade e tenho uma história bonita no que diz respeito ao ciclismo português.

Fonte: Record on-line

“Joaquim Gomes: «Volta a Portugal tem superado as expetativas»”


Duas vezes vencedor da Volta como ciclista, o diretor da prova aborda a realização numa fase de pandemia e destaca evolução da competição

 

Por: Filipe Balreira

Foto: Pedro Ferreira

Entrevista a:

Joaquim Gomes: «Volta a Portugal tem superado as expetativas»

Record - Que balanço faz desta edição da Volta a Portugal?

 

Joaquim Gomes – A pandemia acrescenta alguma complexidade a um evento que já de si é muito complexo. Tivemos infelizmente más notícias [desistências devido a casos de Covid-19], que levaram ao afastamento de algumas equipas. De qualquer forma, de uma forma geral, entendo que tem superado as expetativas.

 

R - Quando planeou a Volta deste ano, já perspetivava tantas dificuldades devido à pandemia? Era algo que lhe tirava o sono?

 

JG – Claro que sim. Tal como um serviço municipal de proteção civil, uma corporação de Bombeiros ou outras autoridades relacionadas com segurança, nós pintámos os piores cenários e o que devíamos fazer nessas situações. Existe um protocolo que está a ser aplicado desde o primeiro dia. Aplicámo-lo nos cenários que sucederam, como por exemplo na Caja Rural, uma das equipas mais importantes da Volta e que teve de abandonar a competição. Foi isso que aconteceu também com o Boavista e, na altura, camisola amarela. É uma situação inédita. Se pensarmos que num evento desta dimensão, com toda a complexidade e planos sanitários existentes, já fizemos mais de 2 mil testes e tivemos 14 casos suspeitos ou positivos, acho que não estava em risco a continuidade da prova.

 

R - É mais difícil para si estudar e definir um percurso como ciclista ou organizador da prova?

 

JG – São coisas distintas. De qualquer modo, só o facto de a Volta a Portugal ter um número de etapas em dias sucessivos já torna difícil delinear provas deste género. A nossa principal preocupação é tornar atrativa uma Volta com um formato menor...

Fonte: Record on-line

“Volta: Uma edição "espetacular" convenceu Marque a continuar”


Por: AMG // NFO

A 82.ª Volta a Portugal convenceu Alejandro Marque a continuar mais uma temporada no pelotão, com o galego do Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel a repensar a decisão de abandonar o ciclismo após estar na discussão de uma edição “espetacular”.

“Vinha para aqui e não queria tomar essa decisão nem antes, nem depois, queria ver como me sentia, se ia acabar com vontade ou não. Realmente, está a ser uma Volta espetacular para mim. Com 39 anos, estar aí na luta e na discussão, fez-me repensar e é possível que vá estar também em 2022 no pelotão”, revelou à agência Lusa.

O vencedor da Volta de 2013 e quinto classificado na edição que hoje acaba com um contrarrelógio em Viseu gosta demasiado do ciclismo para se afastar, embora reconheça que a modalidade que tanto ama chegue a ser stressante.

“Nestes dias, já estou a desejar que isto termine. Tenho perdido muitos aspetos da família, tenho dois filhos, praticamente não sei o que é ir à praia com eles. É complicado. Isso faz-te pensar um bocado. Mas estou contente, a minha família sempre me apoiou, a minha mulher. Isto [ser ciclista], para mim, é algo que não me custa, não me custa sair para treinar todos os dias, ser profissional, ter cuidados com a alimentação no dia a dia”, confessou.

A idade pode não influenciar no desempenho na estrada, mas começa a pesar noutros aspetos, com ‘Alex’ a admitir, em jeito de brincadeira, sentir-se “deslocado” no autocarro da equipa.

“Antes, soavam músicas da nossa época, os Queen… agora, se deixas um colega pôr música, já nem sabes o que estão a dizer, põem aquele Reggaeton que parece que te tapa os ouvidos. Podiam ser meus filhos, porque há rapazinhos novos que têm 19 anos. Há mesmo um a quem digo ‘filho, anda aqui’. Digo-o na brincadeira ao Ruben Simão”, contou à Lusa.

Mas a despedida, para já sem data marcada, está cada vez mais próxima, porque “também há que deixar um lugar” para os mais novos.

“Pelo menos, que tentem ficar com notas daquilo que lhes podemos transmitir e com isso já me dou por satisfeito”, disse numa alusão ao colega e amigo Gustavo Veloso, que hoje se despede da prova rainha do calendário nacional.

Último resistente no pelotão de um grupo que inclui ainda David Blanco, o cinco vezes vencedor da Volta a Portugal, e Ezequiel Mosquera, Marque reconhece que o mais difícil é ver os amigos partirem.

“Essa é a pior parte. Ainda falo com o David de como foi quando saiu, porque é algo que me preocupa a mim. Ele diz-me que sentiu logo ali um vazio, mas com o trabalho acabas por te acostumar... mas ele está sempre atento. Mal começa a Volta, ele manda mensagens. Estamos num grupo e todos os dias está aí a meter coisas sobre a Volta. Há situações de corrida que podemos não ver e ele desde a televisão vê. Ele e o Mosquera dizem que aproveitemos o momento, que é muito bonito, e a sorte que temos em estar cá”, sublinhou.

Um dos ciclistas mais consensuais do panorama nacional, o veterano de A Estrada tem “muitos amigos no pelotão”, de “muitas gerações”, e é isso que vai levar do ciclismo quando decidir abandonar a modalidade.

Fonte: Lusa

“Efapel/Rafael Reis conquista contrarrelógio e Mauricio Moreira a 10 segundos de vencer a Volta a Portugal


Fotos: João Fonseca Photographer

A Equipa Profissional de Ciclismo EFAPEL terminou hoje a 82.ª edição da Volta a Portugal com seis vitórias de etapa em 11 dias de competição. Rafael Reis fecha a prova rainha vestido de verde, líder da Geral por Pontos e coletivamente foi a formação de Águeda que venceu, posição que ocupou desde o Prólogo em Lisboa.

Em dia de contrarrelógio individual, naquela que foi a 10.ª Etapa da Volta a Portugal, foi Rafael Reis quem conquistou a vitória em Viseu, ao ser o mais rápido a cumprir o percurso de 20,3 km, com um tempo relâmpago de 25m24s.

Mauricio Moreira, que partia para este esforço individual em 2.º lugar na Geral Individual, a 42 segundos do Camisola Amarela, no primeiro ponto intermédio, aos 5,7 km, já batia o tempo de Rafael Reis, por 10 segundos. Mas o uruguaio teve a infelicidade de sofrer uma queda aparatosa à saída de uma curva. Retomou de imediato, contudo, não a tempo de terminar com a margem que precisava para triunfar nesta Volta a Portugal. Ficou com o 2.º lugar na Etapa, a 12 segundos de Rafael Reis, mesma posição na Geral Individual, neste caso a 10 segundos do vencedor, Amaro Antunes (W52-FC Porto).


Considerada uma das edições mais bem disputadas ao longo dos 82 anos que se realiza, é de comum acordo que esta foi uma Volta a Portugal empolgante, com emoções fortes, muitas surpresas e mudanças de liderança constantes, o que contribuiu para valorizar desportivamente a modalidade. A EFAPEL deu espetáculo e mostrou que este ano foi uma estrutura muito forte.

“Hoje o nosso principal objetivo era eu dar o meu máximo, marcar os quilómetros do percurso, para depois Mauricio Moreira seguir e claro, estamos tristes porque não fosse este azar da queda acreditamos que era ele quem ganhava esta Volta a Portugal”, explicou Rafael Reis, que triunfou em quatro etapas da prova: Prólogo, 1.ª Etapa (Torres Vedras-Setúbal), 7.ª Etapa (Felgueiras-Bragança) e 10.ª Etapa (hoje, em Viseu).

“A EFAPEL fez um grande esforço e é também uma grande vencedora nesta Volta a Portugal. Houve um companheirismo, uma força e uma dedicação impossíveis de descrever. As minhas palavras vão para a equipa, para o staff, patrocinadores e parceiros e para todos os que nos acompanharam e apoiaram ao longo desta Volta a Portugal, o meu muito obrigado a todos”, disse Rúben Pereira, diretor desportivo da EFAPEL.


 

CLASSIFICAÇÕES:

82.ª VOLTA A PORTUGAL EM BICICLETA

10.ª ETAPA: Viseu - Viseu» 20,3 km» Contrarrelógio Individual

CLASSIFICAÇÃO INDIVIDUAL NA 10.ª ETAPA

 

1.º Rafael Reis (EFAPEL), 25m24s

2.º Mauricio Moreira (EFAPEL), a 12s

3.º Juri Hollmann (Movistar Team), a 41s

8.º António Carvalho (EFAPEL), a 55s

24.º Javier Moreno (EFAPEL), a 01m46s

27.º Frederico Figueiredo (EFAPEL), a 01m53s

45.º Luís Mendonça (EFAPEL), a 02m58s

68.º André Cardoso (EFAPEL), a 03m54s

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL INDIVIDUAL - AMARELA (após a 10.ª ETAPA)

 

1.º Amaro Antunes (W52-FC Porto), 39h39m33s

2.º Mauricio Moreira (EFAPEL), a 10s

3.º Alejandro Marque (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), a 01m23s

5.º Frederico Figueiredo (EFAPEL), a 02m04s

8.º António Carvalho (EFAPEL), a 05m18s

15.º Javier Moreno (EFAPEL), a 13m34s

21.º Rafael Reis (EFAPEL), a 25m51s

30.º André Cardoso (EFAPEL), a 56m21s

61.º Luís Mendonça (EFAPEL), a 02h10m41s

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL EQUIPAS

 

1.ª EFAPEL, 118h45m58s

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL PONTOS – VERDE

 

1.º Rafael Reis (EFAPEL), 138 Pontos

7.º Mauricio Moreira (EFAPEL), 42 Pontos

17.º Frederico Figueiredo (EFAPEL), 24 Pontos

37.º Luís Mendonça (EFAPEL), 9 Pontos

40.º Javier Moreno (EFAPEL), 8 Pontos

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL MONTANHA – BOLINHAS

 

1.º Bruno Silva (Antarte-Feirense), 57 Pontos

2.º Mauricio Moreira (EFAPEL), 56 Pontos

4.º Frederico Figueiredo (EFAPEL), 51 Pontos

20.º Rafael Reis (EFAPEL), 11 Pontos

21.º António Carvalho (EFAPEL), 11 Pontos

30.º Javier Moreno (EFAPEL), 4 Pontos

33.º Luís Mendonça (EFAPEL), 4 Pontos

Fonte: Efapel

“W52 – FC Porto/Amaro Antunes vence Volta a Portugal”


A última etapa da 82ª edição da Volta a Portugal foi hoje disputada. Um contrarrelógio individual de 20 quilómetros em Viseu.

Uma luta contra o tempo para ver quem faz o melhor no trajeto. Neste caso lutava-se para a vitória na Volta a Portugal.

Amaro Antunes tinha uma margem de 42 segundos para defender o primeiro lugar de Mauricio Moreira (Efapel).

Amaro foi o último sair atrás de Mauricio uma vez que partem em ordem inversa de classificação.

Só na linha de meta se conseguiu ter a certeza que Amato tinha conseguido manter 10 segundos para Mauricio Moreira que terminou em segundo. A etapa terminou com 5 ciclistas da W52 – FC Porto no Top15. O vencedor da etapa foi Rafael Reis (Efapel)

Conseguimos terminar na Geral com 4 atletas no Top15, a vitória foi de Amaro Antunes e de toda a equipa pelo trabalho em redor do nível e de todo o staff para gerar as melhores condições para os atletas.

Pódio Final – Vendedor – Amaro Antunes; 2º Mauricio Moreira (Efapel); 3º Alejandro Marque (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel)

           

Classificação Etapa

 

4º Amaro Antunes +44s

7º João Rodrigues +54s

10º Ricardo Mestre +1m05

12º Daniel Mestre +1m10

15º Joni Brandão +1m16

21º Samuel Caldeira +1m41

25º Ricardo Vilela +1m53

 

Geral Individual Final

 

1º Amaro Antunes 39h39m33

4º Joni Brandão +1m36s

9º João Rodrigues +6m32

14º Ricardo Vilela +13m15

24º Ricardo Mestre +35m45

47º Daniel Mestre +1h33m27

53º Samuel Caldeira +1h49m48

 

Geral Equipas

 

2º W52 – FC Porto +10m42

 

Geral Montanha

 

3º Amaro Antunes

 

Geral Combinado

 

2º Amaro Antunes

3º Joni Brandão

Fonte: W52 – FC Porto

“Rafael Reis e Bruno Silva asseguraram um lugar no pódio final”


Ciclistas da Efapel e da Antarte-Feirense garantiram a vitória virtual nas classificações por pontos e da montanha, respetivamente

 

Por: Lusa

Foto: Lusa/EPA

Rafael Reis (Efapel) e Bruno Silva (Antarte-Feirense) garantiram respetivamente, a vitória nas classificações por pontos e da montanha, com os dois ciclistas a demonstrarem à Lusa toda a sua felicidade.

"É bom... pfff. Aconteça o que acontecer, esta já está", disse um exultante Rafael Reis, olhando para a camisola verde que assegurou matematicamente, uma vez que tinha 118 pontos contra os 84 do segundo classificado, o vencedor do ano passado, Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO).

O ciclista de Palmela, de 29 anos, que já venceu três etapas na 82.ª edição da prova, apenas tinha de "terminar o contrarrelógio, mas não é isso que vai acontecer".

"Vou dar o meu máximo para termos referências para o Mauricio [Moreira] e, eventualmente, para ganhar a etapa", assumiu à Lusa, assegurando que vai "sair completamente a fundo" no trabalho para o seu companheiro, que é segundo da geral a 42 segundos do camisola amarela, o 'portista' Amaro Antunes.

Na lista dos ciclistas mais felizes do dia está também Bruno Silva, que seis anos depois de subir ao pódio final como rei da montanha, voltará a envergar a camisola em Viseu.


"Este suspiro é mesmo de felicidade. É das conquistas que mais gosto me dá, porque fui além dos meus limites para conquistar esta camisola. Depois de 2015, para mim, este é o momento mais alto da minha carreira", admitiu, em declarações à Lusa.

O corredor da Antarte-Feirense, de 33 anos, andou em fuga na nona etapa, que ligou hoje Boticas à Senhora da Graça ao longo das 145,5 quilómetros, e conseguiu segurar a camisola às bolinhas por apenas um ponto - somou 57 contra os 56 de Moreira, vencedor no alto do Monte Farinha.

"Nunca imaginei [que ia voltar a vencer a montanha], porque vínhamos com o objetivo do Vicente [García de Mateos] para a geral. Era o único objetivo. Fui entrando nas fugas, podia ter disputado a etapa da chegada a Fafe...Correu bem, começámos a amealhar pontos até se tornar o objetivo do dia de hoje segurar a camisola", contou.

A 82.ª Volta a Portugal começou em Lisboa, em 4 de agosto, e termina no domingo, com um contrarrelógio de Viseu.

Fonte: Record on-line

“Jasper Philipsen vence segunda etapa da Volta à Espanha”


Primoz Roglic conserva liderança com menos quatro segundos do que o espanhol Alex Aranburu

 

Por: Lusa

Foto: Lusa/EPA

O ciclista belga Jasper Philipsen (Alpecin-Fenix) venceu este domingo ao sprint a segunda etapa da Volta à Espanha, uma tirada de 166,7 quilómetros disputada entre Caleruega e Burgos, tendo o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) conservado a liderança.

Philipsen, que cumpriu a etapa em 3:58.57 horas, bateu sobre a meta o holandês Fabio Jakobsen (Deceuninck-QuickStep) e o australiano Michael Mattheuws (BikeExchange), enquanto Roglic chegou integrado no pelotão e conservou a camisola vermelha, símbolo da liderança, conquistada no sábado.

Na classificação geral, Roglic comanda com um total de 4:07.29 horas, menos quatro segundos do que o espanhol Alex Aranburu (Astana), segundo classificado, e 10 do que Michael Matthews, que subiu ao terceiro posto.

"É um sentimento incrível. Foi incrível ver todos os meus companheiros de equipa na linha da frente. Confiei na equipa e acho que fizemos um trabalho muito bom. Estamos todos muito felizes", disse no final da etapa Jasper Philipsen.

Roglic, o vencedor da primeira etapa, geriu com segurança as condições de vento que se fizeram sentir ao longo da etapa e manteve a camisola vermelha de líder da Vuelta, que daqui a três semanas terminará em Santiago de Compostela.

"Precisamos de estar em modo de sobrevivência em etapas como esta, em que acidentes podem acontecer. Precisamos também de um pouco de sorte", afirmou no final da tirada Roglic.

O líder da Vuelta, quando questionado sobre a terceira etapa, admitiu um parcial desconhecimento sobre o seu final e remeteu para o próprio momento da corrida para ver se é do seu agrado ou não, acrescentando um lacónico "veremos se gosto ou não".

O português Rui Oliveira, da UAE Emirates, terminou a etapa no 71.º posto, com o mesmo tempo do vencedor, enquanto o compatriota Nelson Oliveira, da Movistar, foi 153.º, a 2.35 minutos de Jasper Philipsen.

Rui Oliveira ascendeu 89 posições e segue agora no 84.º posto da geral, a 1.17 minutos de Roglic, enquanto Nelson Oliveira caiu 113 lugares e segue em 145.º, a 2.59 do esloveno.

A terceira etapa disputa-se na segunda-feira, uma ligação de 202,8 quilómetros entre Santo Domingo de Silos e Picón Blanco, no que constitui o primeiro final em alto, depois de uma subida de 7,6 quilómetros e com 9,3% de inclinação média.

Fonte: Record on-line

“Amaro Antunes venceu a 82ª Volta a Portugal Santander Sangue, Suor e Lágrimas em Viseu”


A luta durou mesmo até ao fim. Cumpriu-se a expectativa e o Grande Final da Volta foi emocionante, com o algarvio a fazer um contrarrelógio entre os melhores, como o momento exigia. Afinal estava a defender a liderança. Amaro da W52-FC Porto partiu em vantagem, 42 segundos separavam-no do uruguaio Mauricio Moreira (Efapel) que, em teoria, poderia ser mais forte no contrarrelógio. Previa-se 20,3 quilómetros de grande emoção. E assim foi!

Rafael Reis deu o mote ao ser o mais rápido, numa exibição que não se concentrava apenas em garantir a quarta vitória de etapa, mas também em dar indicações para o colega Mauricio Moreira. Era a Camisola Amarela Santander o grande objetivo. Moreira estava a voar, bateu Reis no primeiro ponto intermédio, mas pouco antes do segundo, a 11 quilómetros da chegada, caiu à saída de uma curva hipotecando as hipóteses de assaltar o comandante da Volta.


Moreira levantou-se, continuou muito rápido e, ainda assim com o tempo perdido, realizou o segundo melhor registo a 12 segundos do vencedor. No fim estava muito combalido, a chorar e com vários vestígios de sangue sobretudo nas pernas, provocados pelos arranhões e escoriações da queda sendo assistido pela equipa médica. Mauricio Moreira de 26 anos havia de subir depois ao pódio para receber, do Regimento de Tropas Paraquedistas, o Prémio Espírito de Sacrifício.


Amaro, não sendo um especialista, acreditou sempre e fez o quarto melhor tempo batendo alguns dos principais favoritos, o que nas contas finais representaram uma diferença de 10 segundos, a vantagem com que venceu a Volta pela segunda vez consecutiva depois de em 2021 ter vencido a Edição Especial da Volta.

"É a concretização do objetivo a que a equipa se propôs. Fizemos algumas três voltas ao circuito. Todos os meus colegas diziam que era possível. Estudámos o contrarrelógio ao pormenor, ao detalhe. Tivemos sempre a confiança. Estes homens merecem. Durante o contrarrelógio houve momentos em que não tinha mais forças, mas pensava que todo o esforço que fizeram por mim tinha de ser recompensado. Esta Volta foi muito dura psicologicamente. Tivemos dias de muita tensão. Toda a gente dizia que não ia ser possível, mas acreditámos", salientou Amaro Antunes pouco depois de efusivamente ter gritado e festejado a plenos pulmões com os companheiros da W52-FC Porto. Na hora da vitória, não esqueceu o azar que prejudicou o rival. "Quero deixar uma palavra de apreço ao Mauricio (Moreira). Teve um azar. A curva onde ele caiu fi-la umas 10 ou 15 vezes [quando estudou o percurso ponto] para me certificar que podia arriscar naquele ponto".


 

O diretor desportivo da equipa, Nuno Ribeiro, destacou o sofrimento que foi a conquista deste ano. "Foi sofrer até ao fim, até ao risco da meta, mas a equipa esteve sempre concentrada. Estão todos de parabéns, fizeram um excelente trabalho. Tudo podia acontecer. Ontem (sábado) tivemos azar na Senhora da Graça, hoje foi o Mauricio. Só depois de terminar é que se pode festejar a vitória".

Na Efapel, o diretor Rúben Pereira, não conseguiu esconder as emoções e a enorme desilusão apesar das seis vitórias de etapa e ainda o triunfo na classificação por Pontos de Rafael Reis, Camisola Verde Rubis Gás.


Já Alejandro Marque (Atum General/Tavira/Maria Nova Hotel) sorriu e muito. Aos 39 anos regressou ao pódio da Volta. Venceu em 2013, foi terceiro em 2015 e agora repetiu essa posição. Ficou a 1m 23 de Amaro Antunes.


A vitória agridoce


Rafael Reis foi uma das principais figuras desta Volta a Portugal. Quatro etapas ganhas, vestindo no final a Camisola Verde Rubis Gás. Foi mais uma vez o melhor no contrarrelógio, tal como já tinha acontecido no Prólogo, em Lisboa. Porém, o triunfo final deste domingo foi agridoce.
"Hoje o nosso principal objetivo era eu dar o meu máximo e tínhamos marcado quilómetro a quilómetro os tempos que eu ia a fazer para o Mauricio seguir. O nosso objetivo era ganhar a Volta com o Mauricio. Aconteceu que ele caiu. Estamos muito tristes com isso. Tínhamos a certeza de que ele ganhava a Volta não fosse este azar", afirmou Rafael Reis.


 

Pódio final

Da festa final em plena Avenida da Europa, em Viseu, com a presença de João Paulo Rebelo, secretário de Estado da juventude e do desporto, e além dos festejos azuis e brancos, é de referir também os pódios vitoriosos de Bruno Silva (Antarte-Feirense) agora definitivamente coroado Rei da Montanha com a Camisola Bolinhas Continente. Abner González, campeão de Porto Rico da Movistar, dominou por completo a classificação dos mais jovens desde a 3ª etapa e envergou a Camisola Branca Jogos Santa Casa.

Fonte: Podium

“João Almeida vence Volta à Polónia”


Por: AO // NFO

O ciclista português João Almeida (Deceuninck-QuickStep) venceu hoje a Volta à Polónia, garantindo aos 23 anos o seu primeiro triunfo numa prova por etapas.

João Almeida, campeão nacional de contrarrelógio, saiu para a sétima e última etapa com 20 segundos de vantagem sobre o esloveno Matej Mohoric (Bahrain), que era segundo da geral, e concluiu a tirada, na 29.ª posição, com o mesmo tempo do vencedor, o holandês Julius van den Berg (EF Education – Nippo), que cronometrou 02:58.46 horas.

O ciclista português, que venceu duas das sete etapas da Volta à Polónia, nas suas primeiras vitórias em tiradas, conclui a prova com o tempo de 26:15.53 horas, com 20 segundos de vantagem sobre o esloveno Matej Mohoric (Bahrain) que foi segundo, e 27 em relação ao polaco Michal Kwiatkowski (INEOS).

João Almeida, que a partir de 2022 vai representar a UAE Emirates, sucede no palmarés da Volta à Polónia ao belga Remco Evenepoel (Deceuninck-Quick Step).

Fonte: Lusa

"Seleção Nacional XCO – Dia 2"


Má sorte deita por terra objetivos da seleção nacional nos europeus de XCO

Por: Ana Nunes

O azar bateu à porta da seleção nacional durante uma prestação muito positiva das duas corredoras sub-23, durante a corrida, em Novi Sad, na Sérvia. Raquel Queirós foi forçada a desistir devido a um golpe de calor e Ana Santos sofreu um problema na corrente que a atirou para o fim da tabela.

A última prova a ser disputada pela seleção nacional no Campeonato da Europa de Cross-Country Olímpico (XCO), ficou nas mãos de Raquel Queirós e Ana Santos. As duas corredoras entraram muito bem na corrida, conseguindo manter-se sempre muito perto das dez primeiras classificadas.

Ainda durante a primeira volta, Raquel Queirós já estava no nono posto e Ana Santos seguia perto, chegando a alcançar a 11.ª posição. À entrada para a segunda volta, Raquel Queirós estava imparável, subindo até à sétima posição, e conseguindo manter-se dentro do top 10. Ana Santos perdeu alguns lugares, mas recuperou na volta seguinte, nunca saindo do lote das quinze primeiras.

Tudo parecia estar a correr de feição à seleção portuguesa quando Raquel Queirós sofreu um golpe de calor e se viu forçada a abandonar a prova. Pouco depois, Ana Santos teve um problema na bicicleta, que a colocou no final da tabela.

“Tivemos sempre as duas corredoras dentro do top 15, que era o nosso objetivo. Elas estavam mesmo muito bem, a cumprir com o esperado, e muito tranquilas. À entrada da última volta, a Raquel sofreu uma indisposição muito forte, devido ao calor. Ela quis continuar, mas teve mesmo de desistir, dado o golpe de calor que sofreu. Foi assistida e agora já está bem. Logo a seguir, a Ana Santos teve um problema na corrente que a obrigou a parar, o que lhe custou bastante tempo”, revelou o selecionador nacional, Pedro Vigário.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

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