segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

“Guimarães acolheu a Gala da Associação de Ciclismo do Minho”


A Associação de Ciclismo do Minho (ACM) encerrou a época desportiva de 2021 com uma Gala realizada no Auditório da Universidade do Minho (Campus de Azurém - Guimarães), além da consagração dos Campeões do Minho, a ACM homenageou os minhotos que se sagraram Campeões Nacionais em 2021 e que conquistaram resultados de relevo a nível internacional.

No espetáculo, que decorreu com grande entusiasmo e emoção, atuaram “Velhos Nicolinos”, Mário Correia (membro da banda Todagente), Mariana Costa Pinheiro e Marco Génio, tendo a apresentação estado a cargo de Mafalda Portilha e Joaquim Mendes.

Na Gala de Encerramento da época Desportiva estiveram representantes de várias entidades, como os vereadores dos municípios de Guimarães (Paulo Lopes Silva), Amares (Vítor Ribeiro) e Melgaço (José Adriano Lima), entre outros autarcas dos vários concelhos e freguesias da região minhota. Delmino Pereira, Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), e os vice-presidentes José Luís Ribeiro e Sandro Araújo também marcaram presença, assim como Carlos Videira (Universidade do Minho), o ex-ciclista Cândido Barbosa e representantes de patrocinadores, atletas, familiares e amigos. No arranque da iniciativa foi exibido um vídeo promocional da candidatura de Melgaço à organização do Campeonato da Europa de BTT XCO e um outro relativo à época desportiva de 2021 da ACM.

Carlos Traquino (Vice-Presidente da ACM): “Demonstramos a capacidade do ciclismo para reagir às contrariedades, contornar os obstáculos e tentar subir a um patamar mais alto”.

André Traquino, Vice-presidente da Associação Ciclismo do Minho, realçou no discurso de abertura a resposta dada pelo ciclismo em tempos de pandemia e criticou a falta de apoios às associações e clubes que tanto fizeram para manter os jovens em atividade.

O dirigente da ACM começou por referir que “esta é uma hora de festa, de regozijo, de condecoração de todos, dos que venceram, dos que não ganharam, dos pupilos aos menos jovens, sem diferenciação de género. É hora de consagrar aqueles que tudo deixaram, seja na pista, no monte ou na estrada.

Também é hora de sabermos dizer obrigado. Obrigado a todos aqueles que estiveram do nosso lado nestes anos extremamente difíceis e a todos os que nos ajudaram a ultrapassar as montanhas com que nos fomos defrontando ao longo do caminho”.

“Estes foram tempos difíceis, mas também muito importantes” referiu André Traquino, salientando que “perante os desafios fomos capazes de demonstrar a capacidade que o ciclismo tem em reagir às contrariedades, contornar os obstáculos e tentar subir a um patamar cada vez mais alto”.

O vice-presidente da ACM lamentou que “o ciclismo e o desporto amador continuem tristemente arredados dos apoios chorudos e dos grandes investimentos publicitários que em outras épocas permitiram colocar no terreno uma panóplia de prova das diversas vertentes do ciclismo”.

André Traquino deixou ainda uma crítica aos apoios estatais à retoma do desporto: “revelaram-se, tristemente, inadequados e com critérios injustos para modalidades como a nossa. durante a pandemia o ciclismo foi capaz de ser proativo e desenvolveu dinâmicas que manteve os jovens em atividade.

Porém os critérios da atribuição dos apoios do Estado privilegiaram quem não o fez, as Associações Regionais, responsáveis organização da maioria das provas, também foram impedidas de aceder aos apoios para a reativação dos seus calendários”.

Na hora de encerrar mais uma época, o vice-presidente da ACM não esqueceu quem se manteve ao lado do ciclismo: “realçar e elogiar os patrocinadores e dos municípios que se assumem como suporte de dinâmica e nos permite ir para a estrada, fazem com que os atletas possam competir”.

Paulo Lopes Silva (Vereador CMG): “Parabéns pelas provas de superação que passaram, força para aquilo que têm pela frente”.


Paulo Lopes Silva, vereador da Câmara Municipal de Guimarães, salientou que o ciclismo “é uma modalidade que a Guimarães diz muito nas mais diversas dimensões”, não apenas pela prática desportiva, mas também “porque representa um estilo de vida saudável que pretendemos incutir, desde os mais novos aos mais velhos".

O autarca recordou que Guimarães tem a intenção de ser Capital Verde Europeia e que, por essa via, “tem feito um forte investimento nesta área, nomeadamente na descarbonização e na introdução de meios suaves, onde se inclui a bicicleta na prática quotidiana. Estamos certos de que essa prática quotidiana pode induzir a prática desportiva e vice-versa”, afirmou.

Paulo Lopes Silva asseverou que a Gala da ACM “é um momento de celebração”. “Ao longo destes dois anos as modalidades desportivas foram colocadas perante desafios únicos, tiverem que se adaptar e reinventar, passaram por um conjunto de dificuldades que fazem com que em momentos como este, tenhamos ainda mais vontade e responsabilidade para celebrar aquilo que foi a capacidade de ultrapassar as dificuldades e, ainda assim, continuar a ter ciclismo, a ter prática desportiva e campeões e vencedores todos os dias”, disse.

“Parabéns a todos pelas provas de superação que passaram, força para aquilo que têm pela frente e contem, como tem acontecido até aqui, com todo o apoio do Município de Guimarães”, concluiu.

 

Delmino Pereira (Presidente da FPC): “Somos muito mais do que aquilo que o governo nos dá”.

Delmino Pereira, presidente da FPC, referiu-se à forma intensa como “se vive o ciclismo na região do Minho”, lembrando que “vivemos dois anos difíceis, em que todos lutamos pela nossa modalidade”. “Fomos grandes, fomos capazes de defender o ciclismo como nunca, conseguimos defender aqueles que são os pilares principais da nossa modalidade. Tivemos excelentes resultados a nível de seleções e batemos o recorde de filiações”, afirmou o dirigente.

Argumentando que “somos muito mais do que aquilo que o governo nos dá”, Delmino Pereira salientou que “esta valorização do ciclismo e dos ciclistas se deve a todos vocês, pelo trabalho que têm feito por esta modalidade”. Já no final da Gala e interrogado sobre se o ciclismo já recuperou do ‘golpe’ da pandemia, Delmino Pereira referiu que “estamos a trabalhar, as Associações, os clubes estão a trabalhar. Ainda não conseguimos ultrapassar as marcas da pandemia, mas com tempo e paciência e muita paixão destas pessoas (dirigentes e atletas) vamos continuar a ficar mais fortes”.

 

José Adriano Lima (Vice-presidente CM Melgaço): “Felizes e orgulhosos por nunca termos baixados os braços”.

José Adriano Lima, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, garantiu ser “com muito orgulho que estamos aqui a assistir a esta cerimónia de entrega de prémio aos ciclistas, muitos dos quais conquistaram os seus troféus em provas realizadas em Melgaço. Sentimo-nos felizes e orgulhosos por nunca termos baixados os braços, que seria o mais fácil, e termos levado em frente a realização das várias provas”.

Melgaço foi um dos municípios que esteve sempre na linha da frente na organização de eventos de ciclismo com a Associação de Ciclismo do Minho: “Sempre fizemos questão de continuar a receber as várias provas. Percebemos que, cumprindo todas as regras impostas, era possível organizar os eventos e permitir que os atletas, que tanto se esforçam durante o ano, pudessem competir. Foi uma aposta ganha, conseguimos levar em frente as várias competições e não foi por as termos realizado que surgiram mais casos em Melgaço”.

 

ACM atribuiu títulos honoríficos

 

Presidente da ACM de janeiro de 2009 a novembro de 2020 e atual Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, José Luís Ribeiro foi distinguido com o título de Presidente Honorário da ACM, a distinção mais alta conferida pela coletividade. “Estou no ciclismo há mais de 30 anos, mas nunca estive, não estou nem estarei no associativismo para receber distinções. Obviamente que é gratificante ser reconhecido, mas esta distinção tem que ser partilhada com todos os colegas das diversas direções, com todos aqueles que, desde a fundação, cooperaram com a ACM e com a minha família, amigos, atletas e membros dos clubes”, afirmou o dirigente.

Os títulos de sócios honorários foram atribuídos à ACRAP - Associação Cultural e Recreativa Amadora Proselense, AFAA - Associação das Festas Antoninas / CM de Amares, Agrupamento 409 do CNE - Gondar / Paróquia Gondar – Guimarães, Centro Ciclista de Avidos, Junta de Freguesia de Armil – Fafe, Junta de Freguesia de Palmeira – Braga e Rendufe Futebol Clube

Como sócios de mérito, foram agraciados Ana Belém Pereira, Augusto Oliveira, Augusto Pedrosa, João Carlos Pereira, João Pedro Guimarães, Joaquim Rosário Carvalho, Manuel Guimarães e Manuel Silva e como sócios Beneméritos Arrecadações da Quintã, Desincoop, Guimarpeixe, Humberto & Oliveira / Auto Terror, Jopedois e Marino Fonseca / Restaurante Sabor do Campo.

 

Atletas minhotos que conquistaram resultados de relevo a nível internacional e que se sagraram Campeões Nacionais em 2021

 

Iuri leitão (Vice-Campeão do Mundo de Pista - Eliminação, Vice-Campeão da Europa de Pista - Pontos, Medalha de Bronze no Campeonato da Europa de Pista - Madison e Campeão Nacional de Pista - Madison / Omnium)           

João Matias (Vice-Campeão da Europa de Pista - Eliminação e 6º Classificado no Campeonato do Mundo de Pista - Madison)           

José Dias (Medalha de bronze no campeonato do mundo de XCM)           

Beatriz Pereira (Campeã Nacional de Estrada em Juniores Femininas)

Alberto Amaral (Vice-Campeão do Mundo de CRI, Campeão Nacional de CRI e Campeão Nacional de Rampa - Master 50)

Rúben Rodrigues (Campeão Nacional de Fundo - Juniores)

Marta Branco (Campeã Nacional de BTT XCO - Sub23)

Ricardo Soares (Campeão Nacional de BTT DHI - Master 40)

Gonçalo Gaspar (Campeão Nacional de BTT Enduro - Master 30)

Bruno Marinho (Campeão Nacional de BTT Enduro - Master 40)

Paulo Teixeira (Campeão Nacional de CRI e Campeão Nacional de Fundo - Paraciclismo C3)

Ana Lopes (Campeã Nacional de E - MTB)

José Lourenço (Campeão Nacional BTT XCM - Master 35)

Pedro Dias (Campeão Nacional BTT XCM - Master 45)

Carlos Soares (Campeão Nacional BTT XCM - Master 50)

Spac BTT (Campeã Nacional de BTT XCM - Masters)

Rosa Marques (Campeão Nacional de Rampa - Master 50)

Fonte: ACM - Associação de Ciclismo do Minho

“Equipa Profissional de Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor apresenta mais um nome forte para a época de 2022"


Mauricio Moreira veste Glassdrive / Q8 / Anicolor e renova até 2024

 

Foto: João Fonseca Photographer

Para quem tinha dúvidas sobre a sua continuidade no projeto de ciclismo do Clube Desportivo Fullracing, hoje deixaram de existir, o uruguaio que deu que falar em 2021 vai prosseguir na estrutura até 2024, vencedor do 1.º Grande Prémio Douro Internacional e da 38.ª Volta ao Alentejo, foi protagonista na 82.ª Volta a Portugal, que perdeu por 10 segundos em virtude de uma queda.

Mauricio Moreira, um dos corredores que mais se destacou ao longo de 2021, sobretudo na 82.ª Volta a Portugal, renovou até 2024 com o Clube Desportivo Fullracing, em 2022 veste a camisola da Equipa Profissional de Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor e promete continuar a dar que falar no pelotão nacional.

Mauricio José Moreira Guarino nasceu em Salto, no Uruguai, há 26 anos (18/07/1995). É um corredor completo, mas também um bom contrarrelogista, especialidade onde se destaca, por ser um atleta potente, defende-se bem na média montanha e está no pico da sua carreira, realizando uma época memorável em 2021.

O seu nome passava despercebido no pelotão, mas foi catapultado para a ribalta quando as suas qualidades o conduziram à vitória do 1.º Grande Prémio Douro Internacional e logo depois da 38.ª Volta ao Alentejo, ganha por um uruguaio pela primeira vez.

A maior surpresa chegou com a 82.ª Volta a Portugal, a sua primeira competição com tantos dias seguidos na estrada, dizia que não sabia como iria sentir-se, porque o seu corpo nunca tinha passado por nada semelhante, mas arrancou logo com um 2.º lugar no Prólogo, a 11 segundos do colega de equipa, Rafael Reis.

Manteve-se sempre no topo da Geral Individual e ainda ganhou a 9.ª Etapa, erguendo os braços, isolado, no mítico Alto da Senhora da Graça, foi atraiçoado no dia seguinte por uma queda, no contrarrelógio individual que encerrou a Volta, acabando por perder o título por 10 segundos.

Recuando no tempo, do seu palmarés também faz parte a vitória na Vuelta a Valencia em 2020 e em 2016 conquistou o título de Campeão Nacional de Contrarrelógio, ainda na categoria de Sub-23, no Uruguai.

“Para mim é um verdadeiro prazer continuar a fazer parte da estrutura Fullracing, agora como Glassdrive / Q8 / Anicolor, sei que só muda o nome, porque o grupo de trabalho é o mesmo e é isso que me deixa ainda mais feliz. Esta equipa tornou-se a minha segunda família e estou muito orgulhoso de continuar, de 2022 a 2024, a fazer parte da mesma”, afirmou Mauricio Moreira.

Fonte: Equipa Profissional de Ciclismo Glassdrive / Q8 / Anicolor

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