domingo, 2 de março de 2025

“Ciclistas cancelam a última etapa do Tour do Ruanda”


Fabien Doubey foi declarado o vencedor

 

Foto: Getty Images

Nos dias em que se fala muito sobre Ruanda e os Campeonatos Mundiais programados, ou a guerra civil na fronteira com o Congo, não ajuda muito que outra notícia abale o Tour do Ruanda, o evento africano não realizou a última etapa.

O motivo foi o mau tempo na área., havia lama no circuito e o percurso foi alterado, mas depois foi cancelado devido aos fortes ventos e tempestades, colocando um final atípico a uma competição marcada por novidades externas à própria competição.

Isso deixou Fabian Doubey, da Total Energies, que havia assumido a liderança no dia anterior, como o vencedor da prova, razão, deve-se dizer, pela qual a equipa em questão pediu o cancelamento enquanto os eritreus pediram para correr, o fato: Henok Mulubrhan, daquele país, ficou em segundo lugar, apenas seis segundos atrás.

O circuito em questão teria 61,6 quilómetros nos arredores de Kigali, capital de Ruanda, o pelotão deu a partida e pouco depois pediu para cancelar a mesma, encerrando mais uma prova mais cedo em algo que se está a tornar tendência.

“Adam Hansen culpa a UCI pelo erro no final da Faun-Ardèche e apresenta medidas para evitar estas situações”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Adam Hansen, diretor da Associação de ciclistas profissionais, pronunciou-se ontem nas redes sociais sobre o que considera ser mais um erro de uma organização que conduz a um final perigoso para a corrida. O responsável envia a bola para a UCI para que altere algumas regras.

Ontem, tal como tinha acontecido na primeira etapa da Volta ao Algarve, vários ciclistas cometeram um erro na última rotunda antes da meta da Faun-Ardèche Classic. Uma moto da organização saiu da rota prevista, mas foi seguida por vários ciclistas, exatamente como aconteceu em Portugal. Uma situação que afetou metade do grupo da frente e que Romain Grégoire aproveitou para vencer.

Este tipo de situação não só é incrivelmente injusta para os ciclistas que perdem a oportunidade de lutar pela vitória (mesmo nos últimos segundos de uma corrida de horas), como também pode tornar-se muito perigosa. No Algarve, o pelotão compacto sprintou numa estrada aberta, uma situação de tal perigo que é difícil de descrever. Para Hansen, é evidente que as coisas estão a correr mal no final das corridas e apela a que os carros não entrem até ao último quilómetro como uma das soluções possíveis:

"Mais uma corrida e mais um engano no final. Hoje havia um sinal verde a dizer à mota (que mais uma vez estava demasiado perto dos ciclistas) para sair da estrada. Na última vez, no Algarve, havia um sinal vermelho e um amarelo (confuso para quem está a tentar seguir as instruções da polícia).

 

PROPOSTAS DE HANSEN:

 

Não há motas perto do grupo

Normalização dos sinais

Nenhum veículo no último quilómetro

"É muito aborrecido para um ciclista que chega, corre um dia inteiro, e depois no final isto acontece. Os ciclistas caíram por causa disto e alguns foram colocados numa estrada com carros a vir na direção oposta... Estas pequenas medidas poderiam evitar isto".

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/adam-hansen-culpa-a-uci-pelo-erro-no-final-da-faun-ardche-e-apresenta-medidas-para-evitar-estas-situaes

“Diretor d'O Gran Camiño enaltece desafio "sensacional" de partir de Portugal”


Para Mosquera, “o argumento dos caminhos de Santiago é um património que é muito importante”

 

Cruzar as fronteiras para Portugal foi um desafio para O Gran Camiño, mas Ezequiel Mosquera descreve a experiência como sensacional, revelando que há várias coisas para trabalhar para a próxima edição da prova galega de ciclismo.

“Hoje, tivemos aqui autoridades portuguesas, penso que muito contentes com a sensação, o contexto e o formato do evento que tivemos o gosto de levar lá”, resumiu, em declarações à Lusa.

O diretor d’O Gran Camiño referia-se à presença de Artur Lopes, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), e de Cândido Barbosa, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), na quinta e última etapa da prova galega, que hoje terminou em Santiago de Compostela.

“Cruzar a fronteira não é fácil em termos organizativos. Aqui tens tudo sob controlo e lá tens uma sensação de impotência. Para nós, foi uma experiência difícil, um desafio, mas foi sensacional, porque nos deu o ponto que procurávamos de que não somos ‘Volta a’, nem ‘Tour de’, nem ‘clássica de’, somos O Gran Camiño. E o resto das palavras estão a mais”, defendeu.

Para Mosquera, “o argumento dos caminhos de Santiago é um património que é muito importante”.

“E a saída de Portugal foi um claro exemplo que tem de ser assim. Sair de outro país como Volta à Galiza seria impossível”, pontuou.

O antigo ciclista não quis adiantar se, na próxima edição, a prova que percorre os ‘caminhos de Santiago’ terá novamente uma etapa portuguesa, argumentando que “há várias coisas em que trabalhar”, nomeadamente a promoção ao circuito UCI ProSeries (a prova atualmente é da categoria 2.1, como a Volta a Portugal).

“Estamos numa categoria que não merecemos, e não somos nós que dizemos, é ‘vox populi’. Precisamos de ter mais do que um grande evento para poder defender esse projeto. A data também tem de ser estudada, mas temos de começar já”, assumiu.

O vice-campeão da Vuelta2010 não revelou as datas para as quais O Gran Camiño, afetado por condições meteorológicas adversas nas duas edições anteriores, pretende mudar-se.

“Ainda não sei quando serão as novas datas, precisamos de estudar muito bem, com as equipas e todos os atores. É vital, de alguma maneira, que tenhamos uma data em que não tenhamos de estar com o coração nas mãos”, disse.

O diretor d’O Gran Camiño reconheceu que quando colocou a prova em fevereiro sabia que podia haver “dias maus”, como acontece na Galiza, nesta altura do ano.

“Sabíamos que podíamos ter dias maus, mas não tão maus como nas últimas duas edições. Os dois últimos anos foram difíceis, foi o pior cenário possível, mas aconteceu. O melhor é não arriscar. Mas também é certo que, na nossa categoria, se nos metermos nas profundezas do calendário, estamos mortos antes de sair para a estrada”, alertou.

A quarta edição d’O Gran Camiño começou na quarta-feira, em Portugal, e terminou hoje, em Santiago de Compostela, com a vitória do canadiano Derek Gee (Israel-Premier Tech).

Fonte: Sapo on-line

“Anicolor / Tien21 Xavier Cañellas é o 6.º classificado da última etapa e Rubén Fernández fecha O Gran Camiño com o 16.º lugar da Geral”


Fotos: Photo Gómez

Rubén Fernández, da Equipa Profissional de Ciclismo Anicolor / Tien21, terminou a 4.ª edição de O Gran Camiño em 16.º lugar da Classificação Geral. Hoje foi o último dia da prova galega, com uma etapa que terminou em Santiago de Compostela e onde Xavier Cañellas foi o 6.º classificado, numa chegada ao sprint que trouxe a terceira vitória a Magnus Cort (Uno-X Mobility). Contudo, o grande vencedor foi Derek Gee (Israel-Premier Tech). Rúben Pereira, comandante da estrutura de Águeda, faz um balanço positivo de todo o coletivo ao longo dos cinco dias da competição. 


A última etapa partiu de Betanzos, para 160 km que terminariam em Santiago de Compostela. Após várias tentativas de fuga logo nos primeiros quilómetros, nove homens conseguiram saltar do pelotão, quando estavam percorridos mais de 20 km. Rafael Reis, da Anicolor / Tien21, integrava o grupo. A vantagem estabilizou nos dois minutos, mas a fuga foi perdendo tempo e elementos, com vários corredores a atacar no pelotão, mudando completamente a situação da corrida. 


Passados os setores de terra do circuito de Santiago de Compostela, o pelotão rolou compacto quando faltavam 10 km para a meta. Xavier Cañellas, da Anicolor / Tien21, esteve em destaque na etapa, ao ser o 6.º a chegar, com o mesmo tempo do vencedor. Já Rubén Fernández, também com o mesmo tempo, seria o 19.º classificado, o que lhe valeu a subida de duas posições na Geral, concluindo a prova em 16.º lugar. 


Rúben Pereira, diretor desportivo da Anicolor / Tien21, faz um balanço positivo desta 4.ª edição de O Gran Camiño: “Foi uma corrida muito bem organizada e aproveito para dar os parabéns a toda a organização, pelo grande evento que foi. A equipa fez o melhor possível, hoje acabámos por fechar a etapa com o 6.º lugar de Xavier Cañellas, acabou por ser um bom resultado. Ainda conseguimos subir na Geral com Rubén Fernández e acabou por ser um dia bastante positivo para a estrutura, assim como o balanço Geral da corrida. É um bom resultado coletivo para todos”. 


 

CLASSIFICAÇÕES: 

4.º O GRAN CAMIÑO – The Historical Route 

5.ª ETAPA: Betanzos – Santiago de Compostela» 160 km 

CLASSIFICAÇÃO INDIVIDUAL NA 5.ª ETAPA 

 

1.º Magnus Cort (Uno-X Mobility), 03h43m52s 

2.º Carlos Canal (Movistar Team), mt 

3.º Giovanni Lonardi (Team Polti VisitMalta), mt 

6.º Xavier Cañellas (Anicolor / Tien21), mt 

19.º Rubén Fernández (Anicolor / Tien21), mt 

47.º Pedro Silva (Anicolor / Tien21), a 58s 

56.º Harrison Wood (Anicolor / Tien21), mt 

75.º Víctor Martínez (Anicolor / Tien21), a 04m32s 

95.º Artem Nych (Anicolor / Tien21), a 09m01s 

96.º Rafael Reis (Anicolor / Tien21), mt 


 

CLASSIFICAÇÃO GERAL INDIVIDUAL – AMARELA  

 

1.º Derek Gee (Israel-Premier Tech), 15h21m23s 

2.º Davide Piganzoli (Team Polti VisitMalta), a 35s 

3.º Magnus Cort (Uno-X Mobility), a 38s 

16.º Rubén Fernández (Anicolor / Tien21), a 03m37s 

27.º Harrison Wood (Anicolor / Tien21), a 08m56s 

69.º Pedro Silva (Anicolor / Tien21), a 30m16s 

82.º Xavier Cañellas (Anicolor / Tien21), a 35m48s 

89.º Rafael Reis (Anicolor / Tien21), a 39m13s 

98.º Víctor Martínez (Anicolor / Tien21), a 45m49s 

99.º Artem Nych (Anicolor / Tien21), a 49m05s 

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL POR EQUIPAS 

 

1.ª Burgos-Burpellet-BH, 46h10m23s 

13.ª Anicolor / Tien21, a 31m18s 

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL PONTOS – VERDE

  

1.º Magnus Cort (Uno-X Mobility), 132 Pontos 

22.º Xavier Cañellas (Anicolor / Tien21), 15 Pontos 

37.º Rubén Fernández (Anicolor / Tien21), 6 Pontos 

47.º Artem Nych (Anicolor / Tien21), 2 Pontos 

 

CLASSIFICAÇÃO GERAL MONTANHA – AZUL  

 

1.º Derek Gee (Israel-Premier Tech), 17 Pontos 

18.º Víctor Martínez (Anicolor / Tien21), 2 Pontos 

24.º Artem Nych (Anicolor / Tien21), 1 Ponto 

Fonte: Clube Desportivo Fullracing

“Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua Sterrato e colinas na última "peregrinação" do Gran Camiño”


Hoje, correu-se a 5ª e última etapa do Gran Camiño, prova de categoria UCI 2.1. O último dia de competição foi marcado por algumas novidades, tais como a introdução de troços de terra batida, os caminhos originais de Santiago. Mais um dia onde Rafael Barbas esteve em bom plano chegando num grupo a 58 segundos do vencedor da etapa Magnus Cort Nielson (Uno-X Mobility).

Uma fuga de oito homens marcou o dia, e à medida que se iam ultrapassando as dificuldades montanhosas, ia alguns elementos, numa etapa que foi muito atacada, e onde várias equipas tentaram mexer com a corrida.

Já na parte final, sucederam-se os ataques na frente da corrida. A Israel – Premier Tech foi a primeira equipa a assumir o controlo do pelotão, mais tarde substituída pela Uno-X Mobility, que tinha sido bem suc Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua edida na missão de manter Magnus Cort Nielsen no grupo da frente.

Do nosso conjunto foram Gonçalo Carvalho e Rafael Barbas quem mais resistiram às dificuldades galegas, acabando por ser o jovem Sub23 a terminar a escassos 58 segundos do vencedor em Santiago de Compostela.


Ángel Sanchez e João Matias foram forçados a abandonar, após vários dias com sintomas gripais. Nota positiva para Lois de Jesus que na sua estreia no pelotão profissional, com apenas 18 anos de idade, terminou a competição.

Alguns dias de descanso até ao próximo desafio da equipa Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua que regressa à estrada no próximo dia 9 de Março para disputar a Clássica da Primavera na Póvoa de Varzim.

 

Classificação Etapa

Betanzos - Santiago de Compostela: 165 Kms

 

1º. Magnus Cort Nielsen (Uno-X Mobility), 3h43m52s

50º. Rafael Barbas (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), a 58s

70º. Gonçalo Carvalho (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), a 3m22s

98º. Lois de Jesus (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), a 12m39s

108º. António Barbio (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), a 21m11s

DNF. João Matias (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua)

DNF. Angel Sanchez (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua)

 

Classificação Geral por Equipas

 

1º. Burgos-Burpellet-BH, 46h10m23s

18º. Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua, a 1h58m36s

Fonte: Equipa Ciclismo Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua

“A Alpecin consegue a primeira vitória da época numa chegada a alta velocidade na Kuurne - Bruxelles – Kuurne”


Por: Carlos Silva

A Alpecin-Deceuninck venceu a sua primeira corrida da época. A equipa belga e Jasper Philipsen tinham passado por momentos difíceis, mas abriram a contagem para a época 2025 na Kuurne - Brussels - Kuurne, que terminou com ao sprint.

Depois da Omloop Het Nieuwsblad ter terminado ao sprint, várias equipas iniciaram a segunda prova do "fim de semana de abertura" com a intenção de atacar e evitar o mesmo cenário. Nos últimos dois anos a Visma tinha ganho nessas mesmas condições, mas hoje as coisas estiveram sempre do lado das equipas dos sprinters.

Ward Vanhoof, Ceriel Desal, Dries de Bondt, Tomas Kopecky, Huub Artz, Axandre Van Petegem e Marius Mayrhofer entraram na fuga do dia e gozaram de uma diferença de alguns minutos durante grande parte da corrida, até mesmo na secção montanhosa.

No pelotão, a ação começou quando faltavam 95 quilómetros para o final, quando Jhonatan Narváez atacou com mais dois ciclistas. O equatoriano esperava que alguém passasse para frente, mas nas subidas mais difíceis o pelotão tinha pequenos cortes, mas não haviam diferenças significativas. Stefan Bissegger e Tim Wellens atacaram separadamente o pelotão e ganharam alguma vantagem num momento de acalmia. Wout van Aert esteve entre os que atacaram várias vezes no dia mas estava sempre marcado e não conseguiu fazer a ponte para o grupo de Wellens.

O ciclista da UAE e Stefan Bissegger alcançaram o grupo de fugitos para a fuga e começaram a trabalhar de forma eficiente. A Soudal - Quick-Step, Cofidis e Lidl-Trek controlavam o pelotão e a diferença para a fuga nunca foi superior a um minuto e nunca pareceu que o pelotão estivesse verdadeiramente pressionado. A captura dos fugitivos foi feita quando ainda faltavam 12 quilómetros para o final.

Um final tenso, com uma queda de um ciclista da Bahrain, num sprint de grupo normal no final do dia. Desta vez a Alpecin trabalhou na perfeição e com Jonathan Milan e Tim Merlier completamente fora das primeiras posições do pelotão, Philipsen beneficiou de um lançamento exemplar de Kaden Groves para conseguir uma vitória confortável à frente de Olav Kooij e Hugo Hofstetter.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/a-alpecin-consegue-a-primeira-vitoria-da-epoca-numa-chegada-a-alta-velocidade-na-kuurne-bruxelles-kuurne

“Juan Ayuso vence a Drome Classic sem rádio e ao estilo de Pogacar: "Não sabia a diferença para o Skjelmose. Não sabia nada"


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A UAE Team Emirates - XRG é conhecida pelas suas capacidades financeiras, pelos seus ciclistas de topo, por alguns dos melhores talentos do mundo e agora também pelas vitórias a solo de longe. Juan Ayuso começou a sua época há apenas um dia e hoje venceu a Drome Classic com um ataque de longe onde andou isolado cerca de uma hora.

"Foi uma grande corrida, estou feliz por a ter ganho. É o maior raid a solo que já fiz, por isso estou feliz por ter ido até ao fim", disse Ayuso numa entrevista após a corrida. Tal como Tadej Pogacar fez em várias ocasiões, o espanhol atacou na principal subida do dia, ainda longe da meta, sabendo que seria o melhor local para fazer a diferença.

"Apesar de eu ser o mais forte, precisei muito dos meus colegas de equipa para chegar lá. Sem o ataque do Isaac Del Toro, teria sido mais difícil para mim isolar-me. Ele fez um excelente trabalho." No entanto, ainda faltava muito para a meta instalada em Étoile-sur-Rhône, e havia um grupo de muitos ciclistas fortes preparados para fazer a perseguição.

Ayuso percorreu o terreno montanhoso com Mattias Skjelmose no seu encalço sozinho, mas com um pelotão que simplesmente não conseguia reduzir as diferenças para ambos. Ayuso revela que teve de fazer isto sem rádio ou orientações da equipa.

"A partir de metade da corrida, os meus auriculares deixaram de funcionar. Quando estava sozinho na liderança da corrida, não sabia a diferença para o Skjelmose. Não sabia nada", admite. "Por isso é que estava sempre a perguntar à mota. A certa altura, ele disse-me 50 segundos. Depois olhei para trás e vi... Foi então que puxei ao máximo para o distanciar novamente. Foi assim."

Ayuso deu apenas bons sinais no seu primeiro fim de semana de corridas deste ano. Nos próximos dias, será um dos principais candidatos à vitória no Trofeo Laigueglia, antes da Tirreno-Adriático, onde terá o seu primeiro teste importante antes da Volta a Itália.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/juan-ayuso-vence-a-drome-classic-sem-radio-e-ao-estilo-de-pogacar-nao-sabia-a-diferenca-para-o-skjelmose-nao-sabia-nada

“Favoritas da Omloop Feminina reconhecem que "fizeram asneira" ao não perseguir a fuga e isso custou uma derrota no final: "Foi como Tóquio"


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021, a corrida feminina foi decidida pela falta de rádios e de informações. As favoritas não se aperceberam da sobrevivente da fuga Anna Kiesenhofer, que tinha criado uma grande diferença. A Omloop Het Nieuwsblad WE dispunha de rádios, mas uma situação semelhante levou a uma vitória surpreendente, uma vez que as equipas favoritas se entreolharam durante demasiado tempo.

A diferença na clássica belga chegou a ser de 13 minutos, continuava assim a 45 quilómetros do fim e era impossível para o pelotão recuperá-la a tempo da chegada. Lotte Claes conquistou a vitória a partir da fuga, batendo Aurela Nerlo. Demi Vollering foi a primeira das favoritas a terminar, com mais de 3 minutos de atraso.

"Penso que nenhuma equipa se atreveu a tomar a iniciativa. O que é que está por detrás disso? Não sei", disse Puck Pieterse no final da prova. "Estou apenas a começar. Falamos um pouco umas com as outras e depois ouvimos dizer: se aquela equipa se põe a jogar, nós também vamos pôr. E a outra parte diz exatamente a mesma coisa. Acho que não há uma equipa a quem apontar, mas todas nós fizemos asneira".

Uma situação muito estranha, tendo em conta que a FDJ - Suez, a Fenix - Deceuninck e a Team SD Worx - ProTime tinham razões claras para, pelo menos, manter a fuga sob controlo. Não houve acordos, nenhuma equipa estava disposta a colocar pelo menos uma ciclista na frente durante um longo período de tempo e, quando a perseguição começou verdadeiramente, já era tarde demais. Vollering e Pieterse ainda se conseguiram distanciar do pelotão nos últimos quilómetros, mas tudo não passou de uma luta por lugares secundários.

"Acho que foi uma competição para ver quem conseguia esperar mais tempo, com o pensamento: não vamos conseguir", descreveu Ellen van Dijk. "Foi uma corrida muito lenta e também fiquei com muito frio, depois ouvi a certa altura que eram dez minutos. Depois percebi: não vamos continuar a inventar, isto vai ser como Tóquio", recorda a neerlandesa.

É possível que isso aconteça com mais frequência, acredita. Acho que elas olharam muito umas para as outros. Penso que é essa a nova dinâmica do pelotão, aquilo a que assistimos. E depois, quando se dá o caso, penso: o que estamos a fazer aqui? Uma situação muito estranha".

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/favoritas-da-omloop-feminina-reconhecem-que-fizeram-asneira-ao-no-perseguir-a-fuga-e-isso-custou-uma-derrota-no-final-foi-como-tquio

“Ilya Savekin repete triunfo na Taça de Portugal de Esperanças”


Ilya Savekin (Technosylva Maglia Bembibre Cycling Team) fez a dobradinha e venceu a segunda prova pontuável da Taça de Portugal de Esperanças, na Sertã, repetindo o triunfo do dia anterior. 

O percurso de 88,3 quilómetros teve a primeira movimentação na frente de corrida logo na fase inicial, com Alvaro Marchal (Óbidos Cycling Team) e Davi Alves (STª.MARIA FEIRA/MOREIRA/BOLFLEX/E.LECLERC S1) a escaparem ao pelotão. Davi Alves descairia, mas Alvaro Marchal seguiu isolado até ao quilometro 62. 

Foi aí que o pelotão, liderado pela equipa do líder da Taça de Portugal de Esperanças, alcançou o fugitivo. 

Perante as dificuldades do percurso, o pelotão fracionou-se. Na frente, isolaram-se Juan Patiño (Soma Group) e Ilya Savekin, lider da Taça. O espanhol descaiu pouco depois, mas Ilya Savekin aguentou e conseguiu o segundo triunfo em outras tantas provas disputadas. 

Alvaro Marchal foi segundo, a 1m03s, e Pau Vidal (Óbidos Cycling Team) completou o pódio, a 1m04s.  No ranking da Taça de Portugal de Esperanças, Ilya Savekin lidera com 150 pontos, seguido do colega Grigorii Skorniakov, segundo com 115, e de Pau Vidal, terceiro com 110.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Derek Gee confirma favoritismo e conquista O Gran Camiño em dia de hat trick para Magnus Cort”


Entre as equipas portuguesas, Jesus Peña (AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense) foi o melhor, em 11.º

 

Por: Lusa

Derek Gee confirmou este domingo o estatuto de favorito número um d'O Gran Camiño, ao conquistar a geral da prova após a última etapa, vencida pelo ciclista dinamarquês Magnus Cort, autor de um hat trick na quarta edição.

Vencedor das duas primeiras etapas, o corredor da Uno-X ganhou confortavelmente a quinta e última tirada da quarta edição da prova galega, impondo-se ao local Carlos Canal (Movistar) e ao italiano Giovanni Lonardi (Polti VisitMalta), respetivamente segundo e terceiro em Santiago de Compostela, com as mesmas 3:43.52 horas do dinamarquês.

Nem os três setores de terra incluídos na última etapa colocaram em causa a vitória de Derek Gee, que chegou integrado no pelotão e fechou a geral com 35 segundos de vantagem sobre o italiano Davide Piganzoli (Polti VisitMalta), com Magnus Cort a ser terceiro a 38.

Numa edição sem estrelas, o canadiano da Israel-Premier Tech era o único verdadeiro candidato a vestir a amarela final em Santiago de Compostela, uma expectativa hoje confirmada pelo nono classificado no Tour2024, que sucede a Jonas Vingegaard (2023 e 2024) e Alejandro Valverde (2022) no palmarés dos vencedores.

"É bastante espetacular cortar a meta no último dia de amarelo. Nada correu mal, por isso é um grande alívio", confessou.

O ciclista de 27 anos, que explodiu no Giro'2023, teve hoje uma jornada perfeitamente tranquila rumo à glória nos 159,9 quilómetros desde Betanzos, animados por vários aventureiros.

Depois de várias tentativas de fuga após a partida, finalmente nove homens conseguiram distanciar-se, quando estavam ultrapassadas duas dezenas de quilómetros da ligação até Santiago de Compostela.

Os portugueses Rafael Reis (Anicolor-Tien21) e Pedro Castro Pinto (Efapel) integraram a escapada da jornada, juntamente com Clément Braz Afonso (Groupama-FDJ), Fredrik Dversnes (Uno-X), Mats Wenzel (Kern Pharma), Martin Marcellusi (VF Group-Bardiani CSF- Faizanè), Josh Burnett (Burgos-Burpellet-BH), Nicolas Alustiza (Euskaltel-Euskadi) e Asier Pablo González (Illes Balears Arabay).

Os fugitivos estabilizaram a vantagem dos dois minutos, diferença com a qual enfrentaram o primeiro dos três setores de terra da quinta e última etapa, que incluía uma segunda passagem por estes caminhos por asfaltar.

À medida que os quilómetros foram passando a fuga perdeu tempo, mas também elementos, ficando ao alcance de corredores vindos do pelotão, como Rémy Rochas (Groupama-FDJ), que coroou isolado o Alto de Lampai, na segunda passagem por aquela contagem de montanha de terceira categoria.

Mas os 20 segundos de margem conquistados pelo francês eram claramente insuficientes para que chegasse à meta, uma vez que a Uno-X estava apostada em ganhar a etapa com Cort e trabalhou para que a iniciativa de Rochas fosse anulada a 12 quilómetros de Santiago.

Os setores de terra preocupavam, mas não fizeram qualquer diferença nas contas da geral, nem mesmo na previsão do vencedor da etapa, com o dinamarquês a somar o terceiro triunfo nesta edição e o quarto em duas participações -- foi o primeiro camisola amarela da história d'O Gran Camiño.

"É muito, muito bom. Nunca sonhei sair-me tão bem na corrida. Esperava ganhar uma etapa, mas nunca pensei que podia estar a lutar pela geral também, e conquistar três etapas é inacreditável", resumiu o corredor da Uno-X, de 32 anos.

Entre as equipas portuguesas, Xavier Cañellas (Anicolor-Tien21) esteve em destaque na etapa, ao ser sexto com o mesmo tempo do vencedor, mas foi o colombiano Jesus Peña (AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense) o melhor representante das equipas portuguesas na geral, no 11.º lugar, a 2.51 minutos de Derek Gee.

Fonte: Record on-line

Ficha Técnica

  • Titulo: Revista Notícias do Pedal
  • Diretor: José Manuel Cunha Morais
  • Subdiretor: Helena Ricardo Morais
  • Periodicidade: Diária
  • Registado: Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº: 125457
  • Proprietário e Editor: José Manuel Cunha Morais
  • Morada: Rua do Meirinha, 6 Mogos, 2625-608 Vialonga
  • Redacção: José Morais
  • Fotografia e Vídeo: José Morais, Helena Morais
  • Assistência direção, área informática: Hugo Morais
  • Sede de Redacção: Rua do Meirinha, 6 Mogos, 2625-608 Vialonga
  • Contactos: Telefone / Fax: 219525458 - Email: josemanuelmorais@sapo.pt noticiasdopedal@gmail.com - geral.revistanoticiasdopedal.com