Entre as equipas portuguesas, Jesus Peña (AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense) foi o melhor, em 11.º
Por: Lusa
Derek Gee confirmou este
domingo o estatuto de favorito número um d'O Gran Camiño, ao conquistar a geral
da prova após a última etapa, vencida pelo ciclista dinamarquês Magnus Cort,
autor de um hat trick na quarta edição.
Vencedor das duas primeiras
etapas, o corredor da Uno-X ganhou confortavelmente a quinta e última tirada da
quarta edição da prova galega, impondo-se ao local Carlos Canal (Movistar) e ao
italiano Giovanni Lonardi (Polti VisitMalta), respetivamente segundo e terceiro
em Santiago de Compostela, com as mesmas 3:43.52 horas do dinamarquês.
Nem os três setores de terra
incluídos na última etapa colocaram em causa a vitória de Derek Gee, que chegou
integrado no pelotão e fechou a geral com 35 segundos de vantagem sobre o
italiano Davide Piganzoli (Polti VisitMalta), com Magnus Cort a ser terceiro a
38.
Numa edição sem estrelas, o
canadiano da Israel-Premier Tech era o único verdadeiro candidato a vestir a
amarela final em Santiago de Compostela, uma expectativa hoje confirmada pelo
nono classificado no Tour2024, que sucede a Jonas Vingegaard (2023 e 2024) e
Alejandro Valverde (2022) no palmarés dos vencedores.
"É bastante espetacular
cortar a meta no último dia de amarelo. Nada correu mal, por isso é um grande
alívio", confessou.
O ciclista de 27 anos, que
explodiu no Giro'2023, teve hoje uma jornada perfeitamente tranquila rumo à
glória nos 159,9 quilómetros desde Betanzos, animados por vários aventureiros.
Depois de várias tentativas de
fuga após a partida, finalmente nove homens conseguiram distanciar-se, quando
estavam ultrapassadas duas dezenas de quilómetros da ligação até Santiago de
Compostela.
Os portugueses Rafael Reis
(Anicolor-Tien21) e Pedro Castro Pinto (Efapel) integraram a escapada da
jornada, juntamente com Clément Braz Afonso (Groupama-FDJ), Fredrik Dversnes
(Uno-X), Mats Wenzel (Kern Pharma), Martin Marcellusi (VF Group-Bardiani CSF-
Faizanè), Josh Burnett (Burgos-Burpellet-BH), Nicolas Alustiza
(Euskaltel-Euskadi) e Asier Pablo González (Illes Balears Arabay).
Os fugitivos estabilizaram a
vantagem dos dois minutos, diferença com a qual enfrentaram o primeiro dos três
setores de terra da quinta e última etapa, que incluía uma segunda passagem por
estes caminhos por asfaltar.
À medida que os quilómetros
foram passando a fuga perdeu tempo, mas também elementos, ficando ao alcance de
corredores vindos do pelotão, como Rémy Rochas (Groupama-FDJ), que coroou
isolado o Alto de Lampai, na segunda passagem por aquela contagem de montanha
de terceira categoria.
Mas os 20 segundos de margem
conquistados pelo francês eram claramente insuficientes para que chegasse à
meta, uma vez que a Uno-X estava apostada em ganhar a etapa com Cort e
trabalhou para que a iniciativa de Rochas fosse anulada a 12 quilómetros de Santiago.
Os setores de terra
preocupavam, mas não fizeram qualquer diferença nas contas da geral, nem mesmo
na previsão do vencedor da etapa, com o dinamarquês a somar o terceiro triunfo
nesta edição e o quarto em duas participações -- foi o primeiro camisola amarela
da história d'O Gran Camiño.
"É muito, muito bom.
Nunca sonhei sair-me tão bem na corrida. Esperava ganhar uma etapa, mas nunca
pensei que podia estar a lutar pela geral também, e conquistar três etapas é
inacreditável", resumiu o corredor da Uno-X, de 32 anos.
Entre as equipas portuguesas,
Xavier Cañellas (Anicolor-Tien21) esteve em destaque na etapa, ao ser sexto com
o mesmo tempo do vencedor, mas foi o colombiano Jesus Peña (AP
Hotels&Resorts-Tavira-Farense) o melhor representante das equipas
portuguesas na geral, no 11.º lugar, a 2.51 minutos de Derek Gee.
Fonte: Record on-line
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