sábado, 2 de março de 2024
“Strade Bianche Tadej Pogacar na sua primeira prova do ano a vender em grande”
O Tadej Pogacar, o ciclista esloveno da equipa da UAE Team Emirates, comemora na linha de chegada ao vencer a prova de elite masculina da 'Strade Bianche' com 215km quilómetros
Por: José Morais
Foto: Gettyimages
Depois de 80 quilómetros na
fuga, o esloveno Tadej Pogacar, da UAE Team Emirates, exibiu as suas boas condições
físicas e vence a Strade Bianche, a sua primeira prova da época.
Após o do acenar da bandeira
para a partida, os ataques iniciaram a tentar procurar a fuga do dia, os ciclistas
que talvez não tivessem condições para vencer, mas tiveram a possibilidade de
honrar a prova, abriram com inergia na frente do pelotão, e tornaram o ritmo da
prova muito frenético desde a partida.
Foram sete os ciclistas que conseguiram
abrir espaço, Skujiņš, Riesebeek, Rodríguez, Johannessen, Engelhardt, Currie e
Muñoz, no entanto, a diferença não era suficiente, e o grupo andou a um em muito
ritmo alto, e a duzentos quilómetros da meta, acabaram por serem alcançados.
Os contra-ataques iam-se formando aos poucos, e chegou a quebra com a maior consistência que na edição de 2024 da Strade Bianche tendo os ciclistas Brun, Johannessen, Donovan, Smith e Craddock conseguir levar tempo e distância com 174 quilómetros pela frente, o grupo foi maioritariamente liderado pela equipa da UAE Team Emirates.
O ciclista Julian Alaphilippe
continuou o seu caminho de infortúnio, ao final dos cem quilómetros da prova,
caiu ao lado do seu companheiro de equipa na Soudal – QuickStep, Paul Magnier,
como resultado dessa queda, acabaram por desistir.
Com a fuga a terminar,
surgiram outros protagonistas, os ciclistas Quinn Simmons da equipa da Lidl
Trek, juntamente com Magnus Cort da equipa da Uno – X Mobility e tentaram, eles
a fuga, com a equipa dos Emirados Árabes Unidos novamente a lançarem o ataque,
tudo isso se deveu à situação que surgiria um pouco mais tarde.
A oitenta quilómetros da linha
de chegada, Tadej Pogacar, o favorito do dia e de quem se esperava um ataque de
longo alcance, não era estranho a essa expectativa e saiu sozinho, e ninguém
conseguia seguir o mesmo, com Van Gils e Ben Healy a contra-atacarem tentando diminuindo
a vantagem com o ciclista da equipa dos Emirados Árabes Unidos, mas não havia
nada a fazer, já que Tadej Pogacar estava imparável.
Porem a vantagem do ciclista esloveno
ia crescendo, e chegou a ter 4 minutos a 40 quilómetros da linha de chegada, e
na retaguarda não existia acordo, cada um lançava o seu ataque, mas não
trabalhavam em conjunto para tentar apanhar Tadej Pogacar, onde existiam apenas
simples ataques isolados à procura da sua sorte.
O ciclista Maxim Van Gils, da
equipa da Lotto Dstny, colocou o pé no chão em 'La
Piana', lançado por seu companheiro de equipa Van Eetvelt, e
trouxe uma luz com o grupo principal, tomou um segundo vento e deu um passo de
cruzeiro procurando descontar tempo com Tadej Pogacar, uma tarefa que parecia
muito complicada.
Entretanto Tom Skujins saia em
busca de Van Gils e conseguiu chegar ao seu lado, os dois foram trabalhando em
alternado, por trás Pidcock da equipa da Ineos Grenadiers preparou seu ataque e
saia, ele insistentemente procurou descontar tempo com Skujins e Van Gils, mas
foi absorvido, ele se beliscou tarde de mais, para tentar revalidar seu título,
e não era suficiente para ele estar no pódio.
Tadej Pogacar chegava sozinho
à Piazza del Campo, tendo tempo para tudo, cumprimentou fãs, apertando a mão de
um deles, sorria para as câmaras, e cortou a linha de chegada ficando ao lado
da sua bicicleta, esticou o braço direito e com o punho para cima, depois
levantou o sua bicicleta e celebrou a sua vitória, foi sem dúvida muito
sensacional para o ciclista esloveno da equipa da UAE Team Emirates, o pódio
foi depois completado por Toms Skujins da equipa da Lidl Trek em segundo, e
Maxim Van Gils da equipa da Lotto Dstny em terceiro.
“Lotte Kopecky, a campeã mundial vence a Strade Bianche pela segunda vez”
Por: José Morais
Foto: Cor Vos
A ciclista Lotte Kopecky
venceu a prova da Strade Bianche feminina, a ciclista da equipa da SD
Worx-Protime venceu ao sprint com a ciclista Elisa Longo Borghini na chegada a
Siena nas ruas apertadas, com a ciclista Demi Vollering a fazer terceira na
linha de chegada, sendo a segunda vez que Lotte Kopecky conseguiu triunfar na prova
feminina da Strade Bianche Donne.
A prova feminina deste ano teve
137 quilómetros, um a mais do que no ano passado, assim como na prova
masculina, existiu mais altimetria este ano, sendo número de troços não
pavimentadas de doze, com cerca de 40 quilómetros de poeira acumulada, apesar
de este último não tenha sido tão assim tão mau, pois devido à chuva dos
últimos dias, os troços estavam uns pouco molhados e pesados.
As holandesas não conseguiram ver uma fuga antecipada, e várias equipas, incluindo Fenix-Deceunick, Lidl-Trek e Uno-X Mobility, rapidamente assumiram o comando, onde os primeiros ataques surgiram a cerca de 60 quilómetros da da linha de chegada, com um grupo de onze ciclistas, incluindo Mischa Bredewold, Riejanne Markus, Yara Kastelijn e Amber Kraak, a irem-se embora, com a vantagem a aumentar para 1 minuto, mas com o pelotão também a não abrandar.
Porem, as ciclistas Kraak,
Markus e Alena Amialiusik acabaram por ter as melhores pernas no grupo da frente,
mas acabaram por quebrar, entretanto no pelotão, a equipa da SD Worx-Protime
assumia a liderança juntamente com a equipa da Lidl-Trek, e de vez em quando
havia uma aceleração nas pedaladas, mas no final o pelotão reduzido permaneceu
junto por alguns quilómetros, onde a última diferença foi finalmente fechada a
21 quilómetros da linha de chegada pelas ciclistas Elizabeth Deignan e Amanda
Spratt.
As primeiras colocadas fugiam
a 18 quilómetros da linha de chegada, com Demi Vollering e Elisa Longo Borghini
realmente a sacudiram a árvore pela primeira vez, fazendo com que o grupo líder
se diluísse cada vez mais, com as ciclistas Marianne Vos e Katarzyna Niewiadoma
a seguiram atentamente, mas o quarteto acabou por ser alcançado.
No Le Tolfde, Niewiadoma colocava
os seus trunfos na estrada, com a campeã mundial a puxar mais forte, após o que
apenas Vollering, Kopecky, Longo Borghini e Shirin van Anrooij conseguiam
recuperar o atraso, e o quarteto não reagiu bem, e ninguém voltou a perseguir,
com a vencedora bem na frente.
Van Anrooij, então, teve que
sair após outra investida de Vollering, as outras três conseguiram seguir, após
o que Kopecky tentou novamente, mas desta vez, Longo Borghini saiu na sua roda
e Niewiadoma, com Vollering na roda, conseguiu diminuir a diferença, no
entanto, Niewiadoma não conseguiu diminuir a diferença, e várias ciclistas
conseguiram até voltar o que permitiu que Longo Borghini e Kopecky lutassem
pela vitória, mas a diferença com o grupo dois nunca foi superior a 20
segundos.
A ciclista Longo Borghini
impôs o ritmo, mas Kopecky saltou de forma impressionante a 500 metros para o
fim, e a campeã mundial era claramente a mais forte e solitária para a vitória
final, com a ciclista Longo Borghini a ter que se contentar com a segunda posição,
a 11 segundos, e Vollering bateu Niewiadoma ao sprint ficando em terceiro
lugar, no top10 encontramos mais três ciclistas holandesas com Van Anrooij a
fazer sexto), Markus a fazer sétimo e Vos a fazer nono.
“Paris'2024: Delmino Pereira confiante no apuramento na pista e aberto a 'conjugações'”
Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo diz que o grupo está preparado
Por: Lusa
Foto: José Reis/Movephoto
Delmino Pereira mostrou-se
confiante de que Portugal qualificará três ciclistas na pista, assumindo também
a possibilidade de a seleção de representantes para a estrada ter em conta os interesses naquela vertente.
"Estamos
numa boa posição [para qualificar dois ciclistas masculinos na pista]. Estes
imprevistos [a lesão de Rui Oliveira] estavam 'previstos', como aconteceu no
último ciclo [para Tóquio2020]. Temos outros atletas preparados, que,
seguramente, vão defender a nossa posição",
disse o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC).
Delmino Pereira referia-se à
lesão de Rui Oliveira, que fraturou o rádio esquerdo numa queda durante a
Omloop Het Nieuwsblad, no sábado passado, e vai falhar etapa da Taça do Mundo
que se disputa em Hong Kong, de 15 a 17 de março, e que é a penúltima a contar
para o apuramento para os Jogos Olímpicos Paris2024.
"À
partida, estamos em condições de defender o nosso grande objetivo, que é
participar com dois atletas masculinos nos Jogos Olímpicos e a Maria Martins,
no feminino", acrescentou, em declarações à agência Lusa, à
margem da apresentação das três etapas portuguesas da próxima Volta a Espanha,
na Bolsa de Turismo de Lisboa.
Para o dirigente federativo,
neste momento, Portugal é um país com "potencial de medalhas" nesta
vertente, nomeadamente em masculinos.
"Estamos
numa janela, num grupo restrito de talvez oito países", que
pode aspirar a metais em Paris2024, acrescentou.
O presidente da FPC abordou
ainda a possibilidade de Portugal 'jogar' com
o facto de poder 'puxar' um
dos dois representantes da estrada para a pista, vertente em que o país tem um
vigente campeão mundial de omnium, o vianense Iúri Leitão assim, a seleção
masculina poderia ter três ciclistas no velódromo.
"Será
uma decisão que, entretanto, será tomada pelos nossos técnicos. Já vi a 'long
list' [de pré-selecionados] e dá para tudo. O importante é que, no momento da
decisão, se opte pelos atletas que melhor correspondam aos interesses de
Portugal, mesmo que tenhamos de fazer essas conjugações",
salientou.
Para já, o ciclismo português
garantiu três quotas nos Jogos Olímpicos, todas na estrada: duas em masculinos os
dois corredores selecionados farão quer a prova de fundo, quer o contrarrelógio
e uma em femininos, para a prova de fundo.
Fonte: Record on-line
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