Federação Portuguesa de Ciclismo suspendeu provas até 3 de abril
Por: Lusa
Foto: Instagram
O ciclista Tiago Machado passou a treinar sozinho e sem interrupções para
abastecimento face à suspensão das competições velocipédicas decretada pela
Federação Portuguesa de Ciclismo até 3 de abril, motivada pelo surto de
Covid-19.
Impossibilitado de participar na Clássica da Arrábida, prevista para o
domingo passado, no distrito de Setúbal, e na Volta ao Alentejo, que iria
decorrer entre 18 e 22 de março, o corredor de Vila Nova de Famalicão abdicou
de treinos ocasionais com outros ciclistas, tendo defendido que, embora
"custe treinar em solitário", os "sacrifícios têm de ser feitos
para que se retome a normalidade".
O ciclista Tiago Machado passou a treinar sozinho e sem interrupções para
abastecimento face à suspensão das competições velocipédicas decretada pela
Federação Portuguesa de Ciclismo até 3 de abril, motivada pelo surto de
Covid-19.
Impossibilitado de participar na Clássica da Arrábida, prevista para o
domingo passado, no distrito de Setúbal, e na Volta ao Alentejo, que iria
decorrer entre 18 e 22 de março, o corredor de Vila Nova de Famalicão abdicou
de treinos ocasionais com outros ciclistas, tendo defendido que, embora
"custe treinar em solitário", os "sacrifícios têm de ser feitos
para que se retome a normalidade".
"Não há a necessidade de estarmos a juntar-nos para treinarmos. Temos
de evitar estar em grupo, porque não sabemos se fomos ou não expostos [à
infeção pelo coronavírus na origem da doença]. Eu posso ter estado com uma
pessoa que tenha passado pela situação e não saiba", explicou à Lusa o
atleta de 35 anos, ao serviço da Efapel na época de 2020.
De forma a manter-se "apto" para o regresso da competição, Tiago
Machado treinou no domingo durante quatro horas, num percurso de 125
quilómetros com passagem pela zona do Gerês, em vez de cumprir a hora e meia de
preparação para a Clássica da Arrábida. Nesse período, recusou parar num
estabelecimento para se alimentar, algo a que estava habituado.
"Na última hora [do treino], parava num café ou numa bomba de gasolina
para comprar um 'snack' e uma 'cola'. Hoje não fui e no resto da semana não fiz
isso, porque temos de evitar esses locais. Agora é levar comida e bebida para o
treino todo para não corrermos riscos desnecessários", assumiu.
Habituado a "não passar pelo meio das localidades" mesmo antes da
epidemia de Covid-19, o ciclista minhoto salientou ainda que a sua rotina é
completa com algum trabalho específico, feito em casa e não num ginásio.
"Felizmente, tenho a possibilidade de ter algumas máquinas em casa
para fazer os exercícios de que necessito. Nunca fui fã de ginásios",
disse o vencedor da Volta a Eslovénia em 2014, que, no currículo, acumula ainda
três participações na Volta a França (edições de 2014, 2015 e 2017), duas na
Volta a Itália (2011 e 2013) e cinco na Volta a Espanha (2011, 2012, 2015, 2016
e 2018).
Com participações agendadas na Clássica Aldeias do Xisto (5 de abril) e em
duas provas espanholas - Volta a Castela e Leão (24 a 26 de abril) e Volta às
Astúrias (1 a 3 de maio) -, Tiago Machado assumiu que o principal objetivo da
Efapel para este ano é a Volta à Portugal (29 de julho a 11 de agosto), corrida
onde espera melhorar o 15.º lugar da edição anterior, quando representava o
Sporting-Tavira.
"A nossa ideia, quando saímos da cama, é treinarmos o melhor possível
para que estejamos bem nessa competição e tentarmos melhorar o que já foi
feito, como é lógico", disse.
Quanto às rotinas para lá da atividade de ciclista, Tiago Machado passou a
optar por mais compras online, em detrimento da deslocação a uma "loja
física", e limitou as saídas a alguns passeios e "voltinhas de
bicicleta" em torno de casa, com a mulher e o filho.
O número de casos de Covid-19 em território nacional é de 331, segundo a
última atualização da Direção-Geral da Saúde. Classificada como pandemia pela
Organização Mundial de Saúde, a doença já causou quase 7.000 mortes, num
universo de cerca de 170 mil infetados em mais de 140 países e territórios.
Fonte: Record on-line