quarta-feira, 8 de outubro de 2025

“Rumores sobre o percurso da Volta a Itália 2026 - Colosso deve regressar, mas a organização tenta manter tudo fechado a 7 chaves”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O percurso da Volta a Itália de 2026 vai ser revelado no próximo mês, mas, de momento, grande parte do mesmo ainda está a ser mantido em segredo de forma bastante eficiente. De momento, nem sequer é possível confirmar onde a corrida irá começar, com dois locais (e países) diferentes a lutarem pela Grande Partenza que terá lugar em maio próximo.

Enquanto a Volta a França de 2026 terá início em Espanha (Barcelona), a Volta a Espanha começará no Mónaco, na fronteira com França - algo que se tornou uma tendência no ciclismo moderno. Entretanto, rumores apontam que o Giro pode começar na cidade nordestina de Trieste, mas com quase toda a certeza a Bulgária, país da Europa de Leste, é a opção melhor posicionada. A digressão fora do território transalpino terá três etapas, tal como aconteceu este ano na Albânia e noutras partidas estrangeiras do Giro, e incluirá um final de etapa em Sófia, embora não esteja assegurado que a corrida comece efetivamente aí.

Se a partida for dada na Bulgária, isso significa que, quando o pelotão regressar a Itália, poderá ser em qualquer ponto do país, mas o mais provável é que seja de sul para norte, com finais em Nápoles, Chiavari e nas montanhas de Piemonte, que também poderão acolher etapas antes de a corrida chegar finalmente aos Alpes.

Aqui existem, como todos os anos, inúmeras possibilidades para os organizadores criarem um percurso espetacular. É muito provável que Cervinia acolha um final em alto como foi o caso em 2012 e 2018 e a corrida irá provavelmente atravessar a fronteira para a Suíça mais uma vez com um final de cume em Carì com fortes rumores de fazer parte dos planos para a Corsa Rosa. O Monte Zoncolan, utilizado pela última vez em 2021, onde Lorenzo Fortunato venceu a partir da fuga e Egan Bernal solidificou a sua liderança na corrida, é também uma grande possibilidade. É provável que Milão receba o final do Giro após vários anos de Roma ao longo desta década - o que muito provavelmente significaria um contrarrelógio final, como aconteceu em várias ocasiões recentes.

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“Análise - Os 3 rivais de Tadej Pogacar para a Il Lombardia de 2025”


Por: Ivan Silva

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No próximo sábado, Il Lombardia parece destinada a mais uma vitória de Tadej Pogacar. O Monumento italiano mantém o percurso que se adapta na perfeição ao Campeão do Mundo, e o esloveno chega ao fim de uma época longa numa forma extraordinária.

Desde que venceu o UAE Tour e a Strade Bianche em março, Pogacar teve uma primavera quase perfeita, com triunfos na Volta à Flandres, Flèche Wallonne e Liège-Bastogne-Liège, além de pódios na Amstel Gold Race, Paris-Roubaix e Milano-Sanremo. No verão, superou Jonas Vingegaard no Criterium du Dauphiné e na Volta à França, concluindo a época com vitórias nos Campeonatos do Mundo e da Europa, e agora no Tre Valli Varesine, antes do último Monumento da temporada.

Embora Pogacar pareça quase imbatível, no ciclismo nada está garantido. Entre os candidatos capazes de desafiá-lo em Bergamo, destacam-se três ciclistas: Isaac del Toro, Remco Evenepoel e Julian Alaphilippe.

Isaac del Toro

O colega de equipa de Pogacar na Emirates surge como o mais óbvio adversário. Del Toro é, de longe, o ciclista em melhor forma depois de Pogacar neste final de época, tendo vencido cinco clássicas italianas nas últimas semanas: GP Industria, Giro della Toscana, Coppa Sabatini, Trofeo Matteotti e Giro dell’Emilia.

Se houver uma jogada tática que coloque Del Toro na liderança enquanto Pogacar controla outros rivais, não é descabido imaginar que o mexicano possa conquistar a vitória, dada a força que tem mostrado nas últimas semanas.

 

Remco Evenepoel

 

Evenepoel continua a ser o adversário mais próximo de Pogacar. Contudo, nas subidas, Pogacar tem demonstrado superioridade clara, e invertê-la tem sido raro. A forma de Evenepoel no final da temporada, com ouro e prata nos Campeonatos do Mundo e da Europa, sugere que poderia, hipoteticamente, segurá-lo até à meta ou disputar um sprint reduzido, embora seja uma tarefa extremamente complicada.

 

Julian Alaphilippe

 

Encontrar um terceiro candidato com hipóteses reais é ainda mais difícil. Nomes como Primoz Roglic, Lenny Martinez, Richard Carapaz, Tom Pidcock, Egan Bernal, Mikel Landa, Ben O’Connor ou o jovem Paul Seixas poderiam teoricamente estar em jogo.

No entanto, opta-se por Julian Alaphilippe, que apresenta grande forma no final da época, já superou Pogacar no GP do Quebeque e terminou no pódio do Tre Valli Varesine. Para o francês da Tudor, a vitória só seria possível através de uma fuga bem-sucedida.

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“Ayuso nega problemas com João Almeida e atira-se à UAE: «Ao invés de ajudar, tentaram gerar ainda mais sangue»”


Espanhol deixou fortes acusações à direção da equipa que deixará no final da temporada

 

Por: Fábio Lima

Foto: Sprint Cycling Agency

Algumas semanas depois do anúncio da saída no final da temporada, Juan Ayuso falou de forma aberta da sua situação na UAE Emirates e deixou duras críticas à forma como a direção da equipa geriu todo o processo. Não apenas a saída ou a renovação tentada (e falhada) no início do ano, mas também a falta de harmonia no seio do grupo ao longo dos tempos, que levou o espanhol a ser visto como um "vilão" na estrutura super-ganhadora que tem Tadej Pogacar como estrela maior.

"Foram pequenos incidentes, sempre quando sabíamos que algo não estava bem. A cada corrida, quando voltava a casa, sentia que não havia química ou uma relação. Eram as pequenas coisas a cada corrida... Sempre que falava disso de forma breve com a direção, a resposta era sempre negativa. (...) E quando tudo se acumula, chegas a um ponto em que pensas 'que se f..., estou aqui para desfrutar'. (...) Na UAE, por vezes tinha de lutar contra os meus colegas e isso nunca sabe bem. As coisas começam a acumular-se quando te focas no que acontece na tua equipa e não fora dela, com colegas de equipa que te querem bater... Foi uma coisa gradual, mais do que algo que tenha acontecido num só dia", começou por lamentar, em entrevista ao jornalista Daniel Benson.

Para os portugueses - e não só... -, Ayuso sempre foi visto como uma espécie de rival interno de João Almeida, com alguns episódios polémicos pelo meio, mas o espanhol assegura que nunca teve problemas com o português. Era, resume, uma questão da forma como tudo era gerido internamente. "O problema não era com o Almeida. Eu nunca iria desafiar um colega de equipa. Para mim era mais uma questão do que acontecia, porque há coisas que acontecem em todas as equipas e é assim o desporto. Mas do ponto de vista da gestão, nunca foi clara a mensagem e qual o papel de cada corredor. Se erros eram cometidos, nunca se falou disso. Apenas me custou energia, mais do que o ato em si. Era mais uma questão da forma como a gestão da equipa geria as coisas. Para ser sincero, não havia grandes problemas com os colegas de equipa. O problema era apenas com a gestão da equipa".

As críticas acumulam-se também quando Ayuso recorda o processo da tentativa de renovação contratual no início do ano. "Em janeiro, tive uma proposta para renovar contrato por mais dois anos, até 2030. Durante essas negociações, a minha preocupação não foi o dinheiro, mas antes a famosa cláusula de 100 milhões de euros. Disse-lhes que podia renovar contrato, mas apenas se houvesse uma cláusula que me permitisse sair. Não aceitei e, a partir daquele momento, a direção da equipa ficou muito agressiva comigo, ao ponto de me dizerem que se não assinasse a renovação teríamos de ver qual o meu calendário a seguir. Foi um dos grandes pontos de viragem, para lá do desportivo, que era sempre complexo, e foi aí que disse 'já chega'. Não digo que seja injusto as pessoas pensarem da forma que pensam, pois todos têm direito à sua opinião, mas a imagem que fazem de mim é muito diferente do que sou".

"O que me incomoda mais é que a equipa, ao invés de ajudar, tentou gerar ainda mais sangue e ficar bem na fotografia no final. Eu era visto como o vilão do filme, por isso não posso criticar quem deu opinião, porque é essa a versão que têm de mim. Não tenho problemas com isso", concluiu.

Fonte: Record on-line

"Foi provavelmente uma das últimas sessões de treino"


Atropelamento pode forçar reforma antecipada de conhecido ciclista francês”

 

Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Pierre Latour, o ciclista francês de 31 anos, pode estar a enfrentar um fim precoce da sua carreira depois de ter sofrido um acidente de treino no sul de França. O ciclista da Team TotalEnergies estava a pedalar em Peyrins, no departamento de Drôme, na terça-feira, quando foi atingido por um camião de entregas.

De acordo com o jornal local Le Dauphiné Libéré, Latour foi atingido no braço pelo espelho retrovisor do camião quando fazia uma curva na estrada. Os bombeiros prestaram-lhe assistência no local, antes de ser transportado para o hospital de Romans-sur-Isère. O condutor do camião não acusou álcool nem drogas e Latour evitou ferimentos graves, confirmou o seu pai.

"Foi provavelmente uma das últimas sessões de treino que fiz com o Pierre", disse Claude Latour ao Le Dauphiné Libéré. "Eu estava a segui-lo numa scooter, como de costume, e o seu braço ficou preso no espelho retrovisor de um camião de entregas que não o viu chegar nesta estrada com pequenas curvas. O Pierre foi levado para as urgências do hospital. Pensámos que tinha o braço partido. Acabou por não ser esse o caso, mas ficou muito ferido".

Latour, que se tornou profissional com a AG2R La Mondiale em 2015 e passou seis anos na equipa antes de se juntar à TotalEnergies, tinha planeado retirar-se no final desta época. O próximo Crono das Nações, a 19 de outubro, era suposto ser a sua última corrida no pelotão, mas o recente acidente pode ter encerrado abruptamente a sua carreira.

"Era suposto ele terminar a sua carreira profissional após o Chrono des Nations em Les Herbiers", disse o pai. "Tenho a sensação de que isso já aconteceu". E acrescentou: "Ficaria surpreendido se ele conseguisse pedalar numa bicicleta de contrarrelógio, onde hoje em dia é preciso estar de barriga para baixo na bicicleta".

Latour terá um final amargo para a sua carreira, na qual obteve sete vitórias profissionais. A última foi no início deste ano, quando venceu a primeira etapa da Boucles de la Mayenne - Crédit Mutuel graças a um ataque tardio, batendo ciclistas ilustres como Biniam Girmay ou Bryan Coquard.

Um ciclista versátil, que se destacou em terrenos acidentados e se tornou um sólido contrarrelogista, vencendo os campeonatos nacionais franceses consecutivamente em 2017 e 2018. Mas o seu maior feito foi, sem dúvida, a vitória de etapa que obteve em 2016, no penúltimo dia da Volta a Espanha, quando bateu os seus companheiros de fuga no Alto de Aitana.

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