quinta-feira, 12 de junho de 2025

“Antevisão - 6ª etapa do Critérium du Dauphiné: chegada em alto na subida que foi carrasco de Pogacar em 2023, quem levará a melhor desta vez?”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O Critérium du Dauphiné chega finalmente aos Alpes e a 6ª etapa promete ser o primeiro grande teste nas montanhas, com uma chegada em alto em Combloux - precisamente o local onde Jonas Vingegaard esmagou Tadej Pogacar no contrarrelógio da Volta a França de 2023. Será o momento da vingança do esloveno? Conseguirá Remco Evenepoel resistir com a camisola amarela? Fazemos a antevisão da corrida.


O percurso é curto, algo que se vai verificar em todas as etapas de montanha desta edição, e o início não apresenta grandes dificuldades. O foco estará na primeira grande ascensão do dia, o Mont-Saxonnex (5,5 km a 8,6%), a 50 quilómetros da meta. No entanto, não se antecipa que esta subida seja decisiva, os favoritos vão guardar energias para o final.


O desfecho da etapa será na famosa Côte de Domancy, com prolongamento até Combloux. Trata-se de uma subida exigente: 8,7 quilómetros com média superior a 7%, mas muito mais traiçoeira do que os números sugerem. Os primeiros 2,5 km são explosivos, com rampas superiores a 9% e curvas apertadas que convidam ao ataque. Depois do topo da Domancy, os ciclistas enfrentarão cerca de 7 km irregulares, entre 5% e 6%, onde será preciso gerir o esforço e consolidar vantagens.


Este é o primeiro de três finais em alto consecutivos e tudo indica que não haverá espaço para calculismos. Apesar da natureza pouco seletiva da primeira parte da etapa, espera-se uma batalha intensa na subida final e Pogacar pode ser o primeiro a mexer. A Domancy favorece o seu estilo explosivo e poderá ser o cenário ideal para tentar distanciar os rivais.


Ainda assim, Jonas Vingegaard conhece bem o terreno e tem contas pendentes nesta corrida. O duelo entre os dois está em aberto, com Remco Evenepoel como incógnita: lidera a geral e mostra boa forma, mas resta saber como reagirá ao embate nas altas montanhas e aos efeitos da queda sofrida hoje.

 

Previsão para a 6ª etapa do Critérium du Dauphiné 2025:

 

*** Tadej Pogacar, Jonas Vingegaard

** Remco Evenepoel, Florian Lipowitz, Matteo Jorgenson, Santiago Buitrago

* Carlos Rodríguez, Lenny Martínez, Paul Seixas, Enric Mas, Guillaume Martin, Max Poole,

Escolha: Tadej Pogacar

Cenário previsto: Vitória ao sprint sobre Vingegaard

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/anteviso-6-etapa-do-critrium-du-dauphin-chegada-em-alto-na-subida-que-foi-carrasco-de-pogacar-em-2023-quem-levar-a-melhor-desta-vez

“Ex-ciclista americano acredita que Tadej Pogacar "levantou o pé" de propósito no contrarrelógio do Dauphiné!”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O quarto lugar de Tadej Pogacar no contrarrelógio da quarta etapa do Critérium du Dauphiné 2025 apanhou muitos de surpresa. Num percurso talhado para especialistas, o esloveno da UAE Team Emirates cedeu tempo para os seus dois grandes rivais, Remco Evenepoel e Jonas Vingegaard, alimentando especulações sobre o seu real estado de forma a menos de um mês da Volta a França. Mas e se o desempenho abaixo do habitual não fosse sinal de fraqueza, mas sim parte de um plano deliberado?

É essa a tese defendida por Tom Danielson, ex-ciclista profissional norte-americano, agora analista, que partilhou uma leitura arrojada do desempenho de Pogacar no X (antigo Twitter):

"Pogacar ficou em 4º lugar! Como é que isso pode ter acontecido? É engraçado, se fosse outro qualquer, diríamos que foi um bom resultado. Mas é o Pogi, e ele normalmente ganha. Acho que ele pedalou deliberadamente a um ritmo controlado, alinhado com o treino, sabendo que terminaria atrás do Jonas."

Danielson vai mais longe, sugerindo que Pogacar terá escondido intencionalmente o seu verdadeiro nível, precisamente porque Vingegaard está presente no Dauphiné. Evitar revelar dados relevantes sobre a sua forma pode ser, segundo ele, um movimento estratégico:


"Não vejo nenhum mundo em que Tadej apareça três semanas antes do Tour e dê tudo por tudo, deixando escapar uma enorme quantidade de dados sobre o seu desempenho. Se o Jonas e a Visma centram tanto da sua preparação em torno dele, por que lhes dar essa informação de bandeja?"

 

Cinco sinais de que "Pogi" poderá ter fingido

 

Na sua análise, Danielson elenca cinco indicadores que sustentam a sua teoria:

 

Linguagem corporal e ritmo controlado: Segundo Danielson, Pogacar exibiu uma postura passiva, pedalou com uma cadência mais baixa do que o habitual e não mostrou o habitual vigor nas curvas e acelerações.

Perdas de tempo incomuns logo no início: O tempo perdido nos primeiros 9 km, mesmo com acesso à informação das diferenças em tempo real, revela, na visão do ex-ciclista, um esforço demasiado estável e sem tentativas de correção.

Cadência fora do normal: A escolha de um ritmo de pedalada mais lento desde o início seria, segundo Danielson, mais indicativo de um ritmo de treino do que de um esforço máximo de competição.

Um bidon cheio num contrarrelógio? A presença de um bidon num percurso de 20 km, onde cada grama conta, é apontada como indício de que Pogacar não estava focado na vitória, mas sim a simular uma sessão de treino cronometrado.

Falta de declarações pós-corrida: Ao contrário do habitual, Pogacar evitou falar com a imprensa após a etapa. Para Danielson, isso não reflete frustração, mas sim uma forma de não dar explicações detalhadas sobre uma estratégia deliberada.

"Historicamente, ele sempre foi honesto nas derrotas. Desta vez, o silêncio e o comunicado da equipa a falar em 'ritmo demasiado conservador' soam mais a confirmação do que a desculpa."

 

Uma leitura arrojada, mas plausível?

 

A tese de Danielson é ousada, mas não totalmente descabida. Pogacar sempre foi um corredor inteligente, com grande capacidade de gestão emocional e física. Num cenário onde Evenepoel precisa de se afirmar e Vingegaard testa o regresso após lesão, não seria descabido que o esloveno preferisse não abrir o jogo antes de Paris.

Ainda assim, há quem sublinhe que Pogacar raramente abdica de competir ao mais alto nível, mesmo em corridas secundárias. A própria UAE já confirmou que o esloveno seguiu um "ritmo controlado", sugerindo que o foco está claramente em julho, e não em junho.

 

Jogos mentais... ou uma fraqueza pontual?

 

A etapa 5 pode ser de transição, mas o fim de semana montanhoso revelará mais sobre o verdadeiro estado de forma de Pogacar. Se voltar a ser dominante nas subidas, Danielson poderá ver a sua teoria ganhar força. Caso contrário, a dúvida sobre um possível desgaste após uma primavera extenuante também ganhará terreno.

O certo é que, em ano de duelo a três com Vingegaard e Evenepoel, cada gesto, pedalada e escolha estratégica será amplamente escrutinada. E se há alguém capaz de controlar o enredo antes do grande palco, é Tadej Pogacar.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/ex-ciclista-americano-acredita-que-tadej-pogacar-levantou-o-pe-de-proposito-no-contrarrelogio-do-dauphine

“Federação alvo de fortes críticas: "Se as equipas amadoras acabarem, os profissionais vão correr com quem?"


Por: Carlos Silva

O GP Douro Internacional que ontem terminou, teve apenas 63 ciclistas a cruzar a linha de meta, dos quais apenas 18 pertenciam a equipas sub-23. Destes, cinco eram da Porminho, dois da Earth Consulters-Maia, outros dois da Soma Group e o restante contingente pertencia a formações espanholas. Este desfecho, ilustrativo do estado preocupante do ciclismo de formação em Portugal, motivou duras críticas por parte de Jorge Henriques, diretor desportivo da formação maiata, que exige uma reflexão profunda sobre o rumo da modalidade.

“O ciclismo tem de ser repensado e com toda a gente a ter voz ativa, federação, organizadores, equipas e atletas”, afirma Henriques ao O Jogo. Para o dirigente, o actual modelo está esgotado, com decisões constantemente adiadas e efeitos nefastos para as equipas amadoras. “Não podemos ter uma prova com prestígio como esta, com 80 corredores à partida”, lamenta, apontando para o evidente declínio do pelotão de base.

O responsável da equipa do Maia também critica o calendário, que segundo ele sacrifica as formações amadoras em nome da composição dos pelotões. “As equipas amadoras estão sempre na sombra das profissionais”, acusa, apontando a recente sequência de provas como um exemplo de desgaste desproporcional: “Chegámos ao Douro depois de um Abimota que pareceu feito para matar corredores, tendo aqui outra corrida dura, mais duas provas da Taça de Portugal e a seguir vamos parar.”


Henriques acredita que parte do problema poderá ser mitigado com uma abordagem mais equilibrada ao desenho dos percursos, dando o exemplo do que se faz em Espanha. "Os primeiros 70% de uma corrida devem ser acessíveis a todo o pelotão, fazendo-se a seleção nos quilómetros decisivos." Seria, segundo defende "uma forma de evitar que o ciclismo passe uma imagem negativa”.

O dirigente destaca também o efeito nefasto da fragmentação constante do pelotão, tanto para quem acompanha na estrada como para os próprios ciclistas. “Quem está na berma da estrada fica uma hora parado, à espera que passe um pelotão totalmente fracionado e depois ainda vê corredores agarrados aos carros, porque alguns precisam de um resultado para salvar a equipa”, critica, antes de lançar uma interrogação que expõe o risco estrutural: “E agora pergunto: que acontece se acabarem projetos como o do Maia ou da Porminho? Os profissionais vão correr com quem?”

Para além da realidade das equipas sub-23, Henriques revela que também existe grande preocupação com os escalões de base. Numa recente reunião com a Federação, as equipas amadoras alertaram para um cada vez menor numero de praticantes entre juniores, cadetes e nas escolas. “Têm cada vez menos gente”, resume, apontando para um declínio que ameaça o futuro da modalidade.

Num cenário marcado por tantas dificuldades, há, no entanto, espaço para uma nota positiva: a evolução nas questões ligadas ao doping. “Já não há a nuvem escura sobre o pelotão. Estamos no bom caminho, com grande trabalho da ADoP no terreno”, conclui Henriques, sinalizando que, apesar da crise estrutural, há sinais de integridade que merecem ser valorizados.

O testemunho do diretor dos maiatos é um alerta claro. O ciclismo português, especialmente no seu segundo escalão e nos escalões de formação, precisa de uma estratégia conjunta e realista que garanta condições mínimas de sustentabilidade, competitividade e segurança. Porque sem ciclismo de base, nunca existirá o topo.

Pode visualizar este artigo em: Federação alvo de fortes criticas: "Se as equipas amadoras acabarem, os profissionais vão correr com quem?"

“Marlen Reusser e Demi Vollering arrasam a concorrência na Volta à Suiça feminina, com a vitória a cair para a ciclista da casa!”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A classificação geral da Volta à Suíça Feminina 2025 começou a jogar-se logo na etapa de abertura! Marlen Reusser venceu a etapa à frente de Demi Vollering num sprint a duas, enquanto o resto da corrida terminou com minutos de desvantagem.

As antigas companheiras de equipa da Team SD Worx-Protime, Demi Vollering e Marlen Reusser - agora a correr pela FDJ - Suez e Movistar Team, respetivamente - atacaram a cerca de 60 km do final e não tiveram resposta das rivais. Depois, apesar de o final ser relativamente plano, a dupla continuou a manter uma forte vantagem sobre a perseguição, utilizando a experiência de terem sido companheiras de equipa no passado para trabalharem bem em conjunto e continuarem a rolar.

Assim, a 10 quilómetros do final, Vollering e Reusser já tinham uma vantagem de dois minutos sobre as suas perseguidoras mais próximos. Na luta pela vitória da etapa, a batalha era então a duas. Vollering foi a primeira a abrir o sprint, mas foi Reusser quem saiu vitoriosa, naquela que foi a sua 5ª vitória este ano. Niewiadoma foi 3ª, a 1:42.

 

Top 10 Tour de Suisse Women

 

1º Reusser Marlen - Movistar Team

2º Vollering Demi - FDJ-SUEZ

3º Niewiadoma-Phinney Katarzyna - CANYON//SRAM zondacrypto

4º Fisher-Black Niamh - Lidl-Trek

5º Zigart Urska - AG Insurance-Soudal Team

6º Rüegg Noemi - EF Education-Oatly

7º Chabbey Elise - FDJ-SUEZ

8- Kastelijn Yara - Fenix-Deceuninck

9- Benito Mireia AG Insurance-Soudal Team

10- Meijering Mareille Movistar Team

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/marlen-reusser-e-demi-vollering-arrasam-a-concorrncia-na-volta-suia-feminina-com-a-vitria-a-cair-para-a-ciclista-da-casa

“Defesa de Nuno Ribeiro ataca Adriano Quintanilha: «Insultava, coagia e gritava»”


Segundo o advogado, Nuno Ribeiro “foi pressionado a obter resultados” e vivia um “ambiente de medo”

 

Por: José Santos

Foto: Ricardo Jr.

A defesa de Nuno Ribeiro, antigo diretor desportivo da W52-FC Porto, pediu esta quinta-feira uma pena atenuada para o seu constituinte, apontando responsabilidades ao empresário Adriano Sousa Quintanilha e negando que Nuno Ribeiro tenha alguma vez obrigado atletas a consumir substâncias proibidas.

Nas alegações finais do julgamento da operação ‘Prova Limpa’, que decorre em Paços de Ferreira, o advogado de Nuno Ribeiro sublinhou que “não existe uma única prova” de que o arguido tenha imposto a toma de qualquer substância dopante aos ciclistas da equipa. “Nenhum dos atletas afirmou que foi coagido por Nuno Ribeiro a usar substâncias proibidas”, referiu.

A defesa apontou a “pressão desportiva e económica” como contexto para os comportamentos ilícitos detetados entre os atletas. “Todos sabem quem é a W52 por causa do ciclismo e quem é o sr. Adriano por causa da W52”, afirmou o advogado, referindo que era o próprio empresário quem geria diretamente os orçamentos da equipa.

Foram feitas duras críticas a Adriano Quintanilha, descrito como alguém “que insultava, coagia e gritava”. Foi ainda recordado que o médico da equipa recebia apenas 200 euros por mês, impossibilitando-o de acompanhar a formação em várias competições, precisamente por falta de verbas atribuídas pelo empresário. “Diz que não sabia de nada, mas controlava até ao último cêntimo”, apontou a defesa.

O advogado referiu ainda que o empresário jantava frequentemente com os atletas e que, apesar de alegar distanciamento, objetos ligados a práticas dopantes foram encontrados num camião da sua empresa. Foi também lançada a dúvida sobre a alegada exigência de um milhão de euros ao FC Porto por parte de Nuno Ribeiro, questionando se tal não terá sido feito por indicação do próprio Adriano Quintanilha.

Segundo a defesa, Nuno Ribeiro “foi pressionado a obter resultados” e vivia um “ambiente de medo”. “A obsessão por resultados e o retorno mediático da marca levaram a uma pressão constante, que destruiu a estrutura da equipa”, referiu.

A defesa destacou ainda o impacto pessoal e familiar que o processo teve em Nuno Ribeiro. “Perdeu a carreira, o respeito dos filhos, vive com vergonha, já foi julgado pela sociedade. A sua confissão foi importante para apurar a verdade”, afirmou o advogado, sublinhando que o ex-diretor desportivo “atuou sob ameaças graves” e sempre viveu do seu salário.

“Não tem nem nunca teve capacidade financeira para suportar esquemas de doping. Foi o único que teve coragem para dizer a verdade neste processo”, acrescentou, pedindo que o coletivo de juízes leve em conta a colaboração prestada e a sua situação pessoal. “Por tudo isso, a pena aplicada a Nuno Ribeiro deve ser atenuada. E nunca deve ser de prisão efetiva.”

Fonte: Record on-line

“Evenepoel cai, mas mantém amarela no Critério do Dauphiné após etapa ganha por Stewart”


Belga segue no topo da classificação geral

 

Por: Lusa

O ciclista britânico Jake Stewart (Israel-Premier Tech) estreou-se esta quinta-feira a ganhar no World Tour, ao vencer ao sprint a quinta etapa do Critério do Dauphiné, que continua a ser liderado pelo 'azarado' Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step).

O britânico de 25 anos contrariou a supremacia do 'comboio' da Lidl-Trek e impôs-se no final dos 183 quilómetros entre Saint-Priest e Mâcon, à frente do francês Axel Laurance (INEOS) e do norueguês Soren Waerenskjold (Uno-X), com o favorito Jonathan Milan (Lidl-Trek) a ser apenas quinto, com as mesmas 04:03.46 horas do vencedor.

O camisola amarela Remco Evenepoel caiu dentro do quilómetro final, mas manteve a liderança da geral, com quatro segundos de vantagem sobre o alemão Florian Lipowitz (Red Bull-BORA-hansgrohe).


O neerlandês Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) subiu a terceiro, a 14 segundos do belga da Soudal Quick-Step, depois do espanhol Iván Romeo (Movistar) ter perdido tempo, ao contrário do seu companheiro português Ruben Guerreiro, que chegou no pelotão, no 26.º posto.

Antes da entrada nos Alpes, foram várias as movimentações no pelotão, com a fuga do dia, que incluía o campeão olímpico de omnium Benjamin Thomas (Cofidis) -- o homem que 'negou' o ouro ao português Iúri Leitão em Paris2024 -, a ser anulada já dentro dos derradeiros 2.000 metros.

Numa jornada tranquila na discussão da geral, na qual Ruben Guerreiro ocupa o 63.º lugar, o destaque foram os abandonos, devido a queda, do colombiano Harold Tejada, sétimo classificado à partida para a quinta tirada, e do sprinter alemão Pascal Ackermann (Israel-Premier Tech).

Também Remco Evenepoel ficou 'embrulhado' numa queda nos metros finais, mas não perdeu tempo, uma vez que caiu dentro dos três derradeiros quilómetros foi-lhe atribuído o mesmo registo do vencedor.

Na sexta-feira, os candidatos à geral terão novo teste, nos 126,7 quilómetros entre Valserhône e Combloux, que incluem uma contagem de primeira categoria e duas de segunda, a última das quais a coincidir com a meta.

Fonte: Record on-line

“Defesa de Adriano Quintanilha pede absolvição no caso 'Prova Limpa' e 'atira-se' à Federação de Ciclismo”


Prosseguem as alegações finais

 

Por: Record

Foto: Ricardo Jr.

A defesa de Adriano Sousa Quintanilha pediu esta quinta-feira a absolvição do seu constituinte de todas as acusações no âmbito do processo de doping que abalou a equipa de ciclismo W52-FC Porto. Nas alegações finais do julgamento da operação ‘Prova Limpa’, que decorre num pavilhão anexo ao Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, a advogada do arguido contestou também o pedido de indemnização apresentado pela Federação Portuguesa de Ciclismo, defendida pelo Ministério Público.

Segundo a defesa, não existem indícios de que Adriano Sousa Quintanilha tivesse conhecimento ou envolvimento direto em práticas ilícitas na equipa. “O próprio presidente da Federação declarou em tribunal nunca ter tido conhecimento de qualquer esquema de dopagem”, afirmou a advogada.

Foi também recordado que Adriano Sousa apenas se tornou presidente da Associação em 2020, tendo antes disso desempenhado apenas funções como patrocinador. “A associação foi criada com o único objetivo de garantir que os salários dos atletas e staff fossem pagos atempadamente”, frisou.

A defesa sublinhou ainda que o arguido vive permanentemente fora do país por questões profissionais, emprega cerca de 400 pessoas na sua empresa e sempre delegou funções, não tendo contacto direto nem regular com os ciclistas. “Foi inequívoco o que disseram em audiência várias testemunhas, confirmando que Adriano Sousa não tinha conhecimento de práticas ilícitas”, sustentou.

A advogada considerou que não pode subsistir qualquer dúvida quanto à inocência do arguido e da associação. “A associação não pode ser responsabilizada pelos factos em causa. O pedido cível deve ser julgado improcedente”, afirmou.

Relativamente ao pedido de indemnização da Federação Portuguesa de Ciclismo, a defesa referiu que, mesmo após análise do próprio pedido, se conclui pela ausência de nexo de causalidade entre os factos e os danos alegadamente sofridos. “É incompreensível que a Federação Portuguesa de Ciclismo alegue danos reputacionais para a modalidade, quando devia contribuir para o apuramento da verdade e não para a sua deturpação”, criticou.

A defesa foi ainda mais longe ao pôr em causa o estatuto de utilidade pública da Federação Portuguesa de Ciclismo e classificou como “juridicamente insustentável” qualquer tentativa de imputar responsabilidades à associação presidida por Adriano Sousa.

Fonte: Record on-line

“JOÃO ALMEIDA LIDERA AMBIÇÕES PORTUGUESAS NA 88.ª VOLTA À SUÍÇA”


PROVA ARRANCA ESTE DOMINGO E PODERÁ SER ACOMPANHADA NO EUROSPORT E NA PLATAFORMA DE STREAMING MAX

 

Por: Vasco Simões

Foto: Getty Images

A 88.ª edição da Volta à Suíça arranca este domingo, 15 de junho, e prolonga-se até dia 22, com oito etapas e um total de 1 283 quilómetros, e os fãs de ciclismo vão poder acompanhar toda ação desta importante competição, em direto, no Eurosport e na Max. A prova, que serve de preparação para o Tour de France, arranca com um contrarrelógio individual em Küssnacht e termina com outro crono em subida até Stockhütte. O pelotão enfrentará várias etapas de alta montanha, incluindo a exigente tirada entre La Punt e Santa Maria in Calanca, com quase 4.000 metros de desnível positivo.

A lista de participantes inclui algumas das maiores estrelas do ciclismo internacional, como Geraint Thomas e Tom Pidcock (INEOS), Richard Carapaz (EF), Ben O’Connor (Jayco), Tao Geoghegan Hart (Lidl–Trek) ou o herói local Marc Hirschi (Tudor Pro Cycling). Portugal estará representado por João Almeida (UAE Team Emirates), Rui Costa (EF Education–EasyPost) e Nelson Oliveira (Movistar). Depois de vencer em 2025 a Volta ao País Basco e a Volta à Romandia, João Almeida é apontado como um dos grandes candidatos à vitória final.

Em 2024, o ciclista das Caldas da Rainha terminou a Volta à Suíça em segundo lugar, com duas vitórias de etapa e uma exibição sólida nas montanhas e no contrarrelógio. Este ano, chega ainda mais preparado, após semanas de treinos em altitude e com o apoio total da UAE Team Emirates. A corrida poderá representar mais um marco na sua afirmação entre os melhores do mundo em provas por etapas.

A Volta à Suíça será transmitida em direto no Eurosport e na plataforma de streaming Max. Uma oportunidade única para os fãs portugueses acompanharem de perto o desempenho de João Almeida e da armada nacional numa das provas mais prestigiadas do calendário WorldTour a poucas semanas do Tour de France, a prova Rainha do ciclismo mundial.

 

Etapas da Volta à Suíça 2025

 

15/6 – Etapa 1: Küssnacht – Küssnacht, 129,4 km

16/6 – Etapa 2: Aarau – Schwarzsee, 177 km

17/6 – Etapa 3: Aarau – Heiden, 195,6 km

18/6 – Etapa 4: Heiden – Piuro (Valchiavenna), 193,2 km

19/6 – Etapa 5: La Punt – Santa Maria in Calanca, 183,8 km

20/6 – Etapa 6: Chur – Neuhausen am Rheinfall, 186,7 km

21/6 – Etapa 7: Neuhausen am Rheinfall – Emmetten, 207,3 km

22/6 – Etapa 8: Beckenried – Stockhütte (contrarrelógio individual), 10 km

Fonte: Eurosport

“Por um cicloturismo mais unido e sem falsidades…”


Cicloturismo, que futuro podemos dar à modalidade?

 

Por: José Morais

O cicloturismo em Portugal não tem uma data de criação específica, mas sim um processo gradual de desenvolvimento ao longo dos anos, existem referencias que a partir de 1890, começaram a surgir pessoas que usavam a bicicleta para deslocações turísticas, sinalizando o início desse processo.

Nos anos quarenta e cinquenta, iniciam-se os primeiros passeios de bicicleta, nos anos setenta intensificou-se, e o ciclista Aristides Martins, após o 25 de Abril de 1974 criou juntamente com mais doze cicloturistas a “CDCL – Comissão Distrital de Cicloturismo de Lisboa”, a primeira estrutura organizada onde os objetivos era o de sensibilizar, dinamizar e coordenar o cicloturismo em Portugal, mas posteriormente, começam a surgir regularmente alguns passeios, e 1982 era criada no norte do nosso país mais uma associação de cicloturismo.

Porem, o cicloturismo como atividade organizada e com iniciativas regulares específicas, viria a desenvolver-se mais tarde, e em 1986, era organizado o primeiro encontro nacional de cicloturismo em Sesimbra, que na altura marcou um ponto importante na história da modalidade em Portugal, por isso, não existe uma data exata da sua criação, mas apenas um processo a partir de 1890, que ao longo dos anos se foi solidificando, mas que atualmente, essa solidificação começa a quebrar.

O cicloturismo já possui sem dúvida algumas décadas em Portugal, a modalidade que junta o turismo e a bicicleta, transformou-se em “Cicloturismo”, uma atividade lúdica, desportiva e recreativa onde os seus praticantes podem conviver em grandes convívios.

A liberdade de andar de bicicleta, o de conhecer novos locais, novas gentes, fizeram uma modalidade amada por muitos, e com a chegada dos anos oitenta, chega uma grande clássica, o tradicional Caldas / Espanha pela mão de Mário Lino, e a partir dai, existe uma explosão de bicicletas na estrada, com muito passeios a serem realizados, e o cicloturismo a explodir.

Porem, com a pandemia, com o envelhecer dos primeiros cicloturistas, com a falta de isentivos aos mais novos, e a falta de apoios, o cicloturismo está sem dúvida em baixa, onde muitos já acreditam que deverá ter os seus dias contados.

Mas para que isso não possa ir por água abaixo, e perder os muitos anos de glória de uma modalidade amada por muitos, à cerca de um ano alguns carolas criaram no Facebook o “Grupo Passeios Cicloturismo Portugal”, o qual visa promover a modalidade, e os seus passeios em Portugal, organizados por equipas de cicloturismo, sendo assim uma forma de reforçar os passeios já existentes, e como outros novos que possam vir a ser realizados.

A Revista Notícias do Pedal com mais de 25 anos de existência, iniciou-se na divulgação do cicloturismo, além de todas as modalidades onde se utiliza a bicicleta, o qual continuará a apoiar e a divulgar enquanto existir, e como podem ver no nosso Estatuto Editorial, que está registado na ERC-Entidade Reguladora Comunicação Social pode ler-se no ponto 2 e 5 o seguinte:

2. A Revista Notícias do Pedal, é um órgão de informação com orientação no rigor, na isenção, na honestidade como trata todas as notícias, e recusando o sensacionalismo.

5. A Revista Notícias do Pedal é uma publicação independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica.

Na base do nosso projeto com mais de 25 anos de existência, a Revista Notícias do Pedal foi convidada para fazer parte do “Grupo Passeios Cicloturismo Portugal”, com o objetivo de se puder chegar a mais amantes da modalidade, e poder desenvolver mais e melhor o cicloturismo.

Somos isentos, independentes de qualquer federação, seja ela a, A, B ou C, e como pode ler-se no ponto 7. A Revista Notícias do Pedal reserva-se a não publicação de qualquer notícia que chegue à sua redação, que não respeite os estatutos e objetivos, que contenham ofensas e calunias a terceiros, que as notícias não tenham a credibilidade certa, de uma informação correta e segura, ou tentem aproveitar-se da nossa publicação para se publicitarem, ou em alguma altura tentem denegrir a nossa imagem, serão sem dúvida eliminados.

Não nos juntamos a guerras de instituições, sejam elas quais forem, nem nos importamos se alguém quebrou os protocolos, o nosso interesse é divulgar a modalidade, e tentar que a mesma possa crescer, dando-lhe a importância que merece, e que está a ser esquecida por quem de direito.

Tanto a “Revista Notícias do Pedal”, como o “Grupo Passeios Cicloturismo Portugal”, não estão interessados em criar uma nova federação, não competir com as atuais, nem criar guerras com ninguém, se existem cicloturistas e grupos a saltarem de federação para federação, será porque não se sentem bem onde estão, e mudam, seja da A para B ou da B para A, lá terão as suas razões, e não é interesse nosso intervirmos.

O interesse deste Grupo é o de poder chegar a todos o mais longe possível, e foi assim que resolveu criar um calendário onde os amantes da bicicleta podem ter regularmente os passeios a serem realizados, já que muitos não conseguem ter acesso aos mesmos.

Passeios esses que sejam da federação A ou B serão divulgados, como outros que não pertençam a nenhuma, também terão o seu espaço, é um grupo independente, como a Revista Notícias do Pedal é, e onde todos são bem-vindos, e terão direito a espaço para serem divulgados e publicados os seus eventos.

Com este artigo, espero que algumas dúvidas, e alguns comentários feitos ultimamente, possa esclarecer quem as possui, assim, através deste grupo poderão todos que desejarem, ser partilhadas ideias, cartazes de passeios, bem como fotos, e vídeos de passeios realizados para o interesse de todos.

Porem, quero deixar um esclarecimento sobre a utilização do espaço, os eventos só serão colocados no calendário se forem enviados diretamente para o Grupo, e o calendário serve para facilitar a divulgação e as organizações dos passeios de cicloturismo, não sendo incluídos eventos que sejam colocados automaticamente, apenas por serem publicados no grupo.

Assim se organiza ou possui conhecimento de passeios e os querem ver divulgados, devem enviar os mesmos por mensagem privada, ou fazer um comentário claro, onde deve estar incluído o seguinte:

Nome do evento

Data

Local

Contacto

Contamos com a vossa colaboração!

E assim será garantida a divulgação no calendário, a equipa do “Grupo “Passeios de Cicloturismo Portugal” agradece, se não chegarem os dados corretos, ou se não forem enviadas informações dos passeios, não poderão ser publicados.

E a Revista Notícias do Pedal, também podem contar com o nosso apoio e divulgação dos eventos, como sempre o fez, com rigor e isenção, independentemente da sua origem.

“Por um cicloturismo mais unido e sem falsidades…” agradecemos o apoio de todos, para podermos fazer uma boa divulgação, e não surgirem depois comentários negativos de que existem mais passeios, que não estão publicados, porque não nos compete andar à procura de passeios, apenas nos compete publicar o que nos fazem chegar.

Bons passeios, boas pedaladas.

Pode seguir o “Grupo “Passeios de Cicloturismo Portugal” em: https://www.facebook.com/groups/807718284041407

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Ficha Técnica

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