sábado, 31 de julho de 2021

“Nova edição mensal da Revista Notícias do Pedal”


A “Revista Notícias do Pedal” acabou de lançar a edição número 311, a edição de Julho, a mesma contém uma grande diversidade de notícias, nas mais diversas modalidades, descubra e conheça as mesmas, e ainda outras novidades, e outros projetos, e participe.

A nossa publicação pode ser visualizada em: www.noticiasdopedal.com edição mensal, onde vai encontrar todos os nossos projetos e links para os mesmos.

Temos ainda o nosso espaço diário em:

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A sua notícia é importante para nós…

Temos espaço para divulgar o seu evento antes e após a realização do mesmo, pode divulgar ainda tudo o que se relaciona com a bicicleta, como um acontecimento, um passeio onde participou, uma novidade.

Temos espaço diário, e mensal, e damos liberdade aos nossos leitores, de se pronunciarem, e fazerem as suas divulgações, para que isso aconteça, basta enviarem um pequeno texto, algumas fotos, ou cartazes, e nós tratamos do resto.

 

Todas as notícias podem ser enviadas para os nossos mails:

 

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Boas leituras…

“O balanço do triatlo em Tóquio'2020: Flora Duffy e Grã-Bretanha fazem história”


A primeira deu medalha histórica às Bermudas; os britânicos ganharam na estreia da estafeta mista

 

Por: Lusa

Foto: Reuters

O triatlo fechou este sábado, com a estreia da estafeta mista, a participação nos Jogos Olímpicos Tóquio'2020, com a Grã-Bretanha a levar o primeiro ouro coletivo, numa modalidade que, antes, deu às Bermudas uma medalha histórica.

A estafetas do triatlo, que se estreavam no programa olímpico, redimiram o desempenho dos britânicos, que, sem o bicampeão Alistair Brownlee, ficaram fora dos títulos individuais.

O mais velho dos irmãos Brownlee, ouro em Londres'2012 e no Rio'2016, que tinha estado lesionado, foi desqualificado em junho numa competição em Leeds, por comportamento antidesportivo, e ficou fora dos Jogos Olímpicos.

A sua ausência, apesar da participação de Jonathan Brownlee, o irmão mais novo, medalha de prata no Rio'2016 e de bronze em Londres2012, abriu maiores possibilidades à concorrência, e o norueguês Kristian Blummenfelt aproveitou.

Num dia sem muito calor, ao contrário do que o próprio Blummenfelt disse esperar, o norueguês cumpriu o 'combinado' de natação, ciclismo e corrida em 1:45.05 horas, à frente do britânico Alex Yee (a 11 segundos) e do neozelandês Haydel Wilde (a 20).

O mais novo dos irmãos Brownlee foi quinto, mas ainda conseguiu a sua terceira medalha olímpica da história, e a primeira nestes Jogos, já na estafeta mista, em que fez equipa com Jessica Learmonth, Georgia Taylor-Brown e Alex Yee -- que tinha sido prata na prova individual.

Na estafeta, que se estreou 21 anos depois da entrada da modalidade no programa olímpico, nos Jogos de Sydney'2000, o ouro da Grã-Bretanha foi secundado pela prata dos Estados Unidos (a 14 segundos) e o bronze de França (a 23).

Em femininos, Flora Duffy fez história com as Bermudas, ao dar ao pequeno país caribenho a sua primeira medalha de ouro e a segunda de sempre, depois de Clarence Hill ter sido bronze no boxe em Montreal76.

Duffy, que dominou a prova na totalidade, disse no final acreditar que a medalha era maior do que ela, por poder inspirar os "jovens das Bermudas a mostrarem que ser uma pequena ilha e competir num palco mundial, é possível".

Das três provas de triatlo em Tóquio'2020, foi Duffy que teve a vitória mais tranquila, ao ganhar em 1:55.36 horas, deixando atrás de si a britânica Geórgia Taylor-Brown, a 1.14 minutos, e a norte-americana Katie Zaferes, a 1.27.

Entre os portugueses, Melanie Santos foi 22.ª na prova feminina (a 6.30 minutos da campeã olímpica), e em masculinos, João Silva 23.º (a 2.26 do campeão) e João Pereira 27.º (a 2.59).

 

Quadro de medalhas do triatlo:

 

Masculinos:

 

Ouro: Kristian Blummenfelt, Nor.

Prata: Alex Yee, GB.

Bronze: Hayden Wilde, Nzl.

 

Femininos:

 

Ouro: Flora Duffy, Ber.

Prata: Georgia Taylor-Brown, GB.

Bronze: Katie Zaferes, EUA.

 

Estafeta mista:

 

Ouro: Grã-Bretanha (Jessica Learmonth, Jonathan Brownlee, Georgia Taylor-Brown e Alex Yee).

Prata: Estados Unidos (Katie Zaferes, Kevin McDowell, Taylor Knibb e Morgan Pearson).

Bronze: França (Leonie Periault, Dorian Coninx, Cassandre Beaugrande e Luis Vicent).

Fonte: Record on-line

“Grã-Bretanha conquista primeiro ouro da história nas estafetas mistas”


Prova está em estreia e foi ganha à frente dos Estados Unidos e França

 

Por: Record

Foto: Reuters

Depois de ter conseguido duas pratas nas provas individuais, por intermédio de Georgia Taylor-Brown (nas senhoras) e Alex Yee (nos homens), a Grã-Bretanha fechou a sua participação no triatlo com um ouro na estafeta mista, uma prova em estreia no programa olímpico.

Sem a presença de Portugal, que falhou a qualificação na Taça do Mundo de Lisboa, foram os britânicos (com um quarteto composto por Jessica Learmonth, Jonathan Brownlee, Georgia Taylor-Brown e Alex Yee) os mais rápidos, graças a um tempo final de 1:23:41 horas numa prova em que cada atleta fez uma volta de natação (300 metros), duas ciclismo (6,8 quilómetros) e duas de corrida (2 quilómetros). Em segundo ficaram os Estados Unidos, a 14 segundos, logo à frente da França, a 23.

Fonte: Record on-line

“Ruben Guerreiro 19.º na Clássica de San Sebastian”


Vitória do colega da EF Pro, Neilson Powless

 

Por: Ana Paula Marques

Ruben Guerreiro regressou este sábado à competição, depois da estreia na Volta a França, onde foi 18.º classificado. Uma posição acima daquela que alcançou na Clássica de San Sebastian, prova de tradições no calendário mundial.

O ciclista da EF Pro cortou a meta a 1,36 minutos do vencedor, o companheiro de equipa, o norte-americano Neilson Powless, que bateu ao sprint, o esloveno Matej Mohoric (Bahrain) e o dinamarquês Mikkel Frølich Honoré (Deceuninck-Quick Step).

Fonte: Record on-line

“Patrão de João Almeida e a ida Bennett para a Bora: «É como uma vítima de violência doméstica voltar a casa»”


Patrick Lefevere não poupou ciclista irlandês numa crónica que assinou num jornal belga

 

Por: Record

Foto: Reuters

Patrick Lefevere, patrão da Deceuninck-QuickStep, a equipa de João Almeida, considerou numa crónica que assina no jornal belga 'Het Nieuwsblad' que o possível regresso de Sam Bennett à Bora-Hansgrohe é como "uma mulher que regressa a casa depois de ter sido vítima de violência doméstica".

Bennett representou a Deceuninck nas últimas duas épocas, mas uma lesão num joelho impediu-o de estar na Volta a França deste ano, pelo que a equipa acabou por escalar Mark Cavendish para o seu lugar no último momento.

Na altura especulou-se que o corredor irlandês estaria a preparar o regresso à Bora, de onde saiu em 2019, e Lefevere chegou a questionar a veracidade da sua lesão. "Não consigo provar que ele tenha dores no joelho, mas começo a pensar que é mais medo do que dor", disse o patrão da equipa na altura.

Agora, na crónica que assinou no 'Het Nieuwsblad', onde abordava a força mental dos atletas, Lefevere voltou à carga: "Para mim ele representa o pináculo da fraqueza mental", escreveu. "Sair para Bora e queixar-se a toda a gente, dizendo que foi vítima de bullying é depressivo. É como uma mulher que regressa a casa depois de ter sido vítima de violência doméstica."

Fonte: Record on-line

“Volta a Portugal de Cadetes – Dia 2”


Juan José López vence em solitário e é o novo comandante

 

Por: José Carlos Gomes

A Volta a Portugal de Cadetes continua com sotaque castelhano, tendo agora um novo comandante, Juan José López (Valverde Team/Terra Fecundis), que hoje ganhou a segunda etapa, uma ligação de 84,4 quilómetros, entre Coruche e Benavente.

Ao contrário da jornada anterior, praticamente sem ataques, a tirada deste sábado ficou marcada por diversas movimentações, que nem o vento forte conseguiu travar. Entre os atacantes estiveram alguns corredores com aspiração a vencer a classificação geral.

Foi o caso de Juan José López, Tiago Santos (Alcobaça CC/Crédito Agrícola) e Héctor Álvarez (Grupo Sime/Level), que chegaram a estar juntos, em cabeça de corrida, já dentro dos últimos 15 quilómetros. Numa fase de ataques e contra-ataques, Juan José López ficou em cabeça de corrida com dois ciclistas do Grupo Sime/Level.

“A cerca de 10 quilómetros da meta, vinha com outros dois ciclistas. Mas no último topo vi-me sozinho na frente e tentei chegar sozinho à meta. Foi muito duro, estava muito vento, mas consegui esta vitória que me deixa muito feliz”, conta o novo dono da Camisola Amarela IPDJ.


O corredor da equipa de formação de Alejandro Valverde cruzou a meta com 2h18m57s, deixando o pelotão a 53 segundos. Daniel Caixaria (Alenquer/GDM/Escola Alexandre Ruas) foi o segundo, enquanto o camisola amarela à partida, Sergio Serrano (Stefano Garzelli Team) foi o terceiro.

A uma etapa do fim, Juan José López ocupa o topo da geral, com 46 segundos de vantagem sobre Sergio Serrano e com uma margem de 54 segundos sobre Tiago Santos. Por ser cadete de primeiro ano, Juan José López é também o dono da Camisola Branca O Ciclismo Vai à Escola.


Sergio Serrano perdeu a camisola amarela, mas continua em posse da Camisola Verde Politécnico de Santarém, símbolo do melhor na classificação por pontos. Héctor Álvarez veste a Camisola Azul Polisport, de rei dos trepadores. A Valverde Team/Terra Fecundis comanda por equipas.

A Volta a Portugal de Cadetes guardou a etapa-rainha para a última jornada, neste domingo. Os corredores vão partir de Rio Maior, às 10h15, para percorrerem 84,9 quilómetros até Santarém, onde a corrida acabará, cerca das 12h40. Além dos últimos dois quilómetros em subida, a viagem contempla três prémios de montanha.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Hoje falamos de… Ana Silva e Isabel Caetano”


Força de viver e vontade de vencer, a primeira dupla feminina no Paraciclismo português em tandem, descobre destreza

 

Por: José Morais

Fotos: Ana Silva e Isabel Caetano

Parceria: Notícias do Pedal - O Praticante.PT

 

Quem é Isabel Caetano:

Nascida em 1979, natural de Vieira de Leiria, é um nome incontornável do ciclismo feminino, o qual não podemos deixar passar ao lado, mãe, mulher, ciclista, a sua paixão é a bicicleta e o ciclismo, e apesar das dificuldades muitas vezes, pedalar faze-a sempre muito feliz.


 

Com um grande palmarés na sua carreira:

Vencedora de 17 medalhas de ouro, em todas as vertentes do Ciclismo, foram 4 em estrada, 7 em Contra-relógio, 2 em MTB-XCO, 2 em Ciclocrosse, 2 em Pista, não podemos deixar de referir de que a ciclista tem 6 Títulos de Vice-campeã Nacional, 2 de Bronze, e muitas vitórias em diversas provas, a sua sensibilidade, o seu bom senso, faz admirar a sua persistência com que se dedica ao ciclismo feminino, fazendo dela uma grande Campeã portuguesa.

 

A sua carreira:

Iniciou-se nas pedaladas com 15 anos no Grupo Casa Malta na sua terra natal Vieira de Leiria, um ano depois inicia-se na competição no Núcleo Sportinguista de Leiria, passou depois por duas equipas em Espanha, o Clube Ciclista SPOL-Caixa Pontevedra, e pelo Clube Ciclista SPOL-Caixa Nova, onde disputou todas as provas do calendário Galego e nacional de Espanha, durante todo o tempo de ausência do Ciclocrosse no nosso país.



Entretanto em 2008 decide apostar e investir na sua evolução internacional, e ruma a França para integrar a seleção francesa da CSM-Epinay, tentou ter acesso ao calendário feminino francês, o amigo Duarte Pereira enviou-lhe o mesmo, e foi a França correr em Nantes, fazendo um 14º lugar, foi positivo, era o sonho correr a nível internacional.

 

 A vida de ciclista:

Ser ciclista, e em especial ser mulher, nem sempre é fácil, já que não existem ciclistas profissionais femininas, terá de haver outra ocupação, estudar ou trabalhar, Isabel Caetano tinha o seu emprego, uma empresa de logística, que repartia com o ciclismo.


Levou um ritmo intenso mais de 17 anos, trabalhava, treinava, e competia, mais de 3 anos a fazer viagens entre Portugal e França, onde ia competir, muito desgastante, em especial o ficar longe da família, mas sempre feito com muito prazer.

 

O esforço valeu a pena:

Isabel Caetano confessa que aprendeu muito com a Seleção francesa, nos anos que andou por França, o seu sonho era o de fazer parte de uma grande equipa feminina, com corredoras, técnicos e patrocinadores portugueses, e poder ir correr na Europa, o que acontece com outros países fora da Europa, mas apesar do ciclismo feminino estar a evoluir em Portugal, com a chegada de ciclistas do montam bike, o nível de estrada melhorou bastante, mas deveria de haver mais participação no exterior da seleção, para se ganhar mais experiencia e ritmo.


 

Durante 21 anos, e o ser mãe: 

Ao longo de 21 anos na sua vida, quantos da sua carreira, Isabel Caetano venceu tudo o que havia para vencer, sendo tantas vezes Campeã Nacional, porem na vida existem opções.

E uma das opções foi a se ser mãe há 5 anos, e decidiu deixar a competição, e o regresso à mesma nunca esteve nos seus planos para tão breve, mas tudo mudou, e como surgiu um novo projeto, de ideia da Ana Silva, avançou, e fez uma dupla especial de tandem, iniciaram-se assim as duas a andar de bicicleta, foram crescendo, e o sonho evoluiu de querer mais e muito mais, com a vontade de muita competição.


 

A dupla feminina do Paraciclismo português:

Isabel Caetano dizia, “A Ana Silva tinha entrado e contato com a Federação Portuguesa de Ciclismo, que inicialmente nos emprestou uma bicicleta de 2 lugares, e o selecionador nacional de Paraciclismo entrou em contato comigo, se estava na disposição de pedalar com a Ana, disse sim, e iniciamos assim a nossa aventura, o projeto da Ana.

Ela tinha saudades de andar de bicicleta, apercebeu-se de que não havia Paraciclismo para deficientes visuais em Portugal, e em poucos meses formamos a dupla inseparável, e começamos a treinar afincadamente, e começamos a competir a nível nacional, e entramos assim num projeto, em que a Ana tem sido muito feliz, não estando a encontrar dificuldades para já”.


 

Quem á Ana Silva, a sua doença, e uma infância feliz

 

Nascida em 1996 na Maia, aos 18 anos teve uma notícia a nível de saúde nada animadora, um diagnostico tardio de cataratas congénitas, para quem não sabe, basicamente tinha nascido cega, e após várias cirurgias conseguiram remover as cataratas, e a possibilitaram de recuperar a visão.

Ao longo da sua infância e adolescência, sempre teve problemas de visão, mas algo que, um par de óculos não resolvesse, e até brincava às vezes e dizia que, teve direito a todos os problemas oculares possíveis e imaginários. Com uma infância feliz no campo e rodeada de animais e natureza, adora andar de bicicleta, e relembra as sua mazelas nos joelhos, das quedas, mas nada a impedia de pedalar.


Na sua adolescência devido a descolamento da retina e do glaucoma, foi submetida a várias operações ao olho direito, infelizmente sem sucesso, e esse olho acabou por fundir, mas em 2017 entra em contato com a ACAPO, tentando assim reabilitar a visão, só que meses antes, começou a ter pequenas perdas de visão, iniciando assim a sua reabilitação em janeiro de 2018, sendo o ano de grandes mudanças na sua vida, o recomeço da aprendizagem, mas nada era como antes.

 

As forças continuavam na esperança

 

Com acompanhamento psicológico aprendeu a andar de bengala, e aprendeu Braille, como a todo o mundo de acessibilidades que a podem ajudar no dia-a-dia, mas a partir de abril desse ano, o glaucoma originava a perda de visão a agravar-se de dia para dia, tudo foi tentado para evitar mais uma cirurgia a qual era considerada muito arriscada pelos médicos, mas seria inevitável, a mesma foi efetuada, onde seria o tudo ou nada.


Felizmente conseguiu manter a pouca visão que atualmente possui hoje, mas em 2018 foi sem dúvida o ano das grandes mudanças na sua vida, as novas aprendizagens, o recomeço das novas descobertas, e como em tudo, em diversas fases da vida existem coisas menos boas, mas também surge o lado positivo, e nessa nova aprendizagem, surge uma nova descoberta, foi o desporto em especial o Goalball.

 


O gosto pelo desporto



Não sendo amante do desporto, na ACAPO Porto, no seu processo de reabilitação teve o contato e a oportunidade de experimentar, sendo uma modalidade dura e exigente, foi sem dúvida fundamental na sua reabilitação, já que o Goalball lhe deu as ferramentas que a auxiliaram no seu processo de reabilitação, e mais importante em aceitar a sua deficiência.

Surge o verão de 2020, e em plena pandemia sentiu saudade de algo que tanto adorava, andar de bicicleta, o preferido da sua infância, um dos seus passatempos adorados, o qual foi ficando esquecido com o seu crescimento, motivado pelos problemas de visão que sempre a acompanharam.

 

Um projeto em tempo de pandemia

 

Em plena pandemia, e em conversa com alguns amigos, surgia uma ideia de alugar umas bicicletas de dois lugares (tandem) para dar uns passeios, porem essa ideia não avançou, mas as mudanças na sua vida deram-lhe força a não desistir, e depois de várias pesquisas e alguns contatos, teve uma surpresa ao descobrir que em Portugal não existia Paraciclismo Feminino em Tandem.


Não desmotivou a Ana, e não desistiu, entrou então em contato com a Federação Portuguesa de Ciclismo, acabando por falar com o Selecionador Nacional de Paraciclismo José Marques, onde existiu rapidamente abertura e muita vontade de levar o projeto o mais longe, e o mesmo apresenta a Ana a Isabel Caetano, a qual formaram assim uma dupla de Tandem.

Inicialmente a Federação cedeu uma bicicleta para darem umas voltas e experimentarem, e logo desde o início existiu muita empatia e a amizade foi crescendo entre as duas, e o gosto em Tandem também, e este projeto que começou quase por brincadeira, foi rapidamente ultrapassado tudo o que a Ana tinha imaginado, e em pouco mais de quatro meses, a evolução foi imensa, como ainda todo o trabalho que tinham feito, o que as fez ter novos sonhos, e quiseram muito mais, para concretizar este projeto enquanto dupla a pedalar em Tandem.


 

Ana Silva comenta

 

“Este nosso percurso no Paraciclismo tem sido muito feliz, onde me sinto muito concretizada, querendo assim trabalhar mais e evoluir para podermos alcançar os objetivos e os sonhos que ambas temos, sou uma jovem com deficiência visual, mas que descobri no Paraciclismo uma das suas paixões, tornando assim tudo mais feliz.

Vejo agora o desporto de outra forma, e é fundamental para mim agora a sua prática, já que me faz sentir integrada na sociedade, ajudando-me no meu desenvolvimento pessoal, desenvolvendo ferramentas de trabalho, conseguindo alcançar objetivos que qualquer pessoa sem deficiência consegue alcançar”.


 

Uma dupla a descobrir destreza

 

Uma, está a concretizar um sonho e tem imensa força e vontade de lutar, a outra, é a voz da experiência, regressa ao ciclismo de forma inesperada, ou seja, Ana Silva e Isabel Caetano, são as primeiras mulheres a competir na categoria B de Paraciclismo de Tandem em Portugal, na categoria de atletas de deficiência visual.

 

Isabel Caetano, sou os olhos da Ana

 

Após regressar ao ciclismo, Isabel Caetano não compete sozinha, faz dupla com Ana, já que a visão impede de a mesma pedalar sozinha, este é um trabalho coletivo, ela é os olhos da Ana, é a pessoa que vai à frente da bicicleta e a informa do caminho, tudo o que vão encontrar pela frente, as descidas, as subidas, os planos, as rotundas, e os andamentos que devem colocar.


 

Não me sinto como um guia

 

Isabel Caetano diz que quando está em cima da bicicleta com a Ana, sente a mesma como uma colega, não se sentindo como guia, já que não vai sozinha a pedalar, vão as duas a fazê-lo, é um trabalho em equipa, pedalam, falam, e Isabel limita-se a transmitir, e a Ana a colaborar, onde participa imenso.

 

Sonhos no Paraciclismo e resultados

 

Com um projeto muito recente, ao fim de pouco mais de seis meses, a relação delas com o Paraciclismo apesar de ser ainda muito recente, já se estrearam em diversas provas, a primeira foi na Taça de Portugal, onde alcançaram o 1º lugar na sua categoria, participaram no Campeonato Nacional, onde já cumpriram alguns dos seus objetivos, e entre os mesmos, será o de irem ao estrageiro competir com outras duplas em Tandem, observando e aprenderem muito mais.


Porem, a sua participação alem fronteira já as levou até Espanha por duas vezes, uma em abril na 1ª Copa em Badajoz, onde alcançaram um 2º lugar, mas regressaram em junho na 2ª Copa, onde conquistaram a Camisola da Copa com um merecido 1º Lugar.

Mas o caminho está a abrir-lhes portas, e foram convocadas para a Seleção Nacional para vestir as cores as cores nacionais, e participarem no Campeonato Mundial de Paraciclismo realizado no Estoril, com 15 duplas de Tandem mundiais, onde conseguiram uns modestos 13º e 14 lugares, mas que foi uma grande honra vestir as corres de Portugal, onde ganharam grande experiência para o desenvolvimento do projeto.

Conseguiram novo feito em Castelo Branco nos Campeonatos Nacionais de Paraciclismo, onde ganharam o título de Campeãs Nacionais de contrarrelógio e estrada classe B, e fecharam em grande a época de Paraciclismo oficial em Torres Vedras, onde conquistaram o prémio Descobre Destreza Associação Desportiva.


 

Única Dupla Feminina Tandem Portugal

 

Sonhar muitas vezes é fácil, concretizar muitas vezes torna-se difícil, mas para Ana Silva juntamente com Isabel Caetano, o sonho tornou-se uma realidade, o projeto tem sido muito positivo, e se a Ana tivesse dito aqui às uns três anos atrás que ela iria andar novamente de bicicleta, rir-se-iam de si, e diziam que brincava, mas afinal tudo é possível, e a prova aqui está quando se quer muito algo e se luta por isso, consegue-se.

Ao fim de seis meses vesse o trabalho, a dupla em Tandem com a Isabel é perfeita, e Ana a vai ficar sempre muito grata tanto a ela, como ao José da Federação que puderam concretizar o seu sonho, o que agradece a todos que apoiaram e apostaram em si.

Mas, para Isabel Caetano, que sai de um panorama de atleta para o de guia, o qual encara com a sua companheira de pedaladas uma experiência gratificante e nova, sempre foi e continuará a ser uma atleta, sempre andou de bicicleta sozinha sem a partilhar, mas agora é diferente, estando a gostar e a aprender, já que o caminho é longo, e existe projetos para o futuro de continuarem como uma dupla, uma equipa em Tandem.


 

O Paraciclismo não pode ser o parente pobre do ciclismo

 

Aqui fica uma história de vida, um projeto, e muita força de viver e vencer, quando existe vontade e apoios, os projetos podem concretizar-se, e não podemos ver passar ao lado esta modalidade, o “Paraciclismo não pode ser o parente pobre do ciclismo”, como refere numa frase o Paraciclista Luís Costa, teremos de apoiar, incentivar, e acima de tudo divulgar, e dar-lhe destaque.


Esta dupla Feminina em Tandem é de louvar o seu trabalho feito em tão pouco tempo, e pelos resultados já conseguidos, temos de ver estes atletas com outros olhos, não como ainda muitos infelizmente os veem como os coitadinhos, mas sim, teremos de os ver como seres normais, que se integram na sociedade como pessoas normalmente, conseguem grandes objetivos, muitos não só no Paraciclismo, mas também noutras modalidades, trazem resultados positivos para Portugal, e onde na maioria passa ao lado, e pouco ou nada se fala.

Parabéns, Ana Sila e Isabel Caetano pelo vosso trabalho e esforço, força de viver e vontade de vencer, a primeira dupla Feminina no Paraciclismo português em Tandem, que demostra que quando se quer, se pode vencer.

Parabéns.





























Ficha Técnica

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