Texto: José Morais
Fotos: Federação
Portuguesa Ciclismo
A edição da Volta
a Portugal 2020 foi sem dúvida atípica, esquisita, e muito estranha, em
especial por ter sido realizada fora da sua habitual, e a parte mais negativa
da mesma, foi sem dúvida a falta de público a assistir, nas partidas, nas
chegadas, e nas etapas mais míticas, a Senhora da Graça e a Serra da Estrela ao
alto da Torre, apesar de algumas partes dos percurso muitos vieram à estrada
apoiar os ciclistas.
Como eu, muitos
não acreditavam na realização da edição deste ano, porem, a mesma foi
realizada, e estão de parabéns a organização da Federação Portuguesa de
Ciclismo, as entidades que apoiaram a mesma para que se pudesse realizar, as
equipas participantes com os ciclistas, eles que eram o heróis da Volta, e o
publico em geral que felizmente praticamente se comportou corretamente, muitas
vezes não usando era mascara.
Apesar de muitas vezes criticados, temos de dar os parabéns à RTP pelo excelente trabalho feito, por uma equipa de profissionais que deram o seu melhor, e diariamente nos traziam as melhores imagens, os melhores momentos, e os testemunhos dos intervenientes.
Temos de dar os
parabéns aos ciclistas nacionais onde tivemos no top dez da classificação seis
portugueses, e ainda dois espanhóis que correm em equipas portuguesas. Também
as equipas nacionais brilharam, com três a ficarem nos três primeiros lugares,
a W52-FC Porto juntou o triunfo coletivo ao individual, diante da Rádio
Popular-Boavista e da Efapel.
Mas, dois
portugueses deram cartas em outras tantas classificações, o caso do português Luís
Gomes (Kelly-Simoldes-UDO), a leva para casa a Camisola Vermelha Cofidis dos
pontos. Hugo Nunes (Rádio Popular-Boavista) foi o dono da Camisola Branca e
Vermelha Fidelidade, da montanha, apenas o britânico Simon Carr (Nippo Delko
Provence) conquistou a Camisola Branca IPDJ, da juventude, não esquecendo "Prémio
Sacrifício" para o único Sérgio Paulinho.
Amaro Antunes
conquistou Volta a Portugal em Lisboa, Gustavo César Veloso impôs-se na oitava
e última etapa, um contrarrelógio individual de 17,7 quilómetros, disputado na
capital. Nas derradeiras pedaladas confirmaram o favoritismo portista, E Gustavo
Veloso puxava dos galões de contrarrelogista e, depois de abrir a Volta a
ganhar o prólogo em Fafe, fechou a corrida impondo-se no contrarrelógio
lisboeta, o galego completou o exercício individual em 21m34s, à média de
49,243 km/h.
Mas o algarvio Amaro Antunes, não sendo contrarrelogista, defendeu-se da melhor forma, selando a conquista da Camisola Amarela Jogos Santa Casa, azar bateu à porta de Frederico Figueiredo (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) começou a etapa no segundo lugar da geral, mas terminou no 26.º lugar na etapa, a 1m10s de Gustavo César Veloso, o que o obrigou na posição a trocar de posição Gustavo Veloso, o qual anunciou que iria correr mais um ano, porque nesta Volta nem sequer pude conviver com os adeptos”, dizia Gustavo Veloso no final da Volta.
A Volta a Portugal
Edição Especial teve três dias que se revelaram essenciais na definição do
pódio, a de Gustavo Veloso a aproveitar o prólogo e o contrarrelógio para se
colocar na segunda posição, e a de Amaro Antunes e Frederico Figueiredo, a
desferirem um golpe na concorrência. na etapa da Senhora da Graça
E foi assim,
chegamos ao final desta tão complicada Volta, que logo no seu início a mesma
estremeceu, com um caso positivo de Covid na formação da Seleção Nacional, a
qual não pode alinhar à partida, mas que felizmente acabou por se realizar sem
surgir mais nenhum caso.
Nós terminamos
hoje as reportagem da Volta a Portugal Edição Especial 2020, infelizmente não
marcamos presença fisicamente provocado pela pandemia, mas diariamente durante
nove dias assistimos às imagens pela TV, ao mesmo tempo que em parceria com a
Federação Portuguesa de Ciclismo, conseguimos ir transcrever a etapa km a km, e
no final de cada etapa, era publicado imediatamente os resultados, e fotos da
chegada e classificações da etapa, um trabalho sem dúvida inovador da nossa
parte, mas que nos deu imensa satisfação em fazer, esperando em 2021, marcamos
fisicamente presença em mais uma edição da Volta da Portugal em Bicicleta.
Ficam assim mais
uma vez os parabéns à Federação Portuguesa de Ciclismo, pela excelente
organização.