domingo, 29 de março de 2020

“"Não consigo imaginar, o público é parte da Volta a França. Imaginem o Mundial de futebol num estádio vazio"”

O ciclista francês Julian Alaphilippe afirmou hoje não conseguir imaginar a Volta a França “à porta fechada”, sem público, devido à pandemia da covid-19, uma hipótese admitida pela ministra do Desporto.

“Seria insólito. Não consigo imaginar, o público é parte da Volta a França. Imaginem o Mundial de futebol num estádio vazio”, afirmou o líder da equipa Deceuninck-Quick Step, que em 2019 andou vários dias de amarelo no Tour, em declarações à rádio RMC Sport.

Julian Alaphilippe admitiu, no entanto, que se tal se vier a verificar, irá participar na prova: “Se tivermos de fazê-lo, fá-lo-emos, mas prefiro imaginar que o vírus será vencido e que poderemos fazer a prova com público”.

Na quarta-feira, a ministra do Desporto francesa, Roxane Maracineanu, sugeriu que o Tour, que deverá realizar-se entre 27 de junho e 19 de julho, decorra à porta fechada, isto é, sem espetadores nas ruas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 640 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 30.000. Dos casos de infeção, pelo menos 130.600 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, segundo o balanço feito sábado pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 100 mortes e 5.170 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 418 estão internados, 89 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

Fonte: Sapo on-line

“Sérgio Paulinho e Reinaldo Ventura sonham alargar funções no desporto”

Após 28 anos a pedalar e a cumprir a quarta época consecutiva na Efapel, o corredor natural de Oeiras ainda se vê com “cabeça e pernas” para “poder treinar, desfrutar ao máximo da bicicleta e passar toda a experiência” à formação da Lousã.

O ciclista Sérgio Paulinho e o hoquista Reinaldo Ventura realçaram hoje a ambição de continuarem ligados ao desporto no futuro, substituindo a vida de atleta pela execução de funções técnicas nas respetivas modalidades.

“Ao longo destes anos conhecemos muitas pessoas e começamos a gostar de outros aspetos. Quando deixar de correr, gostava de tirar um curso de diretor desportivo e ficar ligado à modalidade dessa forma. Até lá, prefiro dedicar-me a 100% como atleta”, afirmou à agência Lusa Sérgio Paulinho, único medalhado do ciclismo português em Jogos Olímpicos, com a prata na prova de estrada em Atenas2004.

Após 28 anos a pedalar e a cumprir a quarta época consecutiva na Efapel, o corredor natural de Oeiras ainda se vê com “cabeça e pernas” para “poder treinar, desfrutar ao máximo da bicicleta e passar toda a experiência” à formação da Lousã.

“Tenho plena consciência de que a carreira está a acabar, mas continuarei enquanto acordar com vontade de treinar. Conforme as coisas evoluírem nos primeiros meses da temporada, decido se continuarei por mais um ano ou este será o último”, estabeleceu.

Sérgio Paulinho, de 39 anos, relativiza o abandono dos estudos quando atingiu a maioridade, já que conseguiu unir esforços em prol “daquilo que sempre quis” e obteve o estatuto de profissional em 2003, impulsionado pelo trilho do pai, Jacinto Paulinho.

Os inícios na ASC-Vila do Conde (2002 e 2003) e na LA-Pecol (2004) antecederam um percurso internacional de elite, no qual se distinguiu como escudeiro do espanhol Alberto Contador, apesar do afastamento da Volta a França em 2006, por suspeitas infundadas de envolvimento na “Operação Puerto”, que desmantelou uma rede generalizada de doping.

“Afeta sempre ser acusado de coisas que foram um engano e as pessoas não deixam de comentar, mas tinha o apoio da família e nunca me passou pela cabeça deixar o ciclismo”, frisou o ex-corredor de Liberty Seguros-Würth (2005 e 2006), Discovery Channel (2007), Astana (2008 e 2009), RadioShack (2010 e 2011) e Tinkoff (2012 a 2016).

Vencedor de etapas na Vuelta (2006) e no Tour (2010) e com “uma base” moldada pelos 12 anos no WorldTour, Sérgio Paulinho quer aprender a dirigir equipas “a um nível mais baixo”, tal como o hoquista Reinaldo Ventura, que até já orientou a formação do FC Porto.

“A vida de treinador é estranha: há ex-jogadores que tiveram sucesso imediato e outros que nunca deram nada. Penso muito se será por falta de bases ou experiência, daí querer criar as minhas bases de forma sustentada para, caso tenha qualidade, começar a subir”, explicou à agência Lusa o avançado dos italianos do Trissino.

Convicto de que não jogará por “muito mais tempo”, o antigo internacional luso arrependeu-se de ter escapado à formatura em Direito, enquanto era alertado para a necessidade de “proteger o futuro ao longo dos anos”, expressa em ocupações temporárias na construção civil, num bar e numa loja de material desportivo.

“Quando saí do FC Porto, não estava preparado, mas hoje já tenho interiorizado o fim de carreira. Sei das dificuldades que aí vêm, mas o sentimento de angústia e de pena sai amenizado ao querer continuar ligado à modalidade”, notou o dianteiro, portador dos três níveis de treinador e que pondera montar um “negócio pessoal” como “base de apoio”.

Reinaldo Ventura, de 41 anos, mal caminhava quando já andava de patins e cresceu nos Carvalhos, de Vila Nova de Gaia, antes de chegar ao Dragão em 1990, onde viveu 26 épocas e venceu 32 títulos, assumindo-se como figura de proa do hóquei em patins.

Campeão europeu e mundial de seleções, o ex-capitão do FC Porto assinou pelo Óquei de Barcelos em 2015, dois anos antes de representar os italianos do Viareggio, numa carreira duradoura mais sustentada pela força psicológica do que pela preparação física.

“É por isso que ainda me sinto capaz e com vontade de acrescentar algo ao meu currículo. Acredito que tantos como eu, que ganharam muito, ainda hoje têm essa vontade porque sentem-se igualmente fortes, senão já tinham abandonado”, apontou.

Fonte: Sapo on-line

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