Portugal estará nos Europeus de pista de Grenchen, de quarta-feira a domingo, com seis ciclistas, incluindo a olímpica Maria Martins e o campeão da Europa de scratch Iúri Leitão, com olhos postos na qualificação para Paris2024.
Na Suíça, a prioridade é
começar bem o ciclo de qualificação olímpica, trazendo o vigente campeão de
scratch, depois do ouro de Leitão em Munique2022, e uma série de nomes
experientes ao lado de dois jovens emergentes.
Portugal estará presente,
sobretudo, nas provas de resistência, ou seja, omnium e madison, além do
scratch, a eliminação, pontos e perseguição individual, e numa de velocidade, o
quilómetro contrarrelógio masculino.
“Este
Campeonato da Europa é importante para nós, porque marca o início da
qualificação olímpica. Para nós, em termos de objetivos, é prioritário o melhor
desempenho possível nas provas olímpicas, no caso o omnium feminino e
masculino, além da madison masculina. Temos de retirar o máximo de pontos”,
destacou à Lusa o selecionador nacional, Gabriel Mendes.
Leitão defende o ouro no
scratch conseguido em 2022, imitando o feito de 2021, e soma ainda duas pratas
e dois bronzes em campeonatos da Europa de elite, além de ter sido vice-campeão
do mundo de eliminação, em Roubaix2021.
Já ‘Tata’ Martins
procura mais sucesso em Europeus, depois de um bronze no scratch em 2019 e
outro na eliminação em 2020, surgindo galvanizada pelo segundo bronze da
carreira em Mundiais, conseguido em 2022 no concurso olímpico do omnium no
mesmo Velódromo de Saint-Quentin-en-Yvelines em que se discutirão os pódios de
Paris2024.
Além da atleta da
Fenix-Deceuninck, a primeira portuguesa no pelotão WorldTour de estrada, e do ‘sprinter’ da
Caja Rural, Portugal terá Rui Oliveira (UAE Emirates), cinco vezes medalhado em
Europeus, em prova, assim como João Matias (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua),
vice-campeão europeu de eliminação em 2021, no mesmo velódromo de Grenchen.
A completar o lote estão os
jovens Diogo Narciso (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), na sua segunda
participação em Europeus de elite, e Rodrigo Caixas (Credibom-LA
Alumínios-Marcos Car), em estreia absoluta.
“É
também, para estes mais jovens, uma oportunidade de demonstrar o valor e
aproveitarem da melhor forma a oportunidade que lhes estamos a dar, para o
processo de desenvolvimento que estão a fazer, e do contributo que também têm
dado à seleção de pista”, explica Gabriel Mendes.
Se Diogo Narciso já deu
mostras do talento a este nível, acompanhando Iúri Leitão num quarto lugar em
madison nos Europeus de Munique, no ano passado, tem aqui “mais uma oportunidade competitiva no processo de
evolução”, no qual tem “mostrado valor”.
“O
Rodrigo Caixas vai ser uma estreia na elite, apesar de já ter experiência em
sub-23. É um patamar mais elevado, e faz parte da nossa estratégia de
desenvolvimento dar oportunidade aos mais jovens. É importante a presença deles
e a participação aqui, no contexto de todo o trabalho que estamos a fazer pelo desenvolvimento
do ciclismo de pista”, nota Gabriel Mendes.
Quanto a resultados nas 11
provas em que Portugal se fará representar, sem que tenha sido anunciada, para
já, a distribuição de ciclistas por cada uma, o técnico nacional deixa a
garantia de que o foco está em “dar o melhor
e trabalhar por melhores performances”, num processo “competitivo contra nações que procuram o mesmo”,
isto é, a qualificação olímpica.
Abaixo das ‘potências’ da
pista, os ‘pistards’ nacionais sabem que é “prioritário ter lugares que permitam boas pontuações” para
o ranking, e nesse aspeto, “se conseguir
chegar um lugar de pódio, excelente”.
Fonte: Sapo on-line