quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

“Alberto Contador diz que a Vuelta assenta que nem uma luva ao líder da UAE: "O Tadej adapta-se a todos os tipos de percursos"


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com/

Na semana passada ficou-se a conhecer o percurso da Volta a Espanha de 2025, uma edição que se centrará no norte do país. Alberto Contador olhou para os perfis e falou sobre os possíveis candidatos à classificação geral.

Apontou diretamente para dois nomes de forma muito particular: Tadej Pogacar e Enric Mas. Embora o ciclista esloveno não tenha confirmado a sua participação, o espanhol da Movistar Team já tem a Grande Volta no seu calendário para a próxima época.

O líder da telefónica espanhola será mais uma vez candidato a vencer uma Grande Volta e Alberto Contador lançou-lhe um desafio em declarações para o jornal a Marca.

"O percurso é bom para os espetadores. Tem 10 finais em alto, o que vai fazer com que os homens da classificação geral tenham de ser muito regulares e não falhar", avisa Contador.

Enric Mas vai aproveitar o facto de haver apenas 2 contrarrelógios, nenhum dos quais deverá ser decisivo para a classificação geral. O primeiro será um contrarrelógio por equipas na 5ª etapa e o segundo será na 18ª etapa em Valladolid, num percurso completamente plano. Por essa razão, e considerando que Pogacar será o grande favorito caso esteja na linha de partida, Contador deixa claro que ninguém pode falhar em qualquer dos dias de montanha.

Contador também se referiu diretamente a Pogacar e ao seu papel de favorito: "Qual é que é o percurso que não é ideal para ele? Acho que o Tadej se adapta a todos os tipos de percursos. Mas sem dúvida que este percurso é bom para ele".

Na ausência do anúncio do calendário de corridas da estrela da UAE Team Emirates, podemos especular que dois dos principais objectivos de 2025 para Tadej Pogacar serão a Milan-Sanremo e a Volta a Espanha, pois trata-se de duas corridas que o campeão do mundo ainda não tem no seu palmarés.

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“Giro d’Itália 2025 começa na Albânia com 3 etapas que desafiarão os favoritos”


Inédita, a Grande Partenza da Albânia une história e ciclismo em três dias de alta intensidade; prova começa dia 9 de maio com etapa de 164km

 

Fotos: La Presse

A 108ª edição do Giro d’Itália começará na Albânia, que vai receber a Grande Partenza da Camisola Rosa pela primeira vez na sua história, o evento começará na sexta-feira, 9 de maio, com uma etapa de média montanha começando em Durrës e terminando na capital Tirana, com um total de 1.800 metros de ganho de elevação em 164 km, no sábado, 10 de maio, as ruas da capital albanesa recebem uma prova contra-relógio individual de 13,7km, um teste importante para as ambições dos ciclistas da classificação geral.


As três etapas em terras albanês terminam com outra etapa de média montanha no domingo, com largada e chegada em Vlorë, com 160km de percurso e mais de 2.700 metros de ganho de elevação, depois das três etapas iniciais o pelotão tem uma pausa e viaja para Bari, na Itália, no dia 13 de maio.

O evento de apresentação da Grande Partenza, realizado no Gabinete do Primeiro-Ministro em Tirana, contou com a presença de Edi Rama, Primeiro-Ministro da Albânia, Paolo Bellino, CEO e Diretor Geral da RCS Sports & Events, Ogerta Manastirliu, Ministra da Educação, Desportos e Juventude da Albânia, Mauro Vegni, Diretor do Giro d’Itália, Vincenzo Nibali e muitos outros convidados.

Vicenzo Nibali comentou: “Cada Grande Partenza do exterior é uma oportunidade extraordinária de levar o ciclismo a novos territórios, conectando fãs e comunidades com este desporto maravilhoso, eu experimentei vários em primeira mão, mas o mais especial, sem dúvida, foi em 2016, quando conquistei a minha segunda vitória, naquele ano, a corrida começou na Holanda, onde pedalamos em meio a multidões incríveis, essa experiência me fez perceber o valor internacional único do Giro, o roteiro de 2025 parece desafiador desde o início e promete um grande espetáculo não apenas pela natureza das etapas, mas também porque os grandes ciclistas terão que ficar na frente desde o início para não perder tempo precioso”.


“Este é um momento significativo no mundo dos desportos e temos o privilégio de compartilhar com todos, esta é uma oportunidade excecional de mostrar o nosso lindo país a 800 milhões de espectadores em todo o mundo, estou realmente encantado que por três dias, em Tirana, Durrës e Vlorë, receberemos tantos campeões que serão nossos convidados e que serão comentados em todo o mundo, junto com a Albânia, vamos sediar um evento que não é apenas um evento desportivo, mas uma grande celebração popular onde todos se envolvem, para nós, esta é a primeira vez, e espero que não seja a última”, disse o primeiro-ministro da Albânia Edi Rama.

 

TODAS AS LARGADAS DO GIRO D’ITÁLIA DO EXTERIOR

 

1965 San Marino (REPÚBLICA DE SAN MARINO)

1966 Monte Carlo (PRINCIPADO DE MÔNACO)

1973 Verviers (BÉLGICA)

1974 Cidade do Vaticano

1996 Atenas (GRÉCIA)

1998 Nice (FRANÇA)

2002 Groningen (HOLANDA)

2006 Seraing (BÉLGICA)

2010 Amsterdã (HOLANDA)

2012 Herning (DINAMARCA)

2014 Belfast (IRLANDA DO NORTE)

2016 Apeldoorn (HOLANDA)

2018 Jerusalém (ISRAEL)

2022 Budapeste (HUNGRIA)

 

ETAPA 1, DURRËS-TIRANË, 164 quilómetros

Uma etapa para roladores com um final desafiador que levará os líderes das equipas para a frente desde o início, a etapa começa em Durrës com uma primeira seção ligeiramente ondulada em direção ao interior, todo o ganho de elevação é concentrado nos 90 quilómetros finais, os ciclistas enfrentarão primeiro a subida de Gracen com mais de 13 quilómetros, antes de chegar a Tirana, onde completarão um circuito de 22 quilómetros com uma curta, mas íngreme subida Surrel KOM até 12% na metade do circuito, seguida de uma descida ampla e rápida que leva ao centro da capital.

 

ETAPA 2, TIRANË-TIRANË TUDOR ITT, 13,7 quilómetros

A prova será um contra-relógio individual com um circuito no centro da capital Tirana, o percurso segue principalmente por avenidas largas e retas, interrompidas por uma subida com cerca de 1,5 quilómetros com 6% com seções curtas e íngremes, a segunda metade é em declive e já plana até o final.

 

ETAPA 3, VLORË-VLORË, 160 quilómetros

Outra etapa desafiadora e de terreno acidentado, com apenas 30 quilómetros, e finais planos, a primeira parte ondula pelo interior e cruza o curto passo Q. Shakellës, levando à costa gradiente máximo de 14%, depois vem a longa subida Qafa e Llogarasë, quase 11 quilómetros com gradientes superiores a 7%, seguido por uma longa e rápida descida, com um final costeiro na reta final em Vlorë.

“Quatro meses após Paris, Iuri Leitão desabafa: "Não mudou nada. Se não fosse o IPDJ... estaríamos a competir de borla"


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com/

O ciclista natural de Viana do Castelo, Iuri Leitão, trouxe para Portugal uma medalha de prata em Omnium e uma de ouro em Madison, onde fez equipa com Rui Oliveira, nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024. Se a essas medalhas adicionarmos o título de Campeão Europeu de Scratch conquistado no início do ano, é justo afirmarmos que as maiores conquistas do desporto português foram conquistadas em cima de duas rodas.

Quando o avião que trouxe os atletas portugueses aterrou em solo nacional, não faltaram presenças de figuras notáveis para tirar fotografias, falar do ciclismo de pista como se acompanhassem a modalidade há anos e falar de grandes planos para o futuro. Passados quatro meses de Paris, o que é que mudou no ciclismo de pista? "Nada mesmo. Esperemos que venha a mudar para melhor. Talvez seja uma questão de tempo", afirma o jovem de 26 anos ao desportivo O Jogo.

O Centro de Alto Rendimento continua sem obras (continua a chover na pista), as infraestruturas não sofreram melhorias, os apoios por parte da federação são zero. "Se não fosse o Programa Olímpico, que é financiado pelo Governo através do IPDJ, não tínhamos qualquer tipo de financiamento. Estaríamos a competir de borla. Também não temos nada que pagar, como é lógico, mas ser ciclista de pista, mesmo na Seleção, não é vantajoso financeiramente", diz.

 

Quanto é que a Federação deu ao Campeão do Mundo, Europeu e Olímpico? 

 

As palavras que mais se ouviram nas horas que se seguiram à conquista do ouro nos Jogos Olímpicos de Paris, eram vozes que "gritavam" às entidades que gerem o desporto no nosso país olhassem para os resultados e apoiassem os atletas, pois as medalhas conquistam-se na base de muito trabalho e de condições, tanto financeiras como estruturais, coisas que em Portugal são difíceis de encontrar e nessa altura Iuri Leitão disse "Tudo se resume a dinheiro não é? O dinheiro compra material, condições, tempo. Aquilo que nos falta é porque não temos dinheiro"

Do IPDJ atribuiu a Iuri Leitão e a Rui Oliveira uma bolsa de 1750 euros mensais, mas continuam à espera que a Federação tome a iniciativa de criar o seu próprio contrato programa para o ciclismo de pista. "Essa ideia, se não me engano, partiu do nosso selecionador. Será muito mais organizado trabalhar dessa forma, tendo tudo bem definido. Com um contrato programa saberíamos exactamente com o que contar e se seria melhor para nós em termos financeiros, dando-nos alguma estabilidade."

Olhando para a pista e para o interesse que as medalhas suscitaram, há um maior interesse pela modalidade que se traduz em números." Tal como a ida aos Jogos Olímpicos, tem sido um processo. Já nos últimos anos, com os resultados que fomos tendo, tem-se notado uma maior adesão, especialmente dos jovens, que aparecem na pista mais vezes. Mas alguns ciclistas profissionais, que já fizeram pista, têm vontade de regressar" reflecte.

"Acho que a tendência será para aumentar e espero no futuro ter uma pista sempre cheia. É disso que estamos a precisar", diz o ciclista da Caja Rural - Seguros RGA. É certo afirmar que Portugal fica orgulhoso das conquistas dos seus atletas, mas o que as Federações e entidades competentes lhes dão em troca é uma mão cheia de nada. Tiago Ferreira, em setembro, expôs a vergonha a que o ciclismo de montanha estava submetido por parte da Federação. Irá o ciclismo de pista seguir-lhe os passos? Tem a palavra Cândido Barbosa. Que faça mais e melhor que apenas promessas, porque os atletas não vivem de promessas, nem são as promessas que lhes dão estabilidade a todos os níveis e põem comida na mesa ao final do mês.

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“Morre aos 60 anos o antigo ciclista Pascal Hervé, envolvido no escândalo Festina”


Terminou a carreira após controlo antidoping positivo no Giro de 2001

 

Por: Lusa

Foto: L'Equipe

O antigo ciclista francês Pascal Hervé, que liderou a Volta a Itália de 1996 antes do envolvimento no caso de doping da Festina, morreu na madrugada desta terça-feira, aos 60 anos, anunciou a União Nacional dos Ciclistas Profissionais (UNCP).

As circunstâncias da morte não foram divulgadas, mas Hervé revelou, em setembro último, que foi submetido a um "tumor canceroso do estômago", em meados deste ano, com uma remoção completa do estômago.

"O Pascal foi uma figura emblemática e uma voz incontornável do nosso desporto, cuja sua grande família está de luto", escreveu a UNCP, na sua página na rede social X.

Pascal Hervé pôs termo à carreira profissional aos 37 anos, após um controlo antidoping positivo na Volta a Itália de 2001, três anos depois de ter estado suspenso durante dois anos pelo envolvimento no escândalo de doping durante a Volta a França que envolveu a equipa Festina, na qual era fiel escudeiro de Richard Virenque.

No início do ano de 2001, as entidades disciplinares do ciclismo francês reduziram os oito meses de suspensão para dois, depois de o corredor, que confessou ter-se dopado durante o julgamento, se ter autossuspendido da atividade, em solidariedade com os então companheiros da Festina, suspensos entre 01 de novembro de 1988 e 30 de abril de 1999.

Hervé liderou durante uma etapa a edição de 1996 da Volta a Itália, corrida que, cinco anos depois, viria a abandonar, por ordem da equipa Alexia, devido a um controlo positivo por eritropoietina (EPO).

Após ter enveredado pela restauração, radicou-se, entre 2015 e 2017, no Québec, onde o natural de Tours exerceu as funções de treinador e diretor desportivo da equipa Garneau-Québecor, até deixar o mundo do ciclismo.

Fonte: Record on-line

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