European
Cyclist's Federation aprova extensão de vias cicláveis
Texto: José Morais
Fotos: António Baganha
Um dos grandes
objetivos da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta
(FPCUB), cumpriu-se, a extensão de vias cicláveis na “Rota da Costa Atlântica”
em Portugal, a European Cyclist's Federation aprovou a extensão de vias
cicláveis na Rota da Costa Atlântica em Portugal, desde Sagres até Caminha, a
já existente rota Eurovelo 1, denominada de Rota da Costa Atlântica, que em
Portugal, liga Sagres a Vila Real de Santo António, passando assim a rota n.º1
da rede EuroVelo a contar com mais de 9.000 km de extensão, a qual vem desde a
Escandinávia até Portugal.
A Rota da Costa Atlântica
liga algumas das mais bonitas paisagens de orla costeira mundiais onde se pode
esperar encontrar fiordes, praias banhadas de sol e agitadas cidades portuárias
em cicloturismo, turismo usando a bicicleta como meio de transporte,
individualmente, com os amigos ou em família, este enorme desafio que mobiliza
muitos europeus, foi motivo suficiente para a FPCUB, órgão responsável por
coordenar o projeto em Portugal, apresentar assim uma proposta à European
Cyclist's Federation (ECF) para a extensão da rota em mais 920 quilómetros de
vias cicláveis em Portugal.
A avaliação da parte da
European Cyclist's Federation (ECF) foi favorável e positiva, e foi apresentada
formalmente esta quarta-feira em Lisboa na FIL, na edição da BTL-Bolsa de
Turismo de Lisboa, no stand da Região de Turismo do Algarve, em que estiveram
presentes e demonstraram o seu apoio, a Secretária de Estado do Turismo Ana
Mendes Godinho, o Presidente do Turismo de Portugal Luís Araújo, o Presidente
da Região de Turismo do Algarve Desidério Silva, e o Vogal do Turismo de
Portugal Filipe Silva, entre outras personalidades, entidades e parceiros, que
se fizeram representar para celebrar a aprovação da extensão de Sagres a
Caminha, porem também a European Cyclist's Federation não quis ficar de fora neste
acontecimento, e esteve presente em direto de Bruxelas, via Skype.
Temos ainda de referir,
que além do discurso da Secretária de Estado do Turismo Ana Mendes Godinho,
também ela amiga da bicicleta, António Costa, Primeiro-Ministro que esteve na
BTL, incluiu no seu discurso uma grande referência à bicicleta, referindo o
cicloturismo e o turismo ciclável, como uma grande oportunidade para o nosso
país, o que veio enaltecer ainda mais este projeto.
Para Filipe Beja atual membro
do conselho para a mobilidade sustentável da FPCUB, descreveu que “A
rota será dividida em 18 secções, permitindo assim que qualquer utilizador de
bicicleta, desde o mais inexperiente, ao mais preparado, possa planear a sua
deslocação calmamente, usufruindo do enquadramento cultural que a rota oferece,
pretendendo assim, que qualquer cicloturista possa disfrutar da paisagem, da
gastronomia típica, fauna, flora, do património cultural, e do bem-estar que as
pedaladas podem proporcionar”.
Sendo a rede EuroVelo,
uma rede de rotas europeias destinadas à prática do cicloturismo, com
diferentes tipos de percursos, locais, regionais, nacionais ou
transfronteiriços, fazendo a ligação entre 43 países da Europa, em Portugal, o
futuro sucesso do projeto é uma convicção.
Porem, também José Manuel
Caetano, presidente da FPCUB, afirma que tem sido desenvolvido um planeamento
de trabalhos, os quais tem desafiado várias entidades públicas, nas suas
diferentes competências e escalas de território a trabalhar conjuntamente,
neste desígnio nacional de utilidade pública.
A inclusão da Costa
Atlântica Portuguesa na Rota da Costa Atlântica Europeia permite assim elevar a
presença de Portugal no mapa do cicloturismo Europeu e mundial, o que
contribuirá em força para o aumento de visitantes e da dinâmica das economias
locais e regionais ao longo da rota, ao mesmo tempo a criação de emprego e
oportunidades de negócio e simultaneamente a promoção do turismo e mobilidade
sustentável, estes os objetivos da FPCUB com este contributo.
José Manuel Caetano
afirma ainda de que, o cicloturismo atinge já um contributo significativo na
economia europeia, e a título de exemplo na economia Suíça e Francesa, com o
impacte estimado atinge os 8.500 M€/ano, na Europa que representa o principal
destino mundial de cicloturismo, o contributo económico ascende a 44.000
M€/ano, comparável ao valor gerado pelo mercado da indústria europeia de
cruzeiros.
E o presidente da FPCUB
termina dizendo; “ A FPCUB e todos os que contribuíram para que esta extensão fosse uma
realidade e nunca desistiram estão de parabéns por esta vitória, mas será todo
o país a ganhar com isso, quer a nível nacional, quer local”.
Com a decisão de
aprovação da extensão da Rota da Costa Atlântica, como parte integrante da rede
EuroVelo, foi tomada pelo Conselho EuroVelo da ECF a 11 de fevereiro de 2016,
sendo a proposta submetida pela FPCUB em cooperação com diversos parceiros em
Portugal, em particular, com o Governo de Portugal que apoiou o projeto através
da Secretaria de Estado do Turismo, o Turismo de Portugal, a Infraestruturas de
Portugal, as Entidades Regionais de Turismo e as Comunidades
Intermunicipais.
E aqui ficam os dados
principais do EuroVelo; Rota da Costa Atlântica atravessa 6 países: Noruega, Reino
Unido, Irlanda, França, Espanha e Portugal - Extensão de mais de 9.000 km -
Extensão em Portugal de cerca de 1.150 km passando começando em Caminha ao
longo da Costa, passando pelo Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa, Sines, Sagres,
Faro até Vila Real de Santo António prosseguindo para Espanha.
O site relativo à
EuroVelo1 em Portugal ficará disponível de forma gratuita até ao final do 1º
semestre de 2016, com toda a informação necessária para percorrer toda a costa
atlântica.