terça-feira, 19 de agosto de 2025

"Foi uma Volta disputada de uma forma muito equilibrada" Presidente da FPC satisfeito com a sua primeira Volta a Portugal”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Terminou a Volta a Portugal 2025 e apesar da chuva de críticas e de aspectos menos positivos que se puderam durante os 11 dias que a corrida esteve na estrada, o Presidente da federação portuguesa de ciclismo, Cândido Barbosa, era uma homem satisfeito no final da competição.

"Mais uma Volta a Portugal, disputada de uma forma muito equilibrada, de uma forma que com os 110 ciclistas à partida e onde os noventa e picos que terminaram em Lisboa. Acho que o fair-play foi bastante positivo e que a Volta apesar de ter sido um bocadinho mais exigente do ponto de vista de montanha, acabou por criar aqui algum espetáculo que eu próprio fiquei surpreendido. Ainda na etapa de ontem (Montejunto ed.), um excelente espetáculo." refere no facebook oficial da prova.

"Uma nota muito positiva e tenho que fazer este agradecimento a todos os portugueses, porque aderiram de uma vez à Volta a Portugal, visitando as nossas estradas, visitando os nossos corredores, porque efetivamente os últimos anos não se tinha visto tanto publico e esta Volta acho que foi algo que renasceu um bocadinho o ciclismo profissional, com este publico, com este calor humano, que realmente aplaudiu os nossos grandes homens que andam aqui numa luta diária, debaixo de temperaturas sempre superiores a 35 graus. Por isso um obrigado a todos os Portugueses, por nos ter apoiado e por nos ter visitado", concluiu o ex-ciclista profissional.

O que Cândido disse sobre a organização da prova, fica no segredo dos deuses, pois o vídeo terminou sem que pudéssemos ouvir as palavras que proferiu, mas se tiverem sido alinhadas com a satisfação de quem faz a sua primeira Volta a Portugal como Presidente, com certeza que as palavras terão sido elogiosas. Se assim foram, algo irá muito, muito mal no ciclismo português.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/foi-uma-volta-disputada-de-uma-forma-muito-equilibrada-presidente-da-fpc-satisfeito-com-a-sua-primeira-volta-a-portugal

“Ruben Guerreiro é o líder da Movistar na Volta à Alemanha”


Nelson Oliveira é o outro luso presente na corrida com funções de escudeiro na equipa espanhola

 

Por: Alexandre Reis

Ruben Guerreiro e Nelson Oliveira iniciam esta quarta-feira a Volta à Alemanha, com funções diferentes na Movistar.

O primeiro será o chefe de fila da equipa espanhola, enquanto o segundo terá como diretriz fazer o trabalho para o coletivo, numa corrida dividida em cinco etapas, até domingo.

Para além de Oliveira, Guerreiro terá como escudeiros os espanhóis Iván Romeo e Jon Barrenetxea, o colombiano Kevin David e o norte-americano Will Barta, tudo ciclistas descartados para a Vuelta, que se inicia sábado em Turim.

A Movistar parte com ambições, mas a concorrência é forte, tendo em conta que estarão presentes grandes nomes do pelotão internacional, como o alemão Florian Lipowitz (Red Bull), o norte-americano Brandon Mcnulty e o polaco Rafal Majka (Emirates), o britânico Geraint Thomas (Ineos) e o belga Wout van Aert (Visma), entre outros.

É de notar a ausência do dinamarquês Mads Pedersen (Lidl), vencedor em 2024, mas que não defenderá o título, por estar convocado para a Vuelta.

Trata-se de uma corrida com um traçado favorável a sprinters ou roladores, sem grandes dificuldades de alta montanha, nem chegadas em alto.

 

Eis o calendário:

 

Quarta-feira - Prólogo: Essen-Essen (3,1 km)

Quinta-feira - 1.ª Etapa: Essen-Herford (202,6 km)

Sexta-feira - 2.ª Etapa: Herford-Arnsberg (190,3 km)

Sábado - 3.ª etapa: Arnsberg-Kassel (175,7 km)

Domingo - 4.ª Etapa: Halle (Saale)-Magdeburgo (163,7 km)

Fonte: Record on-line

“Richard Carapaz adia regresso e falha 80.ª edição da Vuelta”


Ciclista equatoriano continua a recuperar de uma infeção gastrointestinal

 

Por: Lusa

Foto: AP

O ciclista equatoriano Richard Carapaz, terceiro na Volta a Itália, vai falhar a Volta a Espanha, por ainda não estar totalmente recuperado da doença que já o tinha afastado do Tour, anunciou esta terça-feira a equipa EF Education-EasyPost.

A quatro dias do arranque da 80.ª edição da Vuelta, a equipa norte-americana revelou que Carapaz tem tido uma recuperação com altos e baixos da infeção gastrointestinal que sofreu em junho, apontando o regresso à competição para as clássicas do outono e para o Mundial.

"Depois da doença que sofri, tive de parar várias vezes, porque não conseguia treinar por mais de dois ou três dias seguidos. Agora no Equador estou a tentar regressar ao normal com o treino e a avançar para o que tinha planeado. Estou quase totalmente recuperado", referiu Carapaz

Com uma recuperação complicada, o equatoriano aponta agora às clássicas italianas, em especial na Volta à Lombardia, derradeiro 'monumento' da temporada, e aos Mundiais do Ruanda.

"É um Mundial muito especial para mim, onde tenho uma grande oportunidade e quero preparar-me da melhor maneira possível. Foi por isso que vim para o Equador: para fazer algum treino em altitude, reconquistar motivação e focar-me a 100%", referiu.

Além do terceiro lugar no Giro de 2025, Carapaz, campeão olímpico em Tóquio'2020, venceu a Volta a Itália em 2019 e conseguiu um segundo lugar na Vuelta em 2020, na sua melhor prestação na prova espanhola.

Fonte: Record on-line

“Agenda de Ciclismo”


Voltas jovens e circuitos marcam semana na estrada

 

Concluída a 86.ª Volta a Portugal em Bicicleta, é tempo de os mais novos assumirem as estradas nacionais com as Voltas a Portugal jovens. As primeiras serão a 17.ª Volta a Portugal de Cadetes e a 4.ª Volta a Portugal Feminina Sub-19, que irão decorrer em simultâneo, entre esta sexta-feira e domingo, na região do Ribatejo. Ao longo dos três dias de competição, os cadetes masculinos irão competir durante a manhã e as sub-19 femininas durante a tarde.

A 17.ª Volta a Portugal de Cadetes vai contar com 164 inscritos, numa lista de participantes que inclui oito equipas estrangeiras sete espanholas e uma belga. Tudo começa em Santarém (10h), com uma etapa de 77,9 quilómetros rumo a Almeirim (12h13), seguindo-se uma tirada de 78,7 quilómetros entre Benavente (10h) e Salvaterra de Magos (12h14) – ambas marcadas por uma contagem de montanha de terceira categoria.


As decisões estão guardadas para a etapa rainha, no domingo, com partida no Cartaxo (10h) e meta no Alto de Montejunto (12h07), no Cadaval, uma contagem de montanha de primeira categoria ao fim de 77,3 quilómetros percorridos e 1525 metros de acumulado positivo.

As partidas – sempre às 15h30 - e chegadas – previstas para as 17h -, repetem-se na 4.ª Volta a Portugal Feminina Sub-19, mas os quilómetros e os metros de acumulado reduzem: 55 quilómetros na primeira etapa, 60,9 na segunda e 49,4 na terceira. É esperado um pelotão de cerca de 135 corredoras, incluindo a participação de 11 equipas estrangeiras – 10 espanholas e uma grega.

Entre as inscritas está Antonie Cermanová, checa de 17 anos que venceu a edição de 2024. O mesmo não acontece na lista masculina, uma vez que Leonardo Garcia, vencedor da última edição é agora júnior, categoria na qual representa a equipa neerlandesa WWV Hagens Berman-Jayco.

Numa semana em que as Voltas jovens merecem destaque na agenda, o pelotão nacional também vai estar em competição nos habituais circuitos de verão. O Circuito de São Bernardo, em Alcobaça, será o primeiro, já esta quarta-feira (16h), seguindo-se o Circuito de Nafarros, no sábado (14h), e o Circuito da Malveira, no domingo (14h). Este último, em Mafra, terá ainda as clássicas provas de pista (perseguição e eliminação), a partir das 16h.

Nota também para a Taça de Verdão de Ciclismo Virtual, agendada para sexta-feira, às 18h45. Este ano, a prova assume um papel estratégico, uma vez que vai permitir identificar os participantes com maior potencial para representar Portugal nos UCI Cycling Esports World Championships, cujas semifinais estão marcadas para 3 de outubro de 2025. A informação completa e as inscrições estão disponíveis em https://www.cyclingdistrict.com/taca-de- verao-de-ciclismo-virtual.

 

Mais eventos oficiais

 

19 de agosto: 71.º Circuito da Moita, Moita

23 de agosto: Campeonato da Madeira de DHU - A Confeitaria, Funchal 23 de agosto: festa São Pedro, Antes

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“9.ª ETAPA DA VOLTA A PORTUGAL PASSOU PELO CONCELHO DE TORRES VEDRAS”


A nona e penúltima etapa da Volta a Portugal em bicicleta realizou-se no passado dia 16 de agosto, com passagem pelo concelho de Torres Vedras.

Esta etapa da “Portuguesa” que entrou no concelho de Torres Vedras pela Estrada Nacional 247, na localidade da Maceira, teve a sua passagem pelo monumento de Joaquim Agostinho, junto à rotunda que liga a Rua Villenave D'Ornon à Rua António Leal d'Ascensão, em Torres Vedras, em forma de homenagem a um dos grandes ícones da prova, Joaquim Agostinho, que venceu a prova rainha do ciclismo português três vezes (1970, 1971, 1972). Desse local, seguiu para a Avenida General Humberto Delgado, ainda na Cidade, onde estava situada a meta volante.

Num percurso total de cerca de 174 km, que fez a ligação entre Alcobaça e a Serra de Montejunto, esta etapa da Volta a Portugal percorreu as estradas da região Oeste e do concelho de Torres Vedras, com uma grande afluência de público a assistir. 15 equipas, nove portuguesas e seis estrangeiras alinharam na partida da Volta a Portugal, tendo sido percorridos 1581 km.

Nicolás Tivani da equipa algarvia Aviludo Louletano – Loulé foi o vencedor desta penúltima etapa, garantindo não só a segunda etapa que venceu nesta edição da Volta a Portugal, como também a camisola laranja da classificação por pontos, pelo segundo ano consecutivo. O vencedor da classificação geral e camisola amarela foi o ciclista russo Artem Nych da Anicolor/Tien 21 alcançando o seu segundo triunfo consecutivo numa Volta a Portugal.

A subida ao alto da Serra de Montejunto - uma subida que figura habitualmente o Grande Prémio Internacional Torres Vedras - Troféu Joaquim Agostinho, organizado pela União Desportiva do Oeste (UDO) e pela Câmara Municipal de Torres Vedras - protagonizou o final decisivo da 9ª etapa da 86ª edição da Volta a Portugal, feito que não sucedia há 42 anos.

Fonte: Câmara Municipal Torres Vedras

“Tal como aconteceu em Portugal, a Vuelta poderá sofrer alterações devido aos incêndios”


A Vuelta começa no próximo sábado e a organização já se prepara para fazer alterações ao percurso devido aos incêndios florestais

 

Foto: EPA/Manuel Bruque

A Vuelta está a poucos dias de começar e a preocupação em relação aos incêndios florestais aumenta. É no próximo sábado que a prova começa e algumas zonas continuam a ser fustigadas por incêndios. Por essa razão, a organização da Volta a Espanha já se preparou para eventuais ajustes em algumas etapas.

Tal como refere o jornal 'Marca', a etapa 17, entre Barco de Valdeorras e o Alto del Morredero, é uma das que poderá sofrer alguns ajustes. As áreas foram atingidas por incêndios neste verão e ainda foram totalmente extintos.

A alteração a um percurso de uma prova de ciclismo não seria inédito, tendo em conta que a Volta a Portugal também foi afetada pelos incêndios florestais. Na subida à Senhora da Graça, a prova foi neutralizada devido a um incêndio que estava perto de uma das estradas por onde estava previsto passar o percurso. Ao fim de 20 quilómetros, a corrida foi retomada.

Uma das imagens da Volta a Portugal tornou-se viral com um autotanque a ultrapassar o pelotão.

Fonte: Sapo on-line

“"Andamos quase a enganar-nos uns aos outros" José Azevedo traça cenário negro do ciclismo português e revela que vai centrar-se no calendário internacional em 2026”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

José Azevedo lançou esta segunda-feira, em declarações à Agência Lusa, fortes críticas ao atual estado do ciclismo português, denunciando um "retrocesso" no combate ao doping e elogiando o trabalho anteriormente desenvolvido pela direção da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), liderada por Delmino Pereira.

O diretor desportivo da Efapel Cycling, que anunciou que a equipa vai privilegiar o calendário internacional em detrimento das competições nacionais já em 2026, sublinhou a importância de "aplicar os regulamentos" para garantir credibilidade à modalidade.

"É preciso haver consciência, ética, fair-play e respeito pelos adversários e por quem investe. E isso foi feito com a direção anterior [da FPC]. Era um caminho de sucesso que estava a ser construído. Muitas vezes falei com o Delmino, que conheço há muitos anos, e ele sabe que sempre fui um dos grandes defensores da implantação do passaporte biológico e da verdade desportiva", afirmou Azevedo.

O antigo ciclista recordou que, mesmo em prejuízo próprio, sempre defendeu a aplicação de regras na sua equipa. "Infelizmente, tive situações de atletas que não estavam neste projeto, mas que tiveram implicações e tiveram de abandonar o ciclismo. São pessoas por quem tenho estima, porque enquanto estiveram na Efapel tiveram um comportamento exemplar. Tenho o máximo respeito por eles. O que está para trás não vou julgar. Mas tomei medidas, porque nesta equipa há regras de que não abdico. Talvez sejamos os únicos a trabalhar dessa forma", destacou.

As palavras de Azevedo remetem para os casos de Rafael Silva e João Benta, antigos corredores da Efapel suspensos devido a anomalias no passaporte biológico.

Para o diretor desportivo, "tudo funcionava" durante a presidência de Delmino Pereira, substituído em novembro por Candido Barbosa após cumprir o limite de mandatos. "Este ano, porém, está a haver um retrocesso. A verdade é essa. Não sei porquê, mas houve um retrocesso. Isso não pode acontecer, porque é penalizador. Claro que nos leva a ponderar se vale a pena continuar a investir no ciclismo português", alertou.

Azevedo deixou ainda críticas ao abandono da formação e à falta de apoios. "Havia apoios da federação para a formação, mas foram cortados este ano. Isso cria dificuldades a todos, porque os investimentos na formação são mais reduzidos", denunciou.

O responsável da Efapel considera essencial juntar todos os intervenientes da modalidade para discutir o futuro, mas frisou que isso só faz sentido se for possível deixar de lado interesses pessoais. "Era muito importante conseguir reunir todos os atores e falar sobre ciclismo. Mas só faz sentido se as pessoas convidadas tiverem a capacidade de esquecer que estão à frente de uma equipa", defendeu.

Para Azevedo, o ciclismo nacional precisa de ser repensado de forma estrutural. "É possivelmente a segunda modalidade mais popular em Portugal. Não tenho dúvidas de que as empresas o veem como um excelente veículo publicitário. Mas precisa de ser repensado. Se tiver que ir mais abaixo para construir de novo, não há problema nenhum", sustentou.

Na sua perspetiva, o panorama atual está longe do ideal: "O ciclismo anda a puxar a manta, mas deixa sempre algum bocado destapado. Andamos quase a enganar-nos uns aos outros. Se tiver de começar da base, que comece. Talvez daqui a cinco ou dez anos tenhamos um desporto sólido, em que as pessoas acreditam, com investimento, salários dignos e retorno mediático para as marcas. Nesta altura, a verdade é que não conseguimos fazer isso, porque não temos comunicação social", lamentou.

Face a este cenário, a Efapel prepara-se para dar prioridade ao calendário internacional. "O projeto Efapel foi repensado no futuro e, no próximo ano, nós vamos procurar calendário internacional, vamos tentar competir o máximo possível no calendário internacional, e possivelmente em Portugal não iremos competir", anunciou Azevedo, revelando que a decisão surgiu quatro anos após a fundação da equipa.

"Não é uma decisão fácil, não é a decisão que nós, possivelmente, mais desejávamos, mas eu acho que, no contexto atual do ciclismo português, uma equipa como a nossa, que se baseia em princípios e comportamentos de ética, de rigor a nível disciplinar, não há vontade de continuar a fazer parte do ciclismo português", reconheceu.

O desencanto é tal que o próprio diretor desportivo admite sentir dificuldade em motivar os jovens da formação. "Então o que é que eu tenho de fazer para fazer algum sentido este investimento? É procurar um calendário internacional, que é o ciclismo em que eu acredito, que é o ciclismo em que eu me revejo, e isso dá aos miúdos o alento de sentirem que nesse ciclismo têm futuro. Infelizmente, em Portugal não há futuro ou o futuro não se vê muito risonho", desabafou.

Sem querer concretizar nomes, Azevedo recordou que "no final do ano, todos os anos, há problemas", numa alusão aos casos de doping conhecidos recentemente ou comentados nos bastidores. "Não se pode permitir que, por exemplo, no ano passado, haja corredores a ganhar provas, quando todos nós sabemos [que vão ser suspensos]. Se calhar não existe motivo para suspender os contratos, mas as equipas podiam deixá-los em casa. Para a verdade desportiva prevalecer, um corredor não deveria estar a competir quando está um processo aberto. E isso compete às equipas e à federação tomar medidas, porque se não vamos descredibilizar o ciclismo", defendeu.

O quinto classificado da Volta a França 2004 e da Volta a Itália 2001 reforçou a importância do passaporte biológico. "Há dois anos criou-se esta ferramenta que foi muito importante. E isso aí foi algo de muito positivo. Deveria ser usado como um instrumento de credibilidade. Mas para isso tem de haver rigor. Rigor, 100%. Não pode haver 99%", frisou.

Desiludido, Azevedo garante que o futuro da Efapel passa longe do calendário nacional: "Não vale a pena. No próximo ano, o nosso caminho é esse. Vamos procurar um ciclismo em que a gente acredite. Se depois este projeto vai durar um ano, dois anos, isso o futuro dirá." Ainda assim, não fecha portas a um regresso: "Temos que mudar a direção, porque este contexto de ciclismo português para nós está esgotado. E um dia que isto mude, possivelmente voltamos a apostar no calendário português. Enquanto se mantiver estes moldes, não vamos estar".

Com a nova aposta internacional, a equipa pode mesmo ficar ausente da Volta a Portugal. "Poderemos fazer provas em Portugal, não vou dizer que não, mas não é a nossa prioridade", concluiu.

Créditos da foto: Jornal Record

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/andamos-quase-a-enganar-nos-uns-aos-outros-jose-azevedo-traca-cenario-negro-do-ciclismo-portugues-e-revela-que-vai-centrar-se-no-calendario-internacional-em-2026

“Efapel não se revê no ciclismo nacional e vai dar prioridade ao calendário internacional em 2026”


Segundo anunciou o diretor desportivo, José Azevedo

 

Por: Lusa

Foto: Efapel/Instagram

A Efapel não se revê no "esgotado" e descredibilizado ciclismo português e, na próxima temporada, irá dará primazia ao calendário internacional, abdicando das provas nacionais, revelou José Azevedo à Lusa.

"O projeto Efapel foi repensado no futuro e, no próximo ano, nós vamos procurar calendário internacional, vamos tentar competir o máximo possível no calendário internacional, e possivelmente em Portugal não iremos competir", anunciou o diretor desportivo.

Quatro anos depois da sua fundação, José Azevedo e o patrocinador sentiram que era altura de dar um rumo diferente à equipa laranja.

"Não é uma decisão fácil, não é a decisão que nós, possivelmente, mais desejávamos, mas eu acho que, no contexto atual do ciclismo português, uma equipa como a nossa, que se baseia em princípios e comportamentos de ética, de rigor a nível disciplinar, não há vontade de continuar a fazer parte do ciclismo português", reconheceu.

O desencanto de Azevedo é tal que assume ter dificuldade em convencer os jovens da formação a acreditar no ciclismo português quando ele próprio não acredita.

"Então o que é que eu tenho de fazer para fazer algum sentido este investimento? É procurar um calendário internacional, que é o ciclismo em que eu acredito, que é o ciclismo em que eu me revejo, e isso dá aos miúdos o alento de sentirem que nesse ciclismo têm futuro. Infelizmente, em Portugal não há futuro ou o futuro não se vê muito risonho", lamentou.

Sem querer concretizar, o diretor desportivo da Efapel lembrou que "no final do ano, todos os anos, há problemas", numa alusão aos casos de doping que foram conhecidos na temporada passada ou àqueles que se comentam atualmente nos bastidores do pelotão.

"Não se pode permitir que, por exemplo, no ano passado, haja corredores a ganhar provas, quando todos nós sabemos [que vão ser suspensos]. Se calhar não existe motivo para suspender os contratos, mas as equipas podiam deixá-los em casa. Para a verdade desportiva prevalecer, um corredor não deveria estar a competir quando está um processo aberto. E isso compete às equipas e à federação tomar medidas, porque se não vamos descredibilizar o ciclismo", defendeu.

Para Azevedo, "quem comanda o ciclismo em Portugal, quem tem a obrigação de defender os interesses do ciclismo, não está a fazê-lo".

"Há dois anos criou-se esta ferramenta [passaporte biológico] que foi muito importante. E isso aí foi algo de muito positivo. Deveria ser usado como um instrumento de credibilidade. Mas para isso tem de haver rigor. Rigor, 100%. Não pode haver 99%", reforçou.

Desiludido com o que se passa por cá, o quinto classificado do Tour2004 e do Giro2001 garante que não é neste desporto que a Efapel quer estar.

"Não vale a pena. No próximo ano, o nosso caminho é esse. Vamos procurar um ciclismo em que a gente acredite. Se depois este projeto vai durar um ano, dois anos, isso o futuro dirá", pontuou.

Ainda assim, Azevedo diz que a sua equipa estará presente para ajudar o ciclismo português quando este "se pautar por regras claras".

"Temos que mudar a direção, porque este contexto de ciclismo português para nós está esgotado. E um dia que isto mude, possivelmente voltamos a apostar no calendário português. Enquanto se mantiver estes moldes, não vamos estar", reiterou.

Com a aposta a ser competir no estrangeiro em 2026, a Efapel pode mesmo ficar fora da próxima edição da Volta a Portugal. "Poderemos fazer provas em Portugal, não vou dizer que não, mas não é a nossa prioridade", concluiu.

Fonte: Record on-line

“A Lenda Dos Tartessos 2026 será disputada de 29 de janeiro a 1 de fevereiro”


Por ocasião da quinta edição, haverá novidades importantes em relação às edições anteriores, os percursos espetaculares e os principais nomes do panorama mundial do MTB serão mantidos.

 

Por: Alejandro Moreno

A quinta edição da Lenda dos Tartessos já tem data marcada. Será entre 29 de janeiro e 1 de fevereiro de 2026, com a habitual entrega dos dorsais na quarta-feira, 28 de janeiro.


A ronda de Huelva, que mantém a categoria S2 BTT Maratona no calendário da União Ciclística Internacional (UCI), voltará a garantir um espetáculo único para os amantes do MTB, tanto a nível nacional como internacional.

Isso e as paisagens espetaculares e únicas que a província de Huelva oferece parecem ser a única coisa que se manterá em relação às edições anteriores. Como explicou Jesús Blanco, coordenador da A Lenda dos Tartessos, «para celebrar a quinta edição, estamos a preparar um grande número de novidades para os ciclistas, equipas, acompanhantes e fãs que, estamos convencidos, vão gostar e tornar a corrida ainda mais épica».


Novidades que, segundo a organização, serão reveladas aos poucos, «já que abrangem desde os percursos, as categorias e modalidades até a própria sede da corrida», apontou Blanco.

No ano passado, cerca de 450 ciclistas provenientes de uma vintena de países reuniram-se em Huelva, tornando-se novamente a prova com mais ciclistas de elite do calendário nacional e contando com as principais equipas e ciclistas do panorama atual. Em breve, será anunciada a data de abertura das inscrições, «que também trará mudanças em relação a outras edições, sempre pensando nos participantes e no espetáculo», concluiu o coordenador da A Lenda dos Tartessos.


Em relação aos vencedores da última edição, o medalhista olímpico David Valero (BH Coloma Team) conquistou a classificação masculina, conquistando a sua segunda lenda, depois da obtida na primeira edição.

Na categoria feminina, a campeã colombiana Mónica Calderón (Cannondale ISB) revalidou o seu título numa luta acirrada com as suíças Irina Luetzelschwab, Alessia Nay e Janina Wust e a espanhola Natalia Fischer, da Extremadura Ecopilas.

Pouco a pouco, os detalhes serão divulgados, mas, como sempre, todas as notícias podem ser encontradas no site www.laleyendadetartessos.com

Fonte: Organização La Leyenda de Tartessos

“Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua Volta a Portugal, balanço positivo numa edição muito dura”


A equipa Tavfer - Ovos Matinados - Mortágua concluiu a sua participação na 86ª Volta a Portugal após dez dias de intensa competição, esforço coletivo e momentos de grande entrega dentro do pelotão.

Na última etapa, o contrarrelógio individual de 16,7 quilómetros, com partida e chegada na Praça do Império, em Lisboa, foi César Martingil o melhor elemento da formação, alcançando a 43ª posição.

Apesar das reconhecidas dificuldades de uma prova exigente e com características que não favoreciam totalmente o perfil da equipa, os corredores demonstraram espírito combativo e vontade de honrar as suas cores e os patrocinadores.

Entre os destaques individuais, Francisco Morais foi o homem das fugas, animando várias etapas e mostrando agressividade competitiva. Bruno Silva esteve em evidência na etapa rainha, na subida à Torre, onde deu provas da sua resistência. Leangel Linarez sofreu uma queda numa fase decisiva, em Viseu, e acabou por ser forçado a abandonar a corrida. Já João Matias também caiu, mas demonstrou perseverança e concluiu a prova. César Martingil destacou-se também por alcançar um importante top 10 em Santarém, com a preciosa ajuda de Angel Sanchez.

No balanço final, a equipa não conquistou vitórias, mas esteve presente em mais de 70% das etapas em situações de fuga, revelou ambição por várias vezes na frente do pelotão e foi incansável na missão de dar visibilidade aos seus patrocinadores, deixando uma imagem de enorme determinação ao longo de toda a prova.

 

O diretor desportivo, Gustavo Veloso, fez questão de sublinhar o espírito de grupo e o apoio do público:

 

"Dentro das expectativas estamos orgulhosos da nossa Volta. Não conquistámos vitórias, mas estivemos presentes em cerca de 70% das etapas nas fugas, levámos o nome da Tavfer - Ovos Matinados - Mortágua para a frente da corrida e nunca baixámos os braços. Quero agradecer profundamente ao público português, que nos apoiou em cada localidade, nas montanhas, nas partidas e chegadas. O calor humano que sentimos na estrada é o que nos inspira a continuar a lutar e a acreditar no futuro."

A participação na Volta a Portugal 2025 reforça o compromisso da equipa Tavfer - Ovos Matinados - Mortágua com o ciclismo nacional e demonstra a dedicação dos seus corredores, que, mesmo perante contratempos, honraram as cores que representam e deixaram a sua marca na estrada.

 

Etapa 10

Lisboa (CRI, 16,7 km)

Classificação na Etapa

 

1º. Rafael Reis (Anicolor/Tiên 21), 18:55

44º. César Martingil (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), 20:39

48º. João Matias (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), 20:49

49º. Ángel Sanchez (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), m.t.

56º. Bruno Silva (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), 20:58

70º. Francisco Morais (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), 21:23

86º. Gonçalo Carvalho (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), 22:14

 

Geral Individual (após 10ª etapa)

 

1º. Artem Nych (Anicolor/Tiên 21), 38:31:46

29º. Bruno Silva (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua),  a 24:56

38º. Gonçalo Carvalho (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), a 46:32

83º. Ángel Sanchez (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), a 2:13:25

84º. César Martingil (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), a 2:18:44

89º. João Matias (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), a 2:37:33

92º. Francisco Morais (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), a 2:54:19

 

Classificação por Equipas (Geral)

 

1º. Anicolor/Tiên 21, 115:37:18

15º. Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua, 118:16:04 (a 2:38:46)

Fonte:  Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua

Ficha Técnica

  • Titulo: Revista Notícias do Pedal
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  • Subdiretor: Helena Ricardo Morais
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  • Registado: Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº: 125457
  • Proprietário e Editor: José Manuel Cunha Morais
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