“Ben O'Connor aproveita 'siesta' do pelotão para vencer etapa e arrebatar a liderança na Volta a Espanha João Almeida mantem 2º lugar”

Australiano venceu isolado a sexta tirada com mais de seis minutos de avanço para os favoritos

 

Por: Record

Foto: epa

Revolução na classificação geral e alguma surpresa na Volta a Espanha no final da sexta etapa.

Ben O'Connor, da Decathlon AG2R La Mondiale,  é o novo camisola vermelha da prova, depois de esta tarde ter ganho a etapa isolado.

A surpresa não é tanto pela vitória e a chegada do australiano à liderança da prova, mas sim pela vantagem com que cortou a meta. Foram mais de seis minutos para o grupo dos favoritos, onde estavam os então dois primeiros classificados, Primoz Roglic (Red Bull) e de João Almeida (Emirates), entre outros. Isto porque Ben O'Connor é um ciclista com créditos firmados no pelotão, tendo sido quarto no Giro (2024) e Tour (2021), passando agora a entrar nas contas dos que podem terminar a Vuelta no pódio.

Acontece que o pelotão prolongou demasiado a 'siesta', e nenhuma equipa foi capaz ou antes quis pegar na corrida para encurtar a diferença para o australiano, que integrou um grupo com várias unidades que viria a formar a fuga do dia, conseguindo depois isolar-se na cabeça de corrida, para rematar uma etapa de grande nível.

Trata-se da terceira vitória em etapas de Ben O'Connor numa Grande Volta, a primeira na Vuelta, depois de ter triunfo no Tour (2021) e Giro (2020), conseguindo assim entrar para a galeria dos que já têm pelo menos um triunfo nas três corridas.

Na classificação geral, Ben O'Connor, que era 23.º (a 1.56 minutos) lidera à frente de Primoz Roglic e de João Almeida, que estão a 4.51 e a 4.59 minutos, respetivamente, tendo ambos descido uma posição.

Refira-se que Adam Yates, com quem João Almeida repartia o estatuto de líder da Emirates, voltou a ceder tempo, agora devido a queda a cerca de 20 km da meta.

Já Nelson Oliveira (Movistar), que se viu muito na frente do pelotão a tentar reduzir a diferença da fuga, acabou em 79.º, a 14.43 minutos do vencedor da etapa, sendo agora 63.º da geral, a 20.56 minutos.

Esta sexta-feira tem lugar a sétima etapa, entre Archidona e Cordoba, na distância de 180.5 quilómetros, existindo apenas uma contagem de montanha, se segunda categoria, a sensivelmente 25 da meta.

Fonte: Record on-line

“Seleção Nacional/Paulo Fernandes estreia-se no Mundial com nono lugar no Scratch”

Por: Vasco Moreira

A estreia de Paulo Fernandes no Campeonato do Mundo de Pista de Juniores foi positiva, com um nono lugar conquistado na prova de Scratch, na manhã desta quinta-feira, em Luoyang, na China.

O jovem ciclista de 18 anos começou por garantir um lugar na final com um oitavo lugar na segunda manga. Na prova decisiva, Paulo Fernandes ficou na nona posição, a uma volta dos três primeiros. A medalha de ouro foi para o francês Lucas Menanteau, a prata para o austríaco Heimo Fugger e o bronze para o esloveno Nejc Peterlin.

“O Paulo iniciou a prova muito bem e desenvolveu a ação de ataque que acabou por levar na sua roda o corredor da Áustria, que se isolou e deu uma volta. Uma desatenção da nossa parte não permitiu segui-lo e perdemos ali a possibilidade de ganhar uma vantagem importante. Após essa fase, o Paulo teve mais dificuldades em encontrar-se. Importa referir que está a adquirir experiência competitiva num nível em que nunca competiu. Existem fatores a melhorar e é nesse processo que deveremos trabalhar para melhorar competências e desempenho”, analisa Gabriel Mendes, Selecionador Nacional de Pista.

Paulo Fernandes volta a entrar em prova na madrugada desta sexta-feira, na corrida por pontos. A qualificação está agendada para as 3h30 e a final para as 11h35. Para sábado está reservada a prova de omnium, com a qualificação a ter lugar às 4h05 e os eventos da final entre as 5h50 e as 13h50.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Volta a França do Futuro/Lucas Lopes e Daniel Lima sempre a subir na geral”

Por: José Carlos Gomes

Lucas Lopes continua a dar-se bem com os ares de alta montanha da Volta a França do Futuro e hoje foi o 13.º classificado na quarta etapa, com final no alto de Les Karellis. O espanhol Pablo Torres ganhou a tirada e vestiu a camisola amarela. Daniel Lima, 16.º, mantém-se como melhor português na geral.

Os 142 quilómetros, entre La Rosière e Les Karellis, ficaram marcados pela subida, a meio da viagem, do Col de l’Iseran, acima dos 2700 metros de altitude. A dificuldade cedo foi selecionando os mais fortes e deixou na dianteira um grupo de doze fugitivos.

Os mais resistentes dos escapados ainda entraram adiantados na subida para Les Karellis (12,3 km a 7,8 por cento de inclinação). Mas os homens mais fortes do pelotão conseguiram ditar leis. Pablo Torres atacou para vencer em solitário e para assumir o comando da geral. O espanhol cruzou a meta 36 segundos antes do neerlandês Darren van Bekkum e 45 segundos a frente do belga Jarno Widar, segundo e terceiro.

Os portugueses entraram no pelotão principal na última subida. António Morgado e Gonçalo Tavares foram importantes no trabalho de colocação de Lucas Lopes e Daniel Lima e os mais bem colocados na geral corresponderam.

Lucas Lopes voltou a ser o primeiro dos corredores da Seleção Nacional, no 13.º lugar, a 2m09s do vencedor, e Daniel Lima foi 23.º, a 3m14s. Alexandre Montez apenas descolou no início da subida final e chegou na 28.ª posição, a 5m08s. Gonçalo Tavares, 71.º, e António Morgado, 72.º, gastaram mais 14m26s do que o vencedor. João Martins abandonou.

Pablo Torres está agora no topo da geral. O belga Jarno Widar é segundo, a 31 segundos, e o anterior camisola amarela, o britânico Joseph Blackmore, fecha o pódio, a 1m03s. Os portugueses estão a subir na geral. Daniel Lima é 16.º, a 5m44s, e Lucas Lopes é 18.º, a 6m34s. Seguem-se Alexandre Montez, 34.º, a 16m43s, Gonçalo Tavares, 59.º, a 31m01s, e António Morgado, 83.º, a 47m21s.

A consistência da Seleção Nacional tem correspondência na geral coletiva. Entre as 25 equipas que iniciaram a corrida, Portugal ocupa a quinta posição.

A quinta etapa está guardada para sexta-feira. Terá 119,3 quilómetros, ligando Les Karellis a Condove, em Itália. A primeira metade da corrida contará com três prémios de montanha, um dos quais de primeira categoria. A segunda metade será em descida e plana.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo