domingo, 9 de novembro de 2025

“Resultados do Campeonato da Europa de Ciclocrosse 2025: Toon Aerts vence duelo emocionante contra Thibau Nys”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Num dos desfechos mais emocionantes da época de ciclocrosse, Toon Aerts sagrou-se campeão europeu em Middelkerke, superando Thibau Nys num sprint tenso e milimétrico após uma corrida disputada até ao último metro. Aos 30 anos, o belga voltou ao topo do desporto com a serenidade e a potência que marcaram o seu regresso à elite.

O cenário foi digno de um título continental: vento do mar do Norte, dunas pesadas, areia traiçoeira e um circuito que transformou cada curva num teste de técnica e resistência. Desde o início, a corrida foi um campo de batalha tático, com Michael Vanthourenhout e Pim Ronhaar a marcarem o ritmo e a obrigarem o pelotão a reagir.

 

Uma guerra na areia

 

Enquanto Nys recuperava de um arranque mais lento, subindo progressivamente até à dianteira, Joran Wyseure destacava-se nas secções de corrida, aproveitando cada grão de areia como vantagem. Toon Aerts, fiel ao seu estilo metódico, manteve-se sempre próximo, medindo esforços e evitando erros.

A meio da prova, o equilíbrio quebrou-se. Um quarteto formado por Nys, Vanthourenhout, Ronhaar e Wyseure abriu uma pequena vantagem, mas Aerts e Cameron Mason conseguiram unir forças e fazer a ponte, levando a seis a luta pelo ouro. A areia tornou-se então o juiz supremo: um deslize custava segundos, um traçado limpo valia uma corrida.

 

Ataques, quedas e o sprint decisivo

 

A duas voltas do fim, Ronhaar reacendeu o fogo da corrida com sucessivos ataques na praia e nas colinas curtas do circuito. O holandês parecia pronto para quebrar os belgas, mas Aerts e Nys responderam com frieza, sustentando o ritmo e aguardando o momento certo. Atrás, Mason e Verstrynge ameaçaram por breves instantes, mas ficaram pelo caminho.

Na volta final, a corrida atingiu o ponto de ebulição. Ronhaar entrou na secção técnica na frente, mas um erro numa curva apertada abriu a porta aos belgas. Nys aproveitou de imediato e lançou um ataque ousado, tentando decidir antes do sprint. Contudo, Aerts, com uma compostura notável, manteve-se na sua roda, estudando o momento certo.

A reta da meta foi uma explosão de adrenalina. Nys lançou o sprint, Aerts saiu da roda no instante perfeito e, com meia roda de vantagem, cruzou a meta de punhos cerrados, celebrando um triunfo que simboliza a redenção de um campeão.

Atrás, Ronhaar garantiu o bronze, coroando uma tarde de agressividade e coragem.

 

O regresso de um campeão

 

Para Toon Aerts, este título europeu tem o peso de uma reviravolta pessoal e profissional. Depois de um longo período afastado do ciclocrosse de topo, o belga regressou em 2025 determinado a reconquistar o respeito do pelotão — e agora faz história com a sua primeira camisola azul.

Com este ouro, Aerts junta o título europeu a um palmarés que já incluía campeonatos nacionais e medalhas do Mundial, mas nunca, até hoje, um triunfo continental. O público belga, que vibrou ao longo das barreiras de Middelkerke, viu mais do que uma vitória: assistiu ao renascimento de um ciclista e de uma lenda do ciclocrosse moderno.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclocrosse/resultados-do-campeonato-da-europa-de-ciclocrosse-2025-toon-aerts-vence-duelo-emocionante-contra-thibau-nys

"A minha segunda carreira começa hoje" - Toon Aerts bate Thibau Nys e conquista o Campeonato da Europa em Middelkerke”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Num dos desfechos mais emocionantes da época de ciclocrosse, Toon Aerts sagrou-se campeão europeu em Middelkerke, superando Thibau Nys num sprint tenso e milimétrico após uma corrida disputada até ao último metro. Aos 30 anos, o belga voltou ao topo do desporto com a serenidade e a potência que marcaram o seu regresso à elite.

O cenário foi digno de um título continental: vento do mar do Norte, dunas pesadas, areia traiçoeira e um circuito que transformou cada curva num teste de técnica e resistência. Desde o início, a corrida foi um campo de batalha tático, com Michael Vanthourenhout e Pim Ronhaar a marcarem o ritmo e a obrigarem o pelotão a reagir.

 

Uma guerra na areia

 

Enquanto Nys recuperava de um arranque mais lento, subindo progressivamente até à dianteira, Joran Wyseure destacava-se nas secções de corrida, aproveitando cada grão de areia como vantagem. Toon Aerts, fiel ao seu estilo metódico, manteve-se sempre próximo, medindo esforços e evitando erros.

A meio da prova, o equilíbrio quebrou-se. Um quarteto formado por Nys, Vanthourenhout, Ronhaar e Wyseure abriu uma pequena vantagem, mas Aerts e Cameron Mason conseguiram unir forças e fazer a ponte, levando a seis a luta pelo ouro. A areia tornou-se então o juiz supremo: um deslize custava segundos, um traçado limpo valia uma corrida.

 

Ataques, quedas e o sprint decisivo

 

A duas voltas do fim, Ronhaar reacendeu o fogo da corrida com sucessivos ataques na praia e nas colinas curtas do circuito. O holandês parecia pronto para quebrar os belgas, mas Aerts e Nys responderam com frieza, sustentando o ritmo e aguardando o momento certo. Atrás, Mason e Verstrynge ameaçaram por breves instantes, mas ficaram pelo caminho.

Na volta final, a corrida atingiu o ponto de ebulição. Ronhaar entrou na secção técnica na frente, mas um erro numa curva apertada abriu a porta aos belgas. Nys aproveitou de imediato e lançou um ataque ousado, tentando decidir antes do sprint. Contudo, Aerts, com uma compostura notável, manteve-se na sua roda, estudando o momento certo.

A reta da meta foi uma explosão de adrenalina. Nys lançou o sprint, Aerts saiu da roda no instante perfeito e, com meia roda de vantagem, cruzou a meta de punhos cerrados, celebrando um triunfo que simboliza a redenção de um campeão.

Atrás, Ronhaar garantiu o bronze, coroando uma tarde de agressividade e coragem.

 

O regresso de um campeão

 

Para Toon Aerts, este título europeu tem o peso de uma reviravolta pessoal e profissional. Depois de um longo período afastado do ciclocrosse de topo, o belga regressou em 2025 determinado a reconquistar o respeito do pelotão, e agora faz história com a sua primeira camisola azul.

Com este ouro, Aerts junta o título europeu a um palmarés que já incluía campeonatos nacionais e medalhas do Mundial, mas nunca, até hoje, um triunfo continental. O público belga, que vibrou ao longo das barreiras de Middelkerke, viu mais do que uma vitória: assistiu ao renascimento de um ciclista e de uma lenda do ciclocrosse moderno.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclocrosse/a-minha-segunda-carreira-comeca-hoje-toon-aerts-bate-thibau-nys-e-conquista-o-campeonato-da-europa-em-middelkerke

“Thibau Nys perde o ouro no Europeu de Ciclocrosse por meia roda e elogia Aerts: “Foi mais forte no sprint”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O Campeonato da Europa de Ciclocrosse 2025 terminou com um misto de frustração e orgulho para Thibau Nys. O belga de 22 anos, campeão em título, chegou à partida em Middelkerke a duvidar se conseguiria sequer alinhar, e acabou por sair com a medalha de prata, depois de ser batido ao sprint por Toon Aerts, num final de cortar a respiração junto à costa belga.

“Estava mesmo em pânico esta manhã”, revelou Nys ao Sporza. “A minha costela estava completamente bloqueada. Tivemos de a desapertar à última hora. Mas durante a corrida não senti nada. Não vou usar isso como desculpa, não me incomodou nada.”

Apesar do contratempo físico, Nys mostrou desde cedo que estava pronto para defender o título com unhas e dentes. O jovem da Baloise-Trek Lions reagiu a um arranque mais lento e juntou-se rapidamente ao grupo da frente, composto por Aerts, Pim Ronhaar e Joran Wyseure.

Num circuito marcado pela areia pesada, pelas marés altas e pelas secções técnicas, a corrida transformou-se num duelo táctico em que cada curva podia decidir o desfecho.

 

Uma batalha até à última volta

 

Durante grande parte da corrida, Nys parecia controlar o ritmo. Esperou pacientemente, marcando cada movimento dos adversários, enquanto os ataques sucessivos de Ronhaar e Wyseure testavam a resistência dos belgas. Aerts, por seu lado, manteve-se sempre próximo, paciente, calculista e à espera do momento certo.

Na volta final, Nys acreditou que podia vencer.

“Pensei em ir com força logo a seguir ao último troço de areia, na esperança de abrir uma brecha e depois empurrar até ao fim”, explicou. “Mas isso não aconteceu. Depois disso, quis começar o sprint a partir da segunda posição porque havia vento contrário. Funcionou — forcei o Toon a passar para a frente. Pensei que o podia contornar, mas ele fez um sprint muito forte. Não o consegui ultrapassar, nem mesmo ao lado.”

O duelo entre os dois belgas levou o público ao delírio. Nys lançou o sprint da roda de Aerts, mas viu o veterano resistir até ao último metro, cruzando a meta com meia roda de vantagem.

 

Elogios ao campeão e foco no que vem a seguir

 

Com a maturidade que já o caracteriza, Nys foi o primeiro a reconhecer o mérito do rival.

“Toon fez um sprint forte. Ele é o merecido campeão europeu”, afirmou. “Foi uma corrida muito difícil de fazer. Senti-me bem, mas foi difícil fazer alguma diferença. Sempre que pensava que toda a gente estava no seu limite, alguém voltava atrás, ou eu cometia um pequeno erro. Foi uma corrida em que podias ganhar, ou acabar fora dos dez primeiros.”

Apesar da derrota, o desempenho de Nys deixou sinais positivos antes do Campeonato do Mundo, que encerra a época de inverno. A sua capacidade de competir lesionado, gerir o esforço e manter o sangue-frio em condições extremas confirmou o estatuto de um ciclista que combina talento, tenacidade e maturidade competitiva.

Mesmo sem a camisola azul da Europa, Nys mostrou novamente por que motivo é visto como o presente e o futuro do ciclocrosse belga.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclocrosse/thibau-nys-perde-o-ouro-no-europeu-de-ciclocrosse-por-meia-roda-e-elogia-aerts-foi-mais-forte-no-sprint

“O pesadelo de Verdonschot e Iserbyt: doença rara põe carreiras em risco”


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O ciclocrosse belga, símbolo de resistência e excelência técnica, está a viver um capítulo preocupante. Laura Verdonschot e Eli Iserbyt, dois dos ciclistas mais emblemáticos da modalidade, enfrentam o mesmo inimigo invisível: uma doença vascular rara e debilitante que ameaça pôr um ponto final nas suas carreiras.

Enquanto Iserbyt continua afastado das competições há nove meses, Verdonschot corre contra o tempo para manter-se ativa, apesar das dores e do entorpecimento da perna esquerda, sintomas diretos de uma endofibrose da artéria ilíaca, a mesma condição que afetou vários ciclistas profissionais nos últimos anos.

A belga de 28 anos, natural de Bocholt, conseguiu terminar o Campeonato da Europa de 2025 em Middelkerke num respeitável oitavo lugar, mas o seu desempenho foi uma luta constante contra o próprio corpo.

“Depois de uma volta, já não sentia o meu pé esquerdo”, contou Verdonschot ao Sporza. “Em boas condições, deveria estar a terminar muito mais perto. Já estou habituada às dores. É que nalguns dias funciona e noutros não. Estou contente por ter conseguido chegar ao fim.”

 

Entre a dor e a sobrevivência

 

As palavras de Verdonschot revelam a dimensão de um problema que está a alastrar silenciosamente no pelotão. Após duas operações de grande complexidade realizadas no início do ano para restaurar o fluxo sanguíneo nas pernas, a belga continua a competir sob limitações físicas que a obrigam a gerir cada pedalada.

“Não me submeteria definitivamente a uma segunda operação”, admitiu. “Isso significaria provavelmente o fim da minha carreira. Não foi uma operação normal e foi preciso uma enorme quantidade de energia para regressar. Por isso, é frustrante estar a correr a este nível. Espero que as coisas melhorem nas próximas semanas e que o pé dormente desapareça finalmente.”

Verdonschot submeteu-se recentemente a novos exames, tentando encontrar alguma melhoria, mas a recuperação tem sido lenta. Ainda assim, a sua persistência é notável, uma verdadeira prova da tenacidade que caracteriza o ciclocrosse belga.

 

O caso Iserbyt: um aviso para toda uma geração

 

Se a história de Verdonschot é de resistência, a de Eli Iserbyt é de alerta. O campeão da Pauwels Sauzen–Altez Industriebouw não compete desde 16 de fevereiro e passou por quatro cirurgias para corrigir os mesmos bloqueios arteriais. O seu chefe de equipa, Jurgen Mettepenningen, foi claro nas declarações ao Nieuwsblad:

“Ainda não há luz ao fundo do túnel. Se não houver boas notícias dentro de quatro semanas, será uma história muito difícil.”

As palavras soam quase como um prenúncio. Aos 28 anos, Iserbyt encontra-se numa encruzilhada médica que poderá definir não só o seu futuro, mas também o modo como o pelotão encara este tipo de lesões.

 

Uma crise médica silenciosa no coração do ciclocrosse

 

Durante anos, a endofibrose da artéria ilíaca foi um problema pouco falado, associado a casos isolados. Hoje, está a tornar-se um fenómeno crescente no circuito de ciclocrosse, especialmente entre atletas que passam meses a pedalar em alta cadência e binário elevado, em terrenos pesados e de esforço contínuo.

O diagnóstico é complexo, e o tratamento implica cirurgias delicadas, com períodos de recuperação longos e resultados incertos. No caso de Verdonschot, duas operações não bastaram para eliminar os sintomas; no de Iserbyt, o pesadelo repete-se a cada tentativa falhada de reabilitação.

 

Entre o heroísmo e a vulnerabilidade

 

O contraste é duro: enquanto o público vibra com a bravura e o espetáculo dos circuitos belgas, os bastidores revelam o custo físico devastador da modalidade. As histórias paralelas de Verdonschot e Iserbyt expõem a vulnerabilidade humana por trás da glória desportiva, e a urgência de repensar o calendário, o treino e a prevenção médica num desporto que exige tudo do corpo.

“Estamos a trabalhar nisso e espero que haja alguma melhoria”, concluiu Verdonschot, com a serenidade de quem sabe que a luta ainda não terminou.

Dois ciclistas, duas batalhas, uma só realidade: a linha entre a dor e a glória no ciclocrosse é cada vez mais fina.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclocrosse/o-pesadelo-de-verdonschot-e-iserbyt-doenca-rara-poe-carreiras-em-risco

“José Azevedo volta à carga: críticas, calendários e o caso Mauricio Moreira “Quem devia escrever comunicados agora, não escreve”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Em entrevista ao podcast Sobr’Watts, o director desportivo da Efapel Cycling, José Azevedo, regressou aos temas que marcaram o final da Volta a Portugal de 2025. O antigo ciclista voltou a reafirmar as suas declarações sobre o doping, o estado do ciclismo português e a necessidade de competir no estrangeiro, reforçando que não se arrepende de nada do que disse. Azevedo abordou ainda a polémica em torno de Mauricio Moreira, que está de saída da Efapel para representar a Feirense-Beeceler em 2026.

 

“Hoje respondia exactamente igual”


Confrontado com as críticas que recebeu após as declarações no final da Volta a Portugal, José Azevedo manteve-se firme. “Sim, sim, sem dúvida, não me arrependo. Fizeram-me perguntas sobre o ciclismo português, o estado do ciclismo português e o futuro do ciclismo português e sobre o projecto Efapel. Eu respondi aquilo que eu penso. Hoje respondia exactamente igual.”

O director desportivo da Efapel considera que o tempo acabou por lhe dar razão. “Infelizmente, se calhar não estava tão errado com aquilo que disse. Apesar de ser acusado, de quase me terem insultado. Houve um comunicado que saiu que foi quase um insulto à minha pessoa. Houve alguém que se deu ao trabalho de escrever um comunicado a insultar-me como pessoa. Mas são opiniões. São posições. Mas se calhar quem escreveu esse comunicado devia agora escrever um comunicado. Agora é que devia escrever um comunicado. Agora é que era o momento de escrever um comunicado.”

Apesar das polémicas, Azevedo garante que as suas intenções sempre foram positivas. “Eu não quero fazer mal ao ciclismo. Eu não ganho nada em fazer mal ao ciclismo.” E remata: “As pessoas, se estiverem atentas, vêm que se calhar não me enganei. Eu não sou doido.”

 

“Queremos competir dentro das regras”

 

Sobre o problema do doping e o impacto que estas situações têm na modalidade, José Azevedo foi peremptório. “Deus queira que não. Não me alegra nada este tipo de situações. Não fico contente com isso. Agora, qualquer equipa em qualquer modalidade, não é só no ciclismo, queremos competir sempre havendo cumprimento dos regulamentos, havendo ética, havendo honestidade. Só assim é que se consegue competir. E quando eu falo não é porque perdi ou ganhei. Esta é a minha opinião. Não é a opinião de um perdedor.”

O responsável máximo da Efapel destacou ainda a seriedade do projecto que lidera. “Eu orgulho-me da equipa que tenho, do projecto que construí, tenho orgulho em dizer que a empresa Efapel está satisfeita com o projecto que existe há quatro anos. É um projecto sério a todos os níveis, que cumpre rigorosamente tudo. Mas queremos competir dentro das regras.”

E acrescentou, em tom crítico: “Então para que é que se fazem os regulamentos? Então não os fazemos. Andamos a perder tempo e andamos a brincar uns com os outros. Mas se for para entrar nesse jogo, eu não vou andar aqui muito tempo. Por muito que goste de ciclismo, por muito que goste do projecto que montei, eu não vou andar muito tempo a fazer figura de parvo.”

 

“O ideal era que o calendário já fosse oficializado”

 

O director desportivo aproveitou ainda para voltar ao tema do calendário nacional, uma das críticas recorrentes das equipas à Federação Portuguesa de Ciclismo. “Esse era o nosso objectivo. No entanto, a Federação, numa reunião que teve com os clubes, não sei se isso já está no regulamento ou não, mas o que nos disseram foi que a partir de 2026 as equipas portuguesas são obrigadas a cumprir todas as provas do calendário nacional com um mínimo de cinco ciclistas. Se isso for aprovado e passar a regulamento, isso vai limitar muito a possibilidade das equipas portuguesas de fazer calendário internacional.”

Azevedo explica que a medida exigirá mais meios humanos e financeiros. “A não ser que tenham capacidade para ter 14, 15 ciclistas e estruturarem-se para duas frentes. Isso obriga ao dobro dos directores, massagistas, mecânicos, ao dobro de veículos. E isso, a nível orçamental, obriga a um maior investimento. Isso vai limitar as nossas opções. Temos de cumprir as regras porque somos uma equipa portuguesa.”

Sobre o planeamento da próxima temporada, o dirigente lamenta os atrasos na publicação do calendário oficial. “Mas estamos a ver algumas corridas do calendário internacional. O calendário nacional ainda não saiu. Há provas internacionais que já sabemos, o calendário UCI já saiu. As provas nacionais, pelo que se fala, vamos sabendo onde vão ser colocadas, mas oficialmente o calendário ainda não saiu. Quando ele for oficial, sabemos as datas e então vamos procurar fazer algumas provas internacionais. Estamos em novembro. O ideal é que o calendário já fosse oficializado. Estes atrasos, estes timings, não beneficiam em nada o ciclismo.”

 

O caso Mauricio Moreira: “Ele devia ter dito a verdade”

 

Azevedo falou também sobre Mauricio Moreira, que rescindiu com a Efapel. “Não me arrependo de o ter contratado. Podia ter terminado de outra maneira. Ele devia ter dito a verdade. Atirar assim acusações que soam um bocado a desculpas, não beneficiou em nada o Mauricio.”

O dirigente explica o contexto da época difícil do uruguaio. “Quando eu ouço aquelas palavras, criam-me alguma indignação. O Mauricio desde que chegou à equipa teve alguns problemas físicos. Grande parte do ano não competiu por estar lesionado. Ele correu no Beiras, que teve a infelicidade de cair logo na primeira etapa, foi transportado para o hospital e acabou por abandonar. Na semana a seguir veio fazer o Abimota limitado. Estávamos em maio, junho. Ele estava a regressar à competição, não podíamos esperar que tivesse uma grande prestação. Depois foi ao Douro, na primeira etapa acabou por se ressentir novamente da lesão e abandonou, e eu disse-lhe para parar, para não continuar a forçar, porque não sabíamos se ia agravar ou não. Voltou no GP de Torres, fez um bom prólogo, na primeira etapa descolou, na segunda etapa ao quilómetro 40 descolou. Era o último corredor em prova e o primeiro a descolar, e acabou por abandonar essa prova.”

“Uns dias depois foi para estágio com a equipa. Ao terceiro dia abandonou o estágio. Estavam os juniores lá presentes e os profissionais. Os juniores continuaram o estágio, o Mauricio abandonou. Fisicamente não estava capaz. No dia seguinte eu tive uma reunião com ele e disse-lhe que, atendendo a todas essas situações, a situação física dele não permitia que ele fosse correr a Volta a Portugal.”

Segundo o director desportivo, a decisão foi tomada por razões puramente desportivas. “Mas isso era algo lógico, visível. Não é uma acusação. Até analisando tudo o que aconteceu durante o ano, a condição física dele não lhe permitia ir correr a Volta a Portugal. Então ia levar o Mauricio sabendo que a possibilidade dele terminar a prova é reduzida, e deixar em casa um colega que está a trabalhar e dá mais garantias. Era injusto, e isso eu expliquei ao Mauricio.”

“Quando eu ouço nas declarações dele, que foi uma surpresa, eu fico perplexo. Quando alguém que me abandona um estágio ao terceiro dia diz que foi uma surpresa não correr a Volta a Portugal…”

Por fim, Azevedo deixou uma palavra sobre o médico da equipa. “O Dr. Benjamim é o médico da equipa, é a pessoa em que eu confio toda a parte médica. Eu não sou médico, não entendo nada de medicina. Sempre que o Dr. Benjamim me disser que o atleta A, B ou C não deve competir, eu irei seguir as suas palavras.”

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/jose-azevedo-volta-a-carga-criticas-calendarios-e-o-caso-mauricio-moreira-quem-devia-escrever-comunicados-agora-nao-escreve

“Formação contínua de treinadores e árbitros: Academia Triatlo +”


A FTP vai organizar nos dias 6 e 7 de dezembro, em Mafra, a Academia Triatlo +, um fim de semana de formações contínuas para treinadores e árbitros.

Para os treinadores, os temas a explorar ao longo do fim de semana serão:

– Combate ao Doping no Triatlo

Sábado, dia 6

09:00-13:00

Formador: Rui Godinho (Autoridade Antidopagem de Portugal – ADoP)

– Triatlo feminino: considerações a ter no treino

Sábado, dia 6

14:30-18:30

Formador: André Campos (Treinador de Triatlo)

– Prevenção de Lesões

Domingo, dia 7

09:00-13:00

Formadora: Gerda Rumvolts (Fisioterapeuta e Osteopata)

– O impacto da Inteligência Artificial (IA) na prescrição do treino

Domingo, dia 7

14:30-18:30

Formador: Philip Hatzis (Treinador de Triatlo, mentor e fundador da Tri Training Harder LLP)

Cada uma destas formações vale 0,8 UC para a renovação da TPTD de Triatlo, mas estão também abertas ao público em geral.

Nos mesmos dias e horários, mas noutro auditório de Mafra, decorrerão também palestras direcionadas aos árbitros. Os temas são:

– Árbitro Chefe de Equipa

Sábado, dia 6

09:00-13:00 e 14:30 às 18:30

Formadores: Paula Maia e Mário Carvalho

– Regulamentação

Domingo, dia 7

09:00-13:00

Formadores: Paula Maia e Mário Carvalho

– Comunicação: antes, durante e após a prova

Domingo, dia 7

14:30 às 18:30

Formadores: Paula Maia e Mário Carvalho

A Academia Triatlo + é uma oportunidade para treinadores e árbitros enriquecerem os seus conhecimentos e, ao mesmo tempo, usufruírem de um espaço de discussão e partilha de experiências.

As inscrições estão abertas até 3 de dezembro e terão um preço reduzido mediante o número de formações que escolherem participar.

Taxa de inscrição

1 formação = 20€

2 formações = 35€

3 formações = 55€

4 formações = 70€

Pagamento

Até ao dia 5 de dezembro

IBAN: PT50 0045 5442 40331295834 84

FEDERAÇÃO DE TRIATLO DE PORTUGAL

Conta nº – 40331295834

BIC/SWIFT – CCCMPTPL

Após o pagamento, devem enviar o comprovativo para formacao@federacao-triatlo.pt

Mais informações: formacao@federacao-triatlo.pt

Inscrições (treinadores e árbitros) no link

https://linktr.ee/federacao.triatlo.portugal

Fonte: Federação Triatlo Portugal

Ficha Técnica

  • Titulo: Revista Notícias do Pedal
  • Diretor: José Manuel Cunha Morais
  • Subdiretor: Helena Ricardo Morais
  • Periodicidade: Diária
  • Registado: Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº: 125457
  • Proprietário e Editor: José Manuel Cunha Morais
  • Morada: Rua do Meirinha, 6 Mogos, 2625-608 Vialonga
  • Redacção: José Morais
  • Fotografia e Vídeo: José Morais, Helena Morais
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