sábado, 11 de setembro de 2021

“Seleção Nacional/Portugal vai lutar por excelente resultado em Trento”


Por: José Carlos Gomes

A Seleção Nacional disputa, neste domingo, a prova de fundo para elite do Campeonato da Europa de Estrada, em Trento, Itália. O selecionador nacional, José Poeira, não tem dúvidas: tendo em conta o percurso e a qualidade da equipa, Portugal ambiciona um “excelente resultado”.

A corrida, com início às 11h45 (hora portuguesa), terá 179,2 quilómetros. Os primeiros 73,2 serão percorridos fora do circuito de Trento, na primeira prova que sai do traçado urbano. Este troço inicial não serve apenas para aumentar a quilometragem, podendo ser decisivo, devido às subidas duras, mas também às descidas exigentes, íngremes e técnicas.

Após o trajeto fora da cidade, com potencial para ser explosivo, entra-se no circuito de Trento, que quase não tem momentos de descanso: à subida segue-se uma descida que exige concentração máxima e o troço plano, no interior da cidade, é marcado por constantes viragens e mudanças de direção. O pelotão de elite vai completar nove voltas a este circuito.

“O percurso é muito seletivo. É dos mais bonitos e bem desenhados dos Campeonatos da Europa em que participei. O trajeto fora do circuito é muito difícil, com subidas acentuadas e descidas que também podem fazer a diferença, porque são estreitas, obrigando o pelotão a andar enfilado, podendo partir-se a qualquer momento. A última descida, com 12 quilómetros, poderá fracionar o pelotão. Algumas seleções pretendem que a corrida entre já definida no circuito final. O circuito, sem qualquer ponto de recuperação, irá ajudar a selecionar ainda mais os potenciais candidatos à vitória”, antecipa José Poeira.

João Almeida concorda com a análise do selecionador. “A volta inicial, se for atacada ou ultrapassada com um passo alto, vai fazer grandes diferenças. O circuito final é sempre de sobre e desce, vai-se tornando duro com a passagem das voltas. Estou a sentir-me bem, espero amanhã também estar com estas sensações. O objetivo é trabalhar em equipa e, no final, vermos quem está melhor para lutar pelo resultado. Vamos dar o nosso melhor”, promete João Almeida. O caldense, que amanhã usará o dorsal 62, foi hoje reconhecer o traçado, na companhia dos restantes elementos da Seleção, Rui Costa (63), Rúben Guerreiro (64), Nelson Oliveira (65), Rui Oliveira (66) e Rafael Reis (67).


Nelson Oliveira destaca o facto de a corrida “não ser tão longa como estamos habituados em Mundiais e Europeus, mas é uma prova com um grande desnível. Temos uma excelente equipa, uma das melhores dos últimos anos. Creio que podemos fazer um bom Campeonato da Europa. Vou ajudar os meus companheiros a colocarem-se bem nos pontos mais perigosos. Quando surgirem os ataques, tentarei fechar espaços para nos mantermos na discussão até ao momento de fazer a diferença para os demais”.

“A chave para amanhã é termos espírito de equipa, unirmo-nos em torno de um único objetivo: fazer um grande resultado neste Europeu. Hoje deu para ver que estamos todos fisicamente bem para enfrentar esta competição. Apesar de curta, vai ser uma prova muito intensa. Creio que será fundamental correr sempre na frente, estar atentos. O percurso é muito seletivo. Acredito que seja muito atacado nas últimas três voltas. No meu parecer, acho possível que chegue um grupo pequeno, mas depende sempre de os sprinters conseguirem passar ou não as dificuldades”, antevê Rui Costa.

“Este percurso agradou-nos, a mim e aos corredores, pelo que ambicionamos fazer um excelente resultado. Além de termos uma equipa com grande qualidade, a experiência destes ciclistas também será determinante e poderá ajudar a alcançarmos os nossos objetivos”, conclui José Poeira.

A prova pode ser vista em direto no Eurosport, a partir das 12h15.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“XXI Troféu Alves Barbosa-Etapa 1”


Tiago Santos vence em Águeda no Troféu Alves Barbosa

Por: Ana Nunes

A primeira etapa da 21.ª edição do Troféu Alves Barbosa terminou em Águeda, onde Tiago Santos (Alcobaça CC/Crédito Agrícola) cortou a meta a solo. Rafael Durães (Silva&Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel) chegou em segundo, também isolado, e Ivan Polo (Logos Team) conquistou o terceiro lugar ao sprint.

Arrancou hoje a 21.ª edição do Troféu Alves Barbosa, com a primeira etapa a ligar Montemor-o-Velho, a Águeda, num percurso de 85 quilómetros.

O pelotão rolou compacto durante grande parte da tirada, com apenas algumas movimentações, sem sucesso. A fuga acabaria por se formar quando faltavam cerca de 25 quilómetros para o final, composta por quatro elementos. Entre eles Tiago Santos (Alcobaça CC/Crédito Agrícola), Bruno Lopes (Landeiro/KTM/Matias&Araújo/Frulact), Rafael Durães (Silva&Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel) e Samuel Martins (Tensai/Sambiental/Santa Marta/Academia).

Entretanto, Bruno Lopes e Samuel Martins acabariam por descolar do grupo da frente, deixando Tiago Santos e Rafael Durães na liderança da corrida. No último prémio de montanha, em Sangalhos, Tiago Santos impôs um ritmo forte, acabando por conseguir isolar-se na frente.

O corredor manteve o ritmo, rolando a solo até à meta para vencer a primeira etapa do Troféu Alves Barbosa, com mais de dois minutos de vantagem sobre o pelotão. Com esta vitória, Tiago Santos garantiu a camisola amarela, a liderança da geral por pontos e ainda a da montanha. Rafael Durães concluiu na segunda posição, chegando isolado, a cerca de um minuto do companheiro de fuga, conquistando ainda a camisola da juventude. O terceiro lugar ficou decidido ao sprint, com Ivan Polo (Logos Team) a levar a melhor. Já João Martins (C.C.Barcelos/A:F:F:/Flynx/H.M.Motor) lidera a geral de metas volantes.

Amanhã, a segunda e última etapa da prova vai ligar Arazede a Montemor-o-Velho, num percurso com 77,7 quilómetros.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Seleção Nacional/Pedro Miguel Lopes 25.º após ataque na fase decisiva”


Por: José Carlos Gomes

Pedro Miguel Lopes foi hoje o 25.º classificado na prova de fundo para sub-23 do Campeonato da Europa de Estrada, uma corrida de 132 quilómetros, disputada em Trento, Itália.

O desempenho do minhoto ficou marcado pelo ataque que desferiu na penúltima das dez voltas ao circuito trentino. A 20 quilómetros da meta, após o alto da subida de Povo, num momento de indecisão do pelotão, Pedro Miguel Lopes destacou-se do pelotão, na companhia de quatro outros corredores. O quinteto em que rodava o português estava em posição intermédia, perseguindo o belga Lennet van Eetvelt.

A Itália, com um elemento no grupo de Pedro Miguel Lopes, não estava satisfeita com a situação de corrida, anulando a fuga nas últimas rampas da derradeira escalada a Povo. Nesse momento, deu-se novo ataque, que isolou sete homens, que viriam a discutir o título de campeão da Europa.


“Se soubesse como a corria ia desenrolar-se não tinha atacado naquela altura, porque tinha condições para ter saído com os corredores que estiveram na movimentação decisiva. Mas no momento em que ataquei pareceu-me uma boa opção, porque já estávamos na penúltima volta, o pelotão estava a parar e o grupo em que saí era composto por corredores fortes. Ainda pensei que desse para chegar”, conta Pedro Miguel Lopes, que terminaria na 25.ª posição, a 23 segundos do vencedor, o belga Thibau Nys, filho da superestrela do ciclocrosse, Sven Nys.

O representante da Bélgica bateu ao sprint o italiano Filippo Baroncini e o espanhol Juan Ayuso, “roubando” o ouro às seleções que mais esforços colocaram no controlo da corrida. Foram essas equipas, sobretudo a espanhola, as responsáveis pelo ritmo intenso logo desde a partida, o que dificultou a tarefa de colocação dos ciclistas portugueses.


Foi essa colocação deficitária que levou Miguel Salgueiro e Pedro Andrade a perderem o “comboio” da frente, a quatro voltas do final, quando o pelotão ficou dividido em dois grupos. Miguel Salgueiro foi 58.º, a 6m00s do vencedor, e Pedro Andrade terminou no 65.º posto, com igual atraso. Fábio Fernandes não concluiu a corrida.

O selecionador nacional, José Poeira considera que Pedro Miguel Lopes “tinha condições para ficar nos dez primeiros. Mesmo não tendo conseguido entrar no ataque decisivo, poderia, atrás, ter feito um pouco melhor no sprint. Deveria ter-se colocado bem, mas sem se expor demasiado cedo na frente, que foi o que aconteceu”.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

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