Uma ingestão nutricional
adequada não só ajuda a evitar lesões, mas também auxilia na sua recuperação.
A ocorrência de lesão é um acontecimento
comum nos praticantes de desporto, quer sejam atletas de nível elite ou
praticantes recreativos. A qualquer lesão está associada uma certa gravidade e
consequentemente um período de recuperação em que o atleta pode não conseguir
treinar ou competir. Nestas circunstâncias, qualquer ajuda que possa acelerar o
processo de recuperação é bem-vinda.
Para além dos tratamentos
médicos essenciais à melhoria do atleta, a Nutrição também apresenta um papel
benéfico na aceleração do processo de recuperação e retorno ao treino.
Especialmente numa fase de recuperação, em que é necessária a uma reconstrução
tecidular e diminuição da inflamação provocada pelo stress na zona de lesão ou
fratura, é imprescindível manter uma correta ingestão calórica com o objetivo
de evitar o défice calórico nutricional. Devem ser supridas as necessidades
nutricionais pois numa situação de défice ocorrem situações desvantajosas.
Exemplos disso são a perturbação do processo de regeneração da zona lesada (por
existir pouca energia disponível para esse processo energeticamente tão caro),
o aumento da inflamação local e ocorrer uma maior e mais rápida degradação da
massa muscular, tanto devido à ingestão desadequada, como pela diminuição da
atividade.
Tal como uma ingestão
energética em défice é contraproducente no processo de recuperação, um excesso
calórico muito acentuado também irá promover uma acelerada perda de forma
física e ganho de peso, podendo ainda agravar a inflamação, e assim atrasar
consideravelmente o processo de retorno-ao-treino.
No geral, os cuidados
nutricionais a ter em consideração de forma a potencializar a terapêutica
regenerativa são:
Evitar o défice calórico;
Manter um estado hidratado;
Aumentar o aporte proteico
(ingerir mais de 2g/kg peso/dia);
Ingerir 20 a 40g de proteína a
cada 3-4 horas do dia;
Aumentar o consumo de leucina
(Leu) nas doses indicadas (em excesso será prejudicial).
É essencial aumentar o aporte
de proteína e leucina pois irá impedir uma perda acelerada de massa muscular,
promovendo a manutenção da massa muscular do atleta, irá promover a
reconstrução tecidular e reduzir a inflamação. A capacidade saciante da
proteína poderá ajudar a evitar grandes picos de apetite em certas fases do
dia, ajudando na manutenção do peso.
Para além de alimentos, em
situações mais graves, ou em situações em que o atleta já apresente um défice
energético prévio à lesão (que é uma das mais comuns causas de lesões e
fraturas), suplementos como Creatina monohidrato (proteína de absorção lenta) e
Omega-3 (anti-inflamatório nas doses indicadas) representam complementos
interessantes ao processo de melhoria do atleta.
Bons treinos em segurança!
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Fonte: FTP