Lance Armstrong recordou a
infância dura que viveu, sobretudo pela exigência do padrasto que era capaz de
lhe bater "por uma gaveta ter ficado aberta". No documentário da ESPN
sobre a vida do ciclista norte-americano que cresceu sem o pai biológico, o
próprio padrasto, Terry Armstrong, considera que foi determinante para o
sucesso de Lance.
"Ele não seria o campeão
em que se tornou sem mim, pois tratei-o como a um animal", afirmou Terry
Armstrong, que apenas lamenta ter tornado Lance num "ganhador a qualquer
custo".
No mesmo documentário, quando
recordou a infância e adolescência, Armstrong revelou como quebrou pela
primeira vez as regras, para se se inscrever numa prova de triatlo.
"Tinhas de ter 16 anos e eu falsifiquei o certificado, participei
ilegalmente e venci todos", lembrou o antigo ciclista.
Tal como Record já tinha dado
conta, Armstrong relatou na primeira parte de 'Lance' da ESPN como sofreu as
consequências de ter recorrido a substâncias ilícitas.
"Quando a minha vida deu
a volta que deu, disse a mim mesmo que alguém se iria sempre aproximar de mim e
ofender onde quer que fosse o resto da minha vida. Passaram-se alguns dias e
ninguém me disse as palavras que eu não queria ouvir. Depois passaram meses e
nada. Até que, passados cinco anos, aconteceu", recordou Armstrong, dando
conta das implicações que tal teve:
"Um grupo de homens que
estavam num bar viu-me e começaram a chamar 'rei dos aldrabões'. A pessoa que
estava comigo aconselhou-me a entrar de novo no carro e me afastasse quando
estava pronto a chegar ao pé deles e bater no primeiro que me insultou. O que,
claro, seria má ideia. Como havia feito a maior parte da minha vida quando
estava contrariado".
A verdade é que não chegou a
haver confrontos físicos e Armstrong acabou mesmo por abandonar o local, mas
acabou por tomar uma atitude no mínimo... insólita. Como não queria deixar o
episódio passar em clado, ligou para o bar, deu o número do seu cartão de
crédito e pagou a despesa do grupo que acabara de o insultar. "A minha
única condição foi que dissessem que o Lance tinha tratado de tudo e enviava
carinho, embora saiba que alguns deles me vão criticar sempre", lembrou no
documentário da ESPN.
Fonte: Record on-line
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