quarta-feira, 14 de maio de 2025

“Antevisão - Volta a Itália 6ª etapa: Primeiros dois terços duros e difíceis de controlar, poderão trazer surpresas no final dos 227 kms”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

A Volta a Itália, primeira das Grandes Voltas da temporada, arrancou este ano com uma novidade histórica: a sua partida em território albanês, o primeiro evento deste calibre alguma vez realizado no país. A corrida já entrou em território italiano e vai agora alternando entre dias exigentes e jornadas com oportunidades para os homens rápidos. A 6ª etapa marca precisamente um desses dias, com final em Nápoles, num regresso a um local que tem sido sinónimo de espetáculo nos últimos anos.


Depois de dois terços da etapa com montanha, a aproximação à cidade napolitana será feita através de um percurso maioritariamente plano. Ainda assim, trata-se de uma etapa longa - 227 quilómetros - e o desgaste acumulado, aliado à altimetria, poderá criar dificuldades inesperadas.


Ao todo, estão previstos cerca de 2500 metros de desnível acumulado, concentrados nos primeiros dois terços do dia. As quatro subidas dignas de nota começam com um esforço de 5 quilómetros a 4% de inclinação média, seguido de uma subida longa, com 20 quilómetros de extensão e outras duas ascensões que terminam ainda a 82 quilómetros da meta. Apesar de não serem suficientemente duras para eliminar os sprinters mais resistentes, o acumulado poderá fazer estragos nos comboios e provocar bastante desgaste nas pernas antes do final.

A chegada será em moldes já familiares para o pelotão da Corsa Rosa. Nápoles tem acolhido finais animados nos últimos anos e esta etapa deverá seguir o mesmo guião. Os quilómetros finais têm algumas zonas técnicas, mas os últimos 1,2 quilómetros são totalmente em linha reta, à beira-mar, oferecendo o cenário ideal para um sprint limpo, com tempo suficiente para reposicionamentos e lançamentos bem cronometrados.


 

O Tempo

 

Vento de sudeste no início do dia, que se transforma numa brisa de sul à medida que os ciclistas se dirigem para Napoles. Isto significa que teremos um vento de costas no início do dia e no final do dia, será maioritariamente um vento lateral. Isto favorece ligeiramente uma fuga, especialmente porque o início será difícil de controlar se o ritmo for muito elevado, mas, honestamente, muito poucas equipas tentaram até agora correr riscos na corrida e o cenário mais realista continua a ser o de uma pequena fuga.

 

Os Favoritos

 

Mads Pedersen é, naturalmente, o nome mais apontado para a vitória na etapa. A corrida tem-lhe assentado bem e, apesar dos sinais de fadiga evidentes na última subida da etapa anterior, tudo indica que estará de novo na luta pela vitória, salvo qualquer imprevisto. O dinamarquês tem conseguido ultrapassar todas as subidas até agora e, neste perfil, terá tempo para recuperar antes do sprint final. Embora não seja o sprinter mais explosivo do pelotão, a longa distância e o acumulado de subida jogam a seu favor, reduzindo a concorrência pura e favorecendo a sua resistência.


Os principais rivais deverão ser aqueles que já estiveram em destaque na etapa 4, vencida por Casper van Uden. O jovem da Team Picnic PostNL mostrou oportunismo e poderá voltar a ser uma ameaça, embora este final seja menos caótico e favoreça equipas com comboios mais estruturados.

Olav Kooij tem qualidade para vencer, mas continua a lutar com o seu posicionamento, ainda por cima sem o apoio de Wout van Aert, que tem estado abaixo da forma habitual. Por outro lado, Kaden Groves poderá beneficiar de um lançamento explosivo de Jensen Plowright, o que lhe pode garantir vantagem nos metros finais.

Milan Fretin e Matteo Moschetti são nomes menos sonantes, mas têm a velocidade necessária para surpreender num final como este, especialmente se conseguirem posicionar-se bem antes da recta final.

A Decathlon AG2R La Mondiale também tem razões para acreditar. A estrutura mostrou-se competente no único sprint puro até agora, e apesar de Sam Bennett ainda não ter exibido grandes pernas, se conseguir lançar o seu sprint no momento certo, poderá voltar a mostrar o instinto que já o levou ao topo. Max Kanter e Paul Magnier terão igualmente liberdade para tentar, enquanto Maikel Zijlaard, especialista em posicionamento, poderá capitalizar numa chegada mais limpa.

Outros nomes a ter em conta para um top-10 ou até mais são: Giovanni Lonardi, Gerben Thijsen, Matevz Govekar, Orluis Aular, Andrea Vendrame, Luca Mozzato e Filippo Fiorelli, todos com capacidade para se intrometer na luta pela vitória.

 

E se a fuga resultar?

 

Embora a probabilidade de uma fuga vingar seja reduzida, o perfil da etapa apresenta alguns elementos que podem favorecer esse cenário: o arranque é seletivo, o vento será favorável (com predominância de costas), e o longa extensão do dia poderá dificultar uma perseguição eficiente. Para além disso, muitos ciclistas parecem estar a guardar forças para a segunda semana, o que poderá dar alguma liberdade aos homens mais ofensivos.

Taco van der Hoorn, Marco Frigo, Quentin Pacher, Mikkel Honoré, Davide Formolo, Koen Bouwman e Martin Marcellusi são nomes que podem tentar a sorte. Todos têm motor e experiência suficientes para integrar uma fuga bem organizada e lutar pela vitória

 

Previsão Volta a Itália - 6ª etapa:

 

*** Kaden Groves, Mads Pedersen, Olav Kooij

**Casper van Uden, Milan Fretin, Matteo Moschetti

*Sam Bennett, Gerben Thijssen, Paul Magnier, Maikel Zijlaard, Giovani Lonardi, Max Kanter, Corbin Strong, Orluis Aular

Escolha: Kaden Groves

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“Van Poppel impõe-se ao sprint na etapa inaugural da Volta à Hungria”


Por: Carlos Silva

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Danny van Poppel, da Red Bull - BORA - hansgrohe, venceu ao sprint a etapa de abertura da Volta à Hungria 2025, assumindo assim a liderança da classificação geral da corrida magiar.

A tirada foi animada desde cedo, com quatro ciclistas a atacarem para formar a fuga do dia. Contudo, o pelotão manteve sempre os fugitivos sob controlo, nunca lhes permitindo uma margem confortável. A cerca de 40 quilómetros da meta, com todas as subidas categorizadas já ultrapassadas, a vantagem da fuga ainda rondava pouco mais de um minuto.

A 20 quilómetros do fim, a diferença mantinha-se nos 50 segundos, sinal de que os fugitivos ainda alimentavam alguma esperança em serem bem sucedidos. No entanto, à entrada dos 10 quilómetros finais, restavam apenas Siebe Deweirdt e Matteo Ambrosini na frente da corrida, com o pelotão a aproximar-se perigosamente, a escassos 30 segundos.

A 6 quilómetros da chegada, os ultimos resistentes foram alcançados, confirmando o inevitável desfecho final ao sprint. Na discussão final pela vitória, Danny van Poppel foi o mais forte, garantindo não só o triunfo na etapa como também a primeira camisola de líder da edição deste ano.

 

Top 10 Tour de Hongrie

 

1º Van Poppel Danny - Red Bull-BORA-hansgrohe

2º Teutenberg Tim Torn - Lidl-Trek

3º Groenewegen Dylan - Team Jayco-AlUla

4º Brustenga Marc - Equipo Kern Pharma

5º Malucelli Matteo - XDS Astana Team

6º Stolic Mihajlo Team United Shipping

7º Nizzolo Giacomo - Q36.5 Pro Cycling Team       

8º Bauhaus Phil - Bahrain Victorious

9º Welsford Sam - Red Bull-BORA-hansgrohe

10º Colnaghi Luca - VF Group-Bardiani CSF-Faizanè

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/van-poppel-impoe-se-ao-sprint-na-etapa-inaugural-da-volta-a-hungria

“Críticas à UCI após etapa 4 da Volta a Itália: penalizações “ridículas” geram revolta no pelotão e nos especialistas”


Por: Ivan Silva

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O primeiro sprint de grupo da Volta à Itália 2025 já prometia emoção, mas acabou por gerar polémica não pela vitória em si, mas pelas penalizações aplicadas pela UCI após a chegada. Depois de Casper van Uden triunfar na etapa 4, os reguladores da corrida distribuíram cartões amarelos e multas com generosidade, deixando ciclistas e comentadores visivelmente indignados.

O tema foi amplamente discutido no painel da TNT Sports, com os antigos ciclistas Adam Blythe e Robbie McEwen a tecerem duras críticas à atuação da União Ciclista Internacional. "Que monte de disparates. As pessoas estão a ser desclassificadas e a levar cartões amarelos por nada. Literalmente nada", começou por afirmar Blythe, claramente frustrado. "Sinto mesmo que a UCI está a arruinar lentamente os sprints de grupo."

McEwen, ícone do sprint mundial, alinhou com o britânico. "Por causa de todas as regras e regulamentos – alguns deles entram em contradição. Não podes fazer isto, podes fazer aquilo, mas se fizeres aquilo, serás despromovido. Então faz isso… mas depois também não podes, porque levas um cartão amarelo. Não faz sentido nenhum a forma como estão a aplicar estas penalizações."

O caso mais mediático foi o de Max Kanter, que tinha terminado em 5.º lugar, mas acabou por ser despromovido e penalizado com 13 pontos na Maglia Ciclamino, uma multa de 500 francos suíços e cartão amarelo por um suposto movimento irregular com o ombro na luta pela posição.

McEwen explicou a situação com detalhe. "A primeira vez foi com o Kaden Groves – ele aproximou-se, Groves teve de sair do selim e recuou para evitar contacto. O Kanter estava na frente. Para mim, Groves é que devia ter travado. Não se passou nada."

Blythe acrescentou: "A despromoção foi, na verdade, pelo contacto com o Mads Pedersen. O Kanter move-se ligeiramente, mas se olharmos para a linha branca, ele nunca a deixa. O Mads tenta manter posição, o Kanter segura a roda – isso é sprinting."

McEwen foi ainda mais incisivo: "Não houve grande movimento fora da linha, ninguém foi impedido. Se houve algum ombro, foi do Mads. Isto são os sprints – manobras, ousadias, movimentos subtis. Kanter não deu ombros a ninguém."

Outro caso que alimentou o debate foi o do cartão amarelo atribuído a Bram Welten, da Team Picnic PostNL, cuja penalização deixou McEwen e Blythe incrédulos.

"A UCI tem esta regra: quem lidera o sprint deve manter a linha até à meta, sem se desviar. O Welten fez exatamente isso", apontou McEwen. "Sentou-se, não atrapalhou ninguém, foi em linha reta. Se tivesse virado para a esquerda, aí sim, podia ter causado um incidente. Ele fez a coisa certa."

Blythe, em tom de indignação, complementou: "E mesmo assim levaram-lhe um cartão amarelo. A UCI diz que não se pode atravessar a estrada, mas agora também não se pode seguir em linha reta porque se impede alguém? É ridículo. Como é que se pode esperar que um ciclista que já liderou o sprint continue a ir à velocidade máxima até cruzar a linha?"

McEwen fechou o segmento com ironia: "Se queriam mesmo penalizar o Welten, mais valia tê-lo multado por festejar a vitória do colega de equipa – levantou a mão e limpou o suor do lábio perto da linha. É assim que isto está a ficar ridículo."

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/criticas-a-uci-apos-etapa-4-da-volta-a-italia-penalizacoes-ridiculas-geram-revolta-no-pelotao-e-nos-especialistas

“Axel Zingle estreia-se a vencer pela Visma na etapa inaugural dos 4 Dias de Dunquerque”


Por: Carlos Silva

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A Team Visma | Lease a Bike alcançou uma vitória na etapa inaugural dos 4 Dias de Dunquerque 2025, graças a Axel Zingle, reforço contratado no último defeso, que hoje brilhou na chegada ao sprint.

A etapa foi marcada por uma fuga numerosa composta por seis ciclistas, entre os quais se destacavam nomes como Ben Swift, Gil Gelders e Per Strand Hagene. O grupo escapado ganhou vantagem ainda numa fase precoce da tirada e manteve uma margem significativa ao entrar no circuito final, que ficava a cerca de 35 quilómetros da meta, com mais de 2 minutos e meio sobre o pelotão.

Contudo, à medida que o grupo principal começou a aumentar o ritmo, a vantagem começou a cair rapidamente. A 20 quilómetros do final, o desvantagem do pelotão já tinha sido reduzida para 1 minuto e 25 segundos, lançando as bases para um desfecho emocionante. Dez quilómetros depois, a diferença era inferior a 30 segundos e o reagrupamento tornava-se inevitável. A 6 quilómetros da meta, os últimos elementos da fuga foram apanhados.

Com a chegada ao sprint praticamente assegurada, a luta pela vitória foi intensa. Axel Zingle mostrou-se mais forte nos metros finais, lançando-se com autoridade e resistindo aos ataques dos rivais. O francês garantiu assim o triunfo à frente de Tobias Lund Andresen e Stian Fredheim, oferecendo à Team Visma | Lease a Bike um triunfo moralizador logo na abertura da prova francesa.

 

Top 10 4 Jours de Dunkerque

 

1º Zingle Axel - Team Visma | Lease a Bike

2º Lund Andresen Tobias – Team Picnic PostNL

3º Fredheim Stian - Uno-X Mobility

4º Ackermann Pascal - Israel-Premier Tech

5º Budding Martijn - Unibet Tietema Rockets

6º Tesson Jason - Team TotalEnergies

7º Aberasturi Jon - Euskaltel-Euskadi

8º Walls Matthew - Groupama-FDJ

9º Berckmoes Jenno - Lotto

10º Teunissen Mike XDS - Astana Team

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/axel-zingle-estreia-se-a-vencer-pela-visma-na-etapa-inaugural-dos-4-dias-de-dunquerque

“Pedersen imbatível na Volta a Itália: terceira vitória em cinco etapas e liderança reforçada!”


Por: Ivan Silva

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Mads Pedersen voltou a confirmar o seu domínio absoluto na Volta à Itália 2025, vencendo com autoridade a etapa 5 e somando a sua terceira vitória em apenas cinco dias. Num final exigente, com um perfil típico para puncheurs e sprinters com resistência em subida, o dinamarquês da Lidl-Trek mostrou mais uma vez por que veste com mérito a Maglia Rosa.

A jornada começou com a formação da fuga do dia, composta por Giosuè Epis (Arkéa – B&B Hotels), Lorenzo Milesi (Movistar Team) e Davide Bais (Team Polti VisitMalta), vencedor de etapa na edição de 2023. O pelotão, contudo, nunca concedeu grande liberdade, mantendo sempre o trio sob controlo.

Enquanto os fugitivos acumulavam quilómetros na frente, Pedersen mostrava ambição ao vencer o primeiro sprint intermédio do dia, aumentando a sua vantagem na luta pela Maglia Ciclamino. No segundo sprint, o dinamarquês voltou a conquistar o máximo de pontos disponíveis no pelotão, apesar da forte oposição de Jenson Plowright (Alpecin-Deceuninck).

A cerca de 40 quilómetros do final, Bais desferiu um ataque aos seus companheiros de fuga. Enquanto Milesi tentava recuperar a roda do compatriota, Epis perdia contacto e era rapidamente absorvido pelo grupo principal.

Com o início da subida categorizada, a 4ª categoria em Montescaglioso, o pelotão começou a fragmentar-se. Vários sprinters puros como Casper van Uden, Milan Fretin, Sam Bennett, Matteo Moschetti e Olav Kooij não conseguiram seguir o ritmo e ficaram para trás. Curiosamente, o próprio Pedersen também sofreu temporariamente, perdendo posições perto do topo da subida.

A UAE Team Emirates – XRG assumiu o comando após a subida, imprimindo um ritmo forte que causou cortes importantes no grupo. Wout van Aert e Antonio Tiberi estiveram entre os nomes apanhados atrás, mas conseguiram regressar ao grupo principal quando a corrida entrou nos últimos 20 quilómetros. Esse aumento de intensidade teve impacto direto na frente da corrida, com Bais e Milesi a serem finalmente alcançados a pouco mais de 13 km do final.

Nos derradeiros 4 quilómetros, Van Aert abandonou completamente a disputa, confirmando as suas palavras antes da etapa de que ainda não estava em forma para lutar por vitórias. Sem a habitual zona de neutralização para os homens da geral nos últimos 3 km, o posicionamento tornou-se caótico, com Primoz Roglic a mostrar-se atento e a surgir na frente do pelotão a 2 km da meta.

Com Mathias Vacek a impor o ritmo no início da última subida, parecia que Pedersen estaria fora da luta, caindo algumas posições no grupo. No entanto, o dinamarquês reapareceu no momento decisivo, colando-se à roda do checo no último quilómetro.

Num sprint final disputado entre Pedersen, Edoardo Zambanini e Tom Pidcock, a potência do dinamarquês voltou a fazer a diferença. Com um arranque fulminante, deixou os rivais para trás e selou mais uma vitória numa Corsa Rosa onde, até agora, não há ciclista mais decisivo.

 

Top 10 Giro d'Italia

 

1º Pedersen Mads - Lidl-Trek

2º Zambanini Edoardo - Bahrain Victorious

3º Pidcock Tom - Q36.5 Pro Cycling Team

4º Aular Orluis - Movistar Team

5º Fiorelli Filippo - VF Group-Bardiani CSF-Faizanè

6º Storer Michael - Tudor Pro Cycling Team

7º Pacher Quentin - Groupama-FDJ

8º Rivera Brandon - INEOS Grenadiers

9º Caruso Damiano - Bahrain Victorious

10º Del Toro Isaac - UAE Team Emirates-XRG

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/pedersen-imbatvel-na-volta-a-itlia-terceira-vitria-em-cinco-etapas-e-liderana-reforada

“Seleção Nacional/João Martins sexto na primeira etapa do GP Nações”


Por: Vasco Moreira

A Seleção Nacional de Sub-23 entrou da melhor forma no Grande Prémio das Nações, na Polónia. Na primeira etapa da prova o jovem João Martins discutiu os primeiros lugares no sprint decisivo, tendo terminado no sexto lugar.

Entre os restantes representantes da Seleção Nacional, Lucas Lopes foi 47.º, Duarte Domingues foi 89.º e Tiago Santos foi 103.º, todos com o mesmo tempo do vencedor, o francês Emmanuel Houcou. Noah Campos, por sua vez, sofreu uma queda e chegou fora do tempo limite, terminando assim a sua participação na prova.

“Esta é a única etapa com final plano e o objetivo passava por discutir a vitória. Conseguimos terminar com o João Martins na sexta posição, mesmo sem o Noah Campos para o lançar, o que poderia ter permitido chegar aos primeiros lugares”, explica José Poeira, Selecionador Nacional de Estrada.

A primeira etapa do Grande Prémio das Nações – Orlen Nations Grand Prix foi uma tirada de 156 quilómetros entre Łańcut e Jasło, maioritariamente plana, apesar de algum sobe e desce inicial. Foi nessa fase que se deu a movimentação do dia, com uma fuga protagonizada pelo italiano Filippo Turconi e pelo dinamarquês Kristian Egholm.

A dupla de fugitivos chegou a ter 3m35s de vantagem, mas Turconi deixou de cooperar após a vitória no sprint especial do dia. Egholm ainda aguentou, porém, acabou alcançado pelo pelotão liderado pelos Países Baixos a cerca de 38 quilómetros da meta. Aconteceu pouco depois da queda que afetou um ciclista ucraniano e o português Noah Campos.

O pelotão seguiu compacto até ao final, com o triunfo a discutir-se num sprint que sorriu ao francês Emmanuel Houcou, seguido do britânico Jed Smithson e do luxemburguês Mathieu Kockelmann.

O Grande Prémio das Nações continua esta quinta-feira, com a segunda etapa. Será uma tirada de 143,3 quilómetros, entre Jarosław e Arłamów, marcada por várias subidas e pelo final em alto, no Hotel Arłamów.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

“Última etapa da Volta a França sobe a Montmartre imitando percurso de Paris'2024”


Prova de fundo foi um dos maiores sucessos do evento do ano passado

 

Por: Lusa

Foto: Tour/Instagram

A última etapa da 112.ª Volta a França vai passar por Montmartre, copiando o traçado da prova de fundo de ciclismo de estrada dos Jogos Olímpicos Paris'2024, confirmou esta quarta-feira a organização.

"Para festejar o 50.º aniversário da primeira chegada aos Campos Elísios, um ano após o sucesso e a euforia da multidão no percurso olímpico de Paris'2024, o pelotão regressará à capital, num percurso que passará por Montmartre", lê-se em comunicado publicado no site oficial do Tour.

A prova de fundo de Paris'2024, vencida pelo belga Remco Evenepoel - que também conquistou o ouro no contrarrelógio -, foi um dos maiores sucessos dos Jogos Olímpicos, com meio milhão de pessoas apinhadas neste emblemático local da capital francesa.

"A cidade de Paris, a autarquia e os organizadores do Tour vão mobilizar-se para um evento único", salienta a organização.

O comunicado detalha que, em 27 de julho, os ciclistas vão subir a colina de Montmartre, passando diante do Sacré-C(ce)ur, "antes de disputarem uma etapa que pode quebrar as tradições estabelecidas nos últimos 50 anos no coração da capital".

A 'Grande Boucle' começa em Lille, em 05 de julho, e termina em Paris, depois de no ano passado Nice ter acolhido a etapa final, devido aos Jogos Olímpicos.

Fonte: Record on-line

“Rohan Dennis condenado a 17 meses de pena suspensa por morte da mulher”


Rohan Dennis declarou-se culpado no acidente que aconteceu a 30 de dezembro de 2023

 

Por: Lusa

O ex-ciclista Rohan Dennis foi condenado esta quarta-feira a 17 meses de prisão, com pena suspensa, por uma acusação agravada de risco de dano, no acidente que causou a morte da sua mulher Melissa Hoskins.

Em dezembro de 2024, Dennis tinha-se declarado culpado de ter criado "um risco de dano" no acidente que tinha levado à morte da sua mulher, em 30 de dezembro de 2023.

Segundo o juiz Ian Press, "descrever as consequências dos acontecimentos de 30 de dezembro de 2023 como trágicas não faz justiça à dor, à angústia" de todos aqueles que conheciam Melissa Hoskins.

De acordo com a acusação, Dennis saiu de casa após uma discussão com a mulher, para se acalmar e voltarem a falar mais tarde, mas Hoskins deitou-se no capô do carro, enquanto o ex-ciclista continuou a conduzir a cerca de 20 km/h, durante 10 segundos, percorrendo 75 metros, com a mulher a morrer num hospital de Adelaide devido aos ferimentos graves sofridos.

"Você fez isso num momento em que a senhora Dennis estava muito perto do carro e sabia disso. [...] O ato de conduzir enquanto ela estava no capô criou um risco de dano e você sabia disso, mas continuou a conduzir na mesma. Os atos que acabei de descrever são os atos pelo qual você deve ser punido", disse o juiz.

O juiz considerou que era "obrigação" de Dennis parar o carro quando percebeu que podia estar a pôr em causa o bem-estar da sua mulher e que a desculpa de que não parou porque queria se ir embora "é muito fraca".

"Por se ter dado como culpado, os seus remorsos e por ser o único cuidador dos dois filhos, [...] estou satisfeito de que existem boas razões para suspender a pena", disse o juiz, que decretou ainda a inibição de conduzir durante cinco anos.

Rohan Dennis foi duas vezes campeão mundial de contrarrelógio, em 2018 e 2019, terminou a carreira no final de 2023.

Fonte: Record on-line

Ficha Técnica

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