Jai Hindley vence a 9ª etapa
do Giro e João Almeida é 2.º da geral, ciclista português terminou este domingo
em 5.º
O ciclista português João
Almeida (UAE Emirates) subiu hoje ao segundo lugar da geral da Volta a Itália,
ao terminar a nona etapa, o primeiro grande teste na montanha, com o mesmo
tempo de Jai Hindley (BORA-hansgrohe), o vencedor.
No alto do Blockhaus, depois
dos 191 quilómetros da etapa, que partiu de Isernia, o australiano de 26 anos
foi o mais rápido no ‘sprint’, terminado com o tempo de 05:34.44 horas e
batendo quatro ciclistas, entre os quais João Almeida, que hoje ‘saltou’ do
oitavo para o segundo lugar da geral.
O espanhol Juan Pedro Lopez
(Trek-Segafredo) segurou a camisola rosa, ao terminar no 15.º posto, 01.46
minutos depois do primeiro grupo, mas viu reduzida a vantagem, para 12 segundos
sobre Almeida, 14 sobre Romain Bardet (DSM), e 15 sobre o equatoriano Richard
Carapaz (INEOS).
O primeiro grande teste de
montanha da edição de 2022 do Giro, com cinco contagens de montanha, duas delas
de primeira categoria, a última das quais coincidindo com a meta, serviu para
testar os favoritos, e começou com uma fuga controlada, na qual o austríaco
Feliz Gall (AG2R Citroen) era o mais bem classificado da geral, mas a mais de
seis minutos do camisola rosa.
O grupo de fugitivo passou
sozinho em Valico del Macerone e Rionero Sannitico, contagens de montanha de
terceira e segunda categorias, respetivamente, com uma vantagem de cinco
quilómetros sobre o pelotão, mas sempre com a Trek-Segafredo a controlar a
‘rosa’ de Juan Pedro López.
Com a aproximação ao
Blockhaus, numa subida de 13,6 quilómetros e com uma inclinação de 8,4%, a
INEOS, com Richie Porte à cabeça, liderou o primeiro grupo, até ao ataque de
Carapaz, Bardet e Mikel Landa (Bahrain-Victorious), que parecia derrubar João
Almeida, que, até à chegada, recuperou o contacto com este grupo, que disputou
a vitória na etapa ao ‘sprint’.
Carapaz tentou fugir a 4.600
metros do cume, mas acabou por ser apanhado por Bardet e Landa, e pouco depois
viu juntar-se-lhe um trio liderado por João Almeida, que seguia com Hindley,
que acabou por vencer a tirada, e com o veterano Domenico Pozzovivo
(Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux).
Hindley, que não vencia uma
etapa de montanha no Giro desde 2020, ano em que foi segundo na geral final
atrás do britânico Tao Geoghegan Hart, ficou feliz com o triunfo no Blockhaus,
mas deixou um aviso sobre eventuais expectativas: “Ainda estamos apenas no final da primeira semana”.
Um sentimento partilhado com o
português João Almeida. “Não me estava a
sentir bem, durante todo o dia, não sabia se conseguiria acompanhar os da
frente. Não sabia se teria pernas. Lutei para não perder muito tempo e acabei
feliz”, afirmou o corredor de 23 anos, natural de A-dos-Francos.
Na segunda-feira, o pelotão da
105.ª edição do Giro vai beneficiar de um dia de descanso da corrida, antes de
enfrentar os 196 quilómetros da 10.ª etapa, entre Pescara e Jesi, num percurso
praticamente plano, apenas com duas contagens de montanha de quarta categoria.
Os dois portugueses em prova,
ambos da UAE Emirates, tiveram desempenhos distintos na etapa, com Rui Costa a
subir do 49.º para o 44.º lugar da geral, enquanto Rui Oliveira desceu do lugar
145 para o 147.
Fonte: Sapo on-line