quinta-feira, 3 de novembro de 2022

“Um crono escalada e o final em Roma para o Giro de Itália de 2023”


Por: José Morais

Foto: Organização Giro

Em 2023 vai chegar a 106ª edição do Giro de Itália, serão 3,4 mil quilómetros a percorrer, com 51,300 metros de alta montanha, com a prova a ir para a estrada de 6 a 28 de maio, foi apresentado e Milão, onde pela quinta vez da história vai terminar em Roma, irá contar com três contrarrelógios que totalizaram com 70,60 quilómetros, sete etapas de montanha, quatro intermédias, e oito especiais para os velocistas.

A região de Abruzzo vai receber o início do Giro com um contrarrelógio Individual percorrido ao longo da ciclovia Costa dei Trabocchi, contará com uma etapa na Suíça onde os ciclistas vão ter a subida da Crans Montana que será uma das etapas mais importantes de 2023, com a passagem pelo Gran San Bernardo, com 2.469 metros altitude, mas haverá outro destaque, será a crono escalada de 18,6 quilómetros a realizar no penúltimo dia, um local que cria grande expetativa.

Com a apresentação no histórico Teatro Lirico Giorgio Gaber  mesmo centro de Milão, onde marcaram presença muitas figuras conhecidas, no palco da apresentação estiveram Jay Hindley, o vencedor do Giro de 2022,v Arnaud Demare o vencedor da camisola dos pontos, Koen Bouwman o vencedor da camisola de melhor trepador, ainda Alberto Contador e Vincenzo Nibali marcaram a sua presença.  

 

O que os ciclistas vão encontrar na primeira semana:

 

Pela segunda vez o Giro de Itália começará na região de Abruzzo, depois de sua estreia em 2001, a 1ª etapa no dia 6 de maio, será um contrarrelógio individual de 18,4 quilómetros, que será percorrida na totalidade pela ciclovia dei Trabocchi, uma antiga linha férrea desativada, e transformada em ciclovia, será um percurso totalmente plano na primeira parte, com o mar a acompanhar a mesma, com a estrada a subir cerca de 1 quilómetro até ao final, com a reta final e a meta instalada no centro da cidade de Ortona.  

Será a primeira oportunidade para os velocistas na 2ª etapa, a ser percorrida na orla marítima de San Salvo Marina, e na 3ª etapa vem o Monte Vulture que se destaca na mesma, o qual irá anteceder a primeira chegada em alto na 4ª etapa com 184 quilómetros, e 3500 metros de subida, com a chegada da 5ª etapa,  mais uma propícias a velocistas que terminará e Salerno, chega a 6ª etapa, que será um tipo de passeio entre Sorrento e Amalfi, com cenário de descanso, com saída e chegada a Nápoles.

O topo da montanha no Campo Imperatore, será a chegada da 7ª etapa, situada nas sombras do Gran Sasso, que fica a 2.135 metros de altitude, aqui serão testados os trepadores, será uma subida gradual com cerca de 45 quilómetros, onde os ciclistas a meio irão ter uma falsa subida, onde os mesmo poderão descansar, a mesma e bem conhecida de Jai Hindley, o campeão do Giro de 2022, o qual referiu que: “a 7ª etapa com a chegada ao topo do Campo Imperatore, é sem muito importante, consegui ganhar lá em 2017 no Giro Sub 23 (Giro Ciclistico de Itália), e apesar de ainda não ter definido os meus planos para 2023, espero estar no início do Giro no próximo ano e mostrar-me outra vez”.

Com 207 quilómetros chega a 8ª etapa, será muito dura, com 2,500 metros de subidas curtas, mas muito ingremes, são usadas no Tirreno-Adriático, e serão as últimas apenas a 5 quilómetros da meta, e chegamos ao final da primeira semana com a 6ª etapa, onde o pelotão vai ter um percurso plano pelas estradas da Romagna perto de Rimini, com o início em Savignano al Rubicone e a terminar em Cesena, na sede da empresa Technogym, num contrarrelógio de 33,6 quilómetros. 

 

O que os ciclistas vão encontrar na segunda semana:

 

Depois do primeiro descanso do Giro, o mesmo vai cruzar a Toscana seguindo para norte, para o primeiro Piemonte, para as etapas dos sprints em Viareggio, será na 10ª e 11ª etapa, apesar das mesmas terem incluído mais de 2000 metros de subidas.

Mas na etapa 12ª irá haver mudanças para Rivoli, onde haverá subidas maiores e mais difíceis, com o final da etapa de 179 quilómetros passando pelas colinas a oeste de Turim, e no final haverá estradas onduladas até cortar a linha de chegada.

Chega a 13ª etapa com o pelotão a ir até ao topo da montanha de Crans Montana em terras suíças, será a última etapa em terras fora de Itália em 2023, serão 208 quilómetros, onde haverá 5100 metros de subida, com o Colle del Gran San Bernardo de 2.465 de altura, os corredores irão encontrar ainda 15 quilómetros de La Croix de Coeur antes da subida até a chegada na estação de esqui. 

E irá entretanto chegar o fim-de-semana com o ciclismo italiano a celebrar, com o final em Cassano Magnago, a cidade-natal de Ivan Basso, e depois de uma etapa de muita montanha em redor de Bergamo, que passará por muitos trechos da Il Lombardia.  

 

O que os ciclistas vão encontrar na terceira semana:

 

Depois do segundo dia de descanso do Giro, o pelotão ruma para leste em direção a Trentino, para a semana final e já clássica no Giro de Itália nas montanhas, com a 16ª etapa a ser percorrida entre Sabbio Chiese e Monte Bondone, que se inicia perto do Lago de Garda, mas onde haverá uma subida de 5200 metros pelo caminho para o alto da montanha, com os ciclistas a percorrem 10 quilómetros de entrada Aldeno, para chegar ao Monte Bondone, com inclinações a 15%, mas logo a seguir na 17ª etapa haverá um descanso nas subidas, será percorrida pela Costa Veneziana, onde os velocistas poderão ter as suas oportunidades.

Depois de uma etapa mais suave, a 18ª regressa com montanhas, entre Oderzo e Val di Zoldo, com apenas de 160 quilómetros, haverá uma dificuldade de 4 estrelas para um máximo de 5 em termos de dificuldade, com o final a incluir o Forcella Cibiana, e a primeira visita ao Coi, onde se incluem 4 quilómetros com mais de 10% e outras zonas a 19% de inclinação, a cinco quilómetros da linha de chagada.

É uma etapa clássica a 19ª etapa com 182 quilómetros entre Longarone e Tre Cime di Lavaredo, com 5400 metros de subida, pelas impressionantes Dolomitas, com a segunda metade da etapa a incluir o Passo di Campolongo, o Passo Valparola, o terrível Passo Giau, o Passo Tre Croci e depois até o Tre Cime di Lavaredo, onde Nibali conseguiu em 2013 venceu na neve.

A 20ª etapa será transferida para o leste, quase junto à fronteira com a Eslovênia, onde se realizará o contrarrelógio de montanha com 18,6 quilómetros entre Tarvisio e Monte Lussari, com uma subida média de 12%, mas onde os primeiros 4,5 quilómetros iniciais tera15% de inclinação.

Mas a chegada da 21ª etapa, será a decisão final se a decisão estiver tardia, Roma será o local da chegada final, pelas estradas irregulares da capital esperam-se belas imagens em redor das ruínas de Fori Imperiali, o Coliseu, e na última meta do Giro de Itália, iremos descobrir o grande vencedor de 2023, da edição 106ª.

“TAS rejeita recurso da desclassificação no Tour do ciclista colombiano Quintana”


Por: VR // JP

Foto: Reuters

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) rejeitou o recurso do ciclista colombiano Nairo Quintana (Arkéa Samsic) pela desclassificação da última Volta a França, por alegado consumo de substância proibida, anunciou hoje a União Ciclista Internacional (UCI).

De acordo com a decisão do TAS, a presença de Tramadol no sangue do corredor era suficiente para justificar a sanção imposta pela UCI no passado dia 17 de agosto.

Quintana, de 32 anos e vencedor do Giro em 2014 e da Vuelta em 2016, concluiu a última edição do Tour na sexta posição, mas foi sancionado por violação das regras médicas da UCI, ao usar o analgésico tramadol, proibido em competição desde 01 de março, tendo este recorrido para o TAS, que agora rejeitou esse mesmo recurso.

Fonte: Lusa

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