quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

“Passeios de Cicloturismo e carolices…”


A pergunta fica no ar, sabe o que é um carola ou uma carolice?

 

Por: José Morais

Fotos: Arquivo Revista Notícias do Pedal

Corria o ano de 1986, quando pela primeira vez participei num passeio de cicloturismo, bem me lembro desse dia que me marcou, fui num passeio da “CARRIS”, que se iniciou na Musgueira em Lisboa.

Não posso dizer que fosse uma boa experiência, depois de muitos anos sem andar de bicicleta, a velocidade imposta não era para mim, e 3 ou 4 quilómetros do início do passeio, tive uma avaria, o que me impossibilitou de continuar, mas não desanimei.

Depois de participar em diversos passeios, fui convidado a integrar a tão conhecida equipa da altura, os “Gatos Assanhados”, que durantes muitos anos pedalamos juntos em animados convívios cicloturisticos.

A isto, juntou-se outra grande paixão, a de escrever e fotografar, iniciei-me então no jornalismo, na altura no muito conhecido jornal “Duas Rodas”, passando ao longo dos anos por muitas outras publicações, em 1999, decidi lançar a primeira revista on-line nacional sobre ciclismo o “Notícias do Pedal”.

Ao longo de 25 anos a Revista Notícias do Pedal, tem resistido, muitas publicações ficaram pelo caminho, temos dado a voz, inicialmente ao cicloturismo, depois a todas as modalidades onde se utiliza a bicicleta, sem apoios, sem publicidade, resumindo uma “Carolice”, uma paixão pela bicicleta.


Temos feito um trabalho ao longo dos anos de grande divulgação, muitos quilómetros na estrada, fazendo o trabalho de quem por direito o deveria de fazer, apoiando o cicloturismo, divulgando o mesmo, tentando sempre levar o mesmo o mais alto possível, dando voz assim a organizadores e participantes.

Temos muito orgulho em dizer que fomos os únicos a distinguir os melhores passeios do ano, quando em 2010 criamos o “Prémio Notícias do Pedal” distinguindo o melhor passeio do ano, o qual realizamos de dois em dois anos, o mesmo foi realizado ainda em 2012 e 2014, a primeira edição foi para o “Pinhal Novo”, a segunda para o “Penteado”, e a terceira e última para “Pombal”, de relembrar que não apenas entregamos o primeiro prémio, como distribuímos diversos galardões a outros passeios que ficaram em segundo e terceiro lugar.

O cicloturismo atual é totalmente diferente, os convívios são outros, e o número de participantes reduziu, como muitos grandes passeios a ficaram pelo caminho, em primeiro, pela falta de divulgação de quem de direito e pelo desinteresse pela modalidade, depois novas iniciativas surgiram com outro tipo de eventos, porem, também muitos dos cicloturistas que se iniciaram no inicio da modalidade em Portugal também envelheceram, e o estimulo que existia à cerca de 40 anos, sejam para mais idosos ou mais jovens, deixou de ser prioridade para quem tinha o direito de o fazer.

Mas, e os apoios, muitas equipas que eram apoiadas por Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia que deixaram de subsidiar a modalidade, e ainda pela chegada da pandemia, que afundou ainda mais o cicloturismo. porem, o mesmo continua ainda a mexer, e felizmente ainda existem muitos passeios que vão para a estrada, com os amantes do cicloturismo a recordarem ainda as grandes clássica que morreram.

E a pergunta que deixei no ar no inicio, “sabe o que é um carola ou uma carolice?”, e a resposta aqui fica, alguns que ainda acreditam, e mantém a modalidade ainda na estrada, aqueles que lutam contra tudo e contra todos, para anualmente levarem para a estrada pessoas a andar de bicicleta, a promover a mesma, a incentivarem os mais jovens, e a apoiar os mais idosos, que muitas vezes com grandes custas, e às vezes algum prejuízo, organizam passeios de cicloturismo, sem apoios, e sem divulgação, de quem de direito deveria apoiar os seus eventos.

Nós, temos feito o nosso trabalho em prol da modalidade ao longo dos anos, e vamos continuar a fazer, já reconhecemos vários passeios, e demos galardões em passeios eleitos pelos cicloturistas, algo muito esquecido, e não estará na hora de reconhecer os “Carolas” que por “Carolice” ainda conseguem colocar passeios na estrada?

As iniciativas como se costuma dizer na gíria, homenagens devem de ser feitas em vida, e não depois de morrer…

Vamos pensar…

Bons passeios, boas pedaladas.

“Ruben Guerreiro à procura de relançar a carreira em 2025: "Quero ganhar outra vez nas maiores corridas do mundo"


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O ciclista português Ruben Guerreiro não vive dias fáceis. O "Cowboy de Pegões" tem tido épocas marcadas por lesões e entra agora no seu terceiro e último ano de contrato com a Movistar Team.

O ciclista de 30 anos, que venceu uma etapa e a Camisola da Montanha na Volta a Itália de 2020, perdeu no total 12 semanas de corrida em 2024 devido a uma hérnia, que foi desenvolvendo após 3 fraturas de clavícula que teve anteriormente, e uma concussão provocada por uma queda na Volta ao Luxemburgo que acabou mesmo por dar por terminada a sua época.

À conversa com o TopCycling, Ruben Guerreiro revelou-nos como ultrapassou esta fase mais conturbada. “Sofri uma queda grave que revelou graves problemas cervicais, resultado de outras quedas. Caio pouco, mas quando caio é a sério. Surgiu na pior altura, na preparação para o Giro, onde tinha expetativas altas porque já lá fui feliz. Um pouco sem sabermos não tivemos a melhor atitude porque dei continuidade aos treinos mesmo com uma dorzinha. Isso agravou o problema e o descanso teve que ser maior. Estive parado dois meses, não consegui fazer preparação para o Tour e tornou mais difícil a da Vuelta."

Relativamente a planos para 2025, o português ainda não tem um programa delineado numa altura em que já alguns dos lugares da Movistar para as Grandes Voltas estão atribuídos. No Giro a equipa deverá alinhar com Nairo Quintana, Einer Rubio e Davide Formolo, no Tour a equipa vai alinhar com Enric Mas, Pablo Castrillo e o outro português da equipa Nelson Oliveira, e na Vuelta para já só temos confirmação de Enric Mas e Nairo Quintana. No entanto ainda há margem para o Ruben poder progredir e com isso garantir um lugar dentro de uma Grande Volta. “Gosto do início de temporada e de climas quentes. De momento não delineamos o programa nem tenho Grandes Voltas no programa porque depende das indicações que der. Gostava de fazer uma corrida dura por etapas em fevereiro. Todos sabem que sou competitivo, talvez 2024 tenha sido um desafio e veremos quando essa motivação surge porque ainda estamos a começar. Um ciclista vai ganhando confiança pouco a pouco para voltar a fazer coisas boas."

No seu melhor, Ruben Guerreiro é um trepador de excelência e um excelente ciclista de clássicas. Numa Movistar que não tem de todo um plantel de luxo e acabou por perder os seus principais ciclistas de clássicas como Oier Lazkano e Alex Aranburu tendo-se reforçado principalmente com a recente sensação das montanhas Pablo Castrillo, bem como com o ex-ciclista da Team Visma | Lease a Bike que esteve suspenso devido a um controlo antidoping positivo, Michael Hessmann, é possível que o ciclista português tenha o seu próprio espaço para se mostrar. Isto claro se conseguir apresentar a sua melhor forma. "Quero ganhar outra vez nas maiores corridas do mundo, mas neste momento é difícil. É trabalhar ao máximo e lutar um dia poder lugar por ganhar numa Grande Volta como fiz em 2020. Começo com três ou quatro passos atrás em relação aos outros ciclistas.” admite.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/ruben-guerreiro-a-procura-de-relancar-a-carreira-em-2025-quero-ganhar-outra-vez-nas-maiores-corridas-do-mundo

“O cazaque Ilkhan Dostiyev é suspenso por quatro anos por uso de CERA”


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Ilkhan Dostiyev vai cumprir uma suspensão de quatro anos por uso de substâncias proibidas. O cazaque de 22 anos, acusou positivo por duas vezes num período de três semanas, tanto em competição como fora delas, por uso de CERA.

Dostiyev foi uma das revelações de 2024, com o 2º lugar da geral na Volta ao Ruanda (2.1), vitórias em etapas de corridas internacionais de sub-23, a Orlen Nations GP e a Valle d'Aosta, ou o triunfo à geral na Turul Romaniei (2.2).

Foi nesta última que a UCI suspendeu provisoriamente Dostiyev a 12 de setembro. De acordo com o que se sabe, Dostiyev admitiu internamente o uso de substâncias proibidas e a equipa despediu o trepador cazaque um dia depois.

"Confiávamos no Ilkhan Dostiyev como um dos líderes da equipa e tínhamos grandes expectativas em relação a ele, que agora estão completamente desfeitas", disse o diretor desportivo da equipa de desenvolvimento Alexandr Shushemoin quando a notícia foi divulgada pela primeira vez há quatro meses.

Antes desta notícia, corria o boato de que Dostiyev, que esteve em bom plano na primeira metade de 2024, iria tornar-se profissional pela Astana Qazaqstan Team (atualmente XDS Astana Team). Se já existia um contrato assinado entre as duas partes, nunca saberemos.

Segue abaixo a declaração completa emitida pela UCI:

A Union Cycliste Internationale (UCI) anuncia que o ciclista cazaque Ilkhan Dostiyev foi suspenso com um período de inelegibilidade de quatro anos na sequência de uma Violação da Regra Antidopagem (ADRV) pela presença de metoxi-polietilenoglicol-epoetina beta 1 (CERA) em duas amostras recolhidas, fora de competição a 30 de julho de 2024 e em competição em 17 de agosto de 2024 durante o Turul Romaniei (Volta à Roménia).

De acordo com o Código Mundial Antidopagem e as Regras Antidopagem da UCI, o período de inelegibilidade começou em 9 de setembro de 2024 e permanecerá em vigor até 8 de setembro de 2028.

O caso foi resolvido através de uma aceitação das consequências, tal como previsto no Código e no ADR da UCI.

A UCI não fará mais comentários.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/o-cazaque-ilkhan-dostiyev-suspenso-por-quatro-anos-por-uso-de-cera

“Alberto Contador aponta a etapa que pode ser decisiva na Volta a Itália: "É um esforço muito grande"


Por: Ivan Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Alberto Contador foi um dos convidados da gala de apresentação da Volta a Itália e, depois de se ter desenrascado o melhor que pôde com o italiano no palco, respondeu em espanhol aos seus colegas do Eurosport após o evento. Falou sobre o percurso de 2025, que apresenta algumas montanhas que ele conhece muito bem, porque as fez durante a sua carreira.

O bicampeão do Giro (em 2011 o triunfo foi-lhe retirado) acredita que vamos assistir a uma Corsa Rosa espetacular, com um percurso que considera muito duro e atraente, com um pouco de tudo.

"Gosto sobretudo do facto de que vai ser uma autêntica Volta a Itália, com etapas que permitem jogar tacticamente, partir a corrida e depois uma última semana muito dura, com Mortirolo, com o Colle delle Finestre no penúltimo dia, que me fez sofrer muito em 2015. O Froome conseguiu ganhar lá. Penso que é uma Volta a Itália muito, muito atrativa, também com o Sterrato em Siena, um pouco como a Strade Bianche, 2 contrarrelógios individuais. É um Giro muito bom."

Foi questionado sobre a etapa rainha do Giro 2025 e o espanhol, apesar de ter deixado claro que há várias etapas que podem ser consideradas rainhas, acabou por se decidir pela penúltima etapa, a que antecede a chegada a Roma e que pode causar uma reviravolta na classificação geral se alguém vacilar depois de todos os esforços feitos durante 3 semanas:

"É difícil dizer qual é a etapa rainha porque há várias etapas com cerca de 5.000 metros de desnível acumulado. Penso que, devido à sua localização e à sua dureza, acho que o Colle delle Finestre, que será o Cima Coppi deste ano".

"Porquê? Porque já trazem nas pernas um esforço muito grande e é uma passagem de montanha onde há sempre ciclistas que rebentam por completo. Penso que, pela importância que esse dia pode ter no caso de alguém ter um dia mau, seria a etapa 20, o Colle delle Finestre".

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/alberto-contador-aponta-a-etapa-que-pode-ser-decisiva-na-volta-a-italia-e-um-esforco-muito-grande

“Luís Mendonça, Luís Fernandes e Venceslau Fernandes suspensos preventivamente”


Devido a anomalias no passaporte biológico

 

Por: Lusa

Foto: Sabgal

Os ciclistas Luís Mendonça, Luís Fernandes e Venceslau Fernandes estão suspensos preventivamente devido a anomalias no passaporte biológico, confirmou esta quarta-feira à agência Lusa fonte conhecedora do processo.

A mesma fonte disse que os três foram suspensos durante o último trimestre de 2024, sem indicar, contudo, a que anos se referem as anomalias detetadas.

Mendonça, que cumpre 39 anos na sexta-feira, conta no currículo com várias vitórias em provas de relevo do calendário nacional, nomeadamente a Volta ao Alentejo (2018), o Grande Prémio O Jogo (2019), o GP Abimota (2022), o GP Anicolor (2023) ou o GP Douro Internacional (2023).

Nas últimas cinco temporadas, o sprinter esteve na estrutura da Sabgal-Anicolor, depois de ter representado Rádio Popular-Boavista (2019) e a equipa do Louletano.

Já Luís Fernandes, que anunciou o final da carreira em outubro, tem como principal resultado o quarto lugar na Volta a Portugal de 2022, tendo lutado pelo top 10 em outras edições da prova 'rainha' do calendário nacional.

Na sua carreira, o já ex-ciclista de 37 anos representou várias formações lusas, nomeadamente a OFM-Quinta da Lixa (2013-2015), o Sporting-Tavira (2016-2017), o Louletano (2018-2019) e a Rádio Popular-Boavista (2020-2023), antes de alinhar na Credibom-LA Alumínios-Marcos Car.

Venceslau Fernandes, de 28 anos, tem um palmarés mais modesto, após ter vencido a Volta a Portugal do Futuro em 2018. Nas duas temporadas anteriores alinhou na AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense, depois de ter começado a carreira na Liberty Seguros-Carglass e ter passado pela Oliveirense e pelo Feirense.

Em setembro, o presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) tinha revelado à Lusa a existência de cinco processos de passaporte biológico no ciclismo português e, em outubro, fonte da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) confirmou à Lusa que Frederico Figueiredo e Luís Gomes estavam suspensos preventivamente.

O passaporte biológico é um 'mecanismo' que se baseia na monitorização de determinados parâmetros biológicos (através de amostras de sangue e de urina), que, de uma forma indireta, podem revelar os efeitos da utilização de substâncias ou métodos proibidos, em oposição às estratégias tradicionais de deteção direta de substâncias ou métodos proibidos em amostras de sangue e de urina.

A FPC tem em vigor um protocolo com a ADoP que estende o passaporte biológico -- só obrigatório para formações dos dois primeiros escalões mundiais da modalidade - à totalidade dos corredores das equipas continentais portuguesas, incluídas na terceira divisão.

Fonte: Record on-line

Ficha Técnica

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