Por: Ivan Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
O ciclista português Ruben
Guerreiro não vive dias fáceis. O "Cowboy de Pegões" tem tido épocas
marcadas por lesões e entra agora no seu terceiro e último ano de contrato com
a Movistar Team.
O ciclista de 30 anos, que
venceu uma etapa e a Camisola da Montanha na Volta a Itália de 2020, perdeu no
total 12 semanas de corrida em 2024 devido a uma hérnia, que foi desenvolvendo
após 3 fraturas de clavícula que teve anteriormente, e uma concussão provocada
por uma queda na Volta ao Luxemburgo que acabou mesmo por dar por terminada a
sua época.
À conversa com o TopCycling,
Ruben Guerreiro revelou-nos como ultrapassou esta fase mais conturbada. “Sofri
uma queda grave que revelou graves problemas cervicais, resultado de outras
quedas. Caio pouco, mas quando caio é a sério. Surgiu na pior altura, na
preparação para o Giro, onde tinha expetativas altas porque já lá fui feliz. Um
pouco sem sabermos não tivemos a melhor atitude porque dei continuidade aos
treinos mesmo com uma dorzinha. Isso agravou o problema e o descanso teve que
ser maior. Estive parado dois meses, não consegui fazer preparação para o Tour
e tornou mais difícil a da Vuelta."
Relativamente a planos para
2025, o português ainda não tem um programa delineado numa altura em que já
alguns dos lugares da Movistar para as Grandes Voltas estão atribuídos. No Giro
a equipa deverá alinhar com Nairo Quintana, Einer Rubio e Davide Formolo, no
Tour a equipa vai alinhar com Enric Mas, Pablo Castrillo e o outro português da
equipa Nelson Oliveira, e na Vuelta para já só temos confirmação de Enric Mas e
Nairo Quintana. No entanto ainda há margem para o Ruben poder progredir e com
isso garantir um lugar dentro de uma Grande Volta. “Gosto do início de
temporada e de climas quentes. De momento não delineamos o programa nem tenho
Grandes Voltas no programa porque depende das indicações que der. Gostava de
fazer uma corrida dura por etapas em fevereiro. Todos sabem que sou
competitivo, talvez 2024 tenha sido um desafio e veremos quando essa motivação
surge porque ainda estamos a começar. Um ciclista vai ganhando confiança pouco
a pouco para voltar a fazer coisas boas."
No seu melhor, Ruben Guerreiro
é um trepador de excelência e um excelente ciclista de clássicas. Numa Movistar
que não tem de todo um plantel de luxo e acabou por perder os seus principais
ciclistas de clássicas como Oier Lazkano e Alex Aranburu tendo-se reforçado
principalmente com a recente sensação das montanhas Pablo Castrillo, bem como
com o ex-ciclista da Team Visma | Lease a Bike que esteve suspenso devido a um
controlo antidoping positivo, Michael Hessmann, é possível que o ciclista
português tenha o seu próprio espaço para se mostrar. Isto claro se conseguir
apresentar a sua melhor forma. "Quero ganhar outra vez nas maiores
corridas do mundo, mas neste momento é difícil. É trabalhar ao máximo e lutar
um dia poder lugar por ganhar numa Grande Volta como fiz em 2020. Começo com
três ou quatro passos atrás em relação aos outros ciclistas.” admite.
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