sábado, 7 de dezembro de 2024

“Pendurou a bicicleta por problemas de saúde mental: "Depois da Flandres, fiquei dentro do meu carro de olhos fechados, com medo de não chegar a casa"


Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com/

O ciclista da Q36.5 Pro Cycling Team, Tom Devriendt, decidiu parar a sua carreira aos 33 anos de idade. Em declarações ao Sporza, Devriendt revelou que nos últimos dois anos teve problemas de saúde mental, desde o seu quarto lugar na Paris-Roubaix em 2022. Naquele dia, Devriendt liderou a corrida durante 30 km, perdendo por pouco um lugar no pódio numa chegada ao sprint.

"No inverno antes da época de 2023, perdi de repente uma quantidade absurda de peso. A minha percentagem de gordura desceu para 4%", disse ao Sporza. "Isso foi na Volta a Valência. Estavam 17 graus e eu usei um casaco, porque tinha frio. É estranho, porque como ciclista de clássicas sempre lidei bem com o frio".

Depois da Volta a Valência, fiquei extremamente cansado e nunca mais atingi o meu nível", afirma, revelando o impacto que a doença teve sobre ele. "Cheguei a casa depois da Amstel Gold Race e fui diretamente para a cama para começar o meu período de descanso. Depois, começaram os problemas de estômago... Durante 8 meses, tive de ir à casa de banho dia e noite, 10 a 12 vezes por dia."

Após meses de testes e de espera, Devriendt acabou por ser diagnosticado com a doença de Crohn, uma doença inflamatória do trato intestinal. "Depois do GP de Monseré estive de cama durante 12 dias seguidos. Já não conseguia fazer nada", disse. "A equipa ainda queria que eu participasse na Volta à Flandres. Não pedalei durante 3 dias antes da Volta porque tinha medo de não conseguir chegar à meta em Oudenaarde“, prosseguiu.

"Durante a Volta andei nos três primeiros durante todo o dia, mas acabei por desistir durante uma passagem em Oudenaarde. Depois no autocarro da equipa, implorei ao pessoal que não me escolhesse para a Paris-Roubaix. Estava completamente exausto e vazio, todo o meu corpo estava desequilibrado. É difícil exprimir este sentimento em palavras, é como se a minha alma tivesse abandonado o meu corpo. Quando quis ir para casa depois da Volta, fiquei dentro do meu carro de olhos fechados durante algum tempo, com medo de não conseguir chegar a casa".

Devriendt explicou ainda como encontrou a paz: "Muitos ciclistas disseram que seria difícil parar de correr. Mas para mim é realmente uma libertação.""A maioria das pessoas considerará o 4º lugar em Paris-Roubaix como um ponto alto na minha carreira. Mas continuo a sentir pena por ter perdido o pódio devido a um erro no sprint. Embora hoje não me preocupe muito com isso".

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“Jan Bakelants manifestou as suas preocupações com os Mundiais do Ruanda: "Este Campeonato do Mundo será um teste à vontade do pelotão em ser vacinado"


Por: Carlos Silva

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Os Campeonatos do Mundo de ciclismo de estrada irão embarcar numa viagem até ao Ruanda em 2025, para se encontrarem os próximos atletas a meterem as mãos nas Camisolas Arco Íris. No entanto, segundo o ex-profissional Jan Bakelants, a viagem até ao país africano poderá levantar problemas a algumas estrelas de topo do pelotão.

Actualmente uma das preocupações para todos os que se deslocam para o Ruanda é o vírus de Marburgo (MVD), mas outras doenças e enfermidades como a malária, a febre amarela, a hepatite A e B, a febre tifoide, o tétano, a difteria, entre outras, constam dos avisos de quem deseja viajar para o país. Embora a vacinação não seja obrigatória para entrar no Ruanda, a maioria das autoridades nacionais recomenda-a antes de viajar e na opinião de Bakelants, este será um facto que pode levar alguns ciclistas a não participarem na próxima edição do Campeonato do Mundo.

"Este Campeonato do Mundo será um teste à vontade do pelotão em ser vacinado", diz Bakelants na sua análise para o HLN. "Nem toda a gente ficou satisfeita com as vacinas contra a Covid há alguns anos. Alguns ciclistas ficaram doentes durante semanas. Essa experiência negativa levará a que alguns ciclistas não queiram ser vacinados novamente."

Como já foi referido, embora as vacinas não sejam obrigatórias, são recomendadas. "Parece mais inteligente fazê-las", diz Bakelants. "E é melhor fazê-las o mais depressa possível. Se depois de uma injeção, ficarem duas semanas menos bem, isso não será assim tão mau. Mas se isso acontecer na primavera, no período que antecede o Tour ou imediatamente antes do Campeonato do Mundo, então temos um problema. Nessas alturas, não queremos estar menos bem em cinco por cento, só porque fomos vacinados na altura errada".

"Pode ser um Campeonato do Mundo muito bom e não devemos assustar demasiado as pessoas. Não é como se o Wout van Aert e o Remco Evenepoel fossem caminhar pelo mato e dormir debaixo das folhas de uma bananeira. As condições serão boas, mas é preciso tomar precauções", continua o belga. "Por exemplo, houve recentemente um surto do vírus de Marburgo em Kigali e isso não é nenhum motivo para rir. É muito sério e perigoso. Por isso é melhor ter cuidado e tomar medidas pro-activas."

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“Remco Evenepoel "oito semanas sem pedalar" após acidente em treino”


Patrick Lefevere fez ponto de situação

 

Por: Lusa

O ciclista belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) vai ficar "oito semanas sem pedalar" após um acidente grave em treino que o deixou com várias fraturas, disse este sábado o patrão da equipa belga que representa.

Segundo Patrick Lefevere, sofreu "cinco lesões diferentes, incluindo nos ligamentos da escápula", que levaram a operação, e "os médicos falam em oito semanas sem pedalar", declarou aos meios de comunicação social da Bélgica.

Este período colocaria o campeão olímpico de fundo e de contrarrelógio em Paris'2024 a regressar ao trabalho apenas no final de janeiro, afetando a preparação para a nova temporada.

Ainda segundo Lefevere, regressar nas corridas do início de março à competição, como o Tirreno Adriático ou o Paris-Nice, será “apertado, mas possível com alguém tão determinado como Evenepoel".

Remco Evenepoel embateu contra a porta de um veículo dos correios, depois de a carteira a ter aberto abruptamente, na terça-feira, ficando com fraturas numa costela, omoplata e mão direitas, contusões nos pulmões e "uma deslocação da clavícula direita, que rasgou os ligamentos envolventes".

"Vai ser uma longa jornada, mas estou plenamente focado na minha recuperação e determinado a regressar mais forte, passo a passo", escreveu, na quarta-feira, o duplo campeão olímpico em Paris'2024.

Um dos grandes nomes do ciclismo mundial da atualidade, Evenepoel, de 24 anos, já tinha sofrido esta temporada uma queda na Volta ao País Basco, na qual fraturou a clavícula e omoplata direitas, mas voltou à estrada a tempo de subir ao pódio na estreia na Volta a França foi terceiro, conquistar dois ouros olímpicos e ainda o título mundial de contrarrelógio.

Este novo acidente deverá atrasar o arranque de época do vencedor da Vuelta'2022, que, no ano passado, iniciou a temporada em Portugal, com vitórias na Clássica da Figueira e na Volta ao Algarve, neste caso pela terceira vez.

Fonte: Record on-line

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