Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com/
Os Campeonatos do Mundo de
ciclismo de estrada irão embarcar numa viagem até ao Ruanda em 2025, para se
encontrarem os próximos atletas a meterem as mãos nas Camisolas Arco Íris. No
entanto, segundo o ex-profissional Jan Bakelants, a viagem até ao país africano
poderá levantar problemas a algumas estrelas de topo do pelotão.
Actualmente uma das
preocupações para todos os que se deslocam para o Ruanda é o vírus de Marburgo
(MVD), mas outras doenças e enfermidades como a malária, a febre amarela, a
hepatite A e B, a febre tifoide, o tétano, a difteria, entre outras, constam dos
avisos de quem deseja viajar para o país. Embora a vacinação não seja
obrigatória para entrar no Ruanda, a maioria das autoridades nacionais
recomenda-a antes de viajar e na opinião de Bakelants, este será um facto que
pode levar alguns ciclistas a não participarem na próxima edição do Campeonato
do Mundo.
"Este Campeonato do Mundo
será um teste à vontade do pelotão em ser vacinado", diz Bakelants na sua
análise para o HLN. "Nem toda a gente ficou satisfeita com as vacinas
contra a Covid há alguns anos. Alguns ciclistas ficaram doentes durante
semanas. Essa experiência negativa levará a que alguns ciclistas não queiram
ser vacinados novamente."
Como já foi referido, embora
as vacinas não sejam obrigatórias, são recomendadas. "Parece mais
inteligente fazê-las", diz Bakelants. "E é melhor fazê-las o mais
depressa possível. Se depois de uma injeção, ficarem duas semanas menos bem, isso
não será assim tão mau. Mas se isso acontecer na primavera, no período que
antecede o Tour ou imediatamente antes do Campeonato do Mundo, então temos um
problema. Nessas alturas, não queremos estar menos bem em cinco por cento, só
porque fomos vacinados na altura errada".
"Pode ser um Campeonato
do Mundo muito bom e não devemos assustar demasiado as pessoas. Não é como se o
Wout van Aert e o Remco Evenepoel fossem caminhar pelo mato e dormir debaixo
das folhas de uma bananeira. As condições serão boas, mas é preciso tomar
precauções", continua o belga. "Por exemplo, houve recentemente um
surto do vírus de Marburgo em Kigali e isso não é nenhum motivo para rir. É
muito sério e perigoso. Por isso é melhor ter cuidado e tomar medidas
pro-activas."
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