segunda-feira, 15 de março de 2021

“Mads Würtz Schmidt impôs-se na sexta etapa do Tirreno-Adriático”


Nelson Oliveira foi quinto, Tadej Pogacar conservou a liderança da geral

 

Por: Lusa

O ciclista Mads Würtz Schmidt impôs-se esta segunda-feira na sexta etapa do Tirreno-Adriático, na qual o português Nelson Oliveira foi quinto, após integrar a fuga do dia, com o esloveno Tadej Pogacar a conservar a liderança da geral.

No final dos 169 quilómetros entre Castelraimondo e Lido di Fermo, 'animados' por uma escapada de seis corredores, entre os quais o português da Movistar, o ciclista dinamarquês da Israel Start-Up Nation foi o mais rápido, cumprindo a tirada em 03:42.09 horas.

Brent van Moer (Lotto Soudal), segundo, e Simone Velasco (Gazprom-RusVelo), terceiro, secundaram Mads Würtz Schmidt, com Nelson Oliveira a fechar a sua jornada de 'aventura' na quinta posição, com o mesmo tempo do vencedor.

O pelotão, que 'facilitou' na perseguição aos fugitivos, reagiu demasiado tarde e cortou a meta 01.09 minutos depois dos cinco primeiros, com Ivo Oliveira (UAE Emirates) a chegar no 16.º lugar, à frente de João Almeida (Deceuninck-QuickStep) e do seu companheiro de equipa e 'maglia azzurra' Tadej Pogacar, que foram, respetivamente, 23.º e 25.º na tirada.

Num dia sem alterações nas contas da geral, Nelson Oliveira uniu-se a Würtz Schmidt, Van Moer, Velasco e ainda a Jan Bakelants (Intermarché-Wanty-Gobert) e Emils Liepins (Trek-Segafredo), com o sexteto a saltar para a frente da corrida quando estavam decorridos 25 quilómetros e a construir uma vantagem que chegou os seis minutos e, a 20 quilómetros da meta, ainda rondava os três.

As equipas dos 'sprinters' desvalorizaram o entendimento dos homens da frente e 'pagaram cara' a ousadia, abdicando da perseguição já dentro dos 20 quilómetros finais e entregando a vitória na sexta etapa da prova italiana aos fugitivos.

Oliveira, de 32 anos, fez jus ao seu estatuto de gregário de luxo do pelotão, puxou na frente mais do que qualquer outro, mas, menos veloz do que os seus companheiros de fuga no 'sprint', acabou por ser apenas quinto - Liepins tinha descolado mais atrás.

O quatro vezes campeão nacional de contrarrelógio de elites e medalha de prata na especialidade nos Jogos Europeus Minsk2019 subiu ao 70.º lugar da geral (a 41.10 minutos), liderada por Pogacar, que manteve os 01.15 minutos de vantagem sobre o segundo classificado, o belga Wout van Aert (Jumbo-Visma), e os três sobre o terceiro, o espanhol Mikel Landa (Bahrain-Victorious).

João Almeida permanece na sétima posição, a 04:42 minutos do esloveno, enquanto Ivo Oliveira é 110.º, a 54.33.

Na terça-feira, a vitória no Tirreno-Adriático, que não deverá escapar ao jovem da UAE Emirates, será decidida num contrarrelógio de 10,1 quilómetros em San Benedetto del Tronto.

Fonte: Record on-line

“Quando uma queda afasta o sonho, e se perde a camisola amarela”


Por: José Morais

Foto: AFO

O ciclismo é sem dúvida maravilhoso, porem as quedas são o pior para o ciclista, e na alta competição muitas vezes inevitáveis, e quando se corre a alta velocidade ao mínimo descuido vai-se ao tapete, o qual pode provocar graves danos e muitas vezes derrotas que não se esperam.

Este domingo no Paris-Nice tivemos esse exemplo, Primoz Roglic que saiu de camisola amarela vestida na 8ª e última etapa, a qual por causa do Covid foi alterada não terminando em Nice como previsto, mas em Levens, com redução de quilómetros numa distância de 92,7.

Duas graves quedas marcaram esta etapa, com Roglic a cair duas vezes, uma numa descida, e a outra a cerca de 15 km da chegada, o qual desceu do 1º lugar para o 15º, perdendo assim a camisola amarela.

Ao contrário de outras modalidades, e por exemplo falando do futebol, quando um futebolista leva um toque, é assistido e às vezes retirado de maca, nada comparado com a queda de um ciclista, que mesmo depois de cair, agarra na sua bicicleta, monta e continua sabendo-se lá como se encontra interiormente e não só.

No Paris-Nice, Primoz Roglic teve duas quedas, continuou, na primeira a equipa colocou na frente da corrida tentando segurar a camisola amarela, o inesperado acontece novamente e vai outra vez ao tapete, mas não foi suficiente para o desmotivar, e continuou a pedalar velozmente, sem ajuda, tentendo segurar a amarela, porem o seu esforço foi em vão, e não conseguiu no final melhor de que um honroso 15º lugar, e digo honroso, já que duas quedas, roupa toda rota, escoriações no quadril esquerdo, e um ombro deslocado, não desistiu e lutou sempre até ao fim, terminou a etapa a 3min08s, na classificação geral ficou a 2min16s, e encerrou o Paris-Nice de 2021 em 15º.

Isto é o exemplo do ciclista, da forma como luta até ao fim, não abandonando o barco, lutando pelos seus objetivos e da equipa, mas quando o azar lhe bate à porta, consegue aguentar superar tudo e todos, e mesmo muito maltratado, o importante é não desistir, por isso o ciclismo merece muito respeito, devendo valorizar mais e melhor o ciclista, porque quando existe uma queda, a mesma muitas vezes afasta o sonho.      

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