Por: José Morais
Foto: AFO
O ciclismo é sem dúvida
maravilhoso, porem as quedas são o pior para o ciclista, e na alta competição
muitas vezes inevitáveis, e quando se corre a alta velocidade ao mínimo
descuido vai-se ao tapete, o qual pode provocar graves danos e muitas vezes
derrotas que não se esperam.
Este domingo no Paris-Nice
tivemos esse exemplo, Primoz Roglic que saiu de camisola amarela vestida na 8ª
e última etapa, a qual por causa do Covid foi alterada não terminando em Nice
como previsto, mas em Levens, com redução de quilómetros numa distância de
92,7.
Duas graves quedas marcaram
esta etapa, com Roglic a cair duas vezes, uma numa descida, e a outra a cerca
de 15 km da chegada, o qual desceu do 1º lugar para o 15º, perdendo assim a
camisola amarela.
Ao contrário de outras
modalidades, e por exemplo falando do futebol, quando um futebolista leva um
toque, é assistido e às vezes retirado de maca, nada comparado com a queda de
um ciclista, que mesmo depois de cair, agarra na sua bicicleta, monta e
continua sabendo-se lá como se encontra interiormente e não só.
No Paris-Nice, Primoz Roglic
teve duas quedas, continuou, na primeira a equipa colocou na frente da corrida
tentando segurar a camisola amarela, o inesperado acontece novamente e vai
outra vez ao tapete, mas não foi suficiente para o desmotivar, e continuou a
pedalar velozmente, sem ajuda, tentendo segurar a amarela, porem o seu esforço
foi em vão, e não conseguiu no final melhor de que um honroso 15º lugar, e digo
honroso, já que duas quedas, roupa toda rota, escoriações no quadril esquerdo,
e um ombro deslocado, não desistiu e lutou sempre até ao fim, terminou a etapa
a 3min08s, na classificação geral ficou a 2min16s, e encerrou o Paris-Nice de
2021 em 15º.
Isto é o exemplo do ciclista,
da forma como luta até ao fim, não abandonando o barco, lutando pelos seus
objetivos e da equipa, mas quando o azar lhe bate à porta, consegue aguentar
superar tudo e todos, e mesmo muito maltratado, o importante é não desistir,
por isso o ciclismo merece muito respeito, devendo valorizar mais e melhor o
ciclista, porque quando existe uma queda, a mesma muitas vezes afasta o sonho.
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