Tirada de amanhã será decisiva
para as contas da geral
Por: Lusa
Foto: Lusa/EPA
O ciclista dinamarquês Mads
Pedersen (Trek-Segafredo) venceu esta sexta-feira a 19.ª etapa da Vuelta, uma
tirada calma na qual conseguiu o terceiro triunfo nesta 77.ª edição, a dois
dias do fim.Pedersen, líder dos pontos e já vencedor nas 13.ª e 16.ª tiradas,
cumpriu os 138,3 quilómetros com partida e chegada em Talavera de la Reina em
3:19.11 horas, batendo sobre a meta o britânico Fred Wright
(Bahrain-Victorious), segundo, e o belga Gianni Vermeesch (Alpecin-Deceuninck),
terceiro.
Nas contas da geral, não houve
alterações nos primeiros postos e o belga Remco Evenepoel (QuickStep-Alpha
Vinyl) lidera com 2.07 minutos de vantagem para o espanhol Enric Mas
(Movistar), segundo, com o também espanhol Juan Ayuso (UAE Emirates) em
terceiro, a 5.14.
Embora duas passagens pela
mesma subida de segunda categoria pudessem prometer agitação, seja da fuga ou
de algum candidato ao top 10 da geral mais afoito, o dia teve pouco entusiasmo.
Depois de um minuto de
silêncio observado pela Rainha Isabel II, que morreu na quinta-feira, com Sir
Chris Froome (Israel- Premier Tech) à cabeça, formou-se uma fuga curta com
alguns dos nomes habituais.
Ainda assim, nem na frente
havia força nem, depois, candidatos a sair do pelotão, pelo que o sprint,
estranho pela ausência de velocistas para lá de Pedersen, favoreceu o
dinamarquês, há muito consagrado na classificação dos pontos, precisando apenas
de acabar a corrida.
"Foi
difícil controlar o pelotão hoje [sexta-feira] e a equipa esteve
impressionante, toda a gente muito dedicada e a trabalhar no duro. [...] Esta
vitória é para eles, não conseguiria ter sprintado",
dedicou.
Embora tenha lembrado a
presença do norte-americano Brandon McNulty (UAE Emirates) na fuga, ameaça de
possível ataque de Ayuso ou João Almeida, Pedersen percebeu que seria o
favorito nos últimos quilómetros e esteve à altura.
"Vencer
três vezes é super bom. Amanhã [sábado], temos de passar a etapa e depois em
Madrid vamos ver como corre, mas estaremos felizes com estes tempos em
Espanha", explicou.
Já Remco Evenepoel está a um
dia de alta montanha de ser consagrado na chegada a Madrid, depois de tantas
dúvidas sobre se seria corredor de três semanas um voltista, e viveu esta
sexta-feira o 13.º com a camisola vermelha no corpo.
Quanto aos portugueses, a
prova de uma chegada estranha disputada ao sprint é que Nelson Oliveira
(Movistar) foi 16.º, subindo a 34.º na geral, em que João Almeida (UAE
Emirates) segue em sexto, a 7.14 minutos de Evenepoel, tendo esta sexta-feira
sido 43.º na tirada.
Ivo Oliveira (UAE Emirates)
perdeu um lugar e é 132.º e antepenúltimo, ainda que tenha uma margem de 10
minutos para os dois ciclistas abaixo, na luta pouco desejada pela
lanterna-vermelha da Vuelta.
No sábado, a 20.ª e penúltima
etapa é a última oportunidade de se fazerem diferenças, com 181 quilómetros
entre Moralzarzal e Puerto de Navacerrada, com perfil de alta montanha.
Fonte: Record on-line