Por: Ivan Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Depois de mais um resultado
aquém das expectativas em 2025, a grande questão mantém-se: o que falta a Tadej
Pogacar para vencer a Milan-Sanremo? O campeão do mundo seguiu a estratégia
prevista e atacou mais cedo do que nunca, tentando fazer a diferença na
Cipressa. No entanto, nem isso foi suficiente para melhorar o terceiro lugar do
ano anterior, já que Mathieu van der Poel e Filippo Ganna responderam sempre às
acelerações do esloveno.
Haverá arrependimento por ter
estado tão perto e, ainda assim, falhado a vitória? "Vamos analisar e
perceber o que correu mal", avaliou Pogacar na sua entrevista pós-corrida
ao Cycling Pro Net. "Mas, neste momento, posso dizer que fizemos uma
excelente corrida. Do meu ponto de vista, tentamos tudo para tornar a prova
realmente explosiva, mas não foi suficiente. Hoje, tivemos dois ciclistas
melhores. Mas teremos outra oportunidade no próximo ano!"
São poucas as corridas que
Pogacar não consegue vencer, mas a Milan-Sanremo continua a ser uma das
exceções. "Se olharmos para o percurso no papel, eu preferia que o Poggio
tivesse mais 5 km com uma inclinação de 10%", brincou o esloveno. "Mas
é o que é. É uma corrida muito difícil para eu conseguir fazer a diferença, por
isso, sim, a lei da física funciona e eu não posso fazer magia."
Apesar do desfecho em Sanremo,
a primavera de Pogacar está longe de terminar. A Volta a Flandres está
claramente nos planos e há até rumores sobre uma possível estreia no
Paris-Roubaix. "Não posso dizer", respondeu com um sorriso quando
questionado sobre o Inferno do Norte. "Flandres? Para já, sim."
Ainda refletindo sobre a
Milan-Sanremo, Pogacar admitiu que talvez lhe falte um detalhe crucial para
chegar à vitória: "As pernas estavam muito boas, mas talvez me falte
aquela potência extra. Posso tentar muitas vezes, mas talvez esteja a perder alguns
watts. Ainda assim, senti-me bem e estive em boa forma e com boas pernas
hoje."
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