quarta-feira, 27 de outubro de 2021

“O adeus de Alejandro Valverde aos 42 anos do ciclismo profissional”


Por: José Morais 

É definitiva a reforma no ciclismo profissional de Alejandro Valverde em 2022, como planeado e depois de ter anunciado, Valverde confirmou na concentração da Movistar em Gorraiz que no próximo ano vai ser o último no pelotão internacional.

Valverde disse que não faz sentido continuar, depois de 21 anos de vida ativa no ciclismo profissional, e apesar dos seus 42 anos de idade, esteja ainda bem, são muitos anos, e a sua hora chegou agora e é altura de parar, afirmou o ciclista.

Neste momento ainda possui dois anos de contrato permanente com a equipa da Movistar, ao qual irá tentar ajudar de todas as formas que puder, em especial o de treinar jovens, uma ocupação que muito gosta, dizia o ciclista vencedor da Vuelta de 2009.

Com esta decisão, e em relação ao seu calendário para 2022, uma coisa é já certa, não irá marcar presença no Tour de França, é algo que já tinha planeado para a próxima época, espera estar na Volta a Espanha, vai avaliar se vai participar no Giro de Itália, como as clássicas que pode participar, e o calendário nacional, muita coisa está ainda em aberto para a nova temporada que se aproxima, mas a certeza é de que será o seu último ano no ciclismo profissional, e no pelotão internacional, ele que em 2021 aos 42 anos ainda se mostrou em grande em algumas importantes.

“Torres Novas e Olímpico de Oeiras Campeões Nacionais de Clubes de Triatlo 2021”


Portimão recebeu no dia 17 de outubro a última prova do Campeonato Nacional de Clubes de Triatlo 2021

 

A primeira prova do campeonato realizou-se no Triatlo de Sines na distância standard e a segunda no Rios Ibérico Triathlon em Entre-os-Rios no formato contrarrelógio. A última etapa foi disputada na distância super sprint e no formato de estafetas.

O Clube de Natação de Torres Novas venceu em Portimão, com os atletas João Nuno Nuno Batista, Luis Velasquez Ramos, Guilherme Pires e Ricardo Batista.

O OutSystems Olímpico de Oeiras alcançou a segunda posição com os atletas João Chagas, Alexandre Montez, António Vaz Pedro e Miguel Tiago Silva.

O Sporting Clube de Portugal subiu ao pódio no terceiro lugar com João Dias, André Dias, Hugo Figueiredo e João Mansos.

Das três etapas realizadas, o Clube de Natação de Torres Novas venceu em Sines, ficou no segundo lugar em Entre-os-Rios, trocando posições com o Olímpico nas duas etapas. Contas feitas, tudo se decidiu no emocionante sprint em Portimão entre Miguel Tiago Silva e Ricardo Batista, com o Torres Novas a ganhar vantagem para conquistar o título nacional de clubes de triatlo.

Paulo Antunes, treinador do Clube de Natação de Torres Novas, afirma terem ficado muito satisfeitos com título do nacional de Clubes, conquista muito importante para a equipa. «Começámos bem e ganhámos de forma clara a primeira etapa que se realizou em Sines. Seguiu-se a prova em formato de contrarrelógio que se disputou em Entre-os-Rios onde alcançámos a segunda posição a escassos segundos do OutSystems Olímpico de Oeiras». Na semana da prova de Entre-os-Rios Ricardo Batista fraturou a clavícula fragilizando a equipa do Torres Novas.

Apesar de incluir atletas fortes, com o treinador confiante na formação, o clube partiu para a última etapa antevendo dificuldades e onde provavelmente os pormenores seriam decisivos para o resultado final. «Na última prova iniciámos bem a estafeta com o atleta João Nuno a passar o testemunho com cerca de 12″ de vantagem sobre o Olímpico de Oeiras. Luís Velásquez, com alguns problemas técnicos, perdeu cerca de 45″ para o atleta da equipa adversária o que nos colocou numa situação de desvantagem. Guilherme Pires fez uma excelente recuperação ficando somente a 10 escassos segundos do atleta do Olímpico. No último segmento, Ricardo Batista partiu na perseguição e rapidamente alcançou o atleta Miguel Tiago Silva. A reta final ditou o Campeão Nacional de Clubes e estamos muito orgulhosos por mais esta conquista. Para o ano voltaremos ainda mais fortes para defender o título nacional!», remata o treinador.


 

No final das três etapas, e com 610 pontos, o Clube de Natação de Torres Novas sagrou-se Campeão Nacional de Clubes de Triatlo, o OutSystems Olímpico de Oeiras foi vice-campeão nacional com 590 pontos e o Sporting Clube de Portugal alcançou a terceira posição do ranking de clubes com 520 pontos.

 

OutSystems Olímpico de Oeiras é Campeão Nacional de Clubes femininos de Triatlo

 

Na prova feminina do Campeonato Nacional de Clubes de Triatlo, que se realizou dia 17 de outubro, em Portimão, vitória do OutSystems Olímpico de Oeiras, com Matilde Santos, Beatriz Santos e Maria Tomé. A equipa de Oeiras alcançou a vitória em todas as provas femininas, sagrando-se Campeã Nacional de Clubes 2021.

Luís Almeida, responsável pelo OutSystems Olímpico de Oeiras, explica que os estágios potenciam as capacidades dos atletas quer individualmente quer dentro da equipa, pelo que o clube continua a desenvolver esta estratégia que levou à revalidação do título feminino de clubes e à disputa pelo primeiro lugar masculino.

Quanto às atletas, a vinda de Helena Carvalho e a evolução da Matilde Santos reforçou uma equipa já forte. Embora a Helena tenha participado apenas na primeira etapa, a Matilde adaptou-se muito bem à equipa, constituindo uma mais-valia coletiva. «Participámos na última etapa sabendo que não seria necessário vencer para ganhar o campeonato, mas tendo, claro, a perspetiva do primeiro lugar».

Luís Almeida refere que um dos objetivos dos estágios frequentes é elevar o nível de atletas como Maria Medeiro ou Beatriz Santos tornando a equipa o mais homogénea possível, disciplinando e motivando a equipa a chegar mais longe. «A ideia é colocar os atletas ao mesmo nível, refletindo-se nas provas. A contrarrelógio foi muito boa com Matilde Santos a realizar uma excelente prestação e ‘aguentar-se’ com as atletas mais experientes; na prova standard a Maria Tomé, assim como as outras atletas, estiveram em grande forma, e na última etapa do Campeonato, com o Alhandra a apresentar-se forte, conseguimos recuperar no final de modo a alcançar a vitória», concluiu o coordenador do Olímpico de Oeiras.

A segunda posição pertenceu ao Alhandra Sporting Club que participou em Portimão com Ana Ramos, Gabriela Ribeiro e Inês Rico, equipa que alcançou o título de vice-campeã de Clubes de Triatlo, mantendo-se constante ao logo do Campeonato, subindo ao pódio no segundo lugar nas três etapas.

O Sporting Clube Portugal conquistou o terceiro lugar desta etapa com Inês Oliveira, Margarida Barão e Clara Rodrigues.

No final do Campeonato, o OutSystems Olímpico de Oeiras ganhou as três etapas com 630 pontos e uma clara vitória, o Alhandra Sporting Club ficou na segunda posição, conquistando o título de vice-campeão feminino de Triatlo com 570 pontos e o SFRAA Triatlo alcançou o terceiro lugar com 420 pontos.

Muitos parabéns a todos atletas pelas metas alcançadas!

O III Triatlo de Portimão foi organizado pela Federação de Triatlo de Portugal em parceria com Câmara Municipal de Portimão e com o apoio técnico das associações locais.

Fonte: Federação Triatlo Portugal

“O impressionante testemunho de Vanessa Fernandes: «Ia destruir-me se não tivesse pedido ajuda. Fui internada»”


Triatleta recordou percurso que culminou com a conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos Pequim'2008

 

Por: Record com Lusa

Vanessa Fernandes: «A minha mãe impediu-me que desligasse de mim mesma nesse dia»

A triatleta Vanessa Fernandes assumiu ter sido "escrava do próprio sucesso", que culminou com a conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos Pequim'2008, nos quais alinhou já doente e com a missão de "sofrer, sofrer, sofrer".

Treze anos depois, Vanessa Fernandes protagonizou a curta-metragem "72 Horas", sobre os três dias anteriores à conquista olímpica, reconhecendo ter competido já com o diagnóstico de depressão.

"O meu objetivo era sempre o mesmo, ganhar e ser a melhor", recordou no seu depoimento a atleta natural de Perosinho, em Vila Nova de Gaia, admitindo que os distúrbios alimentares começaram quando deixou de comer a pensar nos segundos que podia ganhar.

Com uma vida dedicada ao Alto Rendimento, deixando os estudos aos 16 anos, quando frequentava no 10.º ano, Vanessa Fernandes não descartou a sua responsabilidade: "Só discutia porque achava que nunca era suficiente o que eu andava".

"Vamos aguentar mais um bocado e logo se vê. O que me permiti a mim, permiti que os outros me fizessem [...]. Se for aos Jogos, passar a meta e buscar a medalha e morrer a seguir, está tudo bem", afirmou a gaiense, na curta-metragem realizada por Miguel C. Saraiva e produzida pela empresa de apostas desportivas Betclic.

Na contagem decrescente para a prova feminina dos Jogos Pequim'2008, em 18 de agosto, Vanessa Fernandes recordou os "episódios bulímicos constante, [em que] comia compulsivamente e vomitava", num comportamento não de um atleta, mas "de alguém que está doente".

"Eu gostava dos dias pré-prova, era como se fosses buscar o máximo de coisas para arranjar prazer. Há desculpa para descansar um pouco mais, para comer mais, para não treinar tanto e eu aproveitava", referiu, salientando que, na altura, sentia "euforia e felicidade, por poder comer depois da prova".

No dia da prova, ganha pela australiana Emma Snowsill, Vanessa Fernandes contou com o importante apoio da mãe, que viajou pela primeira e única vez de avião para a acompanhar em Pequim.

"A minha mãe segurou muita coisa, é incrível, parece que estou a ver isso. Ela assegurou que eu não me desligasse", vincou.

 

Depois, "foi a vida inteira num dia"

 

"Entrei num espetáculo. Mergulhei, dentro de água, ainda me lembro do cheiro [...] dentro da guerra, da arena, e, lá dentro, é lutar até ao fim. Entras no modo perfeito de uma máquina de competição. Na transição para a corrida, nem me chateei ir para a frente, quase quis uma desculpa. Eu ia buscar uma medalha, porque eu quase já tinha excluído a hipótese de ganhar", disse.

A mensagem que ouvia durante a prova era que era preciso "sofrer, sofrer, sofrer" e até "sofrer até morrer". "Ainda querem que eu dê mais", questionava Vanessa Fernandes, reconhecendo que esses estímulos lhe conferiam "bué raiva" e uma enorme vontade de se libertar.

"Era como se me tivesse deixado de ser escrava do meu próprio sucesso. Para mim, já estava a ser muito e eu diluí-me na obtenção desse resultado", realçou.

Já com a prata olímpica, depois do título mundial em 2007 e dos cinco títulos europeus absolutos, Vanessa Fernandes sentiu ter chegado ao limite.

"Estava com depressão, chegou a um ponto em que tive de pedir ajuda, caso contrário ia destruir-me. Fui internada. Foi um grande caminho para acordar para o meu desenvolvimento pessoal e, depois, veio vida, paz, harmonia, vem a realidade", concluiu.

Depois do sucesso olímpico, Vanessa Fernandes voltou aos Jogos no Rio'2016, como suplente na maratona, tendo, no ano seguinte, tentado o seu regresso ao triatlo, chegando mesmo a ser 13.ª na Taça da Europa na Quarteira, em 2017.

Na altura, 'regressou' aos treinos sob a orientação do técnico da Federação de Triatlo de Portugal (FTP), Lino Barruncho, mas, depois de mais umas esporádicas participações em provas de triatlo, decidiria retirar-se de vez.

Vanessa Fernandes foi durante a sua carreira treinada por Sérgio Santos e António Jordan, e além da medalha olímpica foi campeã mundial em 2007 e pentacampeã europeia, sendo que o último título do Velho Continente foi alcançado em Lisboa em 2008.

Após a apresentação da curta-metragem "72 Horas", realizou-se uma mesa-redonda, que contou com as presenças do judoca Célio Dias e da ex-jogadora de futebol Carla Couto, também eles a relatarem experiências dolorosas que tiveram nas respetivas carreiras, sendo todos unânimes que a saúde mental deve ser um assunto que merece a atenção de todos.

Assista ao vídeo em: https://www.record.pt/modalidades/triatlo/detalhe/vanessa-fernandes-assume-fui-escrava-do-meu-proprio-sucesso?ref=Triatlo_DestaquesPrincipais

Fonte: Record on-line

“Bradley Wiggins: «Tens que ser um verdadeiro idiota implacável como ciclista»”


Britânico lembrou momentos difíceis na Sky, a relação com Froome e as dificuldades depois do fim da carreira

 

 Por: Record

Foto: Reuters

Bradley Wiggins recordou os momentos difíceis que viveu na sua carreira, particularmente enquanto corredor da equipa Sky. O ciclista britânico que se iniciou no ciclismo de pista onde conquistou sete medalhas olímpicas, fez a transição para o ciclismo de estrada no qual teve bastante sucesso ao serviço da equipa britânica. Todavia, Wiggins confessou no podcast ‘Geraint Thomas Cycling Club’ que durante esse período viveu momentos difíceis, inclusivamente com o companheiro de equipa Chris Froome, numa época em que ambos estavam a um alto nível.

"Nunca voltei ao Tour. Toda a guerra com Chris Froome foi realmente lamentável. Tive um grande impacto nisso, devido à forma como me comportei. Voltei a ver o Froome, pela primeira vez depois do Tour, num clube noturno. Abraçámo-nos. Falo muito com ele agora. É muito libertador", contou o britânico.

"O ciclismo consome muito e eu era bastante infantil com a forma como manejava as coisas. Acho que isso surgiu do facto de não saber como fazer frente às coisas. Afetou as relações ao meu redor e deixei a Sky em maus termos. E lamento isso, porque fui eu o criador de tudo", relembrou.

"Dave Brailsford [director-geral da Sky] chamou-me com muito dinheiro e acho que o dinheiro me atraiu mais do que qualquer coisa. Pensei que se alguma vez fosse ganhar o Tour, provavelmente teria que voltar àquele sistema que já não gostava mais, em que tinha de estar nessa configuração do Dave. Foi bastante intenso e muito feroz. Perto do fim da Sky, estava bastante sozinho e um pouco solitário. Passava a maior parte do tempo sozinho em casa e não desfrutava. Nunca desfrutei de nada depois de 2012", acrescentou o vencedor do Tour de França de 2012.

Além do duro período que viveu enquanto ciclista, Bradley Wiggins confessou que após terminar a sua carreira, as coisas não melhoraram imediatamente: "Não soube o que queria durante um par de anos. Demorei algum tempo a encontrar-me, para ser honesto. Larguei o ciclismo e tudo o que isso acarretava. Tens que ser um verdadeiro idiota implacável como ciclista. Às vezes transformas-te numa pessoa horrível. Agora, poder continuar comentando sobre o desporto que adoro é um grande privilégio. Ganhar a vida com o ciclismo é genial", explicou o agora comentador.

O próprio Wiggins acabou por admitir que os problemas que teve ao longo da carreira, bem como depois do seu término, podem ter acontecido devido à infância difícil do ex-ciclista.

"Acabei por interpretar um pouco, uma personagem, um papel, provavelmente devido a inseguranças. Tinha este véu de interpretar uma estrela de rock e acho que foi um bom disfarce para caminhar assim pela vida. Não poderia lidar com a fama por mim mesmo".

Fonte: Record on-line

Ficha Técnica

  • Titulo: Revista Notícias do Pedal
  • Diretor: José Manuel Cunha Morais
  • Subdiretor: Helena Ricardo Morais
  • Periodicidade: Diária
  • Registado: Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº: 125457
  • Proprietário e Editor: José Manuel Cunha Morais
  • Morada: Rua do Meirinha, 6 Mogos, 2625-608 Vialonga
  • Redacção: José Morais
  • Fotografia e Vídeo: José Morais, Helena Morais
  • Assistência direção, área informática: Hugo Morais
  • Sede de Redacção: Rua do Meirinha, 6 Mogos, 2625-608 Vialonga
  • Contactos: Telefone / Fax: 219525458 - Email: josemanuelmorais@sapo.pt noticiasdopedal@gmail.com - geral.revistanoticiasdopedal.com