“Abertura de cross-country no Brasil”

A WHOOP UCI Mountain Bike World Series 2025 teve um início impressionante em Araxá, Brasil, com fins de semana consecutivos de dramáticas corridas de cross-country.

 

XCC feminino: Richards rasga

 

A campeã mundial de cross-country em pista curta (XCC) da UCI, Evie Richards, fez uma corrida experiente na 1ª rodada. Depois de se manter firme no grupo da frente, a ciclista britânica atacou na subida final para abrir uma lacuna e depois superar a neozelandesa Samara Maxwell, com Alessandra Keller (SUI) 5 segundos atrás.

"Obviamente, estou super feliz por ter vencido!" disse Richards. "Eu sou uma ciclista, é isso que eu amo fazer, então eu dei tudo."

Richards fez dois de dois uma semana depois. Ela venceu por pouco a suíça Nicole Koller e a sueca Jenny Rissveds para conquistar sua sétima vitória na Copa do Mundo UCI XCC, quebrando o recorde de Pauline Ferrand-Prevot.

"É estranho ter ciclistas olhando para mim agora, porque isso não aconteceu com muita frequência", disse Richards.

Richards lidera a classificação geral com 500 pontos de Koller (350) e Maxwell (310).

Nas corridas de XCC Sub-23 Feminino, a canadense Isabella Holmgren venceu as duas rodadas. Ela venceu Katharina Sadnik (AUT) e Ella Maclean-Howell (GBR) na primeira rodada e, na rodada 2, superou Valentina Corvi (ITA) e Sadnik.Holmgren lidera a classificação geral com 250 pontos de Sadnik (180) e Corvi (170).

 

Mulheres XCO: a criadora de história da Nova Zelândia

 

A estrondosa Samara Maxwell [Decathlon Ford Racing Team] fez história, conquistando a sua primeira vitória na Copa do Mundo Olímpica de cross-country (XCO) da Elite UCI na rodada 1, a primeira mulher de elite da Nova Zelândia a fazê-lo. Ela manteve uma pequena vantagem na última volta sobre Nicole Koller e Savilia Blunk (EUA).

"A equipa tem sido tão incrível para mim", disse Maxwell. "Tive dificuldades nos últimos dois anos e a equipa me apoiou."

Na rodada 2, a campeã olímpica de 2016, Jenny Rissveds, assumiu a liderança na quarta volta e manteve um ritmo implacável que a levou a terminar 28 segundos à frente de Maxwell, com Richards mais 6 segundos atrás.

"Sinto-me muito feliz e confortável", disse Rissveds. "Estou gostando do ambiente da minha nova equipa [Canyon Cllctv XCO] e das pessoas ao meu redor."

Maxwell lidera a geral com 550 pontos de Rissveds (445) e Koller (425).

Isabella Holmgren sublinhou seu domínio na categoria Feminina Sub-23, vencendo as duas corridas de XCO e o XCC. Dezenove segundos mais atrás, Ella Macphee (CAN) foi a mais próxima na rodada 1 e, com +50 segundos, Valentina Corvi (ITA) foi a segunda na rodada 2. Holmgren lidera o XCO geral com 330 pontos de Corvi (229) e Macphee (216).

 

XCC masculino: Blevins em chamas

 

Christopher Blevins parecia sublime na corrida de abertura da temporada Men Elite XCC. No que está se tornando uma rivalidade fascinante entre as equipas, o americano venceu o seu companheiro de equipa francês (Specialized Factory Racing) e o campeão mundial de XCC da UCI, Victor Koretzky (FRA), por apenas um segundo. Outro francês, Mathis Azzaro, terminou mais um segundo atrás.

"Victor é Victor, ele é um campeão, adoro tê-lo como companheiro de equipa", disse Blevins. "É uma das melhores sensações do mundo quando você luta com um companheiro de equipe com quem você vive isso."

Blevins comandou a rodada 2, com Koretzky em segundo novamente, desta vez cinco segundos atrás. Nino Schurter (SUI), de 38 anos, liderou o resto do pelotão apenas dois segundos atrás do francês.

"Todo mundo sabe para onde o movimento vai, você meio que tem que estar liderando lá!" disse Blevins.

Blevins lidera a classificação geral com 500 pontos de Koretzky (400) e Schurter (270).

Araxá viu vitórias para o norueguês Sondre Rokke e o italiano Elian Paccagnella no XCC masculino sub-23. Com 180 pontos, Paccagnella tem a liderança geral mais estreita. Ele tem três perseguidores cada um com 175 pontos: Rokke, o suíço Finn Treudler e o dinamarquês Gustav Heby Pedersen-

 

XCO masculino: equipa de sonho

 

A 1ª rodada viu um pódio limpo para a Specialized no Men Elite XCO, com Koretzky ficando 10 segundos à frente de Blevins antes da última volta. Enquanto a dupla comemorava juntos após a linha, seu companheiro de equipe, o campeão chileno Martín Vidaurre Kossmann, ficou em terceiro lugar.

"Chris estava superforte no início da corrida, ele fez um ritmo super alto e foi difícil segui-lo", disse Koretzky. "Mas fizemos uma volta cada [na frente] apenas para puxar um ao outro."

Blevins apoiou sua vitória na 2ª rodada do XCC ao vencer o XCO para um 'fim de semana perfeito'. E foi a perfeição para a Specialized... com os companheiros de equipa de Blevins, Vidaurre Kossmann e Adrien Boichis (FRA), em segundo e terceiro.

"Eu amo esse tipo de corrida em que tudo é apenas um borrão e você tem que ficar preso", disse Blevins. "Adrian Boichis, quando ele passou por mim naquela subida... Eu nunca conheci um garoto com mais exuberância do que ele. Ele é simplesmente brilhante. É uma sensação legal fazer isso com a equipe!"

É um Specialized 1-2-3 na classificação geral após duas rodadas: Blevins 610, Koretzky 510, Vidaurre Kossmann 420.

Finn Treudler está ditando o ritmo no Men Under 23 XCO. Depois de vencer as duas primeiras corridas, ele lidera a classificação geral com 300 pontos de Paccagnella e Pedersen, cada um com 201.

A WHOOP UCI Mountain Bike World Series 2025 continua com os ciclistas de enduro enfrentando jogos consecutivos na Itália (Pietra Ligure – Finale Outdoor Region de 9 a 11 de maio) e depois na Polônia (Enduro Trails – Bielsko Biała de 16 a 18 de maio), onde se juntarão aos especialistas em downhill. O próximo jogo de cross-country é em Nové Město Na Moravě, na República Tcheca, de 23 a 25 de maio.

Fonte: UCI

“Tadej Pogacar admite ter sofrido na Amstel: "Tentei aguentar-me sozinho. Paguei o preço por isso"

Por: Carlos Silva

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Tadej Pogacar não está habituado a sair de uma corrida frustrado, muito menos quando lança um dos seus típicos ataques de longe, mas na Amstel Gold Race 2025, o campeão do mundo teve de se contentar com o 2.º lugar, depois de ser apanhado por Mattias Skjelmose e Remco Evenepoel nos quilómetros finais da clássica neerlandesa.

O esloveno da UAE Team Emirates – XRG lançou o ataque decisivo a cerca de 40 quilómetros da meta, inicialmente na companhia de Julian Alaphilippe, para pouco depois ficar sozinho na frente da corrida.

“Esperava que o Julian conseguisse ficar comigo mais tempo”, confessou Pogacar após a corrida. “Depois dele ficar para trás, tentei aguentar-me sozinho. Mas atrás de mim estavam dois homens fortes a trabalhar juntos.”

À medida que a diferença diminuía, Pogacar mostrava crescente inquietação, olhando para trás repetidamente enquanto Skjelmose e Evenepoel encurtavam as margens.

“Paguei o preço por isso”, admitiu. “Devido ao forte vento frontal nos últimos 15 quilómetros, não consegui aumentar mais as diferenças.”

Percebendo que seria apanhado, o campeão do mundo optou por guardar energias para o desfecho final.

“Decidi esperar mais ou menos e tentar vencê-los ao sprint. Foi um pouco arriscado e, no final, acabei em segundo lugar”, disse com um sorriso irónico. “A meta estava a cinco metros de distância.”

Reconhecimento e desportivismo

Apesar da desilusão, Pogacar não perdeu a compostura nem o desportivismo, e fez questão de elogiar os seus rivais, reconhecendo que foi batido de forma justa.

“Eu sabia que eles iam começar a reduzir a diferença nas subidas. Tentei acelerar no início e no topo, mas, como disse, havia vento de frente nas descidas e isso ficou-me caro.”

“Disse-o no início. O Evenepoel está claramente em grande forma outra vez. Mas, no final, foi o Skjelmose que foi o mais forte.”

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/tadej-pogacar-admite-ter-sofrido-na-amstel-tentei-aguentar-me-sozinho-paguei-o-preco-por-isso

“Skelmose vence Amstel Gold Race, Nelson Oliveira desiste e quebra 'recorde'”

O outro português em prova, Ruben Guerreiro, companheiro de Nelson Oliveira na Movistar, também abandonou a prova, que ficou marcada por um ataque de Julian Alaphilippe (Tudor), a 47 quilómetros da meta

 

Por: Lusa

O dinamarquês Mattias Skelmose (Lidl-Trek) venceu hoje ao sprint a 59.ª edição da Amstel Gold Race, impondo-se a Pogacar e Evenepoel, marcada pela desistência de Nélson Oliveira (Movistar), que perdeu um ‘recorde’ mundial.

Skelmose, vencedor inesperado, cumpriu os 255,9 quilómetros, da primeira das três clássicas das Ardenas, disputada entre Maastricht e Valkenburg, em 05:49.58 horas, e sucede no palmarés ao britânico Tom Pidcock.

O português Nélson Oliveira, que era o ciclista no ativo com mais dias de competição sem desistências – a última tinha acontecido em 09 de abril de 2022, foi obrigado a abandonar a 100 quilómetros da meta, devido a uma queda.

“Não foi o dia que esperava nesta Amstel Gold Race! Uma queda a faltarem cerca de 100 quilómetros para o final fez com que tivesse de abandonar. Dores e algumas zonas do corpo sem pele são o que tenho”, escreveu Nelson Oliveira, nas redes sociais.

O outro português em prova, Ruben Guerreiro, companheiro de Nelson Oliveira na Movistar, também abandonou a prova, que ficou marcada por um ataque de Julian Alaphilippe (Tudor), a 47 quilómetros da meta.

Tadej Pogacar (UAE Emirates), que na semana passada foi segundo no Paris-Roubaix depois de uma queda quando seguia isolado para o triunfo, reagiu cinco quilómetros depois, e ficou com vantagem sobre os seus mais diretos perseguidores.

Quando parecia estar a caminho da vitória, o campeão do mundo acabou por ser apanhado por Skelmose e por Evenepoel (Soudal Quick-Step), o duplo campeão olímpico em Paris2024, que na sexta-feira regressou à competição, com uma vitória na clássica Flèche Brabançonne.

Mattias Skelmose, de 24 anos, vencedor da Volta à Suíça em 2023, acabou por se impor no sprint final.

 

Top 10 Amstel Gold Race

 

1º Skjelmose Mattias - Lidl-Trek

2º Pogacar Tadej - UAE Team Emirates-XRG

3º Evenepoel Remco - Soudal Quick-Step

4º van Aert Wout - Team Visma | Lease a Bike

5º Matthews Michael - Team Jayco-AlUla

6º Barré Louis - Intermarché-Wanty

7º Grégoire Romain - Groupama-FDJ

8º Benoot Tiesj - Team Visma | Lease a Bike

9º Pidcock Tom - Q36.5 Pro Cycling Team

10º Healy Ben - EF Education-EasyPost

Fonte: Sapo on-line

“Mischa Bredewold, em êxtase, descreve a sua vitória na Amstel: "Odeio o Cauberg, mas naquele momento pensei: ‘Continua! Não olhes para trás, não olhes para os watts, só vai’"

Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

Para qualquer ciclista neerlandesa, há poucas vitórias tão desejadas como triunfar na Amstel Gold Race. Este domingo, Mischa Bredewold, da Team SD Worx - Protime, concretizou esse sonho ao vencer a edição de 2025 da clássica das Ardenas, naquela que foi, até ao momento, a maior conquista da sua carreira.

"É a Amstel! Uma corrida tão especial aqui nos Países Baixos. É um sonho do caraças", exclamou uma Bredewold visivelmente emocionada na entrevista pós-corrida, ainda incrédula com o desfecho. “Pensei em arriscar tudo. Ir para o tudo ou nada. O Danny Stam [diretor desportivo da SD Worx] gritava-me no rádio: ‘Agora é tudo ou nada! Acelera a fundo!’”

Foi no mítico Cauberg que a neerlandesa lançou o seu ataque decisivo. Apesar da inclinação exigente e da pressão do momento, Bredewold manteve-se firme e deixou as suas adversárias para trás. "Odeio o Cauberg, mas naquele momento pensei: ‘Continua! Não olhes para trás, não olhes para os watts, só vai’", relatou a ciclista, descrevendo os metros finais da sua jogada vitoriosa. “E, quando cheguei ao topo, percebi que estava sozinha".

Com esta vitória, Mischa Bredewold junta-se ao grupo de ciclistas neerlandesas que conquistaram a Amstel no feminino, onde estão nomes como Demi Vollering, Marianne Vos ou Anna Van den Breggen, escrevendo o seu nome na história da clássica e reforçando o domínio da SD Worx - Protime na primavera. Uma vitória com sabor caseiro… e inesquecível.

Pode visualizar este artigo em: https://ciclismoatual.com/ciclismo/mischa-bredewold-em-xtase-descreve-a-sua-vitria-na-amstel-odeio-o-cauberg-mas-naquele-momento-pensei-continua-no-olhes-para-trs-no-olhes-para-os-watts-s-vai

“Mario Cordero vence a Volta ao Concelho de Loulé”

Mario Cordero, da Eletromercantil GR-100, venceu a Volta ao Concelho de Loulé de Juniores.

 

Ao jovem ciclista bastou terminar a quarta etapa e última na quarta posição para garantir a vitória final na competição algarvia que decorreu entre quinta-feira e este sábado.

Na etapa rainha, foi Daan Dijkman a cortar a meta em primeiro na chegada na Avenida Laginha Serafim, em 2h51s17s.

O ciclista da Hagens Berman Jayco Cycling Team reduziu diferenças para face a Cordero na classificação geral, mas não conseguiu chegar à liderança: terminou na segunda posição, a 11 segundos da liderança.

Em relação à etapa deste sábado, Max Goold, também da Hagens Berman Jayco Cycling Team, ficou na segunda posição, a cinco segundos do colega Dijkman. Jose Vega, Eletromercantil GR-100, foi terceiro, a 15 segundos da liderança.

Assim, é Mario Cordero que termina como vencedor da Volta ao Concelho de Loulé de Juniores: na classificação geral, Daan Dijkman acaba como terceiro, a 11 segundos, e Jose Vega a um minuto e dois segundos.

A Hagens Berman Jayco Cycling Team vence a classificação por equipas, Daan Dijkman vende a classificação de montanha e por pontos e Jose Vega termina como líder da juventude.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo